Metal Refém. Mais um sub-rótulo ranzina pro metal, cunhado por este q vos bloga, para a posteridade.
E a constar junto de Cheesburger Metal, Dead Metal e Pique Pique Pique Hora Hora Hora Metal, forjados em aço, sangue e sal de fruta por aqui em outros tempos.
(se bem q acho q tem mais um q ñ estou me lembrando…)
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De onde surgiu?
Da nota q vi sobre o “novo” do Arch Enemy, de título ridículo (“The Root Of All Evil”), fora pretensioso no mau sentido, q é de REGRAVAÇÕES de sons antigos com a Angela RoRow.
Minha pergunta é: pra q um álbum desses, numa hora dessas?
Alguma lógica me diz q tvz um dvd especial, ou um show/turnê a virar dvd só com esse material cairia melhor. Bem melhor.
Mas sabe o quê? Certamente a banda está presa por contrato, está REFÉM, e TEM Q fazer um disco. Daí soltam esse.
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Como o Destrúcho, outro ilustre baluarte do estilo. Soltaram o “Thrash Anthems”, q pode até ser bão (ñ ouvi, ñ sei ainda), mas tremendamente desnecessário, né ñ?
Aí soltaram um novo, q vem passando batido (ou impressão?), e já desovaram um ao vivo.
O modus operandi do estilo apregoa q seja lançado ainda um álbum de cover, se é o caso de faltar material, ou do mesmo ñ estar tão bão. Os alemães ainda ñ o cometeram (tá faltando pouco), mas o outro representante Hostage Metal já o fez…
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O Iced Earth, de q discutíamos aqui o John Schaffer esses dias, já fez disco de cover (manjado), disco ao vivo gigante, e já teve uma pá de discos lançados duas vezes. Só tá faltando lançarem algum com o Paul Stanley Cover regravando músicas do eterno ex-Judas. Agüarde-se.
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E o Exodus? Já regravou duas vezes um mesmo álbum, e se mudarem de vocalista, periga fazerem de novo o “Bonded By Blood”. Q ao menos regravassem o “Pleasures Of the Flesh”…
Dúvida q tenho ainda acerca de Exodus e Destrúcho, nesse sentido: tvz haja até alguma satisfação em revisitar o repertório, regravar melhor (e como se gostaria q tivesse saído antes) etc. Mas ñ é coisa q tvz ficasse melhor eles regravarem pra eles mesmos, pra ouvirem em casa, no máximo botarem no my space??
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O Therion parece vir lidando com isso de modo criativo. Entrou numas de Hostage Vintage Metal ou Hostage Vintage Rock (descritos abaixo), pois vem lançando coisa ao vivo após cada álbum de estúdio, q sai a cada 3 a 4 anos, desde o “Live At Midgard”, posterior ao “Secret Of the Runes”.
Lançaram “Sirius B” e “Lemuria”, desovaram o caudaloso porém agradável “Celebrators Of Becoming”. Lançaram “Gothic Kaballah” desnecessariamente em cd duplo (cabe tudo num só!) – pra desanuviar mais álbuns q o contrato prevê, provavelmente – e aí ano passado soltaram o sucinto porém agradabilísimo “Live Gothic”, em pacote dvd + cd duplo ao vivo. E este ano, enquanto ñ lançam nada com nova formação (e, quiçá, novo direcionamento), apostam no seguro lançando outro dvd + cd duplo ao vivo – mesmo q com repertório cirurgicamente modificado (assim como o “Live Gothic” pro “Celebrators Of Becoming”) – o “The Miskolc Experience”…
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Mas a origem do estilo aponta pro Hostage Vintage Rock, q o Deep Purple vem cunhando desde “The Battle Rages On” (e q pegaram, sim – mesmo q ñ saibam – do Pink Floyd sem Roger Waters isso): álbum inédito de estúdio a cada 4 ou 5 anos, seguido de disco ao vivo pra ganharem tempo, quando ñ servir de desculpa pra saírem em nova turnê… pra divulgar disco ao vivo.
Só venho achando esquisito ñ terem lançado nada AINDA da turnê “Rapture Of the Deep”. Lapso?
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O Iron Maiden vem se valendo disso, tornando-se o epíteto do Hostage Vintage Metal: desde o “Brave New World”, dá-lhe álbum de estúdio bissexto, seguido de álbum + dvd ao vivo redundantes. Do “A Matter Of Life And Death” ñ saiu nada (ainda), mas o (decente) “Flight 666” preencheu a lacuna.
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E o Rush, q sempre soube lidar com isso muitíssimo bem (lançavam álbuns ao vivo a cada 4 de estúdio, entre 1974 e 1998), até descambarem pro Hostage Vintage Rock: de lá pra cá, são 3 de estúdio (sendo um, desnecessário, ep de cover) pra 3 dvd’s ao vivo intercalados, e em q 2 ainda saíram tb em cd.
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E assim vai, com bandas aos montes, das quais ñ lembro todas (ajudem-me ae!!), q tb vez ou outra desovam dvd’s ao vivo mastodônticos (Manowar) ou coletâneas mirabolantes (como o Testament), tb artifícios velhacos do estilo co-dependente supra-citado.
Receio a resenha da vez soar meio empata-foda. Tomara q ñ foda, digo, toda.
O clima era legal: encontrei amigos (do Ministério Da Discórdia: Maurício, Inácio, Cotô) e tb amigos das antigas – de tempos do N.I.BEAST – q me atenuaram mal-estar estomacal do dia, assim como tb o pouco da resenha agourenta q lira no whiplash pouco antes, dizendo só ñ ter sido memorável o Heaven & Hell sexta por conta do som BOSTA daquela BOSTA de lugar chamada Credicard Hall.
Felizmente ñ posso dizer q ñ ouvi a voz do Dio em nenhum minuto (como disseram ter havido sexta), nem q falhas similares tenham acontecido com os instrumentos (exceção a “Time Machine”, em q deu pra ouvir a guitarra só no solo): infelizmente, parece ser procedimento do lugar arrumar o som do show DURANTE o mesmo.
Tb achei o repertório muito pouco: 12 sons apenas. Mas ponderemos: os caras estão velhões (Vinny Appice parece o mais cansado), e mesmo assim fizeram show DIGNO. Nada de “fins de som-Manowar” (3, 4, 6 minutos terminando música), e o solo de bateria achei fraco, mas jamais encheção de lingüiça: quando muito de jogação de confete da platéria pro cara, q sempre achei tocar menos q o irmão mais velho.
Por outro lado, foi show OBRIGATÓRIO (e pelas condições técnicas ñ excelentes, pra mim 1 degrau de ‘obrigatório’ menos q o do Carcass), daqueles q lamentarão muito daqui 2, 5, 10 anos os q ñ estiveram em nenhum dos dias. E q esses mesmos muito farão em mentir q ali estiveram (pra virar aquele tipo de evento q 1 milhão de pessoas dirão ter visto ahah).
E q a mim soou muito mais honesto, convincente, abrasivo, contundente e visceral q aquele dvd meia-sola “Live At the Radio City Music Hall”.
Principalmente pelo Dio.
QUEIMEI A LÍNGUA, quando fiz post acerca do “The Devil You Know”, do qual ainda só ouvi tecos, e q dizia ter q ir tocar num Def Leppard Cover caso o nanico cometesse ao vivo os rompantes registrados em estúdio.
Ñ é q cometeu 100% deles, mas uns 85 a 90%. PUTA Q PARIU!
Daí lembrei bem: aquele dvd foi do 1º show da então banda reunida, e certamente o alpinista de sarjeta estava gripado, ou cansado, ou em ñ tão boas condições. Falta drive naquela porra: sábado faltou muito pouco. É nítido q algumas notas ñ alcança mais, mas AINDA ñ passa a “impressão Ian Gillan” da coisa: de sujeito q insiste em cantar por ñ saber jogar dominó na praça, ou pq ñ quer ficar fazendo sudoku de jornal ahah
“Children Of the Sea” curti bem mais q a do dvd: o gnomo ñ ficou saindo fora dos tempos, pra forçar dramaticidade. “Die Young” tb ficou superior, no q dou crédito à banda em si, q demonstrou melhor entrosamento e precisão naquela parte lenta do meio. Fora o andamento idêntico, q no citado dvd ñ aconteceu.
“Time Machine”, descontado o lance guitarrístico mudo acima, mesmo tendo sido tocada meio lenta, pra mim funcionou como VINGANÇA e EXORCISMO. Consegui nela purgar o fato de tê-la ouvido naquele Philips Monsters de 1994 com aquele cagalhão do Tony Martin. Adeus, fantasma!
Músicas novas foram 3: “Bible Black” (q nem achei assim foda), “Fear” (a q curti mais) e “Follow the Tears”, de qualquer modo me dando a impressão de ter q ouvir o cd pra assimilar melhor os golpes.
Curti tb a “I” (hendrixiana) e só lamento “After All” ñ ter constado, tvz no lugar da “Falling Off the Edge Of the World”, legal, mas ñ num show de 12 sons. Trechinho de “Country Girl” precedendo a “Neon Nights” derradeira (pra dar ilusão de música a mais?) foi supresa: pena ñ a terem feito inteira.
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Pra criticar de novo um pouco: o som de caixa horroroso (o q parecia ser TB da caixa, visto Vinny pedir pro roadie trocá-la antes do bis) e baixo do Geezer Butler em muitas horas parecendo baixo trastejante (muito agudo, muito estalado).
Assim como os improvisos em demasia no meio de “Heaven And Hell”, q se reafirmaram impressão de banda bem mais entrosada (começavam e terminavam, ainda q meio incoerentemente as paradas, juntos), ñ me é música pra ficar 15 minutos ensebando. Sou chato mesmo: daria pra tocar 2 ou 3 sons no lugar.
Vinny Appice em vários momentos tocando desleixado tb me cansou: um tal de tocar com uma mão só, pra ajeitar cabelo caindo na testa, o solo chôcho, e tal. Iommi ñ é um cara de solos: q diminuísse um pouco os ímpetos na “Heaven And Hell”, ou na pré “Die Young”, ou deixasse um pouco o Butler aparecer tb!
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No fim, tirando tb o mal-estar da Patroa e o fato de ñ conseguirmos ter ido muito mais pra frente (estava ESTRUMBADA a casa), mais ou menos ver Tony Iommi e Geezer Butler, cada qual a seu lado, deu a necessária satisfação.
Torço pra q o Heaven & Hell dure o tanto/pouco q ainda deverá, e q Tony Iommi ainda resolva sair em turnês sabbathicas com Glenn Hughes (q era coisa q se anunciou antes do H&H e parece ter sido abortada. Por enquanto?) e até com Tony Martin + backing vocals de apoio (q ñ o Joe Lynndão Turner. E sem o Ice-T!), cobrindo as respectivas outras fases.
Isso me traria satisfação em acompanhar. Pois se tivessem vindo como Black Sabbath mesmo, com Ozzy a tiracolo – ou com Sharon lhe manejando os títeres ahah – provavelmente eu Ñ iria. Especulação final, meio desproposital: passemos às discussôes, em q certamente mais q um por aqui deporá como tendo sido o SHOW DA SUA VIDA.
De um lado temos a idéia de depredamento de quartos de hotel, algo pra lá de boçal e babaca, mas tb muito antigo no mundo do rock. Muito das lendas pra cima do Led Zeppelin vêm disso – e muito já ouvi falar q o empresário, ao final das estadias da banda, assinava cheques compensando prejuízos…
De outro lado, temos o Hammerfraude, banda q só moleques abaixo de 14 anos conseguem levar a sério. Por achar q são true. Por nunca terem ouvido Manowar ou Accept. Por terem em suas mentes a concepção de q heróis de verdade eram os Cavaleiros do Zodíaco.
Pra além da babaquice habitual, agora o marketing inacreditável. Noticiam depredamento de quarto de hotel, seguido de “desculpas” e de “envergonhamento”. Ah, se Joey De Maio ficar sabendo…
Aposto q antes de autorizarem a nota sair, ligaram cada qual pra sua mãe (ou avó?), chorando. E tomaram broncas das respectivas, ouvindo embaraçados q é pra ficarem mesmo só no chá de camomila.
A próxima dos caras vai ser sobre brigas entre si, em q um chamou o outro de “cara de mamão”, e o outro retrucou xingando o um de “bobão de nariz de meleca”?
(tirado do www.novometal.com)
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HAMMERFALL: banda destrói quarto de hotel em Viena
O site The Local noticiou que os suécos do Hammerfall admitiram ter detonado um quarto de hotel em Viena durante a sua atual turnê européia.
“Estamos envergonhados“, confirmou o baterista da banda Anders Johansson, de acordo com uma notícia do jornal Expressen.
A banda estava festejando no hotel Fürstenhof da capital austríaca, Viena, quando a comemoração ficou um pouco fora de controle.
Johansson admitiu que uma grande quantidade de cerveja foi consumida antes que ele e o guitarrista Oscar Dronjak decidissem exibir alguns golpes de taekwondo justamente com a ’ajuda’ do mobiliário do quarto.
Dronjak confirmou que se machucou ao dar uma cabeçada em um objeto inanimado que o “provocou”.
“A cabeça dele está horrível. Esperamos que ele consiga se recuperar. O show de Praga (esta tarde) será gravado. Ele está muito envergonhado neste momento.“, disse Anders Johansson
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PS adicional – na reforma ortográfica ficou acordado q “suécos” tem acento agora?
Coluna mensal sobre bandas pitorescas encontráveis no Metal Archieves.
Direto ao ponto:
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AASDGOIHASDGHEXEKUL
Quer montar banda blasfema com nome de demônio? Coisa mais manjada. Bathory? Nome mais poser. Q tal pôr “Baphomet” no nome? O site conta com 23 variações – algumas, de órgãos sexuais enfatizados – de bandas bafométicas.
A solução é apelar ao ininteligível. Tipo os nórdicos com nomes até comuns, mas com logos q parecem escarro em papel dobrado (e daí aberto). E essa, certamente ganha de todas.
Dou meu carro com tanque cheio a quem conseguir pronunciar o nome desses australianos (!!!), q consta terem composto e gravado os 2 sons da única demo “por correspondência”.
São descritos como Experimental Black Metal e Doom Metal. O som q ouvi pareceu chupim de Darkthrone com Emperor.
Desnecessário explicitar se tratar duma banda esculachando o Manowar. Mas por q o “of Steel“? Pra, italianos q são, tirar com o Rhapsody (ex empresariados pelo Joey De Maio), q acrescentou “of Fire“ no nome por razões de copyright.
O myspace deles capricha na galhofa, quando diz q NÃO estão procurando gravadoras, e quando descreve a banda como a mais true q existe por ser a única q matou um dragão de verdade outro dia. Um dos sons dos caras chama “Trycicles Of Steel” (referência ao famigerado episódio S.O.D. tvz?).
A fotinho acima é da capa dum dos álbuns (eles têm bastante lançados), primoroso na graça, pq intitulado “Others Bands Play, Nanowar Gay!”
No entanto, ñ ficam só no Manoteta: fazem paródias tb de Metallica e Iron Maiden, entre outros. Procurem no myspace a versão pra “The Number Of the Bitch”, com locução inicial e o escambau. A parte do grito dickinsoniano ficou a ver!
Pra mim, a prova cabal de q sueco ñ sabe fazer piada. Claramente tirando pra cima do David Lee Roth, mas ñ tão paródico como se faz supor.
Coisa clichê nórdica: trata-se de projeto paralelo de gente de outras bandas (hordas?) tão obscuras quanto. A capa acima é daquelas q se cansou de ver com Immortal velho ou nos Maniac Butcher‘s da vida.
Som constante no myspace intitulado “Black Denim And Church Burning” pra mim soou cópia açucarada de Celtic Frost.
Clube canadense anuncia primeiro show de rock para surdos
Uma pequena casa de shows de Toronto, no Canadá, anunciou para o dia 5 de março um show de rock exclusivamente para surdos. As bandas Fox Jaws, The Dufraines e Hollywood Swank são as primeiras atrações confirmadas no evento, organizado pela Universidade de Ryerson.
O clube, cujo nome ainda não foi divulgado, é montado com emoti-chairs, cadeiras vibratórias que traduzem a música numa série de sensações táteis para deficientes auditivos.
Os assentos, desenvolvidos pela universidade, foram criadas com um computador interno que analisa as frequências sonoras e as transforma em respostas mecânicas, desde movimento e vibração a rajadas de ar no rosto dos espectadores.
Haverá também intérpretes em linguagem de sinais e telões com imagens e legendas.
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E me fez lembrar dum lance: minha patroa trabalha numa múlti q emprega deficientes auditivos (por conta de lei etc. E q nem considero injusto), e disse q tem um ali – aparentemente ñ completamente surdo – q curte Guns N’Roses!
Partindo do princípio tvz equivocado de q surdos tvz ouçam um pouco mais as freqüências graves q as agudas (e nisso, em se tratando de Guns, pensar q o cara nem deve ouvir o Axl!) – e se bem q, em sendo surdo, tvz ñ se ouça é porra nenhuma! – emprestei pra ela levar pra ele ouvir o “Serpents Of the Light”, do Deicide, uma vez. Pra ver se ele conseguia ouvir o Glen Benton. Parece q ñ.
Bobeira isso.
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Ao mesmo tempo, se levassem Manowar, Motörhead ou o Deep Purple das antigas nesse bar, será q muita surdez ñ seria, paradoxalmente, curada??
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Por outro lado, tvz ñ seja essa uma experiência tão desconhecida de todos nós por aqui: ir num show e só sentir vibrações, ventinho na cara e etc. Quantos shows (inclusive gringos) q já ñ assistimos sem conseguir ouvir necas de pitibiribas?? ahah
6) “Thor (the Powerhead)”, Therion coverizando Manowar
7) “Street Of Dreams”, Guns N’Roses
8) “Stormy May Day”, AC/DC
9) “Little Cage”, The Haunted
10) “Prostitute”, Guns N’Roses
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MELHORES ÁLBUNS, DENTRE OS DEMAIS 154 ADQUIRIDOS NO ANO, MAS LANÇADOS NOUTROS ANOS
1)“Celebrators Of Becoming”, Therion (box – 06)
2)“Operation: Mindcrime II”, Queensrÿche (07)
3)“Testimony Of the Ancients”, Pestilence (91)
4)“Rapture Of the Deep”, Deep Purple (05)
5)“Empiricism”, Borknagar (01)
6)“Yersinia Pestis”, Torchbearer (04)
7)“This Godless Endeavor”, Nevermore (05)
8)“Griefshire”, Elis (06)
9)“Sideshow Symphonies”, Arcturus (05)
10)“[With Teeth]”, Nine Inch Nails (06)
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MELHORES SHOWS:
gringo: Carcass, disparado. E Young Gods, excelente e surpreendente
nacional: Golpe De Estado (sou freguês!) e Sepultura (q me queimou a língua)
PIORES SHOWS: Tristania e Biohazard, dum jeito q ñ consigo desempatar!
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DECEPÇÃO DO ANO: provavelmente ñ só pra mim, já q pautei “Black Ice” (AC/DC) por aqui duas semanas atrás e ninguém deu bola…
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PROFECIAS:
* em termos de shows, 2 ou 3 da lista a seguir virão pra cá: G3, Ian Anderson e/ou Jethro Tull, Obituary, Hammerfraude, Focus, Primal Fear, U.D.O., Jeff Scott Scrotto, Paul Ba’Ianno (mesmo morando aqui em São Paulo)
* Glenn Rugas lançará uns 2 álbuns este ano
* Anette Olzon ñ ficará no Nightwish. Só ñ consigo ver se será demitida ou se inventarão desculpa amarela
* o mesopotâmico Wacken brasileiro Ñ CONTARÁ com AC/DC nem Metallica. Tudo xaveco furado, e nem precisa ser profeta pra adivinhar: sendo as mega-bandas q são, iriam se dignar a ser headliner de festival mais ou menos? Preferirão ganhar dinheiro sozinhos com show próprio em estádio (no caso, AC/DC)…
* cast do Wacken brasileiro contará com 2 ou 3 destes, das natas da 2* e 3ª divisões: Iced Earth, Girlschool (pro público-alvo nostálgico), banda nova de Timo Tolkki, Jon Azeitona’s Pain, The Haunted, Exodus, Hirax, Saxon. Headliner? Chutes: Sebastian Barbie ou Fight remontado. Ou Manowar fazendo show de 3h, na base de 1h30min com discursos e meia hora só de finais de música.
* bandas brasucas: Stars lançando disco memorável, Chatowside em louvor ao sucesso internacional, Sepultura lançando álbum novo e único show brasuca no ano + a banda q o André Chatos estiver tendo na hora e alguma banda nostálgica intocável tipo Salário Mínimo, Vulcano (ugh!) ou Centúrias. Tirando Sepultura e André Chatos, todos tocando por meia hora antes de todo mundo, pq o metal brasuca merece apoio, reconhecimento e respeito!
* e se Sunset Midblargh for escalado, o prêmio “Peroba 2009” irá pro Velho Babão e seus acólitos
* ñ sei q banda pó pó pó virá. Mas chuto aí um Leave’s Eyes, pro maridão da chatinha vir tb com o Atrocity
sons: RAM IT DOWN * / HEAVY METAL * / LOVE ZONE / COME AND GET IT / HARD AS IRON * / BLOOD RED SKIES / I’M A ROCKER * / JOHNNY B.GOODE [Chuck Berry] * / LOVE YOU TO DEATH / MONSTERS OF ROCK
formação: Rob Halford (vocals), Glenn Tipton (guitar), K.K. Downing (guitar), Ian Hill (bass), Dave Holland (drums)
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“Stained Class”, “British Steel”, “Painkiller”, “Screaming For Vengeance”, “Sad Wings Of Destiny”, “Unleashed In the East”, ou até álbuns como “Jugulator” e “Demoliton”: todo mundo tem nesses (ou até nalgum outro, alguém q seja true ou meio do contra) um álbum favorito do Judas Priest, q em termos de serviços prestados ao metal jamais se pode acusar terem negado fogo.
Ao mesmo tempo, “Turbo” parece consenso considerar a bola fora dos ingleses (ainda q com ele algum movimento de revisionismo/reconhecimento tardio esteja acontecendo – como tb com álbuns como “Another Perfect Day”, do Motörhead, “Born Again”, do Black Sabbath, ou os da era Blaze Baleya no Iron Maiden). E como fica este “Ram It Down” subestimado, vindo entre tal fiasco experimental-comercial e o “Painkiller” (sim, teve o “Priest… Live!” entre aquele e este, mas o estou desconsiderando), maior disco do Judas, cujo patamar jamais será igualado, sequer superado?
O miguxo Tucho me esclarecia outro dia (pq eu ñ sabia) de ser “Ram It Down” o álbum de retomada do Judas ao Heavy Metal. Algum arrependimento, aliado a fracasso comercial, certamente influenciaram nisso, q de resto a capa (a mais legal deles, pra mim) ostenta e alguns títulos de músicas escancaram.
Pois parece ser isso mesmo. E ouvir “Ram It Down” torna-se ainda mais divertido quando o ouvimos enquanto rascunho pro “Painkiller” q viria. E tb enquanto aprimoramento, sob certos aspectos, de equívocos cometidos em “Turbo”.
Tudo é mais pesado por aqui, e embora algumas timbragens sintetizadas tb emanem das guitarras (ñ se dão tb na posterior “A Touch Of Evil”, tão admirada? Só q feita bem mais discretamente), a coisa neste soa bem melhor temperada. Mais pesada, à exceção de “Blood Red Skies” um tanto. Considero injustiça botar-se “Ram It Down” no mesmo balaio pejorativo do anterior, coisa q até sites como o www.allmusic.com fazem. Parece existir muita má vontade para com ele, mais do q audições atentas e isentas.
Malditos 80’s, quando tb Iron Maiden, Rush e ZZ Top parece q viram-se forçados a experimentar equipamentos e/ou sonoridades modernas (e, em verdade, modernosas. Falsas. O q só o tempo acabou por demonstrar), e dos quais apenas os canadenses saíram ilesos (por conta de apesar de alguns excessos – como um álbum chamado “Power Windows” – a tecnologia mostrar-se congruente ao futurismo destes): os texanos se vêm reféns das batidas eletrônicas até hoje, mas qualquer demérito em álbuns recentes, a meu ver, se dá mais por falta de inspiração, enquanto q o Maiden se salvou por ñ haver trocado Nicko McBrain por nenhum japonês de marca Cassio ou Roland. Enfim…
Voltando à tese do aprimoramento sonoro, soa hoje visível q uma mudança de baterista se faria necessária. E ñ apenas por culpa da timbragem digital ou da mixagem (pô, nem bandas EBM tacavam o som da bateria tão alto, como os q constam em “Love Zone” e “Love You to Death”) q sons – como “I’m A Rocker” (com algo q ñ sei bem q, q me remete a “A Touch Of Evil”…) e, novamente, “Love You to Death” – soem tão robóticos: as guitarras começavam a ficar mais sinuosas, mais técnicas, mais thrash, menos retas, e Scott Travis entrando no álbum seguinte só fez consolidar uma pegada mais orgânica, pq tb mais moderna, já q mais antenada com bateristas q fossem mais do q apenas metrônomos marcadores de andamento. Ñ q Dave Holland fosse uma bosta de baterista: apenas parece ñ ter se adequado aos novos tempos.
No todo COESO do álbum, pra mim apenas “Blood Red Skies” e “Monsters Of Rock” destoam um tanto; a 1ª, por ser a música mais ousada ñ só do disco, mas tb da banda: ao longo de seus quase 8 minutos, contém uma parte inicial com vocais inspirados – e tb um tanto irreconhecíveis, atípicos, de Rob Halford – bem interessante (além de fornecedora de impressões do quão bandas fracas recentes, como Primal Fear e Hammerfall, tentam emulá-la), enquanto do meio pro fim soa quase q um som programado. Ñ fossem uns arrouobos guitarrísticos esparsos, seria como Halford cantando sobre base pré-gravada sem graça e sem sal…
“Monsters Of Rock” soa experiência por eles ñ mais replicada q tvz gerasse bons frutos nos tempos atuais de Halford pó da rabiola (consigo imaginá-la coerente no “Angel Of Retribution”, no lugar daquela desnecessária “Lochness”): mais lenta, quase arrastada, semi-épica, e com um clima q bandas como o Manowar jamais atingiram.
Citar o Manowar ñ é por acaso: em se dando atenção às letras, q se alternam entre odes aos headbangers, ao Heavy Metal em si, à banda e às rotinas devassas do backstage (procurem lê-las: ñ darei os nomes assim de mão beijada…), tenho soarem mais autênticas ao menos, mais fidedignas com a imagem de uma banda de verdade, menos clichês. Ñ há aquilo de forçação de barra de batalhas imaginárias, espadas de gente preocupada em demasia com o tamanho do pau ou do peitoral, sanguinolência imberbe nem valentia infantilóide.
Falar de “Hard As Iron”, por outro lado – pra voltar a falar do q há de bom, e a ser (re)descoberto em “Ram It Down” – é falar no melhor som, e mais pesado, mais rápido e mais DENSO da banda até então. Façam o exercício (fácil) de imaginá-lo como preparativo para “Leather Rebel” e/ou “Metal Meltdown” vindouras. A faixa-título, na abertura, em atuais tempos tvz incomode pelo gritinho “massacration” (outro chupim estilístico da banda q o Manowar conseguiu apenas vulgarizar) inicial, mas tem uma pegada quase hardcore – quando hardcore significava testosterona e ñ estrogênio – q pré-refrão e refrão apenas valorizam e complementam.
“Heavy Metal” (com um baita pré-refrão), “I’m A Rocker” e “Love You to Death” (q, como “Love Zone”, enganam no título, ñ se tratando, em espécie alguma, de quaisquer esboços de balada) contêm elementos mais tradicionais, daqueles q se poderia imaginá-los em discos anteriores, sem demérito. Apenas na última, o minuto final estraga um tanto, no q se pode creditar o Judas como infelizmente gerador de partes ‘gato trepando’ irritantes em bandas de melódi-cu ou derivativas já citadas. “Come And Get It” ñ curto tanto, por soar bem hard rock (a base principal nela me remete a Ted Nugent, sei lá), mas surpreende nos solos aloprados e numa vocalização beirando o gutural de Halford, coisa rara.
A versão pro som de Chuck Berry tvz seja “ame ou odeie”, e é o único som do álbum com videoclipe, facilmente encontrável no You Tube (e q foi parte tb da trilha de filme adolescente oitentista, “Johnny B.Goode”, q ñ lembro se teve tradução por aqui, e contava com Anthony Michael Hall e Wynnona ‘Maluf’ Rider no elenco). Ficou bastante modificada – ñ na letra, porém – em relação à versão original e creio se prestar exemplarmente como amostra das contradições q permeiam como um todo “Ram It Down”, álbum modernoso, mas tb orgânico; comercial, mas tb visceral; artificial, mas tb abrasivo (alguns solos de guitarra são coisa de louco. Fora Halford mandando MUITO bem: supor tocarem atualmente alguma coisa daqui ao vivo tvz seja devaneio).
Eu gosto, acho divertida. Assim como “Ram It Down”, q tvz possa nem ser elencado como dos álbuns favoritos do Judas Priest pra maioria dos headbangers, mas reconsiderá-lo é algo q eu sugeriria como opção jubilosa, gratificante.
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P.S. – algumas versões do cd (como a minha) ainda contam com versões de “Night Comes Down” e “Bloodstone”, antigas, ao vivo de turnês anteriores, o q pra fãs convictos do Priest tvz funcionem como estímulo adicional à reconsideração de “Ram It Down”. Pra mim, ficou como material bônus q acrescenta pouco.
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CATA PIOLHO CLXXIII – motörhéadico de novo. Hoje, capístico.
A 1ª tirada algo homofóbica q disse q cometeria, sabendo já no sábado q havia ganho par de ingressos – pois é, Rodrigo, nem eu entendo!! – pro domingo, dizia aos amigos/comparsas das bandas: q iria ficar gritando ali na pista “bicha, bicha, bicha”, pra o Rob Halford então responder “thank you” ahah
Fora afinidade boiolística da vez (tudo bem q tinha tb uma mina), a meia dúzia de bambis era reveladora, no mais, a quem ñ é daqui de SP, do perfil do são paulino típico: aquele q sai do armário nesta época, e q é o torcedor q ñ viu um único jogo do time até há umas 3 rodadas, ñ sabe dizer o nome de 2 jogadores q ñ o do Rogério Ceni incluído, e q só torce pro time se ele chega em final de campeonato e ñ estiver chovendo…
(embora estivesse chovendo um pouco domingo à noite). Bah!
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O q posso resumir do show do Judas Priest cabe em 2 ítens:
1) ñ foi assim um Carcass;
2) se puder resumir numa ÚNICA palavra, esta seria “Digno”.
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18 sons, produção razoável pra ótima de palco, em 1h e 40 corridas. Comparações inevitáveis ao show de 1991 (no 2º Rock In Rio) ou ao show solo de Halford na edição 3 tb me vieram à mente.
Como o temor – felizmente ñ concretizado (ñ sou nem Mãe Dinah, quanto mais profeta ahah) – de q seria uma mixórdia qualquer tentativa de show com um vocalista notoriamente decadente. O miguxo Inácio (ausente por aqui já há um tanto), os viu nos EUA há uns anos e atestou o quanto Halford já ñ agüentava mais berrar como antes… Gente q os viu há algum tempo naquele show com Whitesnake tb o desmereceu.
Só q “Painkiller”, p.ex., me soou melhor executada q a do Rock In Rio 2 (disponível no You Tube): Halford se esgoelou de berrá-la. Tanto q ficou tonto (MESMO!), tendo q se escorrar em P.A. e num dos corrimãos do palco: quem pôde ver, VIU isso. Obviamente q ñ ficou perfeita, mas se a de 1991 foi 70%, a de domingo beirou os 85%.
E quando digo DIGNO em me referir ao show, refiro-me a Halford como o fiel da balança na apresentação: pois nitidamente se percebeu um set-list feito na medida pra q ele pudesse surpreender (e se esgoelar) e tb desencanar, ficar confortável, nalguns outros momentos. (Comparação com o Heaven & Hell ñ deixou de me vir: Dio forçando a barra naquele dvd tentando fazer sons q já ñ consegue, nem conseguiria. Ugh!). O uso inteligente de ecos e delays tb o ajudaram bastante. Porém, músicas velozes como “Rapid Fire” ou “Jawbreaker” (ausentes) provavelmente jamais serão executadas novamente: o cara ñ terá mais fôlego.
Por outro lado, “Hell Patrol” (a mim um tanto decepcionante, por ser a q eu mais esperava) pareceu executada em tom alterado (“The Hellion/Electric Eye” tb??), e foi sonegada em refrão (assim como o de “Breaking the Law” e sua parte “you don’t know what it’s like”, instados a q fizéssemos. E, sim, o fizemos) e em berros. Sendo isso tudo algo assumido – ui! – por ele mesmo, ao longo da apresentação: no 1º agudo proferido em “Breaking the Law” (no mais, colocada antes do meio do show), brincou fazendo careta de arrego, botando a língua pra fora, pra todos q podiam ver. E assim se deu tb em “Dissident Aggressor” (q puta surpresa ela incluída!) e na “Sinner”, a de 2º melhor momento BERROS.
O cara tá muito velhinho, parecendo um avô, quase uma cruza do Piu-Piu com o Raul Seixas decadente de seus últimos anos. Se move pouco, mas ñ estava tão letárgico quanto no show de Halford, banda, em q ficou refém dos teleprompters. Se teve uso disso domingo, disfarçou bem.
O momento de maior respiro aconteceu em “Angel”, a única do “Angel Of Retribution”, e q, longe de ser a minha preferida (se fosse pra rolar balada do álbum em questão, eu tvz curtisse mais “Worth Fighting For”…), ainda assim me soou bem, estrategicamente colocada no meio do set. Por outro lado, os 3 sons de “Nostradamus” executados – a intro “Dawn Of Creation” + “Prophecy” (achei legalzinha) e “Death” (q o mais legal foi ver Scott Travis em seu jeito bizarro de rodar baqueta. Alguém me explica como o sujeito parece rodar o braço e ñ a baqueta???) – ñ me deram vontade de baixar nem de comprar o álbum.
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Outras surpresas foram as inclusões de lados-b tipo “Between the Hammer And the Avil” (preferia “Leather Rebel”, mas…), “Eat Me Alive”, “Devil’s Child” (melhor ao vivo q no disco) e “Rock Hard, Ride Free”, q os fãs das antigas bradaram com gosto. Aliás, em termos de presença, fora eu e a patroa e os 6 bambis + são paulina ali na pista, o q havia era muito TIO. Ñ tiozinhos (como eu), mas sujeitos grisalhos mesmo, daqueles q provavelmente já conheciam o Priest no lançamento do “British Steel”; mulherada tb era pouca ali.
De resto, vi uma banda bem discreta: nenhum dos outros 4 chamava muito atenção. Tvz fosse o comedimento de gente já em fim de turnê: K.K. Downing em sua roupa de couro parecia um traveco; Ian Hill ficou lá pendulando todo o tempo e é o q parecia mais surpreso ante a receptividade; Glenn Tipton manteve o mindinho direito levantado de sempre; Scott Travis passou boa parte das músicas entretendo-se em jogar pro alto baquetas pra pegar de volta (e numas duas ou 3 vezes, ñ conseguiu, rindo disso). Mas todo mundo muito competente, sem erros visíveis ou palpáveis.
Média com bandeira do Brasil no bis foi de praxe, mas senti a banda meio como o time do Palmeiras: sem tanta vibração assim. Cena com bandeira no pescoço, Halford voltando ao bis como motoboy (na sensacional “Hell Bent For Leather”, sonegada dos “come on!”) e o final apoteótico (daqueles q o Manowar insiste em imitar mal) com a chatinha “You’ve Got Another Thing Coming” foram parte do show como TERIAM q ser parte do roteiro. Ñ estou assim reclamando: foi o q eles puderam fazer.
E ñ foi pouco. Faltaram músicas? Sim. Daria pra tocar tudo? Ñ. Mas ñ venderam o q ñ podem mais vender, e isso é trunfo e RESPEITO para com o fã. Certamente ñ durarão outros 2 álbuns + turnê, mas ñ me senti enganado. Foi legal.