Argentina, em recessão fodida, escorraçou na urna o neoliberal filho da puta.
Colômbia em convulsão.
Bolívia e Venezuela, em suas peculiaridades, tb navegando marés de indignação.
Figuras eméritas no heavy metal, brasileiro inclusive (ñ Marcello Pompeu, nem Andreas Kisser), têm se pronunciado. Solidarizado. Compartilhei os prints aqui no Facebook, tirado do grupo “Metal Contra o Golpe”, cuja fonte é um site, “Rock Dissidente”. Em grupo de “metaleiros sujos” facebúquico, bando de filhos da puta ainda fica no papo “e o Lula?”, “mas o PT…”. Bando de pau no cu.
Lembrete mental: jogar no lixo cd do Armahda. Q tem monte de isentão pau no cu. Ñ vou doar nem vender, jogo no lixo mesmo.
E aí no Brasil, o site-referência (ainda é?)… nada cita. Ninguém é obrigado a concordar com opinião, mas ñ estão sequer citando nada disso. Nem o momento escroto miliciano em q vivemos. Medo? De perderem acesso? Patrocínio? Omissão. Isentões. Paus no cu.
“Tô nessa pelo som, vai ficar falando de política agora?”
Mas tem post citando q o Detonator tá fazendo versão de “Caneta Azul”.
Puta q pariu. Fascismo ñ é opinião. E omissão é assentir com essa merda toda.
Foi uma noite realmente underground. Pelas bandas e pelo público: ñ devia ter mais q 50 pessoas pra ver Funeratus e Obskure. Q nem pano de fundo (backdrop é o caralho) ostentaram. Provavelmente ñ têm, ñ pq esqueceram.
Por outro lado, a “puta estrutura”, como disse o vocal do Funeratus. Som impecável, luzes, horário decente (início pontual às 21h30min), banheiros limpos e lanchonete com salgados, sanduíches e bebidas (inclusive alcoólicas) à disposição, em preços módicos. Lugares pra sentar, pra tiozões como eu, tb contam.
Pior pros metaleiros dorme sujo e mochilinha na porta, q (ainda) preferem ficar bebendo no boteco fora ou tentar entrar com garrafa de vinho de plástico enrustida. A realidade desse Sesc abraçar o underground do metal brasileiro pede outra postura.
****
Neste ano desgracento de 2019, já tenho 17 shows idos, vários em Sescs. Ratos de Porão + Surra (2 noites) e Krisiun (idem), no Sesc Pompéia, onde vi tb Lacerated And Carbonized abrir pro Ektomorf; Mutilator, The Mist e agora Funeratus + Obskura no Sesc Belenzinho. Tudo a TRINTA REAIS. Com direito a meia, SEM MIGUÉ nem COTA. Com direito a quem possuir a carteirinha da instituição a pagar NOVE REAIS pra entrar.
Tem q ser muito pau no cu pra continuar indo nos rolês falidos e eventos de ex bandas, como Sepultura, Angra (inaugurando filão de “tributos a André Matos”), Korzus (ñ fui ver Onslaught outro dia por causa deles) e Detonator.
Sei lá. Minha opinião.
Fui ao show por acreditar q minha presença ajudará a continuidade desse tipo de show extremo (aliás, planejado Test + Deafkids em 22.11; aliás mais: Nervosa dia 2.11 no Pompéia; aliás ainda mais: Krisiun tocou no Sesc Bom Retiro no último 23.10). E sem conhecer nada das bandas.
Show à moda antiga.
Do Funeratus, já tinha maiores informações. E curti. Na comparação com o Krisiun, soam mais rústicos, ñ tão precisos. E tudo bem. Por outro lado, achei o vocalista (aliás, tb baixista; aliás, tb toca pra caralho) muito foda. Muito agradecidos pela oportunidade, ñ desperdiçaram a chance de tocar com som bom; o único senão, jogo o papo meio besta de falar em “irmandade do metal”, “hail brothers” e essas caricaturas, q poderiam ser melhor elaboradas. Até apresentar a banda soaria melhor.
Mas é o underground, e o underground às vezes ñ sai das bandas. Outro ponto negativo, mas positivo: tocaram meia hora só, respeitando a noite e o Obskure, headliner. Mas uma puta meia hora.
Tinham cds (são 3) e umas baitas camisetas pra vender.
Já o Obskure, em q pese anunciarem comemoração de “30 anos de banda” (marketing q ñ curto – quantos desses realmente ativos?) e virem com formação inchada (sexteto) e som decente etc. ñ me agradou.
“Death metal melódico” tentando ir numa praia dimmuborgeana. Nada contra, mas em banda com duas guitarras (cometendo alguns riffs bacanas), um teclado ficou exagerado. A ponto do amigo Eric uma hora zoar, me perguntando se era o “caminhão de gás passando” ahahah
O vocalista era mais articulado na hora de falar entre os sons, mas me incomodou q parecia o vocal d’O Rappa ahah Exagerou um pouco uma hora, puxando do bolso lista com bando de gente pra agradecer. Agradeceu ao Krisiun, q aparentemente indicou os caras pra tocarem lá.
Disse ainda o vocal q a última vez deles por aqui tinha sido em 2008, numa “metal battle” pro Wacken. De certo modo, faz sentido: banda mais lapidada, com preocupação com figurino e tudo e som até mais acessível. Músicas q mais curti foram as 2 últimas: a penúltima, sem o teclado e com um dos guitarristas (o antigo vocalista) fazendo. A última, uma versão bizarra pra “The Wizard”. Aquela.
Compareceram. Representaram. E tb tocaram pouco; no máximo 1h. Eram 23:15 e já estávamos eu e o Eric no metrô (q fica a 10min do Sesc). Mas foi bom. Foi honesto e foi de novo prova de q ñ dá mais pra ficar vivendo de Sepultura (aliás, nenhuma camiseta), Angra, Korzus e Detonator. Ou de eventos suspeitos e de mesmíssimas bandas natimortas de abertura.
Vou a todo evento assim q tiver de metal extremo. As bandas merecem e o público fará por merecer tb. De minha parte, sei q mereço ir a evento underground q ñ seja picareta ou meia boca.
Lembrete a mim mesmo: ouvir (mais) “Escorrendo Pelo Ralo”, o novo do Surra. Pô, já comprei.
Aquilo de “encontrar tempo”. Enquanto isso…
Entrevista abusiva, questionário incomum Comando através de palavra chave ativa Personalidades que tu não vai conhecer
A partir de agora somos diferentes Somos fortes, somos assassinos natos Nada surpreende mais que o poder da mente humana De se auto complementar Criando uma rede, nova história pra si mesmo Nossa vida faz sentido dentro do que a gente acha que viveu
Quem assume o controle Quando a nossa natureza Foi levada às profundezas Pra nunca mais acordar?
Espionagem, presidência e celebridades Fazem um caminho montado dentro de um laboratório Fazem lobby, propaganda, montam o destino de forma elaborada Para que todos obedeçam LSD, afogamento, soro da verdade, choque elétrico e dissociação da mente Banalização da violência e da miséria Um robô de carne e osso que obedece e nada sente
Embargo, testes nucleares Tortura e ação militar
É inocência acreditar Que um dia vão negociar A única saída possível Destruir o imperialismo
Neste 2019, lembrou-se dos 50 anos do festival. Ñ me ocorre ter havido um festival oportunista caça-níqueis fajutaço e mainstream em “homenagem”, como ocorreram em 1994 (25 anos) e 1999 (30 anos – aquele dos incêndios e tumultos).
Depoimento de Henry Rollins, cuja Rollins Band tocou no de 1994, contido no encarte da coletânea souvenir dupla “Woodstock 94”:
“When the wind blew towards the stage all you could smell was the sweat of over three hundred thousand people. It was so much flesh, humans as far as you could see. Time seemed to hang suspended while we played. While I was walking off I tried to look out there so hard I would never forget it. We had a blast“.