maio 2014
SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA THRASH COM H
“Diamond Dreamer”, Picture, 1982, Backdoor/Tribunal Records/Hellion
sons: LADY LIGHTNING / NIGHT HUNTER / HOT LOVIN’ / DIAMOND DREAMER / MESSAGE FROM HELL / YOU’RE ALL ALONE / LOUSY LADY / THE HANGMAN / GET ME ROCK’N’ROLL / YOU’RE TOUCHING ME
formação: Shmoulik Avigal (vocals & backing vocals), Jan Bechtum (guitar/keyboards), Rinus Vreugdenhil (bass), Laurens “Bakkie” Bakker (drums)
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Nunca é tarde demais pra se descobrir bandas boas do passado. E nunca se é velho demais pra se encantar com bandas do passado como o Picture, q poderiam ter tido melhor sorte. Mercadológica, claro.
Os amigos das antigas por aqui provavelmente objetarão: “porra, esse cara nunca tinha ouvido Picture? Tive patchs do Picture nos meus jackos!”… Pois deixo cair uma máscara aqui: até 15 dias atrás nunca nem tinha visto ou ouvido nada deles.
Pra piorar ainda mais o desgosto de ñ tê-los conhecido anteriormente: indiquei prum amigo vocalista (do Ministério da Discórdia) no Facebook este “Diamond Dreamer”, supondo q ñ conhecesse os holandeses… até o sujeito me retrucar um “vi os caras no Manifesto sábado passado. Com Grim Reaper abrindo”. Ou fechando. Porra.
Por algum motivo tvz intuitivo fiquei sabendo dos relançamentos recentes e remasterizados dos 4 primeiros álbuns da banda – “Picture 1”, “Heavy Metal Ears”, “Diamond Dreamer” e “Eternal Dark” – registrados initerruptos entre 1980 e 1983, em versões acrílicas “2 em 1”, contendo capas e encarte com histórico e informações básicas.
E apenas com uma relativa esquisitice: 1º e 3º constando num disco (o último como capa) e 2º e 4º num outro (o último como capa)… provavelmente por conta das capas dos discos “3º” e “4º” serem mais legais.
Pessoalmente, creio ter sido ótimo momento pra conhecê-l0s: tivesse feito ainda nos 80’s, tvz tivesse gostado um tanto, enjoado e os abandonado às traças. Por imaturidade: me interessava bem mais o BARULHO e a VELOCIDADE antigamente. Tocando bateria, provavelmente descartaria a banda pelo trabalho “pobre” do baterista, além do mais. Por outro lado, conhecer Picture agora – podendo situá-los na cronologia do heavy metal mais detidamente – me fez apreciar o trabalho, q alguém com os ouvidos de “hoje” tvz pudesse considerar derivativo, comum.
Explico: a banda carregava muita influência de Judas Priest, Rainbow e Thin Lizzy – “Lady Lightning”, na abertura deste “Diamond Dreamer” entrega de bandeja a dos 2 últimos – e o contexto da época, com Saxon (com quem fizeram turnê conjunta), NWOBHM rolando (naquela pegada característica, meio hard rock, meio metal), Grave Digger ainda nem nascido e Accept formatando seu som, lhes era contemporâneo. Atualmente, montes de bandas consideradas “true metal” ou “metal tradicional” beberam dessa fonte e a vulgarizaram, desgastaram.
Os sujeitos, ainda q comentendo uma “NWOBHM holandesa”, foram das tantas a criar esse molde sonoro. Porém, ñ os culpo pelas porcarias posteriores emuladoras de tal formato: “seguidores” tendem a diluir as coisas de fato. O zeitgeist oitentista de fazer heavy metal era assim mesmo: direto, sem firulas e na cara.
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As guitarras se valem de bases às vezes muito parecidas, ocasionalmente recorrendo a palhetadas mais tercinadas – o q o thrash metal vindouro desenvolveria à exaustão – apenas em “Get Me Rock’n’Roll”, e ainda mais ocasionalmente a riff (como em “The Hangman” – diferenciada no todo por ser tb mais sombria). Tremendo guitarrista este Jan Bechtum, de bom gosto em criação de climas e adepto de solos enxutos – o q ñ significa, mesmo, solos feitos pra constar ou de qualquer jeito.
As levadas baterísticas são bem diretas e simples, de poucas firulas e uso parcimonioso dos 2 bumbos; meio rolando “o q a música pedia”. Básicas, ñ pobres. Se ñ era tão ostensivamente técnico, o tal “Bakkie” ao menos demonstrava bastante segurança e pegada – diria q soando até melhor q o baterista do Judas Priest à época, nesse sentido. O baixista Vreugdenhil é discreto até a página 2, oferecendo a “ponte” entre ritmo e melodias – fora dar peso aos sons – como baixistas hoje em dia meio desaprenderam.
O vocalista de nome estranho – um israelense radicado na Holanda, atualmente ainda ativo nos EUA, nalguma banda chamada Avigal – pra mim é o destaque-mor no trabalho: e se em alguns momentos chega a parecer um “David Coverdale macho” (dá-lhe “Hot Lovin'”!), ñ é demérito. Tampouco seu drive vocal, tão característico dum outro gigante vocal, Ronnie James Dio. Sujetivo isso, mas ñ me cansa a paciência, e creio tb ñ o fazer em quem arriscar ouvir o trabalho.
O fato de ter sido este o único disco da banda de q participou – rancou fora pq brigou com o empresário, diz o histórico (ñ traduzido) no encarte – acho realmente lamentável: “Diamond Dreamer” me é o preferido nesses 4 relançados, sobretudo por ele. Ainda q provavelmente pouco tenha colaborado com letras, todas bem parecidas: construções simples de duas ou três (raras) estrofes + refrão q repete o título. E tratando de mulheres fatais/idealizadas ou de sujeitos outsiders, durões, rock’n’roll. Sem variações.
O feeling de Avigal fez muita diferença aqui, bem mais q a crueza dos vocalistas anterior (Ronald van Prooijen) e posterior (Pete Lovell – presente na “volta” dos caras à ativa desde 2009). E tvz elevasse a banda ao sucesso comercial bem mais q sua conversão a um heavy metal mais padronizado (metido a ocultista, inclusive) em “Eternal Dark” ou q o uso de bateria eletrônica num mal afamado 5º álbum chamado “Traitor”…
Meus sons preferidos são os mais pesados: “Lady Lightning”, “Message From Hell” (o som mais Priest ñ feito pela horda de Tipton e Dawning), “You’re All Alone” e a faixa-título. No entanto, “Diamond Dreamer” é bastante homogêneo, fora compacto (ñ chega a 40 minutos – outra boa característica discográfica da época)… com o bônus da balada indefectível aparecer em último: “You’re Touching Me”. No entanto, sem ofender ou abusar da sacarose.
O Picture ficou pelo caminho, mas nem tanto: tornou-se banda cultuada (vejo escarrada influência deles em muita banda brasuca oitentista, tipo Centúrias), e vem retomando trajetória. “Diamond Dreamer” me soa álbum q envelheceu bem, e ñ me parece tão pouca bosta isso: tirando Iron Maiden e Saxon (Def Leppard tb, vá lá) e suas evoluções e peculiares mudanças – q as fizeram sobreviver até hj – qual banda de veia NWOBHM teria passado no teste do tempo assim tão bem, sem ter virado fetiche de Lars Ulrich ou motivo de adoração embolorada?
Além disso, agora q eu já os conheço e curto, posso tb mandar se foder quem nunca os ouviu ahahah
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=0xxYZcgjvqw[/youtube]
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CATA PIOLHO CCXXX – capístico.
Ñ fosse eu tão fã de Rush, os acusaria de plágio, na cara dura. Prefiro considerar o último momento de influência salutar admitida. Faço o seguinte: ponho a culpa no capista, Hugh Syme, vigarista duma figa!
GENTE Q FAZ
Nunca tinha ouvido falar do tal Bill Hudson, brasuca e guitarrista de carreira gringa. Provavelmente muitos dos amigos por aqui tb ñ. Tocou no Vital Remains e tb no Circle II Circle (!!).
Há uma matéria extensa no whiplash sobre o sujeito, repleta de REALIZAÇÕES e OPINIÕES, das quais reproduzo algumas por aqui. Achei simplesmente memoráveis.
O negócio todo toma uma meia hora (vale a pena!) e está aqui: http://whiplash.net/materias/entrevistas/203985-circleiicircle.html
Simplesmente o cara falou coisas q há 11 anos venho opinando por aqui neste velho e carcomido blog. Trocaria 11 anos de Thrash Com H por ter conduzido essa entrevista.
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1. as bandas q surgem e se vão
Você tem idade suficiente para se lembrar da ascensão e estabelecimento de alguns nomes do Brasil no cenário internacional, como o Sepultura e o Krisiun, assim como o completo e absoluto naufrágio de outras bandas nacionais que investiram muito na tentativa de se lançar internacionalmente, pagando grandes nomes para aparecerem em seus discos e shows e discos e se endividando para viabilizar precárias pseudoturnês pela Europa. A seu ver, na privilegiada condição de músico brasileiro que não toca música tipicamente brasileira e radicado há tanto tempo no exterior com reconhecimento de músicos de porte no meio do Metal, o que determina o êxito ou o fracasso de um músico de Metal brasileiro perante o público estrangeiro?
Na verdade, comecei a gostar de música em 1993, quando o Sepultura já era estabelecido e todo mundo tinha uma cópia em vinil de ‘Arise’. O Krisiun, para você ter uma ideia, eu só fui ouvir falar aqui nos EUA, bem como o Hibria [a minha banda preferida dentre as do Brasil]. Então eu não cheguei a assistir a ascensão de banda nenhuma, assim em tempo real.
Porém, você está certo, eu assisti TODAS as outras bandas tentarem e naufragarem. Essa situação foi EXATAMENTE o que me fez querer sair do Brasil, uma decisão pelo qual eu me dou parabéns por ter tomado todos os dias [risos]!
A meu ver, em qualquer lugar no mundo, fora o Brasil, você precisa das mesmas coisas: talento, determinação e os contatos certos. Se você trabalha duro, consegue. Fora do Brasil, ninguém está preocupado com “de onde você e”, e sim o que pode trazer para qualquer situação profissional. Em MENOS DE UM ANO morando nos EUA, eu já estava no cast da Metal Blade Records e com patrocínios das principais marcas do mundo. Com 2 anos aqui eu já tinha rodado o mundo em turnê e dividido o palco com o Heaven And Hell no Japão. Sempre fui pago pelo meu trabalho. NUNCA paguei pra tocar, NUNCA paguei para ter exposição que não fosse merecida e bancada por uma gravadora e parte de uma campanha de marketing.
No Brasil, um músico brasileiro é sempre isso: um “músico brasileiro”, no sentido de não poder nunca estar no mesmo “nível” que os que não o são. Por isso eu digo que o que determina o êxito ou fracasso para um brasileiro é o mesmo para um coreano, sueco ou japonês. Trabalhe duro e conseguirá. Fique em casa falando besteira na internet e não conseguirá. Só que se o cara for brasileiro, é muito melhor ele mudar de país primeiro e fazer uma carreira lá. O Brasil foi o vigésimo nono país que toquei na minha carreira, em ordem. Eu fiz show em Dubai, Japão, toda a Europa e todo o continente Americano, antes de fazer no Brasil. Virou mais um país, ao invés do “meu país”.
Porém, entenda que “trabalhar duro” vai muito além de tocar. Tem que ter o visual, estar em forma… não ficar a semana toda bebendo e reclamando da vida. Saiba negociar, conversar com as pessoas. Aprenda outras línguas, estude sobre o business. Seja honesto, não pise na cabeça de ninguém. Pra mim, existe sim uma fórmula para o sucesso, mas a maioria não segue.
2. “complexo de vira-latas” brasuca. Reputação exilada, pra ñ dizer desconhecida, aqui
Você acha que essa postura colonizada do povo brasileiro em sua absoluta maioria de precisar se ver pelos olhos do estrangeiro, ou da metrópole, e começar a apreciar seu próprio valor somente depois que o gringo o reconhece é uma doença psicossocial irreversível ou um adianto para que artistas mais esclarecidos se destaquem quando se propõem a imigrar para outro país com real tradição no rock pesado e se estabelecer por lá?
“Doença psicossocial irreversível” é talvez a melhor definição do que acontece no meio metal do Brasil que eu já ouvi. Será que posso usar esse termo daqui pra frente? [risos]
Veja, estou digitando essas respostas do meu estúdio em Los Angeles. Estou gravando umas demos para um novo projeto que estou desenvolvendo com o David Vincent [Morbid Angel]. Hoje é meu primeiro dia de volta em casa depois de 5 semanas no Brasil. Nesse tempo, percebi algumas coisas sobre o Brasil e essa necessidade de aprovação de fora, o que é bem triste, pois temos, na minha opinião, os melhores músicos do mundo no tocando no rock e heavy metal.
Já fui ao Brasil em turnê por duas vezes, em 2012 com o Vital Remains e em 2013 com o Circle II Circle. Ambas são bandas muito estabelecidas no seu estilo, e ambas tiveram seus maiores públicos em São Paulo [coisa que duvido que saibam por aí]. Em ambos os casos, as pessoas vinham falar comigo em inglês. Sempre fiz o meu melhor para deixar claro que era brazuca, como eles. Pagava bebida pra galera, tirava trocentas fotos, etc. Mas eu acho pessoalmente, que passaram a me tratar diferente por isso. Para o brasileiro, o mero fato de a pessoa ser de lá faz dela menos importante, o que é muito triste. Não estou dizendo que quero ser tratado melhor, mas a verdade é que senti a diferença entre quando as pessoas achavam que eu era estrangeiro e quando perceberam que não era. Realmente é meio esquisito para mim, e um fenômeno 100% brasileiro.
Compare isso com, digamos, a Suécia. Os artistas de lá fazem suas maiores turnês em seu país natal. A turnê de verão do Sabaton será em ESTÁDIOS. Cara, qual foi a última vez que você ouviu de uma banda de Power Metal lotar um estádio? Com Udo Dirkschneider como abertura?! Bandas suecas têm publico de 5 – 8 mil na Suécia enquanto fora, 1500 – 3000. Eles pensam exatamente o contrário do que o pessoal no Brasil!
No meu caso, das 3 turnês comemorativas de discos do Savatage que já foram feitas [em ordem, 2011 com “Hall of The Mountain King”, 2012 com “The Wake of Magellan” e 2013 com “Edge of Thorns”], eu fui guitarrista em duas. A próxima, que será a de “Streets”, eu também farei. São 3 de 4 turnês, com os membros originais [Zak Stevens e Jon Oliva]! Toquei mais Savatage nos últimos 3 anos que qualquer guitarrista. Mesmo assim, todas as vezes que saí em qualquer publicação de metal do Brasil ou foi por que você me colocou, ou o Guilherme Spiazzi da Roadie Crew, que conhece a minha carreira, pois morou 12 anos nos EUA! O Ricardo Batalha, o Julio Feriato e o Vinicius Neves já me abriram um espaço legal em seus programas de TV também, mas é uma coisa bem rara de acontecer.
Se algum outro membro de qualquer dessas bandas aportasse no Brasil, haveria um puta fuzuê e coletiva de imprensa, etc. Então eu sinto isso na pele, meu amigo!
Não acho que isso seja um adianto de forma nenhuma… Isso na verdade deveria mudar. Mas não vai, então, pra mim virou algo com que eu tenho que conviver e seguir minha vida.
Recentemente, um cretino brasileiro se certificando como algum tipo de autoridade do Death Metal lhe abordou em público questionando seu envolvimento com o gênero, já que ‘cê num é du défi!’. Esse tipo de postura beócia, tacanha e juvenil existe também entre os fãs estrangeiros, ou predomina de maneira peculiarmente acentuada no Terceiro Mundo?
[Risos] Isso foi no show do Obituary, na Clash Club. Depois da apresentação, no camarim, um cara de 2 metros olhou pra mim e perguntou “Não foi você que tocou com o Vital Remains?” e eu respondi que sim, já estendendo a mão para o cara, achando ser um fã. O cara me ignorou e ainda passou a falar várias merdas pra mim e dizer que eu não merecia estar lá. Que me viu tocar com o Vital Remains, mas que eu era falso, que minha ideologia não batia, etc., que eu devia ir tocar “heavy metal” – Obituary é o quê? Death não é mais parte de Metal? Chegou a um ponto eu achei que o cara queria brigar comigo, fisicamente… mas o segurança o tirou da casa logo e acabou ali.
D…
OS 10 MAIS, PRA MIM:
- “A”, Jethro Tull
- “4”, Danzig
- “9”, Mercyful Fate
- “3”, Soulfly
- “2”, Black Country Communion
- “D”, Paralamas Do Sucesso
- “7”, Ira!
- “X”, INXS
- “9”, PIL
- “Ó!”, Ultraje A Rigor
MELHOR e PIOR DE CADA DISCO
É uma pauta q se encerra este ano. Acabaram as bandas pra brincar disso, mas mais ainda acabou minha paciência em ficar compilando faixas piores ou melhores, ou menos piores, de bandas.
Lembrei q há bandas q legaram pouco material e ficaram meio de fora. Ficariam, pois resolvi elencar algumas, até pela maior facilidade, e fazer melhores e piores simultaneamente.
Peguemos esta desta vez
E no caso do Fight, a regra de 2 melhores ou piores sons de cada disco empatarem está abolida ahah
melhores de cada álbum
“War Of Words” – “Into the Pit” e “War Of Words”
“Mutations” (ep) – “Into the Pit” e “Freewheel Burning”
“A Small Deadly Space” – “Gretna Greene” e “I Am Alive”
piores de cada álbum
“War Of Words” – “For All Eternity” e “Life In Black”
“Mutations” (ep) – “(Middle Finger Mix) Vicious” e “(Tolerance Mix) Immortal Sin”
“A Small Deadly Space” – “Human Crate” e “Small Deadly Space”
QUESTÕES PERIFÉRICAS:
- banda deveria voltar? Ñ, DEIXA COMO FICOU
- chupins de Pantera? NADA A VER
- Fight, Two ou Halford? FIGHT
- melhor faixa-título WAR OF WORDS
- pior faixa-título SMALL DEADLY SPACE
- melhor faixa escondida no final JESUS SAVES (do “War Of Words”)
- pior faixa escondida no final PSYCHO SUICIDE (do “A Small Deadly Space”)
- melhor q Judas Priest pós retorno de Halford? SIM
- foi a algum dos shows por aqui em 1994? Ñ, POR TRUEZICE. E ME ARREPENDO
melhor formação: Halford, Parrish, Tilse, Jay-Jay, Travis
pior formação: Halford, Chaussee, Tilse, Jay-Jay, Travis
melhor capa: “War Of Words”
pior capa: “A Small Deadly Space”
melhor clipe: “Nailed to the Gun”
pior clipe: “Blowout In the Radio Room”
ZAPPA
Por duas vezes tive “Civilization Phaze III” em mãos. E em ambas fraquejei de ñ o comprar, por achar muito caro. Era. Por pensar: “outro dia pego”. Outro dia ñ teve.
Nem pedindo pra trazer dos EUA rolou: fora de catálogo. Disseram aos meus sogros, em inglês, q era “disco antigo”. 1995.
Agradeço então a Crom pela glória alcançada, codinomeada You Tube.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=6Edov0TX0eI[/youtube]
A BARBIE Q FALA
Pelo amigo – e agora tb colunista – märZ
Sebastian Bach é um cara bacana. O ex-vocalista do Skid Row tem os pés no chão, zero de verniz pop star e parece ser o tipo que tomaria umas brejas com você no boteco enquanto discute música e mulher. Ou pelo menos é a imagem que passa na mídia.
E uma recente declaração sua me chamou a atenção e me fez refletir: Tião comentou em tom jocoso quanto ao fato de sua página no Facebook possuir quase 1 milhão de seguidores aparentemente entusiasmados com o fato do cantor estar lançando álbum novo, mas o cd ter vendido míseras 4 mil cópias desde seu lançamento.
http://whiplash.net/materias/news_815/202691-sebastianbach.html
Onde foram parar os outros 996 mil “fãs” de sua música? E aí concluo: Facebook não é termômentro pra nada, quanto à tendência de mercado. Internautas usam o “like” pra qualquer coisa, de maneira leviana. É o supra-sumo da preguiça, do compromisso e comprometimento vazios. Tipo “pronto, agora já fiz minha parte, agora ele que se vire”.
É a oração moderna. Pode executar o quanto quiser, mas se você não se levantar da cadeira e fizer algo real a respeito, não vai mudar porra nenhuma. Tião, esperto que é, deveria saber disso.
PIRATÃO
Vejam isto aqui:
E o repertório contido consta ali contracapa. Com um adendo: a tal “Intro” é “The Ides Of March” em playback antes do show.
Aí os amigos me perguntarão por aqui: WTF?!
Isso foi uma turnê da Donzela em 2005, em q resolveram tocar músicas da banda só até “Piece Of Mind”. Precursora das turnês-reprise dos caras desde então, apenas interrompidas pela do “The Final Frontier”. E da qual eu lembro – ñ posso comprovar por link – a banda declarar tocar PELA ÚLTIMA VEZ aqueles sons.
Tvz fossem alguns daqueles sons, sei lá.
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Encontrei este artefato na Lojas Americanas há quase 15 dias. Piratex puro – ou bootleg, se alguém quiser posar de culto – à venda na maior cara de pau a 15 reais. Por uma certa “Jam Records”, dum tal selo “Strings Music”. Com contracapa outra – apenas os nomes dos sons. E sem descrever a maior picaretagem, descrita na foto acima: trata-se dum show na Alemanha (em Nurburgring), transmitido por uma tv local. Para o famigerado programa televisivo Rockpalast.
Percebe-se numas horas as imagens granuladas, coisa de quem converteu de videocassete pra digital a bagaça. Por outro lado, o áudio achei bem satisfatório. Como tb o repertório: “Where Eagles Dare” e “Remember Tomorrow” achei muito superiores às lançadas no cansado e combalido “A Real Dead One”, oficial; “Hallowed Be Thy Name” e “Running Free” têm versões melhores, mas ainda melhor elas do q terem enxertado “Fear Of the Dark”, como vêm fazendo nas turnês-nostalgia (tem uma nova, pra 2014, a caminho. Com “Children Of the Damned” no set. Uau) q nunca acabam. Nunca acabarão?
O ponto outro é: Steve Harris espumará de raiva quando souber disso aqui. Sei lá se conseguirá impedir a venda, mas se o fizer, recomendo a quem interessar correr logo atrás. Ao mesmo tempo, ligando com o assunto levantado pelo amigo Jessiê (no post Iced Earth, logo ali atrás), das camisetas estilizadas-Maiden da Copa – ñ lançadas a versão “Brasil” – fico ainda pensando: por q lançarem, se pirateariam por aqui de qualquer jeito?
Melhor ñ fazer!