junho 2016
ENCARTE: THERION
Numa tradução minha, ‘desagradecimentos’ no encarte do box “Celebrators Of Becoming” (2006):
“No thanx to those who contacted us and promised to send stuff, but never did! Also a ‘no thanx’ goes to the TV in certain countries, that filmed us and promised to sendo copies, but never did. This especially goes to the Turkish TV. Chris even gave his private address away to one of the reporters to ensure really getting a copy. Thanx to you people, your countries are less or not at all featured on this DVD“.
SISTEMA DE PROTESTO
Mais um daqueles vídeos q eu lembrava quase vividamente e q o You Tube, felizmente, contém.
“Boca Livre” era um pograma interessantíssimo do fim dos 80’s, bizarro pra proposta: tinha lá uns concursos de bandas q em nada deram. A ñ ser revelar o Não Religião; o resto era banda de rock fuleira de colégios. Só q o filé eram as bandas maiores (menos amadoras) q se apresentavam ao final, até largarem mão de serem concurso de banda e praticamente só passarem bandas de cenários independentes então incipientes e efervescentes.
Passava de segunda-feira, na tv Cultura daqui, por volta das 20h. Com apresentação de Kid Vinil.
Nele eu vi e conheci DeFalla, Sexo Explícito, Harry, Lobotomia, Viper (ainda com André Chatos), Vultos, Inocentes, Tokyo, Garotos Podres, Grinders, Radical Sem Dó, ARD, Soviet American Republic, Devotos de Nossa Senhora Aparecida, Patife Band… e o Ratos De Porão abaixo.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=cGWtiGvxnP4[/youtube]
Ñ foi a primeira vez q eu os tinha visto na tv, mas a lembrança do público hostilizando os caras e ñ querendo mais ouví-los eu tinha intacta. Ñ q a galera estivesse equivocada… rever torna o momento ainda mais constrangedor.
O momento da banda, por sinal, andava bem distante da máquina de cuspir pregos q se tornariam logo após. Logo após lançarem “Brasil”. Ou ñ?
O ano era 1988.
RETRAÇÃO
BANDAS/PROJETOS DE NOMES MAIS CURTOS É O LEMA DE HOJE:
- L7
- MX
- I
- G3
- Oz
- Z
- X
- P
- U2
- FM
VALE UM DOWNLOAD
“Stoosh”, Skunk Anansie, 1996, One Little Indian/Virgin
sons: YES, IT’S FUCKING POLITICAL / ALL I WANT / SHE’S MY HEROINE / INFIDELITY (ONLY YOU) / HEDONISM (JUST BECAUSE YOU FEEL GOOD) / TWISTED (EVERYDAY HURTS) / WE LOVE YOUR APATHY / BRAZEN (WEEP) / PICKIN ON ME / MILK IS MY SUGAR / GLORIOUS POP SONG
formação: Skin (vox, theramin & bv’s), Cass Lewis (bass guitar & bv’s), M.K. (Ace) (guitars), Mark Richardson (drums, bv’s & percussion)
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A trilha sonora de “Strange Days” (lançado cá em 1995 como “Estranhos Prazeres”), filme distópico sobre a virada do milênio (ainda q virada de 1999 pra 2000…) é uma q comprei pela oferta e pela versão de “Strange Days” (The Doors) com o “Prong featuring Ray Manzarek”. O q me arrebatou nela foram “Selling Jesus” e “Feed”, com o Skunk Anansie. Melhores (pra mim) e mais pesados (de fato) sons do disco.
Chega 2000 e o Chefe Tony Iommi lança “Iommi”, com Skin (vocalista) participando de “Meat”, meu som preferido na bagaça. Liguei antena e, encontrando este “Stoosh” num sebo anos mais tarde, fui sem medo.
O Skunk Anansie me enganou. Como enganaria qualquer um q trilhasse mesmo caminho ao meu: “Stoosh” tem sons pesados e ótimos momentos, mas passa ao largo do PESO e da categoria dos sons avulsos acima listados.
Inflência sabbáthica ñ deixaram de apresentar; no entanto, mais q algum heavy metal alternativo noventista, o material entrega um rock alternativo mais pesado. Sendo ingleses, ficaram fora do balaio britpop, e globalmente ñ se encaixaram no pós-grunge. Numa comparação tvz imprópria, ficariam mais próximos dum Therapy? mais sofisticado q de um stoner metal mais apropriado. Sem soar pejorativo: na verdade a banda tem uma pegada própria, como pude sacar ao tb adquirir o álbum seguinte, “Post Orgasmic Chill” (1999).
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Outra aproximação vã me ocorre: é como fossem uma “PJ Harvey metal“, muitíssimo bem produzidos e assessorados, inclusive em usos de órgão Hammond (em “Glorious Pop Song”), cordas (cortesia de Martin McCarrick então no… Therapy?), ruídos, loops e programações sutis. Nesse sentido, lamento ñ terem sido banda estadunidense, ou teriam vingado, devido ao peso considerável, à raiva embutida (mas ñ embotada) e à personagem Skin, uma negona alta, dita feminista e careca.
(Chupa, Alanis Morrisette!) (Se bem q negona alta, feminista e careca, na Terra de Marlboro e de Obamis, tvz jamais estourasse)
Além disso, depreende-se da banda ter tido – acabaram em 1999, voltaram nos 10’s – uma paleta mais ampla q duma banda de metal, ou de metal alternativo: vide “Infidelity (Only You)”, praticamente um single pop q ñ repercutiu. “Hedonism (Just Because You Feel Good)” faria frente pintuda a um Hole ou ao Smashing Pumpkins; “Milk Is My Sugar”, por sua vez, ñ ficaria estranha caso regravada pelo Red Hot Chili Peppers. A capa tb entrega a veia pop, pq cometida por Anton Corbijn, de portfólio q inclui… Therapy? (conceito idêntico à de “Infernal Love”, daqueles), o Metallica “Load”/“Reload”/“S&M” e U2 desde há muito.
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Na verdade, “Stoosh” ostenta mais um som pesado e até acessível – sem ser vulgar – com traços soul bem dosados, q o “Post Orgasmic Chill” seguinte abandonaria, em prol de traços electro. Musicalmente falando, é todo mundo muito bom no time, e minha objeção vai pra cozinha, sobretudo o baterista Richardson, um tanto “reto” pro meu gosto. O guitarrista Ace (mais afeito a texturas e timbres q a solos) e Skin é q comparecem mais. E tudo bem.
Meus sons preferidos são os mais pesados: a trinca inicial, “Twisted (Everyday Hurts)” e “Milk Is My Sugar”. O disco seguinte tvz possa agradar mais aos amigos aqui, pq é até mais pesado – embora tb mais prolixo; resenhei “Stoosh” por tê-lo ouvido mais. Disco anterior e os três lançados na volta solenemente ignoro, mas li elogios em relação aos últimos por terem mantido pegada e a relevância. E a quem for atrás da (esta) sugestão deste (eu) q vos bosta bloga e ñ curtir o álbum ou a banda, recomendo ainda assim baixar as citadas “Selling Jesus”, “Feed” e “Meat”.
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CATA PIOLHO CCL – Jogo dos 7 Erros capístico:
(já terei postado este?)
SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA THRASH COM H
“Kentish Town Forum – London 1st May 2006”, The Fantômas Melvins Big Band, 2008, Ipecac Recordings
sons: SACRIFICE / PAGE 27 / NIGHT GOAT / PAGE 28 / PAGE 3 / ELECTRIC LONG THIN WIRE / THE BIT / PAGE 14 / PIGS OF THE ROMAN EMPIRE / THE OMEN / HOOCH / MOMBINS HIBACHI / PAGE 23 / SKIN HORSE / CAPE FEAR / LET IT ALL BE / LOWRIDER [War] / 04.02.05 SATURDAY / PAGE 29 / 04.08.05 FRIDAY / SPIDER BABY
formação: Mike Patton (vocals, noises, electronics), Buzz Osbourne (guitars, vocals), Trevor Dunn (bass, vocals), David Scott Stone (guitars, bass, electric wire), Dave Lombardo (drums, vocals), Dale Crover (drums, vocals)
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Há 2 meses, quando adquiri este dvd, postei no Facebook algo sobre como Suzane Von Richthofen – em episódio recente de lograr a polícia, quando do indulto pro Dia das Mães (!) – ter aproveitado o ensejo pra reencontrar esses doidos queridos. Pra matar (ops!) a saudade deles.
Acho q peguei pesado… com a Richthofen.
Passando pruma cena doméstica: logo após de comprado, assistindo o conteúdo, a esposa passa e crava: “isso ñ é música!”. Ao q, tendo ficado sem reação, saí com essa: “e olha q esses caras ensaiam pra fazer isso”.
Estupefação comum, razões opostas.
O encontro é famoso, mais comentado do q visto. Desconheço se marcou época, machucou corações, deixou legado. Acho q ñ. Pq de dificílima digestão.
E o show em questão se passa sem cortes (aparentemente; pode haver uma edição excelsa), com os doidos todos (seis psicopatas em remissão?) tocando como estivessem em baile de formatura. Comportados e devidamente posicionados em seus quadrados, sem stage dives abruptos (Mike Patton ou estava medicado demais ou de menos), apenas com breve momento ‘fora da casinha’ com o nerd-mor (achei q vindo dum Weezer. Veio do tal LCD Soundsystem) Dave Scott Stone sacudindo um fio convulsivamente – em “Electric Long Thin Wire”? – pra gerar uma microfonia q nada distoa das das guitarras ou das barulheiras cometidas por Patton e sua mesinha de som.
21 sons q se passam sem q se perceba muitas vezes onde começa um, acaba o outro. Gente mais astuta pensará: “ah, quando for som do Melvins, é o Buzz cantando. Aí fica fácil”. Ñ fica: Patton mete o bedelho em tudo. Mas reconheço q conhecer bem Melvins – ñ é meu caso – ajuda na assimilação. São os sons com maior nexo de acordes ou melodias, isso dá pra quase confiar. Mas nem sempre.
Por suposição e aproximações vou tentando reconhecer um som de outro: poderia olhar separadamente, um a um, clicando no menu, mas acho trapaça. Ultimamente tenho q entre “Page 14” e “Lowrider” (q o Exodus já regravou melhor) fica um borrão só; “Spider Baby” é o bis único, daí dá pra reconhecer. Menos mal. “Sacrifice”, inicial, dura 12 minutos. Interminável. Literal.
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Outro critério de desempate poderia ser: “ah, quando forem músicas de filme [sacadas de “The Director’s Cut”], vai dar pra perceber, e daí entender melhor”. Pior q ñ muito.
Dá pra ficar mais estranho? Ô: há opção de assistirmos ao show com “comentários”, algo tornado padrão recentemente em dvd’s de música e de séries. Apenas aqui quem comenta a coisa toda é… Danny DeVito. Vixe.
Percebo alguns “sons” fantômicos contendo improvisações – como em “Page 28” e sua passagem “Angel Of Death” final, aqui esticada – o q é ainda mais bizarro: os caras realmente ensaiaram pra fazer aquilo. “Page 14” tem aqui 8 minutos; em “Amenaza Al Mundo”, tinha 2 e pouco. Patton rege a tudo e todos, todo o tempo, sobretudo os ataques epiléticos baterísticos, ora de Dave Lombardo ora de Dale Crover. Insanos ambos. Estranho, mas ñ tão díspar dum Iron Maiden atual, por exemplo: será q os ingleses põem alguma “colinha” no palco, pra ñ misturarem um som novo com algum antigo?
Tão estranho quando o Meshuggah q vi ao vivo há quase 3 anos, em q NENHUM som foi introduzido por contagem em baqueta ou chimbau: simplesmente com os caras súbita e conjuntamente iniciando som após som, sem nem olharem um pro outro. Telepatia? Ponto eletrônico? Microchips implantados nas nucas por alienígenas?
Todo modo, considero-me um privilegiado por viver na mesma época q esses doidos, e ter podido comprar esse dvd, raro (usado, sem encarte e a módicos 25 contos) tanto na oferta enquanto produto, como na proposta bizarra. Teve quem os viu – Fantômas, ñ Melvins ou The Fantômas Melvins Big Band – ao vivo por aqui anos atrás (Festival Claro Q É Rock, em 2005, de q só vi “melhores momentos” na Mtv Brasil) e provavelmente ficou sem entender muito. Ou ñ.
Pois uma parcela de apreciadores parece-me aquela das pessoas q curtem tudo – FNM, Mr. Bungle, Mondo Cane, Pepper Tom, Tomahawk, General Patton vs. The X-Ecutioners, participação em cd da Björk – q Mike Patton lança, o q reflete a carismatopatia do sujeito. Tvz apenas menor q a dum Ozzy. Sem perceber ou entender, muitas dessas pessoas parecem infectadas, sem cura nem perdão, pelo pattonismo.
Sou um desses. Ainda q com reservas (Mr. Bungle ñ acho isso tudo), o q deve ser alguma reação adversa ao quadro, curável com Meshuggah, King Crimson, Brutal Truth e/ou Frank Zappa, dos quais minha compreensão vem aumentando consideravelmente. Nos últimos 2 meses, ainda mais. Agradeço a meus vocalista e baterista (no heavy metal) preferidos por isso tb.
Os envolvidos claramente se divertiram nisto. O público presente pareceu se divertir. Cada um com seus pobremas. E as horas em q maiores entendimentos desta obra HERMÉTICA me ocorrerem, posto aos amigos por aqui em plantões especiais do Thrash Com H.
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CATA PIOLHO CCXLIX – Jogo dos 7 Erros capísitico:
Ñ GOSTEI
Divagações sobre o vídeo abaixo:
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=q9qh0upjgs0&list=RDq9qh0upjgs0[/youtube]
Ñ precisa ser muito cinéfilo (como ñ sou) pra sacar a influência de filmes de faroeste por aqui, tampouco ler o release contido no You Tube pra percebê-lo; referência a Sam Peckimpah, da parte do tal diretor Pep Bonet etc. Neste q é certamente um vídeo póstumo do Motörhead, de som tvz o melhor de “Bad Magic” (se destaca em meio à toda embolação Pro Tools) em sua influência western-ZZ Topiana.
Mas achei de mau gosto, sei lá. Cool? Ñ ficou. Pra Slayer, ficaria de acordo. Tarantinizaram o clipe. Deveriam ter chamado o Rob Zombie pra fazer.
EXPANSÃO
BANDAS DE NOMES MAIS EXTENSOS É O TEMA DE HOJE:
- Frank Zappa & The Mothers Of Invention
- Fausto Fawcett e Falange Moulin Rouge
- Ziggy Stardust And the Spiders From Mars
- Recordando o Vale Das Maçãs
- E A Terra Nunca Me Pareceu Tão Distante
- Devotos De Nossa Senhora Aparecida
- My Life With the Thrill Kill Kult
- Maria Angélica Não Mora Mais Aqui
- Success Will Write Apocalypse Across the Sky
- Jorge Cabeleira e o Dia Em Que Seremos Todos Inúteis