março 2012
NWOBHM
Ler é pouco. Estou DEVORANDO isto aqui
Comprei na 5ª, comecei a ler na 6ª e já vão faltando umas 120 páginas da bagaça. Das 440 totais.
Só q a pauta hoje ñ é propriamente falar desse livro, ótimo (estou entrando no capítulo q tratará do “black album“), ou do Metallica, mas sim remeter ao recente “1º Som – 1º Álbum”, dedicado ao Saxon no início do mês, quando se discutiu as arbitrariedades e/ou incoerências do rótulo esquisito New Wave Of British Heavy Metal (ou NWOBHM). No qual eu apostava ter sido criação dalgum jornalista musical.
E ñ é q foi? O livro trata disso!
Tem a ver com Geoff Barton, à época editor-adjunto duma revista chamada “Sounds”, q viu certa vez um show q contou com Angel Witch, Iron Maiden e Samson. E em q a donzela roubou a cena.
Está assim citado, na p. 25 do livro:
“Pressentindo que o assunto renderia, Barton falou com Alan Lewis, editor da revista, sobre fazer uma matéria de capa não apenas sobre o Iron Maiden, mas com toda a nova geração de rock pesado que batizou, deliberadamente usando o estilo chamativo dos tablóides, de a New Wave Of British Heavy Metal. ‘Sinceramente, eu não achava que essas bandas tinham alguma ligação musical particular, mas era interessante que tantas estivessem aparecend ao mesmo tempo. Era uma coisa boa para os roqueiros genuínos, que tinham se inibido e deixado de andar no visual enquanto esperavam o punk passar’. Eles haviam começado ‘publicando uma reportagem sobre o Def Leppard, que acabara de lançar o primeiro EP independente de 4 faixas, Getcha Rocks Off. Depois, veio o Maiden‘, seguido por ‘Samson, Angel Witch, Tygers Of Pan Tang e Praying Mantis. Também fizemos matérias sobre eles e a coisa não parou mais”.
(p. 26)
“O que nem Barton previra, porém, era o efeito enorme que uma frase quase cômica inventada numa tarde chuvosa na redação da ‘Sounds‘ teria sobre o mundo da música. ‘Publicamos a matéria [sobre a NWOBHM], e a resposta que tivemos dos leitores e das outras bandas foi fenomenal. Estava claro que, independente do nome, algo estava acontecendo. De repente, parecia haver novas bandas de heavy metal pintando em todo canto. É lógico que nem todas eram [boas] como o Iron Maiden e o Def Leppard, mas o simples fato de estarem tentando era notícia, e seguimos nessa toada por quase 2 anos'”. (…)
(p. 27)
“Já Saxon e Motörhead, embora estritamente falando não se enquadrassem na categoria NWOBHM, foram jogados nesse meio, quase que por acaso temporal e pelo fato de suas primeiras gravações também terem sido lançadas por selos independentes”.
(…)
“Em 1981, a imprensa britânica estava pronta para gerar a 1ª revista do mundo dedicada ao rock e ao metal, a ‘Kerrang!‘ – originalmente tocada por Geoff Barton como um suplemento da ‘Sounds‘ para continuar apoiando a cena da NWOBHM, que começava a ser levada a sério e a ganhar projeção na Grã-Bretanha e no mundo”.
MESSIAS LEPROSOS
Nem deu tanto ibope a lista da semana passada, mas embarquei na sugestão do Tiago…
AS 10 MELHORES MÚSICAS ÉPICAS* DO METALLICA, PRA MIM:
- “… And Justice For All”
- “The Call Of Ktulu”
- “Orion”
- “To Live Is to Die”
- “Master Of Puppets”
- “One”
- “Disposable Heroes”
- “The Frayed Ends Of Sanity”
- “That Was Just Your Life”
- “The Day That Never Comes”
* critério único e irrestrito: valerem apenas sons q passem de 7 minutos de duração
VALE 8,50 CONTOS
“Wasteland Serenades”, Griffin, 2000, Season Of Mist/Rock Brigade/Laser Company
sons: MECHANIZED REALITY / THE USURPER / SPITE KEEPS ME SILENT / OBSESSION / NEW BUSINESS CAPITALIZED / HUNGER STRIKES / ALWAYS CLOSING / PUNISHMENT MACABRE / EXIT 2000 / WASTELAND SERENADE / DREAM OF THE DREAMERS (BLISS 2)
formação: Johnny Wandberg (bass, electric guitar, acoustic guitar & backing vocals), Tommy Sebastian (lyrics, vocals & bass guitar), Kai Nergaard (lead, rhythm 12 strings, acoustic guitar & backing vocals), Marius Karlsen (drums & percussions)
–
Griffin é uma daquelas MUITAS bandas, surpreendentemente norueguesa, q o selo Rock Brigade e a Laser Company uns anos atrás tentaram enfiar goela abaixo no mercado nacional. Daquelas q vc comprava a revista e cansava de ver a capinha entre os últimos lançamentos.
E uma das muitas bandas COMUNS, q parece ñ ter vingado (comercialmente) lá fora, muito menos por aqui (como tantos álbuns lançados pela parceria. Rever a Brigade duns anos atrás é interessante de se ver quantas bandas “revelação” jamais ouvimos falar de novo). E q teve lançado aqui ainda apenas mais um álbum seguinte, “The Sideshow”, mais nenhum outro de seus 5 discos. Embora estejam ainda ativos, o q me foi de alguma dificuldade saber, por parecer existirem vários Griffin pelo mundo.
Q o diga o Allmusic.com, com link provavelmente misturando este Griffin com algum Griffin de São Francisco – http://allmusic.com/artist/griffin-p13092/. Putz. Q o diga um site donde roubei a capinha (esqueci de guardar o link), resenhando “Wasteland Serenades” como sendo de banda sueca. Sinal dos nossos tempos: bandas demais no mundo e pobreza de informação na abundante informação on line…
***
Ao som: os 3 primeiros sons (“The Usurper” ñ é cover de Celtic Frost) foram me caindo bem na 1ª audição, a ponto de eu cogitar descrever a banda como um “Nevermore com guitarras do Machine Head“. Técnicos mas ñ limpos. Ou como um “Queensrÿche influenciado por Fear Factory“. Devido a alguns climas sombrios e passagens até meio mecânicas/futuristas.
Fui chegando à conclusão, à medida em q as faixas se passavam e ouvia um tecladinho enrustido (creditado ao encarte como “session musician“), se tratar duma banda de metal prog (ñ o contrário) ou de PROG DE MACHO: duas guitarras bem trabalhadas e sem arroubos fritadores (destaques), peso genuíno e vocais alternando entre o rasgado, o empostado e algum gutural (às vezes juntos). Em músicas estranhamente sem “sotaque nórdico”, predominantemente mid-tempo e alvisseiramente enxutas: a maior delas, única a passar de 5 minutos, é “Spite Keeps Me Silent”.
Tem algo guitarrístico nos sons ainda, q recomendo a fãs do Megadeth anterior a “Rust In Peace”, ainda ñ sei bem pq… Entretanto, o q ocorre é q, chegando ao fim de “New Business Capitalized”, as coisas se embolam um tanto: em parte por algum ecletismo dos músicos (ñ me ocorre crer q fosse por tentativa de “estourar” comercialmente), os 3 sons seguintes já ñ soam tão coesos.
O q se tinha de composições e idéias bem resolvidas no q se refere a mudanças de climas e partes se torna um tanto abrupto – parecendo q nestes se meteram a TENTAR fazer prog propriamente e perderam um pouco a mão. Batidas grooveadas genéricas comparecem; elementos derivativos demais (nada ostensivamente chupim de Dream Theater, porém) dão o ar da (des)graça. (Inclusive, um “motherfucker” bastante metalcore comparece em “Punishment Macabre”…). Reflexo até compreensível de banda estreando, sei lá.
Nada q, todavia, atrapalhe a audição e apreciação de “Wasteland Serenades”. Até por “Exit 2000” e a faixa-título darem uma reerguida nas coisas ao final (“Dream Of the Dreamers (Bliss 2)” é uma quase balada quase gótica, legalzinha). Ao mesmo tempo em q, contraditoriamente, vemos na proposta do Griffin algo com potencial, bem feito, arrojado, mas tb bastante COMUM. Temos aqui aquele disco q se compra ou baixa, se admira o esforço dos músicos, mas ouvimos umas 3 vezes e o guardamos nalguma prateleira, até o reouvirmos novamente dali uns tempos…
“Wasteland Serenades”, enfim, achei um bom disco duma banda q no fim das contas parece/parecia ser apenas mais uma banda. Na minha prateleira, vai ficar junto de “Unlimited”, do Susperia [Vale 5 conto – out.09], outros surpreendentemente noruegueses, mas mais enjoativos q estes. Recomendável caso vc o encontre por aí nalgum sebo custando R$ 8,50. Ou pouco mais ou pouco menos.
****
CATA PIOLHO CCIII – carreiras solo e bandas de origem:
“Scream At the Sky” (Grip Inc.) ou “Screaming From the Sky” (Slayer)? // “The Alchemist” (Bruce Dickinson) ou “The Alchemist” (Iron Maiden)? // “Devil’s Daughter” (Ozzy Osbourne) ou “Devil & Daughter” (Black Sabbath)?
ATROCITY EXHIBITION
A culpa foi do recente “Ranqueando”, sobre o “Piece Of Mind”, gerador de discussões (ainda ñ concluídas. Tvz) sobre “fillers“. Q tornou-se outro post, o “Fillers (Pq Quillers)”.
Mas culpa de quê? De eu me pegar re-ouvindo, re-descobrindo “Tempo Of the Damned”, do Exodus, em 2º lugar na minha lista de discos com “fillers“. E, puta q pariu, q disco!
Provavelmente o disco de thrash metal melhor gravado na História.
****
Daí, lembrei tb da Revista Zero, publicação efêmera q durou (parece q) entre 2003 e 2004. Bem interessante, a única até hoje a lembrar – no bão sentido – a Bizz dos 80’s. Inclusive no sentido de falarem efusivamente sobre pop rock e rock indie, mas – o mau sentido – descambarem a falar de heavy metal pra conseguirem vender um pouco mais.
Q publicou a seguinte resenha sobre “Tempo Of the Damned”, num paragrafinho exíguo de fim de página, q contava com uma entrevista meia-boca com Gary Holt conduzida por Andreas Beijador (aquele!) nos 3/4 outros desnecessários da mesma, q copio aqui pra discussões ferozes ou atrozes. Eis:
EXODUS – “Tempo Of the Damned” (Nuclear Blast) – Nota: 6
“O Exodus é uma banda que parou no tempo. Mais precisamente em 1985, quando estreou em disco com o clássico ‘Bonded By Blood’. Desde então, o quinteto de thrash metal vem tentando repetir o disco – foram 4 tentativas infrutíferas antes deste ‘Tempo Of the Damned’ – que é o trabalho que mais se aproxima do debute. Nesse meio tempo, perderam o vocalista original – Paul Baloff – e, 12 anos depois do mediano ‘Force Of Habit’ (1992), retornaram sem alteração na fórmula, um heavy metal rápido e nervoso moldado nas guitarras de Gary Holt e Rick Hunolt, vocal rasgado de Steve Souza e bateria avassaladora. E daí? O Exodus estancou no meio dos anos 80, e se isso é bom pelo fato de que foi das épocas mais prolíficas do gênero, por outro lado perderam o bonde da novidade”. [por Luiz Cesar Pimentel]
CAUSA MORTIS
Ñ q me importe profundamente, mas sempre tive dúvidas sobre os reais motivos q levaram à decadência, derrocada e falência do Viper.
“Coma Rage” teria sido um pedido de socorro incompreendido?
“Tem Pra Todo Mundo”, uma nota de suicídio enrustida, codificada?
Fastio com a vida nababesca do heavy metal brasileiro? Ousadia em arriscar outras abordagens, q deram em nada? Caída de ficha de q precisariam trabalhar pra ganhar dinheiro? Salto alto pra com as turnês européias de meia dúzia de shows na Hungria e disco ao vivo tosco no Japão?
Nada disso: o fim do Viper se deu por isto aqui.
E menos mal (fico menos condoído) em saber q o Yves, estando no Capital Inicial, ganhou um chapelão de vaqueiro. Prêmio de consolação por prêmio de consolação…
.
[roubado de Facebook de amiga dum amigo meu]
STEVE HARRIS, 5.6
Mais um post tipicamente Rock Brigade, por ocasião atrasada de celebrarmos os 56 anos recém-completados de Steve Harris, o cara q tem mais músculos nos dedos da mão direita do q todo mundo aqui junto tem nas pernas ahah
–
10 MELHORES SONS ÉPICOS* DO IRON MAIDEN PRA MIM
- “Caught Somewhere In Time”
- “Rime Of the Ancient Mariner”
- “Phantom Of the Opera”
- “Seventh Son Of A Seventh Son”
- “Paschendale”
- “Sign Of the Cross”
- “The Reincarnation Of Benjamin Breeg”
- “Alexander the Great”
- “Blood Brothers”
- “Fear Of the Dark” [mas a do “A Real Live One”]
* critério único e irrestrito: apenas sons q passam dos 7 minutos de duração
PS – por causa desse mesmo critério, tive de deixar “Powerslave” de fora…