fevereiro 2018
TENTEI SER INDIE
DISCOS DO MOGWAI PRA MIM:
- “Ten Rapid”
- “Come On Die Young”
- “Mr. Beast”
- “Rock Action”
- “Government Commissions: BBC Sessions 1996-2003”
E ñ sei se vou mais atrás…
SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA THRASH COM H
“Sounds Of Violence”, Onslaught, 2011, AFM Records/Rock Machine Records/Die Hard Records/Rock Brigade Records/Voice Music
sons: INTO THE ABYSS (INTRO) / BORN FOR WAR / THE SOUND OF VIOLENCE / CODE BLACK / REST IN PEACES / GODHEAD / HATEBOX / ANTITHEIST / SUICIDEOLOGY / END OF THE STORM (OUTRO) / BOMBER [Motörhead]
formação: Sy Keeler (vocals), Andy Rosser-Davies (lead guitars), Nige Rockett (rhythm guitars), Jeff Williams (bass), Steve Grice (drums)
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O q eu conhecia de Onslaught até sábado último era bem pouco. De ouvir falar q era foda, e de saber q eram uma banda punk de origem q virou banda de thrash. Algo ñ tão improvável, a ñ ser serem banda inglesa.
Banda inglesa de thrash é incomum (há mais alguma?), daí q fui protelando conhecer os caras. Por birra mesmo. E por achar q seriam algo meio stoner, um Corrosion Of Confomity mal acabado. Ou uma coisa torta, meio At War (q parece inglês mas ñ é) e Tank.
Ah, tb sabia terem sido das trocentas bandas q acabou numa certa época e daí voltou.
A conjunção favorável de eu encontrar este “Sounds Of Violence” a 15 golpes – e já faz tempo q estava numa certa loja na Galeria – me fez finalmente experimentar. E o q digo é q o retorno foi muito maior q a baixa ou nenhuma expectativa. E ñ pela baixa expectativa em si: o álbum é impressionantemente thrash, como se tem q ser, o q ñ quer dizer CLICHÊ.
Tirando a “intro” inicial e o “outro” obviamente final (clichês!), TUDO o q consta no meio impressiona. Composições com dinâmica e raiva. Nenhuma parte limpa. Nem nos vocais raivosos; a ponto de eu achar q havia mais de um vocalista. E ñ há (porra!). E o maior destaque: guitarras inspiradas, saraivando riffs, bases e solos sempre pertinentes, jamais desnecessários ou repetitivos. Nem óbvios. Como tem q ser.
Pra explicitar melhor o q quis dizer com “dinâmica”: os sons, mesmo parecendo um tanto longos, o são pq precisam ser. O q me remete ao Coroner: composições bem desenvolvidas, sem encheção de linguiça ou partes desnecessárias. Além disso: vários os momentos sem bateria, com bases/riffs acompanhados de pratadas secas. Artifício até manjado noutros tempos, mas q faz uma diferença positiva, a meu ver.
Claro q estou ainda numa fase de arrebatamento, de me encantar com o negócio, q é anterior às racionalizações chatas de procurar semelhanças/chupins ou ficar buscando afinidade com outras bandas de thrash consagradas. Mais por cognição q por chatice. Por ora, alguns vocais lembram-me Exodus (no bom sentido, ñ na “voz de pato”), mas poderia ser Destruction ou Death Angel (da volta), e na verdade isso pouco importa.
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O q consigo já dizer é de ficar realmente impressionado por um trampo desse ter saído em 2011. Soa como disco oitentista, com malícia – óbvia – de banda veterana e produção contemporânea q em nada estragou, só valorizou a porradaria. Tipo os “Thrash Anthems” do Destruction. Poderia passar como disco de regravações, e ñ é. É banda de som e identidade próprias. É Onslaught. E agradeçamos a Crom pela tecnologia.
Pra citar sons: a partir de “Godhead” até “Suicideology”, tudo faz sentido. Ñ q a primeira metade ñ faça, apenas tenho preferido a metade final. Músicas repletas de partes q ñ enchem a paciência, ao menos ñ a minha. “Hatebox”, me fez descrer em tanta mudança: achei umas horas (mais de uma vez, quando ouvia de primeira) q já havia mudado o som. Continuava “Hatebox”. E continuava foda.
E com riffs, caralho, riffs incríveis. Diretos e objetivos. Os meus preferidos em “Godhead”, em “Antitheist” e em “Suicideology”.
No fim, há uma versão legalzinha de “Bomber”, faixa bônus e anterior ao oportunismo de tributos ineficazes a Lemmy Kilmister. Com participação de Tom Angelripper nos vocais e de Phil Campbell tocando guitarra, sei lá se fazendo solo ou ajudando com riff. Pois ficou mais porrada e com início e fim lembrado “Creeping Death” do Metallica. Ruim pra fundamentalistas, legalzinho (reiterando) pra mim.
O único aspecto desfavorável neste lançamento nacional – este q anacronicamente adquiri e pus pra tocar e deu vontade de resenhar – é a porqueira da embalagem. O desenho bacana da água na capa (meio Slayer, mas ñ desmerece) está invisível, assim como o título. Perdidos no fundo preto, q no fim é só fundo + o logo da banda. Parecendo capa de fita demo mal xerocada.
O encarte, por sua vez, pouco/nada permite ler informações de ficha técnica. Tudo em vermelho em fundo preto. Dá pra ler as letras (menos mal – e ainda ñ me ative às mesmas), mas fico pensando q se teve tanta gente brasuca pondo suas logomarcas de “selo” no acrílico e na contracapa – e esses dá pra ver certinho – poderiam ter tido o cuidado de revisar a apresentação.
Pq é o tipo de coisa q depõe contra o “produto”, e me faz pensar q a tal loja na Galeria do Rock ainda terá cópias e cópias de “Sounds Of Violence” ali no cantão da vitrine, meio escondidas e custando 15 golpes, ainda por muito tempo. Sem q neófitos interessados cobicem comprar. Ou até começarem a cobrar 10 golpes, 5 golpes…
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CATA PIOLHO CCLXIV – equivocado acusarmos chupim. Chamemos de ‘capas de inspiração semelhante’
TRÊS ANÚNCIOS DE UM CRIME
Resenha/comentário por märZ
“Three Billboards Outside Ebbing, Missouri” (no Braziu “Três Anúncios de um Crime”) é desses filmes que, se fosse um disco, seria algo como “13 Songs” do Fugazi. Ou se fosse uma comida, seria aquela jambalaya servida num restaurantezinho minúsculo de beira de estrada em Nova Orleans. Nada muito grande ou famoso, mas um favorito entre os que conhecem.
A personagem de Frances McDormand é fascinante em sua força e caráter, sua determinação e doçura (sim, o mau humor é só uma casca). Mulheres assim são apaixonantes. Adorei o filme.
ENCARTE: KREATOR
Contracapa do “Renewal” (1992):
“Legalize marihuana!“
ULRICHIZANDO E ANDANDO
E pra q serve a internet mesmo? Pra difundir tranqueiras. Sobretudo no You Tube, playground digital.
Minha recente descoberta por ali é um certo Josh Steffen, baterista com senso. E senso de humor.
Q deve ter pensado: “ah, tem tanta gente se filmando tocando (certo/errado) sons consagrados. Vou fazer tb, mas de outro jeito”. E sem vergonha alheia, a ñ ser a do homenageado. Assim: maioria dos vídeos encontrados ele toca sons de outras bandas como fosse Lars Ulrich tocando. Inclusive sons ñ-metal.
Songs getting larsed.
Meu preferido segue abaixo: como seria “Holy Wars… the Punishment Due” com ele tocando? Reparem a preguiça de seguir as palhetadas, a indolência do pé direito e a marra. Sujeito imita com perfeição até a linguagem corporal do dinamarquês. Só q sem perder a levada. Aliás, como é com Lars.
E mesmo mostrando-se bem mais técnico q o titular.
Tem ainda versão tocando “Symphony Of Larstruction”, impagável. Sem qualquer suingue. E fazendo “War Ensemble” (Slayer), dum modo tão broxa e coerente – abusando do china – q a gente acredita mesmo q ele assassinaria o som, sem dó.
Só q posto ainda o q seria Lars Ulrich tocando “Metropolis” (Dream Theater) com a caixa estalada do “St. Anger” ahah
E ainda recomendo outro link associado, de Jeff fazendo como seria Mike Portnoy tocando “Two Minutes to Midnight” (Iron Maiden). A ñ ser q alguém por aqui sofra de labirintite, tb diversão garantida eheh
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Quer dizer: saber tocar e deixar filmando, hj em dia tá cheio. Beira o insuportável. A ñ ser umas minas de shortinho tocando bateria. O diferencial acaba sendo o humor.
F 33.2
DISCOS DO PORTISHEAD PRA MIM:
- “Portishead”
- “Dummy”
- “Roseland NYC Live”
- “Sour Times (Nobody Loves Me)” (ep)
- “Third”