30 ANOS DEPOIS…
… o q “ficaram”?
… o q “ficaram”?
Eu nunca sei se esses caras estão sempre voltando (não tinham acabado?) ou se rola alguma obrigação contratual.
De repente, é um baú cheio de música q sobrou dos outros discos e ficam desovando.
De qualquer modo, achei bom o som. 5º disco a caminho, “BCC V“, sai em junho. Pra rivalizar com o disco do Slash, tvz.
Alguém aqui conhece o Slash?
.
PS – show no Sesc, iria
… o q ficou?
RANQUEANDO MEUS BLACK COUNTRY COMMUNION HOJE:
WhatsAppin’: matéria totalmente tendenciosa. Farialimers tentando ganhar dinheiro com festival já estão chorando. Demanda represada da pandemia já rolou. Bora culpar o público. Bora traduzir e mandar pros “caipiras do Wacken”? https://www.uol.com.br/splash/noticias/2024/01/18/euforia-de-2023-acaba-e-ano-comeca-com-baixa-venda-de-ingressos.htm
Atento aos sinais… Agora sem o Tesouro, será q teremos público pra Megadeth Cover Oficial? https://igormiranda.com.br/2024/01/megadeth-show-uruguai-cancelado/
Green Day chutando cachorro morto, acreditando na didática pra com a molecada ou só querendo like pra promover disco novo? https://consequence.net/2024/01/green-day-new-music-algorithms-lazy/
Bora enaltecer uma fase da banda em q claramente quem escreveu o texto sequer conhece? https://www.rockbizz.com.br/sepultura-fanboy-de-cavalera-jamais-entendera-a-importancia-de-derrick-green/
por märZ
VIP STATION – SÃO PAULO, 11.11.2023
Eu fui a SP inicialmente por dois motivos: visitar meu irmão que mora lá há anos e assistir ao show do Roger Waters. Mas com estadia prevista de 4 dias, decidi aproveitar: fui na Galeria (onde encontrei o redator-chefe aqui do blog), garimpei cds, comi em restaurantes e lanchonetes legais, visitei bares e pubs. Não fiz mais porque a grana é finita e os joelhos me doem.
Sabendo da apresentação de Hughes na cidade, previamente sugeri ao meu irmão comparecermos, ele topou e lá fomos nós. De início, uma certa confusão quanto ao local do show: dependendo de onde se checasse a informação, a casa seria o Carioca Club ou uma tal VIP Station. Soube mais tarde que trocaram da primeira pra segunda por causa da demanda de publico, maior do que se esperava. Esclarecida a duvida, pegamos o Uber numa noite quente de sábado e rumamos para o desconhecido (ênfase em “quente”).
***
Chegamos, entramos e assistimos ao final da apresentação da primeira banda de abertura, um trio setentista de nome Hammerhead Blues de quem já tinha ouvido falar. O som estava ruim (só nas bandas de abertura) e apesar do esforço em promover uma jam no palco, não impressionou. A banda seguinte, um tal Red Water de quem nunca tinha ouvido falar, padeceu dos mesmos problemas. Quanto a ambos os grupos, digo o seguinte: vc pode ter a attitude correta, o visual certo e saber tocar pra cacete: mas se não souber compor/escrever, sua música nao vai decolar.
Nesse ponto da noite a casa ja estava completamente lotada e o calor incomodava a todos. E da-lhe longneck Heineken a 15 reais pra suportar a temperatura. Antes de comentar do show principal, preciso discorrer sobre o que esperava de uma apresentacao de Glenn Hughes em 2023: cresci enquanto fã de rock ouvindo as músicas dele no Deep Purple, e lendo de como entrou em decadência devido a álcool e drogas. E mais recentemente comprei e curti tudo que lançou com o Black Country Communion, então tinha noção de que estava recuperado e produzindo música de qualidade novamente.
Mas um show marcado há poucos anos em Vila Velha/ES, onde Glenn se apresentou completamente sem voz e pedindo desculpas a todo momento, junto com a notícia de que 3 dias antes havia cancelado seu show em Curitiba por estar gripado, não me deixaram criar muitas expectativas.
Felizmente, cai do cavalo. A banda toda entrou com sangue nos olhos! Glenn parecia ter saido diretamente da epoca do Trapeze, com suas roupas estilo anos 70, óculos escuros vintage e cabelo longo e desgrenhado. Agitou o tempo todo, sorriu e mandou beijos, cantou tudo impecavelmente – inclusive as notas mais altas – e parecia genuinamente estar se divertindo muito. Ah, sim: mencionei que tem 72 anos?! A banda que o acompanhava – guitarra, bateria e teclados – era composta por músicos mais jovens e muito talentosos, também vestidos a caráter seguindo a ultima moda. De 1974.
O set durou exatas 2 horas e teve 9 músicas, todas do Deep Purple, algumas se alongando por até 20 minutos, com partes de outras inseridas em meio a jams e solos individuais de todos os músicos. Um show como o Purple devia fazer nos anos 70, quando Hughes fazia parte da banda. No meio da apresentação, Chad Smith surgiu na lateral do palco e ficou ali assistindo, claramente se divertindo, sorriso no rosto.
Ao final, foi apresentado pelo anfitrião e assumiu as baquetas pra tocar “Highway Star” – a única da fase Gillan – e fechar tudo com “Burn”. Foi apoteótico. Um puta show sem erros, sem momentos anticlimáticos, sem performances meia-bomba, som excelente (na banda principal), casa lotada (capacidade de 4 mil pessoas), público totalmente feliz.
***
Agora… o calor quase pôs tudo a perder. Estava insuportavelmente quente, e lá pro final comecei a me sentir estranho, fraco, e achei que fosse desmaiar. Deixei a posição privilegiada em que estava e tive que ir pra lateral, onde ficava o bar e haviam menos pessoas. Cheguei a sentar no chão pra me recuperar e pensei em sair pra conseguir respirar. No fim, ficou tudo bem.
Stormbringer
Might Just Take Your Life
Sail Away
You Fool No One / High Ball Shooter / The Mule
Mistreated
Getting’ Tighter
You Keep On Moving
Highway Star
Burn
As fotos do post (exceto a primeira) são do excelente fotógrafo Andre Tedim (https://www.instagram.com/andretedimphotography/)
RANQUEANDO O Q TENHO DO GLENN HUGHES:
A opinião é reiterada: acho uma papagaiada esse Rock’n’Roll Hall of Fame. Agrega algo? O quê? Fora o antropocentrismo estadunidense.
Explicando “antropocentrismo”: premiação em 2016 envolveu Deep Purple – no início, discretamente e recebidos com palpável indiferença – Steve Miller (quem?), N.W.A. (!?!?!?) e Cheap Trick, encerrando a noite com estardalhaço e jam session.
Só nos EUA Cheap Trick (estadunidenses) consegue ser maior q Deep Purple.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=Q4-rGQ-qqMs
[youtube]https://www.youtube.com/watch?time_continue=2&v=Q4-rGQ-qqMs[/youtube]
Enfim.
Falo mal, mas por outro lado quando passa na tv (passou há uns 15 dias, no BIS), acompanho.
Pq se tratou de evento insólito, esse dos púrpuras. Ritchie Blackmore ñ deu as caras (nunca daria), Steve Morse e Don Airey ñ ganharam prêmio (filigranas de regulamento do evento), David Coverdale e Glenn Hughes compareceram e discursaram (mas ñ cantaram), viúva de Jon Lord subiu ao palco bastante comovida, Ian Gillan aludiu a Nick Semper, Rod Evans, Joe Lynn Turner, Tommy Bolin e Joe Satriani… e Lars Ulrich fazendo um impagável discurso de indicação. Pândego. Sério mesmo.
E quando recém-citei q Coverdale e Hughes ñ cantaram com a banda, estrago a ilusão – de quem ñ viu e/ou ñ soube – de q teriam tocado “Burn”. Ñ tocaram. Mas tocaram 2 sons. Naquele modo showbizz usa: playback de som gravado ao vivo antes.
Achei divertido. Segue acima. Digam lá vcs o q acharem.
PS – ñ pretendo fazer post sobre o tal Grammy do último domingo. Desculpa ae!
“Black Sabbath – A Biografia”, Mick Wall, 2013, Editora Globo – 338 pp.
–
O maior trunfo, virtude absurda deste livro, é sua concisão.
O autor consegue contar a história do Black Sabbath em 321 páginas, de fio a pavio. Com direito a capítulo específico sobre carreira solo (oitentista) do Ozzy, o q inclui praticamente uma biografia de Randy Rhoads, vida, obra e legado. Cronologicamente situando ainda a carreira solo de Dio, em seus altos e baixos, após sua expulsão em meados de 1981/1982. Fora dando-lhe a autoria dos “chifrinhos”, devidamente.
E ainda incluindo 24 páginas extras de fotos bem interessantes, de todas as fases.
Vai da infância dos integrantes originais, resumidas ao necessário, às 3 (três) faixas liberadas na coletiva de lançamento de “13” (2013). Impressionante. Assim: ao fim do capítulo 6 – de 13 totais – na página 145, Mick Wall já passou por todos os discos, intrigas e encrencas até “Never Say Die!” (1978). Sem omitir os dias de Tony Iommi no Jethro Tull, a má vontade da imprensa pra com os caras, os bullyings com Bill Ward, a putaria em Los Angeles q foi a gestação de “Vol. 4” (1972), e por aí vai.
Falta um detalhe ou outro, q outras biografias certamente contêm (ou “ñ contém” – vide abaixo), mas sem deméritos. Afinal, bandas como o Black Sabbath, tanto como o Kiss, o Metallica e o Ramones, têm – e ainda terão – livros e biografias complementares, parciais no bom sentido, com cada envolvido descrevendo o q viveu, viu, sentiu e omitiu. O q é duma interatividade tremenda: quem lê é q faz os juízos, toma partidos, escolhe os “lados” das questões como bem quiser.
Mick Wall, além disso, é jornalista e foi assessor de imprensa do Sabbath, de Ozzy e de Dio por quase 35 anos. Por isso, além de saber escrever, descreveu eventos q testemunhou e tece juízos (nem sempre positivos) q ñ o comprometem. Demonstra isenção. E coragem, como nos agradecimentos, quando diz “e, claro, todos os vários membros do Black Sabbath que tive o prazer – e o ocasional desgosto – de conhecer durante esses anos”. Ñ lançou o livro pra ser só mais um souvenir ou calço pra criado-mudo.
***
Um defeito q sempre encontro em biografias bandísticas, auto ou hetero escritas, é o de os dias e obras recentes/atuais/últimos serem contados com pressa, sem detalhes, só pra constar. “Black Sabbath – A Biografia” Ñ O TEM. Tanto.
Trata da “fase Dio“, com o significativo renascimento das carreiras – duplo sentido! – dos envolvidos, tb da “fase Ian Gillan“, q ñ era mesmo pra ter durado, o Live Aid broxa, dos rolos q envolveram a “fase Glenn Hughes” (com montes de músicos oportunistas e usados, fora uns tantos vocalistas ñ creditados q passaram pelo almoxarifado) e ainda da “fase Tony Martin“, e a dupla sacanagem pra com o cara – primeiro, quando o tiraram pra Dio voltar, depois quando o recrutaram de volta quando da deserção do elfo – e a decadência derradeira em “Forbidden” (1995).
Ñ omite o ensejo caça-níqueis de “Reunion” (1998), trata do Heaven And Hell e da morte de Dio, aborda o câncer de Iommi e a volta efetiva e consagradora – hj tb consagrada – pra “13”. Cita ex-esposas chifradas e esposas tornadas empresárias, picuinhas a rodo (tem motivo Dio creditado como “Ronnie Dio” na contracapa de “Live Evil”), tiroteios hediondos entre Sharon Osbourne e Don Arden, seu papai (quase sempre usando o Sabbath e/ou Ozzy como peões), e aborda controvérsias tornadas lendas (como a da tal treta pra mixarem “Live Evil”), ao mesmo tempo em q confirma lendas nascidas de fatos (Ozzy mordendo morcego, mijando em monumento e arrancando cabeças de pomba a dentadas). Cita até “The Osbournes”, decadência – com elegância? – na tv.
Wall, em episódio nojento noventista (o da ovada no Maiden fica menor – modo de dizer – comparando), praticamente afirma ser de $haron Osbourne, aliás, os direitos do nome Black Sabbath. A mulher é o ser mais abjeto da face da Terra, acreditem. E deu pra Randy Rhoads, sim.
Por outro lado, falta um cuidado – lembrete – aos discos solo de Bill Ward, poucos e obscuros mas existentes. Ou menção aos solos, de fato, de Iommi, como “Iommi” (2000) e os “The 1996 DEP Sessions” (04) e “Fused” (05), com Glenn Hughes. Ao mesmo tempo em q cita de passagem a Geezer Butler Band oitentista, de duas demo tapes legadas, mas ñ o GZR/Geezer noventista. Mas tudo bem: esses aí dá pra achar no Metal Archieves ou na Wikipédia.
Para ser lido com fones de ouvido, com a discografia sabbáthica, na ordem de lançada, acompanhando.
*
*
CATA PIOLHO CCLVI – “Unconditional”: Prong ou Dew-Scented? // “Midnight Sun”: Helloween ou Black Country Communion? // “Earthshine”: Rush ou Summoning?
Deep Purple, como o amigo FC bem notou semana passada, é provavelmente a outra banda, fora o Napalm Death, q mais gerou bandas, projetos paralelos ou purplendiculares (uf!…) e/ou carreiras-solo. Segue listarmos da árvore os frutos favoritos. De preferência incluindo o próprio Deep Purple no ranking.
O meu:
By Mônica “The Witch” Schwarzwald
Poucos artistas me mobilizariam a ponto de sair do Distrito Federal e ir para Sampa em plena quarta-feira (16/12), à tarde, enfrentar chuvas torrenciais com direito a turbulência violenta e tráfego aéreo em Cumbica, passageiros passando mal e vomitando e um engarrafamento na Marginal Tietê. Um deles é o mestre Glenn Hughes que, somando 58 anos, é exemplo de superação de fases cavernosas estilo “snowblind enemy” e longevidade artística.
Entretanto, mesmo sendo sobre a atração principal, esta resenha cede espaço para a banda de abertura que arrasou antes do prato principal: Casa das Máquinas. Sou fã de carteirinha, possuo os dois cds “Casa de Rock” e o “Lar de Maravilhas”, várias faixas dos quais pude ouvir ao vivo executada por uma banda muito competente e coesa, cujos destaques eu atribuo para o duo de bateras remanescentes da formação original, Marinho e Netinho, e para o Andria Busic (Dr.Sin) que caprichou no baixo e nos vocais. Nada de novo, apenas releituras destes dois álbuns, mas o bastante para relembrar com nostalgia uma banda que sabia fazer Rock dos bons e flertava com o progressivo com muito charme, mesmo com letras em português. Uma verdadeira viagem pelo túnel do tempo com “Astralização”, “Esta é a Vida”, “Lar de Maravilhas”, “Vou Morar no Ar”, “Londres” e a obrigatória “Casa de Rock” . Com uma abertura destas, a noite já prometia.
O Carioca Club tem uma boa acústica. Pequeno, um pouco maior que o Café Piu-Piu. Havia duas opções de acomodação para a galera curtir: a pista, que estava tão cheia que ninguém se mexia, e camarotes em uma espécie de mezanino dos dois lados do palco. Os camarotes não estavam lotados, entretanto naqueles que ficavam mais próximos do palco, a galera resolveu se aglomerar de pé e agitar tanto quanto o pessoal da pista. Quando The Voice e banda adentraram ao palco, a casa estava totalmente lotada e veio abaixo ao som de “Stormbringer”.
É chover no molhado dizer que Glenn Hughes é um dos melhores vocalistas, senão o melhor, da atualidade. E, por incrível que pareça, ele vem melhorando a cada ano! E nem precisava ir ao show para testemunhar. Ao vivo na Kiss FM, na véspera do show, ele foi entrevistado e deu uma “palhinha” cantando “Coast to Coast” só com violão, depois fez uma apresentação acústica com a banda em um programa da TV Gazeta [N.R., programa “Todo Seu”, do Ronnie Von], tocando simplesmente “Mistreated”!!!
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=tvrAfD1phCE[/youtube]
.
No Carioca Club, “Mistreated” foi eletrificada, mas o público ficou boquiaberto com o que o mestre fazia com a voz. Não dá para explicar, só vendo. Ele domina e aperfeiçoa os timbres de sua voz a cada apresentação. Parece impossível¿ Confiram o programa da Gazeta que está no Youtube.
Milagre¿ Dá para perceber que Glenn está numa fase bem espiritualista. Entra no palco com as mãos juntas em sinal de Namastê (saudação hindu que significa “meu deus interior saúda seu deus interior”), o palco é decorado com algumas deidades hindus, dentre elas Shiva – deus da transformação e Krishna – suprema personalidade de deus. Esbanja emoção, ao contrário de sua banda, muito boa e competente, mas muito aquém de sua simpatia e efusão.
Massacre no set list: das 12 músicas executadas, 8 do Deep Purple: além da “Stormbringer”, que abriu, “Might Just Take Your Life”, “Sail Away”, “Mistreated”, “Gettin Tigher” (homenageando Tommy Bolin entusiasticamente), “Holy Man” – execução inédita, pelo menos aqui – “You Keep On Moving” e uma versão de “Burn” quase estragada pelas derrapagens da banda.
Algumas faixas do novo “First Underground Nuclear Kitchen – F.U.N.K.”. Infelizmente, não tocou nada do “From Now On…”, ponto altíssimo de sua carreira solo. Aliás, um show tão inesquecível que, apesar de ser madrugada de uma quinta-feira chuvosa, foi difícil para o público arredar o pé no final. Glenn Hughes solou no baixo após “Mistreated” e “Gettin’ Tighter”, bem ao estilo do show de estréia da formação com David Coverdale no California Jam de 1974, com um wah-wah from Hell!