Release apócrifo, mas meio q falando pela banda e q aposto q de Rob Halford, no dvd “RisingIntheEast” (2005):
“Hello and welcome to Priest live in Japan!
As we headed over to play the japanese dates on our AngelOfRetribution world tour, we recalled metal memories of our performances there over the decades.
We had been making live metal in the land of the rising sun since the mid 70’s, and we were again in 2005 about to embark on another highly antecipated set of shows throughout the country.
As you hardcore fans are aware, the all-time favourite live classic UnleashedIntheEast was captured during the 1979 tour in Japan and so with that event in mind, and the fact we are celebrating more than 30 years of JudasPriest, we wanted to record and film this very special occasion.
The Budokan in Tokyo was chosen for lots of reasons but mainly because it represents the combined essence of our Priest fans throughout the world!
As you will see and hear, what we all experienced was a night to remember and treasure forever, and this night, like so many others around the world, reflects the incredible love and support you continue to give us.
You keep us alive with your metal faith and encourage us in Priest to keep making metal.
Thanks again to you, our fans worldwide, and to everyone associated with JudasPriest for making 2005 such a spetacular year”.
Meio atípico hoje: trechos de pré-epílogo de “Barulho Infernal: A História Definitiva do Heavy Metal” (2013) – pq o epílogo é de Rob Halford – do mesmo Jon Wiederhorn & Katherine Turman:
“O desenvolvimento do heavy metal é como a evolução de um vírus. Organismos microscópicos se replicam dentro de células vivas e, para garantir a própria sobrevivência, se adaptam e sofrem mutações ao longo de gerações. Não que os headbangers pareçam de uma doença debilitante. Pelo contrário, o relacionamento entre os fãs e o ‘vírus do metal’ é simbiótico, e, uma vez infectados, o hospedeiro ganha força e, pelo menos durante um tempo, prospera em meio ao caos, à agressão e ao senso de individualidade e comunidade que o metal proporciona. Diversas bandas de metal entendem a qualidade contagiante da musica que criam: o Anthrax chamou seu segundo disco de Spreading the Disease [Espalhando a Doença], em 1985; o Carcass deu nome ao seu disco de 1989 de Symphony of Sickness [Sinfonias da Doença]. E o single “Down With the Sickness” [Abaixo a Doença] alavancou a carreira do Disturbed em 1999.
(…)
O principal erro cometido de forma consistente pelos ignorantes é não se dar conta de que, quanto mais eles rejeitam a música, mais apaixonados se tornam os fãs com relação à força que os ajuda a encarar o dia. Como um virus, o heavy metal cresceu tão rapidamente e passou por tantas mutações que todos os metaleiro não cabem debaixo da mesma égide. Você não vê muitos fãs do Deicide ouvindo MötleyCrüe, nem fãs do Tool fazendo fila pra ver um show do NapalmDeath.
Mas não há problema quanto a isso; a infecção ganha força na adversidade, e a necessária polinização cruzada dos subgêneros do metal ao longo dos anos manteve o gênero vital, apesar das gravadoras e outras entidades corporativas terem tido que lutar para acomodar o estilo em seu catálogo, classifica-lo e explora-lo comercialmente. O metal é uma doença infecciosa; uma fera a ser respeitada, e não enjaulada. De certa forma, é como o Exterminador do Futuro: ‘Ele não pode ser chamado à razão. Ele não sente pena, remorso ou medo. E não vai parar – nunca!’
(…)
Até que isso seja possível, porém, a atual safra de bandas de metal continuará a afetar e a infectar. Os sobreviventes de épocas passadas continuarão se ajoelhando diante dos altares dos heróis do metal, ao passo que as novas gerações de terroristas do som – sejam eles metalcore, deathcore, avant-black metal ou um subgênero ainda a ser descoberto – continuarão se formando e sofrendo mutações para deixar sua marca e lutar pela sobrevivência. Contanto que haja ira, privação de direitos, corrupção, abuso e angústia, o micróbio do heavy metal seguirá se multiplicando e procurando novos e condescendentes hospedeiros”.
Ia repostar algo q um conhecido (aê, Gean!) postou lá no grupo de WhatsApp do Chaos Synopsis q era um black metal feito por índios estadunidenses, mas o grupo apaga mensagens de um dia pro outro, ñ salvei e fiquei na mão…
Ñ faz mal: tentei encontrar aleatoriamente, e de modo aleatório caí neste aqui.
Entoados na língua navajo e tudo o mais.
Ñ fui ao Metal Archieves ainda buscar referências, mas o YouTube me jogou tb um documentário – curto, mais uma matéria – do NYTimes sobre essa cena no metal dos EUA. “Metal From the Dirt”.
Impossível ñ se espantar com essa mutações (Rob Halford já disse q o metal é um vírus) improváveis, mas é assim q acontece. Quando achamos q tudo foi feito nos sons pesados, algo diferente (nem sempre NOVO) aparece.
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Sugestões para consumo deste post:
assistir e comentar abaixo, para discutirmos
mandar praquele amigo ou amiga q deixou o metal, pq era “uma fase” e agora fica ouvindo pagode e gospel, criando filho e indo à Igreja
De resto, penso q nos próximos dias, veículos como whiplash e WikiMetal vão traduzir e descobrir isto aqui tb. Nada contra, e até torço mesmo pra q role.
Já os podcasts de playboy vão continuar falando de Andre Matos (sem acento), Broxonator e bandas Prevent Sênior…
PS – a hora em q lá no grupo de WhatsApp repostarem o vídeo q era pra ser, reposto por aqui.
A idéia era postar um Judas Priest ruim hoje (“Turbo”, pq “Nostradamus” preferi nem ter) pra zoar com o “dia de malhar o Judas”, esse lance arcaico de Sábado de Aleluia q nem os católicos fazem mais…
Aí deu vontade de ouvir a banda e pincei este, comprado no lançamento. Um baita disco, longo e denso (diferentemente do “Firepower” seguinte, pra mim ok e longo). Tava com tempo, ouvi 3 vezes.
Judas sendo Judas, impressionando com a capa, revisitando riffs, aprimorando a identidade (ñ tentando reinventar a roda), causando dèjá-vus e sensação de descoberta. Ñ é pouco.
E cravo: o melhor deles desde a volta de Rob Halford – ou pra quem é órfão, dos “anos pós-Ripper”. Discaço.
De repente, é uma folga pra tanta polêmica e gastrite envolvendo Detonator e Aquilo Presta… Ou munição pros Régis Tadeu da vida fazer vídeo com “o q vc ñ sabe sobre o Deep Purple“… bah
Este post dialoga com o post “Accident Of Bruce” cometido por Leo Mesumeci em 9 de fevereiro último.
(e q torço para ñ ter sido mesmo o último)
Sobre esses tantos vídeos de “primeira vez q fulano ouviu tal coisa e a reação”. Q eu tendo a desacreditar logo de cara; ñ q determinadas pessoas realmente desconhecessem músicas até óbvias pra mim (sou ciente da minha “bolha” sonora), mas q estejam de fato ouvindo pela primeira vez e reagindo a tudo, com tudo filmado e lindamente montado/editado.
Mas pode ser só chatice deste q vos bosta bloga mesmo.
Amigos andaram me mandando montes, algoritmos do YouTube me recomendaram outros tantos (fosse uma pessoa, ñ uma IA, eu reclamaria a ela q prefiro isso a podcasts bostonóias de Sergio Mallandro e outras merdas q andaram me aparecendo), e eu mesmo fui indo atrás de algumas coisas. Sempre descofiando, mas pinçando até aqui 4 q achei mais legais.
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O baterista q ouviu pela 1ª vez “Enter Sandman” e saiu tocando na 2ª.
Faltam-me referências sobre o negão. Ñ sei mesmo se é baterista famoso, nem histórico do mesmo (e praqueles 5 minutos de Google “ñ encontrei tempo”). Parece professor de bateria, voltado a jazz. Por isso, ouvir uma das músicas mais ralas do Metallica certamente foi fichinha.
Pensei num primeiro momento em postar um “chupa Lars”, mas a real é q se o gnomo dinamarquês viu isto aqui, certamente se sentiu lisonjeado. A intenção dele e do Metallica era realmente se vender. Tá de acordo.
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A ‘carismática voz’ trazida pelo Leo em fevereiro, Elizabeth Zharoff, me fez chorar junto com a reação/análise de “Silent Lucidity” (Queensrÿche), q é aquela música até manjada, mas q o tempo lhe tem sido injusto. No sentido de ser uma tremenda canção, destrinchada no vídeo em seus elementos vocais, instrumentais e de produção. Recomendo muito.
Só q preferi postar a reação/análise dela pra “Painkiller”, q de verdade eu acreditei q ela nunca tivesse visto/ouvido mesmo. E deu uma aula de como Rob Halford é um puta vocalista de fato.
Ñ q seja alguém subestimado, nada disso. Mas – polemizando – cada dia mais vejo q a estrutura “quadradinha” do Judas Priest mais escondeu do q mostrou o quão foda era (é) o Padim Ciço Careca do metal.
E a intro do Scott Travis é pra assustar mesmo. Pra impressionar. Metal, caralho.
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Esta aqui é uma primeira vez de sujeito q tb me convenceu como a primeira vez ouvindo Frank Zappa. E é mais ou menos assim q acontece, essas caras e bocas e estranhezas.
Já devo ter contado aqui: tive uma colega na faculdade q disse q a primeira vez q ouviu Zappa, duma fita q o namorado tinha emprestado, achou q o walkman estava com problema, deu stop e trocou as pilhas ahahah
Essa é a vibe. E essa é uma deixa pra recomendar FZ por aqui de novo e novamente. “Apostrophe (‘)”, cuja suíte inicial (de menos de 15 minutos) é por aqui contemplada, me parece um ótimo disco pra se iniciar no Big Ode.
Mas já devo ter dito isso antes aqui.
E ñ entendi o nome do ouvinte acima. Essa molecada de hoje em dia inventa uns nicknames q o tiozão aqui ñ entende, ñ assimila. Mais um só.
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Abba Geebz parece q é professor de bateria tb e/ou ‘velho compositor’. Ñ entendi bem. Tem seu canal de YouTube aparente e majoritariamente dedicado a reações de primeira vez com músicas esquisitas (tem Tool ali tb) ou bandas exóticas. No q me fica uma dúvida: se nunca ouviu nada dessas coisas, como é q chegou a ser professor ou compositor?
(implicância, parte 3 a revanche)
O q entendi é q ele fez merchan de café e alegou dor de cabeça enquanto fez o vídeo numa madrugada. Tvz ñ as ideais condições pra encarar pela primeira vez o Meshuggah, mas fez e ñ teve um derrame no transcorrer.
E é um vídeo um pouco mais técnico, mais pra baterista mesmo. Mas q achei válido.
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Uma implicância final: algumas dessas impressões/reações acho um tanto longas. Natural – por um lado – em se tratando de primeira vez, e a pessoa ter q recorrer a seu repertório particular, efeito surpresa etc. Mas tb algo carente duma edição mais esperta.
Quem por aqui ainda ñ viu compartilhado por mim via WhatsApp esses dias, viu no grupo “Metal Contra o Golpe” do Facebook. E quem ainda ñ viu, vê agora:
Sebastian Barbie rancando fora – ñ sem antes dar aquela enquadrada – dalgum podcast estadunidense em q o “humor” foi temperado com piadinha (sim, pejorativo) homofóbica sobre Rob Halford. O famoso “chega dessa merda”.
Chega.
Dessa.
Merda.
Admito ñ conhecer o tal “humorista”, mas depreendo ser desses trumpistas barra bolsonóias barra isentões de direita pra quem “o mundo está ficando chato por culpa dessa ditadura do politicamente correto”. E q a “liberdade de expressão” – o q significa falar mal de mulher, gay e negros – estaria ameaçada pelas “feministas”.
O mundo mudou. E por aqui, há 2 anos, pra bem pior. Pandemia só ressalta o fenômeno escroto do bolsonarismo terraplanista olavista homofóbico misógino made in Brazil, acalentado já há muito anos. Ñ surgiu agora: foi parido em 2018.
E a atitude do ex-Skid Row pra mim soa exemplar: ñ compactuar, mas o fazendo de MODO ATIVO. Enquadrar e sair fora. Constrangimento reverso. Como bem frisou Schwarzenegger em vídeo anti-Trump recente. Repercutir. Ao invés de apenas “excluir, bloquear e denunciar”, q pode até funcionar, mas ñ reverbera ou serve de exemplo. Por exemplo.
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Tem uma idéia q circulou nos primeiros meses da pandemia, a de “nos tornarmos melhores após a pandemia”. O pós-pandemia ainda inexiste, mas entendo q o “nos tornarmos melhores” está em vigor desde março. Ñ vai cair do céu, nem acontecer indiscriminada e alheiamente às pessoas, acendendo incenso, mentalizando roxo ou desejando “o bem”.
Passa por atitudes. Como essa. Como eu, particularmente, ñ consumir mais nada de bolsonóia, ñ assistir mais a show de banda isentona (o Korzus já ñ me fazia falta mesmo), ñ mais usufruir de serviços oferecidos por isentões de direita q sei q, à primeira oportunidade, vão puxar meu tapete.
E por eu tb modificar alguma coisa por aqui. Por exemplo: tvz parar de chamar o cara de “Barbie”, uma homofobia adolescente idiota q tvz ñ tenha mais graça. Se é q já teve alguma.
Desconstruir os conceitos intrínsecos e dados como “naturais”. E etc.
Normalmente comedido e sem frases de efeito ou declarações polêmicas (exceto a de se assumir), Rob Halford sentou a bota no final dos agradecimentos em “A Small Deadly Space” (1995):
“And finally, Rob say: Good riddance to the cheezzy tabloid rock journalists, I hope one day they will stop writing non-sense, lose weight, and realize they have no idea how to create music; nor, do they know how to critique a musician’s efforts. Keep track of us while we are on our world tour, and come see us work during ’95 & ’96… in a small deadly space“.