outubro 2012
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MEUS TECLADISTAS FAVORITOS
[ñ necessariamente os “melhores]:
- Jordan Rudess (Dream Theater)
- Keith Emerson (ELP)
- Jon Lord (Whitesnake, Lord Ashton & Paice, Deep Purple)
- Rick Wakeman
- Geddy Lee
- Geoff Nichols (Black Sabbath)
- Ray Manzarek (The Doors)
- Eddie Van Halen
- Kasper Marteson (ex Amorphis)
- Christian “Flake” Lorenz (Rammstein)
Ñ SEI SE VALE 5 CONTOS
“Instant Clarity”, Michael Kiske, 1996, Raw Power/Castle
sons: BE TRUE TO YOURSELF * / THE CALLING * / SOMEBODY SOMEWHERE / BURNED OUT / NEW HORIZONS * / HUNTED * / ALWAYS / THANX A LOT! * / TIME’S PASSING BY / SO SICK / DO I REMEMBER A LIFE?
formação: Michael Kiske (vocals, guitars, piano, keyboards, sound effects), Ciriaco Taraxes (guitars; piano on “Do I Remember A Life?”), Kay Rudi Wolke (drums; guitars on “Time’s Passing By”), Jens Mencl (bass)
participações especiais: Kai Hansen (guitars on “Be True to Yourself”, “New Horizons” and “Thanx A Lot!”), Adrian Smith (guitars on “The Calling”, “New Horizons” and “Hunted”), Norbert Krietemeyer (flute on “Do I Remember A Life?”)
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Houve um momento cataclísmico noventista em q pareceu q o mundo iria acabar em barranco devido à saída de Michael Kiske do Helloween. Ñ q ñ tenha sido um evento, mas hj entendo q teve muita firula da Rock Brigade a respeito.
E a História mostrou q o Helloween continuou MUITO BEM sem ele, afinal.
Quando este “Instant Clarity”, saiu, lembro da apreensão q o envolvia. Sobretudo entre os viúvos e viúvas do canário-mor, cujo repúdio a Andi Deris na banda happy happy acompanhava o luto. Tb lembro, vagamente, de resenhas na época nem detonarem, tampouco elogiarem ostensivamente o material. Num modus operandi de crítico q hj entendo como o dum safo distanciamento: quem ñ gostou, ñ quis falar tão mal, pois ñ entendeu muito bem e/ou poderia acabar gostando; quem gostou, ñ se descabelou em elogios, por conta do material em si. E de tb ñ ter entendido bem qual é.
E a questão me parece assim: realmente ñ é uma porcaria de álbum, mas tb ñ há nada por aqui q, a meu ver, credencie o disco como algo injustamente depreciado, apressadamente ufanado, nem mesmo como material seminal, q tenha legado influências a rodo.
Por mais q o sujeito miando em “Be True to Yourself” o Chatovarius tenha chupinhado em sua “Alpha & Omega”. Por mais q “The Calling” e “New Horizons” me soem os únicos sons passíveis de arranjos pelo Helloween. Por mais louvável q “Always” preste-se como réquiem ao recém-falecido Ingo Schwichtenerg.
Resumo do álbum: os sons q contém Kai Hansen e Adrian Smith (alguns inclusive como co-autores, asteriscados todos acima) são os mais a ver com metal. Mais um metal levemente próximo daquilo q o Helloween consagrou em “Chameleon”. Menos divertido e porra-louca, no entanto. Tvz até por conta dos músicos de apoio soarem mais comportados (como no “Skunkworks”, do Bruce Dickinson): bateristicamente desolador me é ver apenas “New Horizons” conter trampo de 2 bumbos. Ñ encontro nas 11 faixas qualquer refrão memorável de sair cantando junto – no q poderia ser pobrema meu só, mas creio se dar por “Instant Clarity” denotar o quão tépido como compositor Michael Kiske sempre foi.
O baixista Mencl é destaque instrumental: sempre jogando algum “molho” e groove nos sons. O desempenho vocal é tb tímido, com pouquíssimos momentos realmente kiskicos de outrora. O álbum é homogêneo, com exceção de “Thanx a Lot!” (uma coisa meio folk, com vocais saturados e solo legal do Hansen), “So Sick” (algo bluesy, de voz distorcida e a única com aparente desabafo pra cima dos ex-colegas e de empresários ou gravadora envolvidos) e “Do I Remember A Life?” (balada longuíssima, com piano e flauta), q parecem coisa q o cara tvz precisasse pôr pra fora sem o imprimatur da ex-banda.
Comparações e aproximações finais: 1) tvz “Instant Clarity” possa servir àquela visita em casa daquela garota q curta pouco ou nada de heavy metal. Rola uns climas; 2) tivesse nascido nos EUA, tvz Kiske tivesse a partir dele (e da carreira errática com a qual prosseguiu) se tornado compositor de aluguel pra bandas como Aerosmtv ou Nickelblargh, e ñ sei se isso seria legal; 3) é um disco light, q mais adequadamente seria se chamasse “Distant Clarity”, mas jamais a ponto de causar vergonha a alguém de tê-lo comprado ou baixado. A ñ ser q pague uma fortuna por versão importada. O pior a acontecer será abandoná-lo nalgum fundo de prateleira ou deletá-lo uns dias depois, sem maiores conflitos.
*
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CATA PIOLHO CCXI – tirado da bio iômmica, de fonte canhota e sem os tocos duns dedos: o riff de “(Fight For Your) Right to Party”, dos Beastie Boys, parece ter sido chupinhado/sampleado do de “Hot Line”, do Black Sabbath
VERSÍCULOS DO LIVRO SAGRADO
Novamente
Ainda uma leitura vagarosa. Já estou chegando na parte do Ian Gillan e do “Born Again” – Iommi descreve álbum após álbum – mas deixa eu citar uns tecos pretéritos:
IV.
(pp. 94-95)
“Nós tocamos ‘Sweet Leaf’ chapados, porque naquela época nos chapávamos muito. Enquanto eu gravava um trechinho de violão duma das outras faixas, Ozzy me trouxe um baseado gigante. E me disse: ‘Dê uma tragada neste.’
Eu disse: ‘não, não’.
Mas eu o fiz, e ele me engasgou todo. Tussi minha cabeça fora, eles me gravaram nisso e usamos na introdução de ‘Sweet Leaf’. Que apropriado: tussindo um monte num som sobre maconha… e o melhor desempenho vocal de toda a minha carreira!”
V.
(p. 110 – gravações do “Vol. 4”)
“Se ‘Changes’ era incomum, ‘FX’ certamente era um pé fora da casinha. Ficávamos na maior parte do tempo pelados quando a gravamos. Quando se está num estúdio por horas ou terminava fumando uns, você acaba ficando meio pirado. A gente começou a tocar e dançávamos por ali sem camisa, apenas sendo uns idiotas. Eu esbarrei minha cruz na guitarra, ela fez ‘boing!’ e todos fizemos: ‘Ooh!’
‘Boing!’
‘Aah!’
Todos então dançaram passando pela guitarra, trombando nela. Começamos a brincar disso. Não pensávamos em usar aquilo como uma faixa, mas gravaram isso com um delay e pensamos, oh, yeah, hmmm, e a pusemos no disco. Eu sempre pus muito esforço em cada som, pondo todas as mudanças nelas e tudo o mais, e aqui tínhamos uma faixa que veio meio acidentalmente por conta dum bando de chapados esbarrando na guitarra, que terminou no álbum. Uma piada total! Se tivéssemos feito vídeos disso, seria algo bem surpreendente”.
VI.
(p. 128)
“Eu acho que por muitos anos Ozzy tinha medo de mim, e se eu dissesse: ‘Precisamos disso e temos que fazer aquilo’, ele ouvia. Me tornei o durão novamente, o que eu não queria ser. Mas alguém tinha que fazê-lo. O propósito todo era funcionar, pôr a banda na estrada e trabalhar, com um mínimo de contratempos possível. Se alguém dissesse: ‘Não vou tocar hoje à noite, estou cansado’, alguém teria que dizer: ‘foda-se, você tem que tocar!’
Estar numa banda não é divertido o tempo todo, é bem difícil. Eu penso que você tem que negociar com tudo o que a vida dispõe pra você, não importa quão ruim isso pode ser. Eu tendo a lutar contra um monte de coisas, então é difícil pra mim entender outras pessoas não fazendo o mesmo. Eu não fico esperando algo resolver meus problemas, pensando: ‘vou tomar uma pílula dessas e tudo ficará bem'”.
***
No mais, outra citação onomatopaica:
Como Bill Ward tocava (“dum jeito próprio”): “Boom-tsj-pa-pa-pa”
Como Vinny Appice tocava (“mais preciso, mais técnico, mais mainstream”): “Boom-tsj-boom-tsj-boom-tsj”
ahah
[v.]
MEUS/MINHAS VOCALISTAS FAVORITOS [ñ necessariamente os/as “melhores”]:
- Bruce Dickinson
- Mike Patton
- Geoff Tate
- Max Cavalera
- Tom Araya
- Lemmy Kilmister
- Joey Ramone
- Jeff Walker (Carcass)
- John Connelly (Nuclear Assault)
- Anneke van Giersbergen (ex-The Gathering, Agua de Annique)
* bônus das profundezas: Andrew Eldritch (Sisters Of Mercy)
MELHOR DE CADA ÁLBUM
Doa a quem doer!
Regra de sempre: empatar 2 sons em 3 álbuns, no máximo.
Lista o’mine:
“Appetite For Destrúcho” – “Think About You” e “Sweet Child O’Mine”
“GNR Lies” – “Reckless Life”
“The Spaghetti Incident?” – “Hair Of the Dog”
“Use Your Illusion I” – “Right Next Door to Hell” e “Back Off Bitch”
“Use Your Illusion II” – “Civil War” e “Yesterdays”
“Live Era” – ñ tenho
“Chinese Democracy” – “Prostitute”
–
QUESTÕES PERIFÉRICAS:
- Steven Adler ou Matt Sorum? ADLER
- Ainda é Guns N’Roses a banda? ACHO Q SIM. QUEM MANDOU OS OUTROS VENDEREM O NOME PRO AXL?
- “Use Your Illusion I” ou “Use Your Illusion 2”? 1
- Slash acha tudo isso? GOSTO DELE, MAS ACHO Q Ñ
- Melhor cover/versão LIVE AND LET DIE
melhor capa: “Appetite For Destrúcho”
pior capa: “GNR Lies”
melhores videoclipes: “November Rain” e “Sweet Child O’Mine”
piores videoclipes: “Since I Don’t Have You” e “Welcome to the Jungle”
TRECHOS DA BÍBLIA
Isto aqui
Comprei já há uns 3 meses, comecei a ler, mas interrompi. Pq é em inglês e eu ñ consigo lê-lo no carro, em salas de espera ou em intervalos sem o dicionário ao lado. Mas retomei há uma semana e agora embalei; passou a fase de Iommi falar de papai, de mamãe, de escola, e começou o histórico sabbathico propriamente. Q é o q me interessa. E tal.
Resolvi pinçar uns trechos, semanalmente, pra deleite e espanto compartilhados. E livremente por mim traduzidos – Google Translator de cu é rola! ahahah
I.
(p. 68)
“Só quando o grunge se tornou popular, com aqueles músicos todos citando o Black Sabbath como grande influência, acabamos nos tornando a bola da vez, o barato de todos os tempos. Então aqui estávamos, lendo coisas boas sobre a gente, pensando: ‘Péra aí, o que aconteceu? Eles não escrevem boas coisas!’ Porque nós sempre nos dissemos: ‘Tão logo eles [os críticos] comecem a falar bem da gente, é melhor a gente desistir”.
II. (p. 74)
“Paranóide: eu duvido que já tivesse sabido antes o que significava tal palavra/termo. Ozzy e eu freqüentamos a mesma escola fuleira, onde é certo que nunca fomos apresentados a palavras como essa. Nós sabíamos o que ‘fuck‘ significava, e ‘piss off‘, mas ‘paranóide’? Por isso é que deixamos isso [fazer letras] pro Geezer, porque o considerávamos o inteligente da banda”.
III. (p. 78)
“Nós ainda somos camaradas dos Zeppelin [parte em q afasta quaisquer rivalidades entre as bandas; Iommi deixa subentendido q as rivalidades haviam com o Deep Purple], mesmo Bonham tendo incomodado Ronnie quando eles vieram nos ver no Hammersmith Odeon em Maio de 1980. John estava ao lado do palco curtindo e tomando Guinness, ficando mais e mais briaco à medida em que o show rolava. Saímos do palco e ele mandou: ‘O cara tem uma voz do cacete pra uma porra dum anão!’
Claro que Ronnie ouviu. Bonham disse o que disse como um elogio, mas não soou assim. Ronnie voltou ao John e mandou: ‘Seu cuzão do caralho!’
O tempo fechou. E poderia ter virado uma briga das mais desiguais porque John era meio um hooligan. Daí eu cheguei nele e disse: ‘Ei, deixa quieto’.
Ele disse: ‘Mas o que há de errado com ele!?’
‘Bem, ele não gostou muito dessa. Volta lá pro hotel e eu te vejo depois. Não é uma boa hora agora’.
Ele foi embora, mas putz, poderia ter ficado muito feia a história”.
***
Fora isso, um brinde a quem adivinhar de qual música se trata o seguinte solfejo iômmico, na página 73:
“DadaDadaDadaDada DadaDadaDadaDada, dudududududududu, Dada da”