SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA THRASH COM H
“Quartz”, Quartz, 1977, Jet Records/Classic Metal
sons: MAINLINE RIDERS / SUGAR RAIN / STREET FIGHTING LADY / HUSTLER / DEVIL’S BREW / SMOKIE / AROUND AND AROUND / PLEASURE SEEKERS / LITTLE OLD LADY
formação: Mick Taylor (vocals), Geoff Nicholls (guitar & keyboards), Dek Arnold (bass), Mick Hopkins (guitar), Mai Cope (drums)
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Sim, era a banda do Geoff Nicholls, pareceiraço de sons, copos e aditivações nasais de Tony Iommi. Mesmo q tivesse gravado este disco de estréia mais um de retorno – “Fear No Evil” (2016). Mas é o q ficou no imaginário.
Além disso, Iommi produziu “Quartz”. Segundo o Metal Archieves, tendo gravado tb umas harmonias guitarrísticas (aposto q ainda uns solos), sem levar esse tipo de crédito devido a divergências contratuais de gravadoras.
Curiosamente, a estréia do Quartz saiu pela Jet Records, de co-propriedade de Don Arden, então empresário do Black Sabbath e pai da futura Sharon Osbourne. Ozzy Osbourne q consta haver gravado backing vocals nalgum som q ñ se sabe bem qual (e duvido q ele lembre eheh), mas q acabou ñ ficando na mixagem final.
Segundo a mesma fonte. Q tb a cita alguma participação de Brian May na coisa, sem se saber o q nem em qual faixa, mas q tb ñ entrou no fim. Ação entre amigos. Tutti buona genti. Enfim.
E o q é o som do Quartz, lançado em 1977 e inscrito nos cânones da NWOBHM? Ñ parece Iron Maiden, ou Motörhead, nem Judas Priest; q entre si tb nunca pareceram, muito menos pareceram Def Leppard e ficaram todos sob o teto NWOBHM. Parece bem mais Black Sabbath, o q soa óbvio.
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Mas o Sabbath daquela fase desconsiderada,“Technical Ecstasy” e “Never Say Die!”, pendendo mais ao primeiro. E parecendo mais em termos de clima. Com mais violões até. Uma outra aproximação: lembram da forçação de barra imensa e acintosa, de q o Blue Öyster Cult teria sido “o Black Sabbath dos EUA”? É tipo o BÖC (incluída a cozinha discreta/inofensiva) se o BÖC fosse bom, inglês e tivesse alguma noção de riffs.
A singularidade maior deste disco: ñ houvesse menção no encarte ao vocalista chamado Mick Taylor (nada a ver com o ex-Rolling Stone), daria pra jurar q Ozzy Osbourne gravou o disco todo. E dum modo melhorado: quase um Ozzy q soubesse cantar. Com direito a dobras e harmonias vocais. Curioso.
Os sons se desenvolvem em pouco mais de 36 minutos, e meus preferidos são os sabbathicos mesmo. “Mainline Riders” (escrupulosa e estrategicamente situado na abertura, pra já ganhar o ouvinte; me ganhou), “Devil’s Brew” e a vinhetinha “Smokie”, longinquamente aparentada das brisas de “Master Of Reality”.
Só q o trabalho tb agrada a quem curte Fletwood Mac (“Sugar Rain”, quase radiofônica) e Thin Lizzy (vide dobras guitarrísticas e requintes em “Around And Around” e “Pleasure Seekers”). A menção anterior ao BÖC dá as caras em “Street Fighting Lady”. Mas todas referências de aproximação, ñ chupins.
A banda ficou perdida entre mudanças de formação, contrato e dispensa (ñ venderam o suficiente) em selo major e algumas vãs tentativas de retorno. Sem chance, nem destaques ou maiores saudades.
Um disco agradável, q pode ser pensado como “o disco q o Black Sabbath gravou e ñ lançou”, sei lá. Lançado à época por aqui (uau) e recentemente relançado em cd pelo tal selo Classic Metal.
Legal.
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CATA PIOLHO CCLXXIII – “Dead Again”: Type O Negative ou Mercyful Fate? // “Breaking All the Rules”: Peter Frampton ou Ozzy Osbourne? // “Hypnotize”: Audioslave ou System Of A Down?