30 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
RANQUEANDO DVD’S DO MEGADETH HOJE:
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ADENDO: se fazer show e setor cultural por aqui tá atrofiado, imagina na Alemanha. “Ñ há substituto para o êxtase coletivo” https://www.goethe.de/ins/br/pt/kul/mag/22406269.html
… o q ficou?
E quando o camarada da banda parceira da tua quase ferra (ou ferra de fato) todo o esquema por causa de leseira?
3 historinhas envolvendo o Maurício, ex-amigo (adivinhem) e ainda vocalista no Ministério Da Discórdia, banda autoral q foi muito parceira do No Class aí pelas presepadas (alguma delas, por ele causadas) na estrada. Coincidentemente, as 3 tendo Indaiatuba como cenário.
Ñ lembro o ano, mas lembro q era época de Carnaval. Indaiatuba é uma baita cidade do interior (se bem q nunca fui q ñ pra tocar, e de dia), a 100 km daqui, daquelas com qualidade de vida enaltecida, vez ou outra constando de rankings de ‘melhor lugar pra viver’ etc.
Tinha 2 bares de metal onde No Class e Ministério da Discórdia conseguiam tocar, o Pirata’s e o Plebe. E certa vez, o Maurício encanou de marcar show das duas bandas no fds carnavalesco: num dos bares no sábado, no outro no domingo.
Leo conhece o sujeito, leia imaginando a voz: “vai ser do caralho, Txuca, vou marcar. Aí a gente já vai pra lá na sexta, fica no sítio do meu avô e faz os 2 shows”. Por ser cidade pequena (200 mil habitantes) e ter algum pé no chão, retruquei q ñ rolaria. O público ñ pagaria pra ver 2 shows iguais em 2 dias, e os donos dos bares ficariam sabendo um do outro e cancelariam. Resposta do cara: “ah, pára de gorar o esquema, Txuca, caralho. Vou marcar”.
No mesmo dia da conversa, me mandou mensagem q marcou. 2 dias depois, os 2 botecos cancelaram.
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2. cuidado pra ñ falir o bar
Na q foi nossa última vez no Plebe (depois acho a data precisa e posto aqui), na vez seguinte da vez em q tocamos com a banda “rock in rio” (post “Over the Top” aqui na pauta), Maurício estava marcando o evento e todo preocupado em pedir o cachê.
Eu falava pra ele q dava para pedir R$ 400 pro dono, 200 pra cada banda. Mas encanou q pedir 400 ia “falir o bar” (sic). Insisti, o mano ñ aceitou. Ficou de marcar, marcou. Fechou em R$ 300 as duas bandas. 150 cada.
Fizemos a noite, foi do caralho, muita gente, muita gente bebendo e no final, quando eu e Maurício fomos pegar o cachê com o dono, o mesmo, exultante, nos fala algo como: “pô, gente, foi muito foda hoje. Lotou, vendi bastante cerveja, vcs foram muito foda. Tanto q vou pagar 400 em vez de 300. Tudo bem pra vcs?”
Queria ter podido ver a minha cara olhando pra cara do Maurício.
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3. acertar as contas e deixar as calças
Numa das vezes em q tocamos no Plebe, acho q a 2ª vez No Class e Ministério da Discórdia lá, num dia em q aqui em SP o Judas Priest fazia show com Whitesnake no Anhembi (e um amigo, Eric, estava lá e ficava me mandando sms o tempo todo – “pô, tão tocando ‘Turbo Lover'” e etc.), os caras do Ministério estavam bebendo e comendo pastel (o quitute disponível) descontando da grana do cachê. Vai vendo. Imagina na Copa.
Ñ sabiam eles q nós, desde muito, combinávamos entre a gente o seguinte: gastar com bebida ou lanche onde tocávamos, sai do bolso de cada um. Nada de gastar da grana do cachê.
Pq toda verba de cachê era guardada por mim – pão duro juramentado – pra usarmos em ensaios, gasolina e pedágios.
Era a formação clássica do Ministério, 3 bêbados de mão cheia: Maurício, Inácio (baterista) e Cotô (baixista). Os caras bebendo, daí tocaram, daí tocamos enquanto bebiam. Beleza.
No q acabava a noite e estava já guardando as ferragens no meu carro, chega o Cotô no maior migué: “Txuca, o dono lá tá pedindo pra vcs do No Class irem acertar as comandas de vcs”. No q respondi sem piscar nem virar pra ele: “não temos pendência nem comanda, tamos de boa”. Cada pastel, cada bebida, quitados.
Dia seguinte, já voltados todos a SP, fiquei sabendo q fora gastar todo o cachê em goró e pastel, o Ministério da Discórdia tinha ainda gastado mais dos próprios bolsos em goró e pastéis.
Viajaram 200 km em 2 ou 3 carros pra literalmente PAGAR pra tocar. Mas tocar metal autoral no Brasil ñ dá certo pq aqui é o país do axé e do samba. E pq as bandas cover roubam espaço.
2022 surpreendendo: disco novo do Jethro Tull sai amanhã.
Antes, um ADENDO: q bom q pra cada Eric De-Clapton, Roger Daltrey e Sammy Hagar aparece um Neil Young. Comprou briga com Spotify e seu podcast negacionista campeão de audiência, e é isso.
E foi atendido. Ninguém é obrigado a acatar ditadura de algoritmo, certo?
https://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2022/01/26/spotify-perde-musicas-neil-young/
Enquanto Dave Grohl, Green Day, Bono Vox e outros isentões parecem preferir fingir de mortos e contabilizar likes. O timing de sacar q a internet ñ é isenta (e sim, omissa e conivente) está despontando.
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Jethro Tull: mais do q qualquer coisa, esse videoclipe entrega demais.
Catei a letra. Impecável no timing, só ñ consegui entender se tb meio “murista”. Mas ataca a quem deveria atacar.
Macaco velho, Ian Anderson veio com papo de q se trata de Bíblia e criticar os cristãos e suas hipocrisias etc. Serve, cabe. E o som achei excepcional: Jethro Tull renovado e pleno. Vários outros clipes de sons novos já estão no YouTube tb.
“The Zealot Gene” sai amanhã.
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E Crom abençoe Tony Iommi, Neil Young e Ian Anderson ao infinito. Os “dinossauros” são outros: os glúteos-flácidos, os roqueiros estilizados q pintam cabelo. Os velhinhos aí são vintage.
… o q ficou?
… o q ficou?
Making off de “Zen Arcade” (1984), esmiuçado:
“Everything on this record is first-take, except for ‘Something I Learned Today’ and ‘Newest Industry’, which started too fast“.
Fazia tempo q ñ tínhamos uma pauta assim…
Nome e/ou apelido: Thiago
Idade: 33
Cidade e Estado de origem: Mogi Mirim/SP
Gênero musical preferido: Heavy Metal tradicional, Thrash, Black e Death Metal, com especial apreço pela produção oitentista.
Ouve rock desde: 2002, quando comecei a assistir à saudosa MTV Brasil. A porta de entrada foi o vídeo de “One”, do Metallica, visto ao acaso – como são as grandes descobertas, afinal. Logo percebi que emissora tinha mais a oferecer em termos de humor do que de música, vide Hermes & Renato e RockGol, mas o pontapé inicial foi indispensável.
Disco que mudou sua vida: Não foi um disco, foi um vídeo, direto dos primórdios do YouTube: Malmsteen tocando “Blue”. Vá lá que é uma peça menor no cancioneiro do guitarrista sueco, mas, para um moleque de 14 anos que estava se iniciando na guitarra, ver todos aqueles arpejos, palhetadas, sweeps, harmônicos, bends e tudo o mais era o que de mais absurdo poderia existir na face da Terra.
Disco que mais ouviu na vida: Empate triplo entre “Reign in Blood” (Slayer), “Master of Puppets” (Metallica) e “Painkiller” (Judas Priest). Por um critério matemático simples, a duração do artefato, talvez o do Slayer vença haha
Primeiro disco que comprou: “… And Justice for All” e “Black Album”, ambos do Metallica, adquiridos em uma unidade da Drogaria Danielli (!)
Último disco que comprou: Em formato físico, provavelmente “The Devil You Know” (Black Sabbath). O ingresso no ensino superior mudou radicalmente minha alocação de recursos e espaços, com os livros substituindo pari passu os CDs. Se vale formato digital: “Secret of the Runes” (Therion). Sou catecúmeno na horda, e o petardo pareceu uma boa porta de entrada.
Top 5 discos Ilha Deserta:
Bathory – “Hammerheart”
Metallica – “Ride the Lightning”
Judas Priest – “Defenders of the Faith”
Mercyful Fate – “Don’t Break the Oath”
Black Sabbath – “Black Sabbath”
Top 5 bandas: Judas Priest, Bathory, Metallica, Accept e Black Sabbath. Como sou prolixo, me permito a menção honrosa a Slayer, Venom e Manowar haha.
Top 3 melhores shows que já viu ao vivo: Meu repertório de shows de bandas de grande porte é dos mais pobres, de modo que cito apenas aquele que brilha sobre os demais: Accept no Monsters of Rock 2015. Em todo caso, minhas melhores memórias são daqueles “festivais-tranqueiragem” em botequins ou pequenas casas que frequentava lá por 2005 e 2006. Nada supera a expectativa e apreço sem filtro típicos da idade juvenil.
Música que seria a abertura de seu próprio programa de rádio: Metallica – “Whiplash”.
Música pra tocar no meu velório: Seguidor das ideias da García Marquéz a respeito de celebrações fúnebres, proponho medley dos mais insólitos: Hino da Sociedade Esportiva Palmeiras, “Cinema Paradiso” (Andrea e Ennio Morricone) e, para fechar e fazer todos voltarem às suas casas mais leves, “Hot for Teacher” (Van Halen).
Não entendo como conseguem gostar de: Essa me pegou, mas de bate pronto respondo bandas genéricas de Metal Melódico, em particular aquelas egressas de nossa safra e que tiveram seu auge no início dos anos 2000.
Já tocou em alguma banda: Durante o ensino médio, entre 2004 e 2006, fui, talvez, um guitarrista de algum talento, ganhei alguns prêmios e toquei num sem-número de bandas e projetos, mas nenhum de grande alcance haha. Dos mais dignos de nota: Barbaria, que gravou uns dois ou três discos depois de minha saída; Mercy Scream (Mercyful Fate & King Diamond cover), com a qual dividi palco com “baluartes” da cena pátria como Torture Squad e Claustrofobia, e Red Hunter, a primeira de todas, com amigos de escola e com a qual cometi as primeiras músicas autorais. Em todo caso, não toco ao vivo desde 2009, e, desde o ingresso no doutorado, sequer encosto na minha guitarra.
Além de rock, curto muito: Música instrumental em geral, com particular apreço por trilhas de filmes (Morricone, Vangelis, Zimmer, Poledouris, Goldsmith etc), animes (Yokoyama e Yamashirogumi) e videogames (Kirkhope e Kondo, sobretudo).
Maior decepção musical: Posso me confessar decepcionado, mas não surpreso, com atitudes de músicos que costumava admirar – que vão de mudanças sonoras claramente motivadas por razões mercadológicas a invasões de sedes de governo federal de países da América do Norte. Mas, e sem querer parecer elitista, o que mais me decepciona é a estreiteza de visão do metaleiro tupiniquim médio – que vai da boçalidade política à preguiça de ficar ouvindo, apenas e tão somente, “Fear of the Dark” a vida toda.
Indique 3 bandas novas: Velho (ops!): Black Metal carioca de pura desgraça; Batushka: Black Metal polaco dos mais originais, mas que infelizmente já sofreu seu cisma (ops!) e Ex Deo, Death Metal com toques épicos e uma inspiração bardólatra em história romana que meu coração não pôde resistir haha.
LP, CD, mp3 ou streaming: Pelas razões supracitadas, mp3, mas confesso que hoje em dia escuto coisas, novas e antigas, principalmente pelo YouTube.
Aproveitando sugestão do Tiago.
RANQUEANDO VHS/DVD’S DO METALLICA:
Curiosidade: meus 2 melhores eu ñ tenho, nem nunca tive. Só assisti dos outros. Metallica é meio assim pra mim.
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ADENDO: notícia velha até. Gene Hoglan fora do Testament https://loudwire.com/gene-hoglan-leaves-testament/
Ah, foi de boa. Conflitos de agenda. Tudo de bão. Declaração do sujeito e da banda falam em “novos capítulos” da carreira.
Teoria conspiratória e um pouco de torcida sem noção? Próximos dias, Soulfly anunciando Hoglan no time.