outubro 2018
WAR AND PAIN
E eis me deparando com o real propósito deste blog: discutir e discordar, às vezes concordando, a respeito de música. Sobre a vida sonorizada por ela. Sobre o q nos une e reúne.
A FAREWELL TO KINGS
E por falar em Rush, eis q peguei um documentário no canal BIS anteontem, meio sem querer.
Aparentemente, documentário sobre a turnê recente (e última), “R 40”. Até sacar ser um documentário sobre o FIM da banda, de fato. Terminaram mesmo, ao modo canadense. Sem estardalhaço, só com as pessoas envolvidas e fãs mais xiitas sabendo da coisa toda.
Dava pra sacar nas entrelinhas.
E achei fantástico o material por focar ñ só nos três monstros (palavra “monstro” desde o último domingo será repaginada), mas em alguns membros da equipe técnica (muitos com os caras tb há 40 anos) e ainda mais em alguns fãs, daquele estilo hardcore mesmo, de participar de convenções e contabilizar 170 shows assistidos, ou trinta e poucos da (então) atual turnê.
Sensível sem pieguice. Ñ encontrei ele inteiro no You Tube, só o trailer acima.
Lutaram o bom combate. Ñ devem nada ao mundo. O contrário ñ é verdadeiro.
TERRY LARRY GARY JERRY Harry
RANKING DE HARRY’S:
- Debbie Harry (Blondie)
- Roger Daltrey – Roger Harry Daltrey (The Who)
- Harry – banda
- Harry Wilkens (Destrúcho)
- Harry Shearer – “Derek Smalls” (Spinal Tap)
- Harry Conklin (Jag Panzer)
- Harry Öllers (Axxis)
- …
- …
- …
GUERRA CIVIL CANIBAL
Na falta de uma resenha propriamente dita, um post político com sons.
A maioria dos amigos por aqui comigo tb “convive” no Facebook. Por eu saber das afinidades ideológicas, ou pragmáticas (com relação a amanhã), desovo isto aqui. Lamentando o q a mim de pior essas eleições de 2018 deixaram: as brigas envolvendo caráter, revelado ou desvelado.
Muita gente reaça encontrou voz. No meio do “metal nacional” então… Maioria de q já desconfiávamos. Interpessoalmente, muita gente q ñ imaginávamos reaça ou intolerante saiu do armário. A ponto de, pra mim, tornar qualquer convivência impossível após o pleito. Qualquer q seja o resultado.
Esses políticos filhos da puta chegaram ao ponto máximo do “dividir pra conquistar”. Mesmo q dê o Haddad (q é pra quem estou “torcendo”), a coisa azedou. Em família, em ambiente de trabalho, em bandas, em internet.
Felizmente ñ aqui. E ñ por minha causa ou por eu excluir comentários. Nada disso. O máximo q já cheguei por aqui, nesses 15 anos de ócio indócil, foi podar comentários cretinos em post antigo q uma ex-amiga fez certa vez sobre Aleister Crowley.
Ñ quero dizer q excluirei amigos por aqui q votem no Bozonazi amanhã. Só peço pra q ñ façam uso das “argumentações” escrotas do nível “Lula preso”, “Venezuela”, “Cuba” e “kit gay“. O espaço aqui é democrático, claro, mas tenho q tb de considerável maturidade.
***
A outra coisa diz respeito ao q imagino o pior cenário possível: o de uma ditadura militar a caminho.
A quem acompanhou noticiário ontem: judiciário e polícia fizeram invasão e busca & apreensão em mais de 21 universidades. Na desculpa de interromper “propaganda eleitoral”, q até então ñ vi citar nomes, pró nem contra. Apenas brados contra o “fascismo”.
Q tem seu representante claro no Bolsomito.
Por isso, tenho q virão logo logo um golpe militar propriamente e, com ele, a CENSURA. Daí, esqueçamos shows, shows gringos, festivais (incluídos no “ativismo” q prometeu combater) e, sobretudo, INTERNET. Passará a ser questão de tempo pra bugarem tudo – e a quem duvidar: ñ tem aí um lance de ele promover Ensino A Distância on line? Prestemos atenção – e aí Thrash Com H, whiplash e todo e qualquer site sobre música ou sobre opinião, cair. Travar. Acabar.
Ñ penso ser alarmismo.
Por isso, digo q daqui desta bodega continuarei postando as coisas enquanto der. Enquanto tiver pautas tb, pq às vezes elas me faltam. E q, até quando for possível, cada post por aqui terá um agradecimento gigante a cada um dos amigos por aqui, nestes anos todos.
Uma cara de “foi um prazer ter conhecido vcs”. Uma cara de “foi bom enquanto durou”.
Espero, sinceramente, estar errado. Ou q o pior ñ aconteça a partir de amanhã. Acredito até numa “virada” do Haddad. Mas ñ custa nos preparar pro horror q se avizinha. Guerra civil canibal.
*
*
CATA PIOLHO CCLXIX – jogo dos 7 erros, capístico:
ENCARTE: THE X-FILES
Release a cargo de seu criador, Chris Carter, em “The X-Files: the Album” (1998), trilha do primeiro longa metragem:
“ONE ENTERS this soundtrack business blindly, with a blind man’s trust in the peculiar laws of physics which apparently govern the enterprise. The over-oxygenated air free of doubt and its polluting influences, the ever-optimistic Hollywood precognitive reflex exercised beyound all sanity and good sense – one should know better about cooperative activities in which the responsible parties, smiling altogether too broadly at the outset, torture fate and molecules with advance-congratulatory high fives. We must be doomed.
And yet, in spite of my dread and paranoia about the process, I am troubling now to contain my own sense of GLORIOUS WONDER at the outcome. This album began as a dubious profiler: come and join the show. None of the artists here would have the luxury of seeing The X-Files movie before singing on, let alone before performing this most transitive art. They would go off to compose their work in secret, too: expressionistic interpretations of the mysterious. Of an object groped in the dark. The vague context providing a chance opportunity, creating a new context: do your own thing. We are not doomed, the existentialists tell us, we are just doomed to freedom.
And thus, with much ariness, adrift in the horse latitudes of anticipation, the first audio waves are rippling against the side of the ghost ship. A varietal siren chorus on the tradewinds. Still the lifeboats, land ho. Hands in the air, the responsible parties smiling broadly, HIGH FIVES all around”.