30 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
… o q ficou?
A historinha por aqui hoje é sobre Moto Clube e sobre tocar em Leme, com direito a todos os trocadilhos infames sobre “Leme ser a cidade de Lemmy” (sic). Putz.
Vários foram os M.C. em q tocamos; destaquei outro dia – post “Walk A Crooked Mile” – o Sinistros, de Araras. Normalmente experiências q transitaram entre o razoável e o indiferente: pessoal prestando atenção nos 3 primeiros sons, daí virando as costas pra comer churrasco e ficarem exibindo as motos de uns pros outros.
O Kaiowas M.C. foi especial pra nós pela acolhida e ainda pq foi o local do nosso último show, em 17.08.18. Mas bora contar nossa 1ª vez por ali.
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Estávamos combinados, 24 de outubro de 2010 a data, formação quarteto (nossa MK 2 ahah), cachê combinado (e honrado) e irmos de van – luxo q pudemos usufruir entre 2008 e 2012. Dividiríamos o palco com o Oligarquia, q abriria pra gente.
Ñ q estivéssemos “nos achando”, nada disso, pois o evento serviu de aprendizado pra percebermos muitas vezes noites contarem com bandas cover fechando pra 1) atrair público; 2) segurar o público até a última nota, com o bar vendendo todo o possível de goró. Aprendizado útil pra evitarmos roubadas no futuro.
Um senão: era de domingo, algo q o pessoal do interior do Estado adora. E q pra quem é da capital, ñ serve. Pq envolve irmos e voltarmos (tarde) pra SP, pra daí comer, tomar banho e dormir zoados, em desvantagem anímica considerável pra encarar a sebunda-feira.
Acho q falamos sobre isso com o organizador (o famoso V8, sujeito lendário na cidade), pois nas outras 4 vezes em q lá estivemos – e em nenhuma o Leo nos viu – foi de sábado.
A viagem foi longa, mas divertida; levamos um amigo tr00 (Eric) e o povo do Oligarquia (sem estrelismo, nem cd pra vender embaixo do braço) até trocou umas idéias. Ñ muitas.
Em lá chegando, fomos muitíssimo bem recebidos e encaminhados a um camarim (backstage é o caralho), onde havia dúzias de latas de refrigerante e cerveja, um pão de metro e um cooler abarrotado de coxinhas, mais q suficiente pra ambas as bandas. E ñ comemos/bebemos tudo. Sobrou.
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Lembro q estava um puta sol, calor demais e enquanto os autorais tocavam, fui dar um rolê pra ver a cidade vazia e nenhum comércio aberto, o q é duma estranheza tremenda pra paulistano eheh
Lá pelas tantas, o Eric vem correndo e avisa: “pô, vocês vão começar logo. Estão acabando o último som”.
Provavelmente a surpresa mais legal de todas, em se tratando de show q fizemos com banda autoral: os oligarcas sacaram q ñ estavam agradando, resolveram parar antes. Melhor pra nós.
Subimos, montamos, tocamos e fomos muitíssimo bem recebidos. A ponto de, nos pós-show, ganharmos camisetas (dry-fit) dum fã clube da cidade, o Motörheadbangers, e um troféu (!!), de evento de M.C. ocorrido ali meses antes. A gente se sentiu o Motörhead, fomos tratados praticamente como representantes dos mesmos. E foi muito foda.
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Voltaríamos, como citado acima, outras 4 vezes: duas no próprio M.C., uma num evento de aniversário do M.C…. mas num outro lugar e uma vez num clube 29 de Agosto, na última apresentação com a nossa MK 4.
E o ponto é: sempre muito bem tratados, num limite ñ muito claro entre o acolhimento e a subserviência (fôssemos uns cuzões, poderíamos abusar da hospitalidade). Sujeito responsável pela mesa de som (ñ me recordo como chamava – e quando do último show, falecido àquela semana. Dedicamos o show a ele), muito decente conosco, incansável em dar o melhor som possível + a promessa de nos chamarem outras vezes. O q de fato aconteceu.
Leme ñ é a cidade de Lemmy, mas foi quase a cidade do No Class.
postado no Instagram no supracitado feriado
Judas Priest, “Redeemer Of Souls”
Aquele disco com aquela brisa da redescoberta.
A idéia era postar um Judas Priest ruim hoje (“Turbo”, pq “Nostradamus” preferi nem ter) pra zoar com o “dia de malhar o Judas”, esse lance arcaico de Sábado de Aleluia q nem os católicos fazem mais…
Aí deu vontade de ouvir a banda e pincei este, comprado no lançamento. Um baita disco, longo e denso (diferentemente do “Firepower” seguinte, pra mim ok e longo). Tava com tempo, ouvi 3 vezes.
Judas sendo Judas, impressionando com a capa, revisitando riffs, aprimorando a identidade (ñ tentando reinventar a roda), causando dèjá-vus e sensação de descoberta. Ñ é pouco.
E cravo: o melhor deles desde a volta de Rob Halford – ou pra quem é órfão, dos “anos pós-Ripper”. Discaço.
Em 1993 ainda ñ havia o Napster pra “roubar os artistas e ferrar a indústria fonográfica”. Tb ñ tinha ainda o streaming, de Spotify, Deezer e outros, pra… roubar dos artistas e dos usuários.
A coletânea “Pure Cult: For Rockers, Ravers, Lovers And Sinners” tem uma rara (e importada) versão dupla, em q o 2º cd é ao vivo, pela metade.
A outra metade – vide acima – o fã tinha q depositar em conta ou enviar cheque pelo correio pra receber em casa. Tvz na Inglaterra isso tenha funcionado.
Pois é como já dizia o Carcass: “consumer or consumed, your life is cheap”. Mudam os tempos e um pouco as embalagens, mas ñ o mercantilismo colecionista ahah
… o q ficou?
… o q ficou?
Essa nem o Voïvod ousou, nalgum MS-DOS lá das tundras oitentistas.
Vinte e poucos anos atrás, Lars Ulrich e seu sócio + funcionários inc. ficaram com medinho da tecnologia acabar com a lojinha deles.
Pois acho q deveriam repensar ahahah
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Falando sério: ñ sei quem fez isto, tampouco como o fez. Mas achei do caralho. Quem quiser me explicar de q se trata, bora.
Desconheço a banda, cearense, Dead Enemy. Mas a foto me faz crer serem boa gente.
E a postagem, tanto quanto. Molecada situada.
Jessiê me mandou há pouco, printei. A baixista está saindo fora e já deixou claro os critérios de seleção pra substituto(a) ahahah
Metal Nacional: faz ao contrário q é mais legal.
RANQUEANDO DISCOS DO MERCYFUL FATE, SEM MISERICÓRDIA:
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ADENDO: menino Eloy com infecção renal. Abusando dos esteróides ou dos energéticos? https://whiplash.net/materias/news_720/340979-sepultura.html Tal qual o Richie Faulkner no Judas, deveria pegar mais leve: estão no trampo pra ajudar os velhos, ñ pra morrer antes, caralho.