julho 2015
VALE 10 CONTOS
“Parallels”, Fates Warning, 1991, Metal Blade/Reprise
sons: LEAVE THE PAST BEHIND / LIFE IN STILL WATER / EYE TO EYE / THE ELEVENTH HOUR / POINT OF VIEW / WE ONLY SAY GOODBYE / DON’T FOLLOW ME / THE ROAD GOES ON FOREVER
formação: Ray Alder (vocals), Jim Matheos (guitars), Frank Aresti (guitars), Joe DiBiase (bass), Mark Zonder (drums and percussion)
background vocals on “life in still water” by james labrie courtesy of dream theater
–
Tal qual o Queensrÿche [S.U.P. set/14], o Fates Warning é unanimemente colocado na prateleira dos “pioneiros” ou dos “precursores” do prog metal. A ressalva é q, nunca na História do rock ou do metal, “pioneiros” e “precursores” significou CRIADORES. Para todos os (d)efeitos, Dream Theater criou e popularizou o estilo. Ame ou odeie-se isso.
E analisar “Parallels” entendo como um bom exercício de como isso se deu. Nas falhas e nas virtudes. Sexto disco dos estadunidenses e o 2º com capa decente, por Hugh Syme, capista desde sempre do Rush – posteriormente requisitado por Megadeth, Iron Maiden e tb… Queensrÿche e Dream Theater – contou ainda com produção de lendário produtor do trio canadense, Terry Brown.
Só q isso ñ tornou a banda o Rush. Nem jamais tornaria. Por conta, sobretudo, das composições prolixas, muitas com jeitão de introduções q ñ se desenvolvem. Predominam os andamentos lentos. Bons músicos ñ são necessariamente bons compositores, Max Cavalera q o diga. E devido às timbragens utilizadas.
“Parallels” seria um disco razoável de hard rock oitentista ou de AOR inovador caso contivesse refrões (refrãos?) (refrães?) grudentos ou linhas vocais marcantes. Apenas “Eye to Eye”, um dos 2 singles, longinquamente se aproxima disso. Infelizmente, a bateria tenta emular um tanto (sutilmente) das eletronices oitentistas do Rush, e mais dos reverbs hard rock, tanto quanto as guitarras, q se ñ soam farofentas tb carecem de PESO.
**
Há tempos ñ ouvia o álbum, único q tenho deles, e q comprei por causa da capa e edição japonesa q o dono do estúdio onde ensaio me vendeu barato, e a sensação é de monotonia até “The Eleventh Hour”, q em seus 8 minutos e 12 teria se tornado algo grande (tvz seja: descontem minha limitação de abordagem) caso tivesse tido uma produção realmente noventista… mais Dream Theater. Mais metal. E se alguém tivesse dado um toque ao Mark Zonder de q encher música de viradas atrapalha conseguirmos curtí-la.
“Point Of View”, o outro single e videoclipe com o qual conheci – e gostei – da banda, quebra o marasmo, soa promissora: pena iniciar a 2ª metade do disco e apenas “Don’t Follow Me” apresentar-se no mesmo nível, de som a um só tempo elaborado e empolgante. “We Only Say Goodbye” apresenta trechos legais, como “Life In Still Water” e outros trechos perdidos e infelizmente ñ alinhavados a contento. Pra mim e meu – ops! – ponto de vista.
Ñ é um disco cansativo por excessiva duração: pro tipo de proposta é até bem conciso. Um feito. Ñ acho ruim: só ñ “desce redondo” ou tão de cara, e tvz existam piores dentre os anteriores e seguintes, já q a banda ainda existe (imagino q tocando em lugares – só – na “América” pra raríssimos devotos). Inexistem fritações incômodas e vocalizações irritantes (pouca coisa destas em “Eye to Eye”), e isso tb acho um trunfo. Rola uma elegância e bom gosto generalizados: o q falta em “Parallels”, reitero, é uma qualidade composicional à altura da capa e da produção requintada, mesmo q um tanto retrô. A meu ver.
Ou vai ver o Fates Warning nunca vingou pq os caras são feios.
*
*
CATA PIOLHO CCXLIII – “Force Fed”: Front Line Assembly ou Prong? // “Evil”: Mercyful Fate ou Interpol? // “Set Me Free”: Velvet Revolver ou Dr. Sin?
ENCARTE: SYSTEM OF A DOWN
Fomentando a revolta, instigando a reação e cuspindo abelhas africanas estratosfera afora no encarte de “System Of A Down” (1998):
“Announce your anthems on the ceiling, we dance, annexed by power. Casual neckties embrace, the hungry hunger further, images rule through the media, commercial orwellianism, producing unveiled icebergs, running transparent electrical cables, curving string ensembles, witnessed by hangings from flagpoles of souls avenged by Dr. Clock. Fresh paint, naked melting figures mixing the revolution against TV sentencing, at the hands of brutal men and their military business world. Let us instigate the revolt, down with the system!“
ALGUÉM DEU PELA FALTA?
MELHORES BANDAS SEM GUITARRAS:
- Kraftwerk
- Morphine
- The Young Gods
- Dave Matthews Band
- Emerson Lake & Palmer (e Emerson Lake & Powell)
- Zeferina Bomba
- Atari Teenage Riot
- Apocalyptica
- Uakti
- Infernal *
* paranaenses q praticavam um death metal até comum, até resolverem abolir as guitarras da formação, trocando-as por violinos e violinos de fabricação própria de um dos integrantes. Aparentemente, encerraram formação antes de registrarem qualquer coisa nesses moldes
COVER PRETÉRITO
Joy Division, banda singular.
Das raras a deixar poucos álbuns, mas muitos singles, lados-b e ep’s. Das raríssimas a desafiar rótulos e definições, e ainda mais: das pouquíssimas na História a deixar um legado tendo durado tão pouco.
Além disso, perpetrou o melhor cover de Nine Inch Nails já cometido, “Dead Souls”.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=yGs0g2m2Mxc[/youtube]
E se alguém por aqui encontrar a informação sobre versão de Trent Reznor ter vindo depois, nos anos 90, como parte da trilha sonora de “O Corvo”, um toque: melhor ñ confiar em tudo o q é postado na internet ahah
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=cvE54DMHz7c[/youtube]
SAINDO DO FORNO (MODO DE DIZER)
Quem ñ gosta de Amorphis, bom sujeito ñ é. E come meleca de nariz.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=_ql4Xe6MxQ4[/youtube]
Bravatas à parte, o q vai parecendo próximo é um 2º semestre pra lá de auspicioso em termos de lançamentos, ou a empolgação por aqui é ingênua?
DIREITOS AUTORAIS USURPADOS?
Vejamos e convenhamos: tirando nos EUA e, tvz, por aqui, bandas inspiradas em Rammstein surgiram a torto e a direito. Aos cântaros. Bandas reconhecidas se inspiraram neles com parcimônia, como até mesmo o Nightwish.
Nada de banda revolucionária: apenas uns ogros competentes surgidos na hora e lugar certos. Com os 2 últimos discos fazendo mais do mesmo e demonstrando declínio aparente, repetição da proposta, marasmo de idéias.
Aí vem Peter Tägtgren (Hypocrisy e Pain) e monta projeto com o vocalista Till Lindemann. Banda intitulada Lindemann, q recém-desovou álbum de estréia conceitual sobre parafilias, abaixo:
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=bhJOwHyLpOk&list=PL9_y2ln4fucl2lbuz_is337r-F7WxuLcy[/youtube]
Dúvidas atrozes, por ora:
1. ficou um Rammstein melhorado, mesmo em inglês, ou um Pain melhorado, com vocal melhor?
ou
2. ñ caberia ao Rammstein entrar com recurso na OTAN pedindo embargo da obra? ahah
Os titulares estariam pra lançar álbum novo ainda este ano. Em q condições?!?!
NINGUÉM DEU PELA FALTA
MELHORES BANDAS SEM BAIXISTA:
- Kraftwerk
- The Young Gods
- The Doors
- Test
- Sepultura
- Tangerine Dream
- Bloco Vomit
- Uakti
- White Stripes
- Necropedophagia *
* provavelmente por aqui só eu conheci, mas existiram e ainda tenho o cd-demo: http://www.metal-archives.com/bands/Necropedophagia/13439