É sempre assim, mesmo q eu me esqueça: a cada 2 ou 3 anos, Jeff Waters desova algo novo do Annihilator. Desta vez, sim, quase ia esquecendo, até esbarrar com som novo no YouTube e nome de disco: “Ballistic, Sadistic”.
Previsto pra sair em janeiro.
Parece q fazer videoclipes e lyric videos andam as coisas mais fáceis e baratas. Saiu um de cada.
“Pyscho Ward”(acima) é o 1º single. Curti. Bom riff e refrão q gruda. Comentários no YouTube se dividem entre os q curtiram e os q curtiram e associam com algum som antigo. Outro padrão q sempre se repete: Annihilator é repetitivo e auto-referente desde “Set the World On Fire”, pelo menos.
Ñ sei se por influência do clipe preto & branco ou pela volta recente (com clipe p&b igualmente) do Sacred Reich, achei a ver. Bem retrô. E a historinha no clipe bem anos 80.
Já “I Am Warfare” curti menos e tb achei com veia retrô, mas dum outro modo: pusessem Schmier pra cantá-la, daria um baita puta som novo do Destrúcho, ñ?
Fosse melhor meu inglês, sugeriria a Mr. Waters q virasse compositor de aluguel pros alemães (fora sair em turnê com o Sacred Reich), q além disso andam contando com um ex-baterista dele, o Randy Black eheh
O Tiago aqui tb me “vê” na comunidade facebúquica de Acumuladores Colecionadores de discos, onde posto diariamente algum disco, coleção ou compra recente dentre os meus tantos.
Impressionante o q tenho, há ano e meio, comprado em bazares e sebos, a 1, 2, 3, 5 reais. Às vezes 4 por 10. Semana passada mesmo, comprei 33 cd’s numa paulada só, a 34 reais. Bazar do Graacc. 1 real o simples, 2 o duplo, no caso uma antologia do Captain Beefheart. Foi de Stratovarius a Madredeus, de Blondie a The The, de Michael Schenker a Sigur Rós.
E mesmo assim fiquei pasmo em perceber o número acima. 405 cd’s comprados este ano. Ah, dois foram presentes pra namorada. Tá certo, 403 é bem menos…
Durou por volta dos 40 minutos mais inacreditáveis e insanos dos últimos tempos. Ñ sei dizer de há quanto tempo, nem da última vez.
Mais q as 2h40min de King Crimson, há 2 meses.
O tempo todo, atordoado, 3 perguntas me ocorriam, em loop: “como esses caras conseguem fazer isso?”,“quanto esses caras devem ensaiar pra fazer isso?” e “como é q eles sabem em q parte da música está?”.
As músicas foram passadas uma emendada à outra. Sem “e ae?”, “pnc do Bolsonaro”, “vamos agitar essa porra” ou “beleza? Somos o Test“. Nada. Ñ PRECISA.
2 caras.
João Kombi, vocalista/guitarrista, tocando com uma guitarra aparentemente zoada e fuleira, cheia de silver tape; Thiago Barata, baterista, dotado duma estrutura com (1) bumbo, caixa, (1) tom, surdo, (1) prato rachado + par de chimbau igualmente rachado. Tocando um de frente ao outro.
Entendimento telepático todo mundo já viu ou ouviu falar. Entendimento ali é SIMBIÓTICO. Como só vi acontecer com os irmãos Van Halen, e olhe lá. Domínio da forma E do conteúdo. É metal. É grind. E um troço indizível.
Aparentemente tocaram o disco novo, “O Jogo Humano”, todo. Comprei o disco a 10 contos (o guitarrista me embrulhou a capa q eu desfiz, enquanto eu ridiculamente agradecia, no fim) e ouvindo posteriormente reconheci uns trechos. Ñ achei set-list em site específico e tb ñ precisa. Ñ dá pra cantar junto, ñ dá pra abrir roda, ñ dá pra reagir de modo q ñ seja ficar CHOCADO.
Tanto q enchi o saco duns amigos no Whatsapp, ainda impactado, passando já a madrugada. Ñ consegui ouvir música no caminho de volta. Nem prestar atenção à porcaria da “banda principal”, Deafkids, q em prostesto resenharei no “so let it be written”.
Falava com o Leo: Eloy? Max? Iggor? Aquiles? Amílcar? Fodam-se. Barata é monstro. Toca blast, toca aros, com e sem bumbo, faz ritmos inesperados (complemantares à guitarra), toca chimbau aberto, chimbau fechado, com uma cratividade (nenhum som igual ao outro, mesmo sendo quase tudo blast) e um senso de dinâmica (forte/fraco, rápido/lento) absurdo. O cara tocou blast baixinho!
Tem mais reviravoltas q meia dúzia de discos do Dream Theater junto. Tudo conceitual, vanguardístico e até por vezes afetado; como quando Barata ainda ficou ajeitando surdo depois do 1º som. (Estava tudo arrumado, som perfeito, provavelmente passado mais cedo e etc.). Um pouco por culpa duns hipsters ali presentes, q achavam engraçado quando a dinâmica ia pro “baixinho”, pras passagens em aros de tambores. Ñ estavam fazendo piada.
O momento mais absurdo: num dos sons, João começa uma base meio stoner (ñ sei dizer, o cara tem uma pegada própria) e Barata tira o pedal (duplo) do bumbo pra ajeitar; ajeita, põe de volta e sai fora. Some. Deixa o guitarrista sozinho, q fica lá brisando na base e no vocal.
Quando, minutos depois no mesmo som, vem o som de bateria de trás de nós. Barata estava no meio da platéia (foto acima) tocando outra bateria, com abafador no ouvido, só no som q vinha do palco. Sem UMA nota fora. Foda demais. Nunca vi isso.
O q posso dizer, como mais clichê, é q essa banda TEM Q SER VISTA. N é a mesma coisa nos discos, q tenho três. Fizeram reputação tocando nas portas dos eventos (Funchal, Espaço das Américas, Hangar 110, Carioca Club), têm carreira internacional já (ñ representam “o Brasil lá fora” nem o “metal nacional”), e digo sem risco de nenhum exagero q estão ACIMA de qualquer banda de metal brasileira, passada ou presente. Tvz futura.
Alienígena. Show do ano, e com este foram 20.
Algo q leigos ou hipsters (gente de pouca exigência, vide Deafkids) simplesmente toma como “barulho”. Como “tosqueira”. Zoeira. Nada disso. Os caras sabem tocar – quem sabe tocar de verdade, toca mesmo em instrumento ruim – e têm uma coesão q Ñ É barulheira aleatória. Azar de quem ñ entende.
Eu tb ñ entendo, mas sei q ñ é zoeira. Falava pro Leo e acho q exagerei: “faz o Krisiun parecer Coldplay“. Melhor ñ. Faz Krisiun parecer Blind-182, caricatura emocore.
Faz o “metal nacional” parecer… “metal nacional”. Com ou sem Maria Odete.
“We Care A Lot” – from out of nowhere “Introduce Yourself” – woodpecker from mars “The Real Thing” – epic “Live At the Brixton Academy” – “the right stuff”
“Angel Dust” – the real thing “King For A Day… Fool For A Lifetime” – falling to pieces “Album Of the Year” – surprise! you’re dead! “Sol Invictus” – edge of the world
Fazendo o q tvz devessem ter feito lá atrás: seguindo os Busic + algum guitarrista fritador q ñ o “Eduzinho”. Vai ver, tiveram q passar pela nulidade q foi o Busic (“KLB geriátrico” ahah) pra daí retomarem. Tvz nada disso.
Cartão de visita estiloso em “Live At the Slaughterhouse” (2016):
“This band will create a demonic influence in your life. There is nothing good in this, look at the lyrics to every song: destruction, evil, hate, hell. They are telling you a new world order is coming. It is music straight from Satan himself“.