Qualquer Maiden, dentre todos os ex vivos ou se arrastando. Há mercado.
Pra ser justo, parece uma nova perna (varizenta?) duma turnê já ocorrida em abril, e q teria rolado em 2020, não fosse uma tal pandemia.
Gente ilustre do metal nacional e integrantes de banda cover servindo de lastro. Vi algum post há pouco especulando turnê conjunta Stratton e Di’Anno.
Clickbait pra Steve Harris nenhum botar defeito.
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PS – enquanto isso, lição de assessoria de imprensa: alguém aqui hoje não viu Nicko McBrain relatando ter sofrido um avc em JANEIRO, daí ter se recuperado e estando pronto pra mais uma perna (descalça) de turnê retrô? Bravo!
Cito pq achei ruim o Crypta fazer turnê com baterista reserva (q deve ter ensaiado algum tempo com elas antes), só esclarecendo q se tratava duma sub no fim da perna (depilada?) de turnê e sem nenhum esclarecimento sobre motivos de Luana não tê-la feito.
Um fato: cada disco do IronMaiden lançado entre o homônimo de estréia e “SeventhSonOfASeventhSon” é o preferido de quem é fã, opções variando conforme o gosto pessoal + memória afetiva. É do jogo.
Uma impressão: “PieceOfMind” vejo como o “menos preferido” em geral (eu mesmo tenho “Powerslave” no topo), até menos q “LiveAfterDeath“, disco ao vivo. E ñ sei se entendo.
Quarentando hoje, acho um disco absurdo nos saltos técnico e composicional em relação a “TheNumberOftheBeast“, lançado ano antes! E o maior culpado disso é Nicko McBrain, excelso e tremendo baterista, q chegou chegando (nunca mais saiu) e chutando baldes + paus de barraca já na intro de “Where Eagles Dare”. E ñ só.
É como se ele tivesse ajudado a refundar o Maiden, q já tinha um groove próprio com Clive Burr, mas pareceu ter chegado a limites. Nada aqui, bateristicamente falando, tem limites. Ainda menos os demais “donzelos”.
Tá, é o disco de “The Trooper”, manjada e cansativa (pra mim) e de “Flight Of Icarus” + “Revelations” recentemente resgatadas em turnês retrô, sem q ninguém reclame. Nem eu. Mas e as músicas menos lembradas?
“Die Your Boots On” tem um riff e uma pegada nunca mais repetidas. E tem “die” cantada 53 ou 54 vezes, fiz post sobre, ñ me lembro agora. “Where Eagles Dare” ouso – ops – afirmar ser a pedra fundamental do powermetal. “Sun And Steel” é a música mais ThinLizzy (ainda ativos em 1983) deles, e isso é elogio; ousada e tipicamente lado B.
“Still Life” é muito diferente do “som Maiden” – tanto o de antes, como o chassi posterior – fora dos trilhos, pérola, lavrada pelo discreto Dave Murray. E minha preferida do disco. E difícil de tocar…
E mesmo q a “Quest For Fire” historicamente equivocada e arrastada um tanto + a épica “torta” “To Tame A Land” soem atualmente meio “fillers“, tenho “PieceOfMind” como um álbum arrojado, amplo e diverso como nunca mais a banda fez e faria. Estavam se descobrindo, descontrolados, inspirados. Voando sem asas de cera.
Às vezes até penso em mudar meu preferido pra ele.
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*discutimos o álbum em pauta cronofágica há 5 ou 10 anos, q me lembre. Mesmo ñ lembrando 100% do q foi opinado e observado, inclusive por mim. Daí propor a efeméride um pouco diferente desta vez, neste disco
Manchetes polêmicas dos últimos 30 anos, em revistas, depois sites e agora em revistas, sites e podcasts de metal nacional:
“Max versus Sepultura“ / “Andreas responde a Max” / “Derrick fala de Max” / “Sarcófago versus Sepultura“ / “Andre Matos (sem acento) quase entrou pro Maiden“ / “como seria se o Andre Matos (sem acento) tivesse entrado pro Maiden?” / “banda prog de apartamento muito foda muito técnica está pra lançar um disco conceitual sobre Rei Arthur” / “discaço excelente gravado no estúdio Mr. Som, de Marcello Pompeu e Heros Trench” / “documentário sobre o metal nacional está pra sair” / “bandas gravam hino pra documentário sobre o metal nacional, q está pra sair” / “Detonator quase entrou pro Franga, Andre Matos (sem acento) ia deixar” / “o grunge matou o hard rock” / “Aquilo Presta poderia substituir Nicko McBrain no Iron Maiden“ / “nova banda de ex Franga“ / “tributo ao maestro Andre Matos (sem acento)”…
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Manchetes “polêmicas” dos últimos 15 dias, por uma busca incessante de likes:
“João Gordo reclama do disco novo do Ratos de Porão” (e variações) / “Crypta e Nervosa: quem vai abrir, na noite com Arch Enemy?”
Ranqueando músicas meio relegadas em discografias *.
Hoje, os roqueiros de tiozão.
“Iron Maiden” – “Strange World” “Killers” – “Twilight Zone” “The Number Of the Beast” – “Invaders” “Piece Of Mind” – “Still Life” “Powerslave” – “Back In the Village”
“Somewhere In Time” – “Sea Of Madness” “Seventh Son Of A Seventh Son” – “Only the Good Die Young” (nhé) “No Prayer For the Dying” – “Public Enema Number One” “Fear Of the Dark” – “Weekend Warrior”
“The X-Factor” – “Blood On the World’s Hands” “Virtual XI” – “Lightning Strikes Twice”
“Brave New World” – “The Mercenary” “Dance Of Death” – “Wildest Dreams” § AMOLAD – “Brighter Than A Thousand Suns” “The Final Frontier” – “Isle Of Avalon”
“The Book Of Souls” – todas q ñ “Empire Of the Clouds” “Senjutsu” – “Death Of the Celts”
*descontados os discos ao vivo; quem quiser, à vontade § melhor versão tá no “Death On the Road”, mas deixa quieto
Sai amanhã “The Burning”, novo do projeto paralelo do Stevão. British Lion. A julgar pelo single (acima) e por um outro, “Lightning”, tb já disponível, está melhor. Mas ñ muito.
Vocal chato, som meio genérico, sem aquela inspiração ou identidade toda.
Deixo o embate “parece Maiden” pra lá. Pois ñ parece. Já q ñ tem Bruce Dickinson, Adrian Smith, nem principalmente Nicko McBrain. Dá até pra fingir ser um Iron Maiden com Steve, Dave Murray e Janick Gers. Mas tb ñ faz jus.
O q fico encafifado é:
1) será plano de aposentadoria do chefe? Cansado de mandar na matriz, estaria achando uma menor (do tipo q toca pra Cine Jóia semi-cheio) pra continuar chefão?
2) indício de q o Iron Maiden estaria parando aos poucos mesmo? Me parece difícil haver algum anúncio de “fim da banda”. A ñ ser q Bruce o faça ou alguém venha a falecer
3) fazer ou criar os filhos, parece já estar feito. Todos grandes. Jogar futebol tvz a idade já ñ permita. Então bora tornar o trampo um hobby? Sei lá.
A melhor bateria em q já toquei foi uma Sonor. Boteco em Piracicaba anos atrás, a q voltei ainda outras duas ou três vezes, mas já sem ela. Impressionava, fora o som e o visual (branca), q parecia q eu batia nos tambores e a bicha nem tremia.
Padrão estável alemão. Foi. Pouco.
Aí temos essa acima, do Nicko McBrain. Feita sob encomenda só pra turnê recente. 8 tons e 2 surdos. Maior q muito apartamento por aí. Os tons menores, reparem, nem tremem. Porra.
E imagina o cara, há uns 50 anos tocando bateria, tendo a mesma, os pratos e as baquetas feitos todas sob encomenda. Há quantos anos o sujeito ñ deve pôr a mão no bolso pra COMPRAR uma baqueta?
Imagino q com a idade deve haver muita tendinite, braço deformado (visível), saco cheio de ter q tocar certas músicas pra sempre, cansaço de repetir o mesmo set-list uma turnê toda… E nessa turnê recente, ainda tocando abstêmio, e ainda melhor, mais preciso. Porra, tenho uma inveja do cacete.
Meu sonho de músico seria o de viver uma semana tocando diariamente, ou dia sim dia ñ. Só pra saber se eu agüentaria. A bateria aí eu moraria nela. E reparem no fim o cidadão “dando uma palhinha”.
Pra início de conversa, reitero o q já postei no Facebook: ñ sou de treta, mas depois do q vi e ouvi dia 11 em Londres, quem vier com papo de q Dio foi maior q Bruce Dickinson, vou dar na cara com força.
Senão, vejam. Quem, durante um show de 16 sons, é capaz de:
lutar esgrima no palco com Eddie Trooper?
zoar os outros quase todos, passando-lhes a espada nas bundas? (Steve Harris ñ curtiu)
na idade q está, topar abrir apresentação com “Aces High” (pouco mais lenta, mas ok) emendando em “Where Eagles Dare”?
usar um lança-chamas alucinadamente durante “Flight Of Icarus”, enquanto cantava?
encerrar com “Run to the Hills” cavalgando num cavalinho de brinquedo? O som inteiro
fazer um brinde sem noção ao fim (era último show da turnê e precisavam fazer o jabá da cerveja), chamando Nicko McBrain – q está abstêmio após 19 anos – pra beber?
Menos mal q, nessa última, Nicko, tb sem noção, levou tão de boa q foi ao microfone falar umas coisas e topou brindar tb. De copo de plástico vazio ahah
Além disso tudo, q ñ foi pouco: Bruce fez o show inteiro realmente sem ler letra. Zero teleprompter, zero colas pelo chão. 60 anos em plena forma, mais a cura do câncer e a certeza da estabilidade empregatícia o tornaram ainda mais sem noção, ainda mais demente, ainda mais intenso. Bruce Dickinson é o nome da besta. E isso seria tudo o q eu poderia dizer a respeito do show todo.
Mas vou falar tb do clima, da vibe.
Lugar imenso. Gigantesco, babilônico. Nababesco. A tal O2 Arena, q além do show, ainda abriga uma puta galeria de pubs e restaurantes, tinha ainda uma exposição de heróis Marvel/D.C. (a q ñ fui, já tinha fechado) e uma balada de playboy, cujas periguetes de shortinho agarrado e tops (tem na Terra da Rainha tb) denunciavam.
Tive q pegar 2 lances de escada rolante pra chegar a meu lugar. Q era sentado, em lugar almofadado, porém lateral ao palco. Perdi ver o telão, ñ consegui ver a banda de frente, e ainda na maior parte do tempo só vi o tampo do cocoruto do papai Noel Dave Murray. Do Nicko só via as mãos, uns pratos e uns 3 tons tons da bateria (ñ veria muita coisa a mais caso visse de frente ahah). Mas preferi focar no bom:
Vi tudo da perspectiva de quem via parte do backstage: roadies correndo pra lá e pra cá, Bruce saindo a cada som/cada dois pra trocar de roupa, roadie manejando o controle remoto do Eddie. E curti os SONS sem distração ou firulas pirotécnicas.
E com um pessoal à volta tb veterano, alguns até mais q eu. Num clima de show de metal incrível: pessoas se cumprimentando ao fim, se surpreendendo com os sons antigos (impecavelmente executados), cantando a plenos pulmões a intro de “Doctor Doctor” (!!), sujeito à frente me oferecendo breja – q recusei educadamente – e nenhuma, absolutamente nenhuma, treta. Ou descontentamento.
Nem mesmo o meu, com “The Trooper”, “Fear Of the Dark” (blah!) e “Hallowed Be Thy Name” incluídas no set. Percebi q fazem parte importante da coisa. (E Nicko, na segunda, inventou um groove bastante interessante). Ñ exatamente pontos altos, mas nem um pouco mal recebidas.
Tinha criança (mesmo), tinha adolescente, tinha adulto, tinha tiozão (tipo eu) e tinha idoso. Os caras têm q agradar a todos, ñ tem jeito. Faltaram músicas? Tvz. Nada do “Somewhere In Time”, do “No Prayer For the Dying” (sonho meu!), do “Dance Of Death”, dos 2 últimos ou mesmo do “Killers” (“Wratchild” já deu, afinal). Mas eu ñ percebi na hora e nem dei falta até agora.
Em minha chatice habitual, ñ consegui pôr um defeito na porra toda.
Falando dos sons: solos Murray-Smith impecavelmente executados. Nicko McBrain monstruoso: ñ perdeu uma virada, ñ ramelou um andamento, mandou o pé direito mais insano do heavy metal. Tvz o baixo estivesse um pouco baixo, mas dane-se. Janick ñ briga mais com o Eddie (perdeu a função), mas briga com os cabos ahah Porra, 4 sons do “Piece Of Mind”. Tivessem tocado “Die With Your Boots On”, eu infartaria.
Surpresas? 2 sons da “fase Blaze”: “The Clansman” e “Sign Of the Cross”, o primeiro com intensa recepção.
As fotos q tirei do show ñ ficaram grande coisa. Mesmo. Ora borradas, ora distantes demais, por isso ñ postei tudo. Deve haver amostras melhores no Google e no You Tube.
Por fim, meu depoimento emotivo: chorei durante “Two Minutes to Midnight”. Foi foda.
Sobre algumas das fotos acima:
a) na segunda se vê um tiozão tocando guitarra. Sujeito ficou horas tocando Maiden na saída do metrô (estação North Greenwich), tirando selfie, se divertindo, ganhando os trocos merecidos e acompanhado por bateria eletrônica impecável. Com direito a crachá de músico autorizado, sei lá, pela prefeitura. Imaginem a ambiência de chegar num lugar e ouvir “Flash Of the Blade”
b) na terceira, em q se vê a O2 Arena lotada, se desmente por completo a balela de q o Maiden só lota show na América Latina. Enfiem os comentários abalizados no cu os q continuarem a dizer isso. Complexo de vira lata do caralho
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Set-list: intro com “Doctor Doctor” (U.F.O.) + discurso do Churchill 1. “Aces High” 2. “Where Eagles Dare” 3. “Two Minutes to Midnight” 4. “The Clansman” 5. “The Trooper” 6. “Revelations” 7. “For the Greater Good Of God” 8. “The Wicker Man” 9. “Sign Of the Cross” 10. “Flight Of Icarus” 11. “Fear Of the Dark” 12. “The Number Of the Beast” 13. “Iron Maiden” – bis – 14. “The Evil That Men Do” 15. “Hallowed Be Thy Name” 16. “Run to the Hills”