abril 2014
METAL ANOS 90
Post subtitulado: “A Década Que Foi Sem Nunca Ter Sido”. Pelo amigo märz.
METALLICA: BLACK ALBUM (90)
MEGADETH: RUST IN PEACE (90)
OBITUARY: CAUSE OF DEATH (90)
OZZY OSBOURNE: NO MORE TEARS (91)
MOTÖRHEAD: 1916 (91)
ARMORED SAINT: SYMBOL OF SALVATION (91)
SLAYER: SEASONS IN THE ABYSS (91)
CARCASS: NECROTICISM (91)
BLACK SABBATH: DEHUMANIZER (92)
NAPALM DEATH: UTOPIA BANISHED (92)
CATHEDRAL: THE ETEREAL MIRROR (92)
PANTERA: VULGAR DISPLAY OF POWER (92)
KYUSS: BLUES FOR THE RED SUN (92)
WHITE ZOMBIE: LA SEXORCISTO (92)
KREATOR: RENEWAL (92)
ENTOMBED: WOLVERINE BLUES (92)
MERCYFUL FATE: IN THE SHADOWS (93)
FIGHT: WAR OF WORDS (93)
SEPULTURA: CHAOS A.D. (93)
DEATH: INDIVIDUAL THOUGHT PATTERNS (93)
ANTHRAX: SOUND OF WHITE NOISE (93)
ACCEPT: DEATHROW (94)
CORROSION OF CONFORMITY: DELIVERANCE (94)
SACRED REICH: THE AMERICAN WAY (94)
TESTAMENT: LOW (94)
MONSTER MAGNET: DOPES TO INFINITY (95)
MACHINE HEAD: THE MORE THINGS CHANGE… (95)
OVERKILL: FROM THE UNDERGROUND AND BELOW (97)
THERION: VOVIN (98)
RENTES À BEIRADA
10 MELHORES DISCOS DO YES PRA MIM:
- “Relayer”
- “Tales From Topographic Oceans”
- “Symphonic Live”
- “Fragile”
- “Talk”
- “Open Your Eyes”
- “Close to the Edge”
- “Union”
- “90125”
- “Fly From Here”
XINGUE A MÃE, MAS Ñ CHAME DE TRIBUTO
Ñ é exatamente uma típica resenha Thrash Com H. Juntei a impossibilidade de fazer uma nova com o ensejo de reprisar esta aqui, postada no extinto Exílio Rock em 2 de Março de 2013. Segue:
–
Outro dia aí, pelos caminhos e descaminhos do Facebook, um amigo postou algo chistoso sobre Ney Matogrosso, tornado mais ou menos papo sobre o Secos & Molhados. Quase que na hora, lembrei de postar por aqui sobre um tributo ao grupo e a seu memorável e auto-intitulado 1º álbum de 1974, lançado há 10 anos, a mim uma das piores atrocidades cometidas sob a chancela “álbum-tributo”.
Segue lista dos sons e executantes – duplo sentido! – que por si só já devem aludir ao horror de “Assim Assado”:
- “Sangue Latino” – Nando Reis
- “O Vira” – Falamansa e Maskavo
- “O Patrão Nosso de Cada Dia” – Toni Garrido
- “Amor” – Ira!
- “Primavera Nos Dentes” – Eduardo Dussek + 3
- “Assim Assado” – Capital Inicial
- “Mulher Barriguda” – Pitty
- “El Rey” – Matanza
- “Rosa De Hiroshima” – Arnaldo Antunes
- “Prece Cósmica” – Raimundos
- “Rondó Do Capitão” – Pato Fu
- “As Andorinhas” – Marcelinho Da Lua
- “Fala” – Ritchie
Não fosse suficiente só o notável elenco – explicitamente, quase todo o cast da Deck Records, do magnânimo Rafael “Baba Cósmica” Ramos, numa forçação de barra inenarrável – creio caberem ainda alguns destaques:
Sim, cada artista fez versões de acordo com seu “som”, seu estilo. Mas Arnaldo Antunes “cantar” “Rosa De Hiroshima” configura praticamente crime hedidondo, inafiançável. Cagou e sentou em cima da rosa, da rosa. Matanza fazendo “El Rey” – originalmente acústica – naquele hardcore capenga que lhes é característico, achei um ESTUPRO. Vinheta de 10 segundos, “As Andorinhas”, virando drum’n’samba (eletro-samba pra japonês que já foi modinha), deve ter sido pra arriscarem colocá-la na trilha dalgum remake de “Laranja Mecânica”, naquela parte do condicionamento aversivo com o criminoso, só pode…
Nando Reis, oras, conseguiu ERRAR em sua versão. Cortou fora 2 versos de “Sangue Latino”, com que a banda de apoio o acompanhou. Se foder!
Salvam-se, pra dias de muito bom humor e benevolência, ou de muito tarja preta na moleira, as versões de Ira!, Capital Inicial e Pitty. A de Ritchie é a inusual: um inglês cantando “Fala” com mais propriedade que todos os outros brasucas.
Todo o resto é oportunismo fuleiro de ex-artistas tentando lugar ao sol. Não conseguiram: “Assim Assado” deu em nada. Também por conta dos Secos & Molhados haverem se perdido nas brumas da memória: quem os curte nem é o público da maioria dos artistas aqui elencados. Ainda bem.
Gerson Conrad, um dos ex-integrantes do grupo, em depoimento à finada Revista Zero, também detestou as versões de Arnaldo Antunes e do Matanza e classificou “Assim Assado” como “um disco que não passa emoção”. Chegou perto, foi educado.
Deveria ter falado que “Assim Assado” é um lixo. Uma bosta.
…
CATA PIOLHO CCXXIX – “Slither”: Metallica ou Velvet Revolver? // “Smear Campaign”: Napalm Death ou Annihilator? // “Unleash the Beast”: Saxon ou Hypocrisy?
TANGERINE DREAM
Se o alarme do meu antigo Monza, o secador de cabelos da minha esposa e o microondas que temos aqui em casa falassem alemão e resolvessem montar uma banda, ela seria como o Tangerine Dream.
- Sunrise In the Third System – 4’20”
- Fly And Collision Of Coma Sola – 13’05”
- Alpha Centauri – 22’00”
“Alpha Centauri” é gema rara que descobri em minhas prospecções musicais à moda antiga: tem quem caçe música na rede, eu caço cd’s em sebo. E que há umas duas semanas venho ouvindo direto.
Algo do tempo em que “música eletrônica” era música experimental. Ruidosa, viajante, progressiva, transgressora. Vide os títulos, também inortodoxos. Ao invés dos putz-putz pra playboy quicar chapado, sem objetivo, em rave.
Algo dum tempo que era outro século, 1971, que tinha o propósito de fazer um “surrealismo musical”, na presunção de seu mentor Edgar Froese. Banda barra projeto até hoje ativa (com já mais de 40 álbuns), ainda que um tanto descaracterizada, porque também influenciada pelas bandas eletrônicas ruins por ela longínqua e porcamente influenciadas.
Algo do tempo em que as pessoas ARRUMAVAM TEMPO pra ouvir músicas de 20 minutos. Quem sabe isso não volta a ser comum?
(sonhar AINDA não paga imposto)
…
[post cometido no Exílio Rock morto e sepultado, em 27 de Julho de 2012]
HYPOCRISY
Já comentei por aqui alguma vez de ñ ter o Hypocrisy como banda dentre as minhas preferidas.
Ñ entre as 20 preferidas. E ñ pq eu os ache uma bosta, nada disso. Motivo principal: a discografia irregular, q vez ou outra me frustra. Ao mesmo tempo, diferentemente dum Arch Enemy ou do The Haunted – pra citar outros suecos de plantão – com a horda de Peter Tägtgren ainda tenho insistido em querer gostar.
E o fiz na última segunda, comparecendo ao ARREGAÇO q foi o show deles por aqui, no Carioca. Q ñ estava lotado, mas tudo bem (ñ era micareta de playboy). Q tinha o amigo Jairo por ali tb presente (mas eu ñ vi. Ou pensei ñ ter reconhecido). Q durou pouco menos de hora e meia, mas ñ faz mal.
A INTENSIDADE do evento foi o diferencial.
Algo q me fez morder a língua, num argumento q volta e meia defendo por aqui: o de “pra q ir em show se dá pra pegar o dvd mais barato, depois?”. A experiência ao vivo, q tanto defende minha esposa (e ela tem sempre razão), da horda foi implacável. O dvd recente, “Hell On Sofia”, ficou pequeeeno.
De algum modo, o Hypocrisy ali ao vivo fez sentido pra mim. As distorções guitarrísticas características, entre o abelha e o esmeril, e palhetadas às vezes indolentes, soam melhores ao vivo. Mal comparando, como é com o Motörhead: o acrílico até aproxima, mas ñ dá conta do esporro. O vocal de Tägtgren estava impecável, naquela sujeira pitoresca, e sem nenhum backing vocal. E o som estava MUITO ALTO.
No bom sentido: tem q ficar alto mesmo aquilo, aqueles sons, aquele desempenho atordoante. Ñ entendi muito uns moleques abrindo roda proximos a mim: a barulheira ali me é mais pra ficar impactado, chapado, imobilizado ou atordoado. E assim fiz, som após som, com raríssimas paradas deles pruma conversa ou pro Tägtgren tomar água. Ah, e ninguém usou camiseta da Seleção. Claramente nos primeiros sons – sobretudo no 2º – o som estava alto e RUIM. Achei legal assim mesmo, mas embolou. Em “Fire In the Sky”, de repente o baixo ficou alto demais, mas aí no som seguinte a coisa se resolveu. Claramente o cara da mesa de som foi acertando as coisas DURANTE a apresentação, e se isso foi coisa do técnico da casa, é já recorrente e bastante lamentável.
Fui com o amigo Leo Musumeci (a foto abaixo é dele), e na verdade pegando o embalo dele, q é fã de verdade da horda. Fui convencido. Pra melhorar, ainda peguei o “Into the Abyss” ali numa lojinha, q vem sendo tocado à exaustão por aqui desde segunda à noite. Leo reclamou do set, pra ele “burocrático”, e nesse sentido tb me pareceu: 4 sons apenas do “End Of Disclosure” – pretexto da turnê brasuca (e ainda q eu ñ lembre bem se “44 Double Zero” realmente rolou. E aí, Jairo?) – e outros 70% repetidos do dvd em Sofia.
Sendo um fã – agora, sim – ainda iniciante, achei bom terem tocado só a “Eraser”, do “The Arrival”, q ñ curto. Achei foda a camiseta do Exploited q Tägtgren ostentou (momento “fashion” da resenha. Ui!). Formam uma banda ñ tao afiada tecnicamente – ironicamente, o 2º guitarrista, Tomas Elofsson, parece o melhor músico ali – mas ofereceram uma blitz compacta. O todo é bem maior q a soma das partes. O clima onírico propiciado é tb um diferencial da banda: ñ são apenas mais uma bandinha de death metal melódico tentando vingar via rostinhos bonitinhos ahah
O q me incomodou foi um bando de sem-noção proximo a mim abrindo rodas completamente tortas e perigosas, a ponto dum bebaço ali ficar bom tempo querendo mostrar cicatriz de batalha: aparentemente perdeu um dente numa cotovelada e ñ cansava de querer se gabar da boca sangrando e mão vermelha. Meio q faz parte, e até achei menos pior q monte gente com o bração na frente tentando filmar a apresentação.
Ao fim, pudemos ver a banda tocada com a recepção, a ponto do norueguês Horgh (baterista bem mais ou menos, pra mim) ter tb aplaudido! Mas ñ jogou um catso duma baqueta pra galera ahah
Valeu a noite. Valeu o show, a preço justíssimo (85 reais), valeu a surdez absurda pós-show, e me ficou a certeza de querer ir atrás da discografia da banda – menos dos 3 primeiros, é isso, Leo?
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Set-list: 1. “End Of Disclosure” 2. “Tales Of Thy Spineless” 3. “Fractured Millennum” 4. “Killing Art” 5. “The Eye” 6. “Valley Of the Damned” 7. “Fire In the Sky” 8. medley “Pleasure Of Molestation””Osculum Obscenum””Penetralia” 9. “Buried” 10. “Elastic Inverted Visions” 11. “44 Double Zero” 12. “War-Path” 13. “The Final Chapter”. Bis: 14. “Roswell 47” 15. “Adjusting the Sun” 16. “Eraser”
PS – teve abertura do Torture Squad. Melhor: do rescaldo do Torture Squad. De comum acordo, eu e o amigo nos recusamos a entrar e ver os capengas. Toninho Iron, na porta os defendendo, ñ nos convenceu. Lembrei daquele som do Claustrofobia: “Eu Quero Que Se Foda”.
PRODUTO FINAL
DISCOS DO NEVERMORE PRA MIM:
- “Dead Heart In A Dead World”
- “This Godless Endeavor”
- “The Politics Of Ecstasy”
- “In Memory” (ep)
- “The Year Of the Voyager” (ao vivo)
- “Nevermore”
- “The Obsidian Conspiracy”
- “Enemies Of Reality”
- “Dreaming Neon Black”
MELHOR DE CADA ÁLBUM
Regra de sempre: poder empatar 2 “melhores sons” em 3 álbuns, no máximo.
“Sentence Of Death” (ep) – “Total Disaster”
“Infernal Overkill” – “The Ritual”
“Eternal Devastation” – “Curse the Gods”
“Mad Butcher” (ep) – “Mad Butcher”
“Release From Agony” – “Unconscious Ruins” e “Release From Agony”
“Live Without Sense” – “Thrash Attack”
“Cracked Brain” – “S.E.D.”
“The Least Successful Human Cannonball” – nunca ouvi. Alguém?
“All Hell Breaks Loose” – “Machinery Of Lies” e “The Butcher Strikes Back”
“The Antichrist” – “Nailed to the Cross”
“Alive Devastation” – “Eternal Ban”
“Metal Discharge” – “The Ravenous Beast” e “Desecrators (Of the New Age)”
“Inventor Of Evil” – “The Defiance Will Remain”
“Thrash Anthems” – “Bestial Invasion”
“D.E.V.O.L.U.T.I.O.N.” – “Vicious Circle – The Seven Deadly Sins”, a menos chata
“The Curse Of the Antichrist – Live In Agony” – ñ comprei, ñ ouvi
“Day Of Reckoning” – “Sheep Of the Regime”
“Spiritual Genocide” – “Under Violent Sledge”
QUESTÕES PERIFÉRICAS:
- deveriam ter voltado? ACHO Q SIM. MAS TB ACHO Q JÁ PODERIAM PARAR
- Mike Sifringer num G3? SATRIANI E VAI Ñ CONSEGUIRIAM ACOMPANHAR AHAH
- melhor cover WHIPLASH
- pior cover PINK PANTHER/IN THE MOOD
- melhor faixa-título RELEASE FROM AGONY
- pior faixa-título DAY OF RECKONING
- melhor instrumental THRASH ATTACK
- pior instrumental MEMORIES OF NOTHINGNESS
- melhor disco desde a volta ALL HELL BREAKS LOOSE
- melhor disco anterior à volta RELEASE FROM AGONY
melhor ou pior formação: ñ sei dizer, uma vez q o sem-número de bateristas pouco acrescentou ou debitou ao/do som da horda. Tvz eu pudesse elencar como “pior formação” qualquer uma em q Schmier ñ esteja…
melhores ou piores clipes tb ñ. Só conheço o de “Desecrators (Of the New Age)”, q acho bem legal. Há outros?
3 melhores capas: “Release From Agony”, “Spiritual Genocide” e “Metal Discharge”
3 piores capas: “Sentence Of Death”, “The Least Successful Human Cannonball” e “D.E.V.O.L.U.T.I.O.N.”