30 ANOS DEPOIS…


… o q “ficaram”?
… o q “ficaram”?
RANQUEANDO FAIXAS-TÍTULO DO NAPALM DEATH HOJE:
E o bafão do fds foi q parece q prenderam o Till Lindemann queridão na Rússia. Motivo aparente: tentou fazer show durante quarentena sem “protocolo de isolamento” adequado (deve ser tão fake quanto aqui). Ou por algo envolvendo passaporte, ñ entendi bem.
https://www.loudersound.com/news/rammsteins-till-lindemann-reportedly-arrested-in-russia
… o q ficou?
Em 28 de agosto do ano passado – precisamente há 1 ano – comecei esta pauta born to lose, live to win contando histórias inglórias, ingratas, engraçadas e passadas em meus dias de No Class.
Relatei, em “Another Perfect Day”, nossa primeira ida ao Alquimia Rock Bar, em Pirituba (bairro periférico e barra pesada), q teve um momento de… assombro… q quase q superou a experiência e tremendo acolhimento pelos e pelas bangers ali presentes.
Resolvi postar hoje, pra dar inclusive efeito de loop, sobre a ÚLTIMA VEZ em q tocamos no Alquimia. O q havíamos decidido antes do show – afinal, os riscos e ñ ganharmos um tostão de cachê finalmente haviam prevalecido ante a “adrenalina” e ao “desafio” de tocarmos longe – mas q tb rolou por conta do bar ter encerrado atividades uns poucos meses depois.
(e ñ por nossa culpa. O desfecho do post tratará de esclarecer isso, ou ñ)
***
Memória é algo traiçoeiro e eis q descubro há pouco (fuçando a lista das apresentações no Facebook) q foram QUATRO as vezes no bar, e ñ três.
A primeira, com o P.O.T.T., citada, em janeiro de 2005; a segunda foi em 12 de março daquele ano, em q levamos os comparsas do Napster pra fechar a noite (q só ñ teve mais impacto q a primeira vez… pq ñ foi a primeira vez); na terceira, em 2 de julho, levamos os autorais camaradas do Sharpen, q faziam metal melódico e tinham um baterista cuzão “aluno do Confessori” (continua cuzão, toca hoje no Armahda e nem bateria em casa costumava ter – um dia ainda conto essa), q quase quebrou os holders dos tom-tons da minha bateria – pq eu ainda levava a bateria – quando insistiu em tocar na “posição correta” dos tambores.
Todas as vezes muito legais, e todas com o seguinte aprendizado: nada de ficar fazendo hora na calçada do lado de fora. Era chegar, montar as coisas, tocar, confraternizar com o pessoal do bar e, na hora de ir embora, todo mundo arrumar tudo e botar tudo nos carros sem muita embromação.
Lembro de quando tocamos com o Napster, do MEDO dos caras quando nos perdemos pelas quebradas escuras de ruas sem saída da região. Esse era outro fator complicado, principalmente pra mim, habitualmente inapto em lembrar caminhos de volta. Foda.
***
Nessa nossa 4ª vez, em 26 de novembro de 2005, resolvemos levar uma banda cover de Black Sabbath dum guitarrista conhecido meu (havíamos tocado brevemente numa banda de covers variados chamada Höhlemaus) da qual ñ me recordo o nome. Era uma banda recém-formada e ávida por locais pra tocar, então bora.
Só q aconteceu deste q vos bosta bloga se perder no caminho. Estávamos em 3 carros – 1 nosso (só nós 3 + equipamento), 2 deles (os sabbáthicos eram quarteto e estavam com namoradas/esposas) – e em vez de pegar a rodovia dos Bandeirantes, peguei a Anhanguera, completamente outra direção. E ñ conseguia corrigir a rota.
Ainda ñ existia GPS ou Waze, o guia de ruas analógico (de papel) q carregava no porta malas ñ serviu de ajuda, no q a solução era tentarmos perguntar direções nos postos de gasolina, padarias e pra taxistas. Q eram praticamente zero naquelas quebradas naquele sábado à noite, quase madrugada.
Resultado: as esposas/namoradas, completamente apavoradas, EXIGIRAM q seus pares desistissem da empreitada, o q honestamente ñ condenei na hora. Mesmo. Ficamos sem a outra banda, q se desculparam um monte e deram jeito de voltar. De nossa parte, caberia darmos jeito de achar caminho de volta e tb desistir.
Mas éramos teimosos: resolvemos – ou EU resolvi, e os outros 2 acataram – q chegaríamos ao Alquimia de qualquer maneira, mesmo q fosse pra tocar 15 minutos. Mesmo q ñ houvesse mais público. Mesmo sem nada de cachê combinado.
E ñ havia celular direito ainda. Um de nós q tinha conseguiu ligar pro Bruno (dono do bar) avisando q chegaríamos. Chegamos, sei lá como. Demoramos. Faltando meia hora pra dar o horário de encerrar.
(pq o bar era em região residencial e tinha um acordo com a vizinhança de ñ passar de meia-noite, ou uma da manhã)
***
Tinha público (estavam nos esperando ainda) e Bruno adotou solução tosca: fechou as janelas todas (pra tentar abafar um pouco do barulho) e pediu pra q diminuíssemos um pouco o volume, pra daí conseguirmos tocar uns 45 minutos, sem maiores encrencas.
Algo q deu certo até a página 2. Na empolgação, acabamos acabei aumentando um pouco o volume. E a interação com a galera estava excelente. Bruno parecia ter esquecido de qualquer cautela e curtia o som junto, muito legal tudo. Fizemos o show inteiro, no final.
Até q esse mesmo Bruno, num intervalo entre sons, começou a rachar de rir e nos cumprimentou, falando alto e rindo muito, pra todo mundo ouvir: “porra, caras, vcs são tão foda e tocam tão alto, q vão acabar acordando o Lagartixa”.
Provavelmente eu resolvi perguntar: “e quem diachos é Lagartixa?”
Resposta do Bruno: “Lagartixa é um mano aqui do bairro q foi assassinado hoje de manhã e o corpo tá ali na calçada do outro lado, pq a polícia ainda ñ veio recolher ahahah”
Caralho. De novo.
… o q ficou?
… o q ficou?
… o q “ficaram”?
Pungent Stench, “Club Mondo Bizarre – For Members Only”
“Quem diria, 30 anos atrás, q os discos do Pungent Stench seriam clássicos?”, me interpelou atônito o vendedor da Galeria do Rock quando dele comprei este relançamento digipack supostamente limitado.
Mas em 1994 este aqui foi rejeitado.
Em parte devido ao ep com remixes eletrônicos anterior (“Dirty Rhymes And Psychotronic Beats”), em parte pelo título e capa esquisitos (mas não um ‘esquisito’ gore ou interessante) e tb pelo som melhor produzido, mais “acessível”. Parecendo q os austríacos estavam se vendendo.
Até estavam, mas ninguém comprou. Estavam na vibe “death’n’roll“, na qual tb estiveram Entombed e Carcass na mesma época, e de rejeição amena, comparando.
Hoje se ouve como se deve (ou deveria): como uma safra de sons menos extremos e mais fundados em riffs. Death’n’roll lá atrás, stoner hoje em dia.
Clássico, sim. Fica a dica.
Assim como nos discos do Nile, por meio de Karl Sanders, os discos do Triptykon tb contêm comentários, som a som, de seu líder Tom Gabriel Warrior nos encartes. Nos quais descreve causas, motivos, razões e circunstâncias de cada música ou letra (nem todas interessantes), a mim parecendo querer expor encanto ou assombro recorrentes em relação ao processo criativo.
Este é o trecho referente a “Myopic Empire”, de “Eparistera Daimones” (2010) :
“In its original guise, as a 1996 demo called ‘Relinquished Body’, this was the first song I wrote after Celtic Frost‘s original split in 1993, when I wasn’t part of any band. It has always been a typical Celtic Frost song in my eyes, which is the reason it was long left without a proper release – it had nothing in common at all with music we subsequently created with the industrial Apollyon Sun project. When Celtic Frost regrouped many years later, I submited this song for inclusion on the ‘Monotheist’ album. We played it during rehearsals, but it was ultimately rejected, not least due to its grand piano section.
I had written the original lyrics in a state of reflection, despondency, and disappointment due to the loss of the creative and personal bond with my closest friend and songwritting partner of so many years in Hellhammer and Celtic Frost. Alas, history seems bound to repeat itself“.
Enquanto Dave Mustaine embaça, Gary Holt esmaga.
“Persona Non Grata”. Previsão de lançamento: 19 de novembro.
Sério: Holt teve covid, recuperou; Tom Hunting está se recuperando dum tratamento severo de câncer. Qual a desculpa de Mustaine? “Ah, nosso ex baixista reverendo fez um nude e tivemos q apagá-lo E o baixo dele”?
Previsão de lançamento de “The Sick, the Dying And the Dead”, Megadeth novo: ???
Existem 2 tipos de pessoas no mundo: as q FAZEM e as q dizem “vou fazer”.
Tem a ver com o q estamos debatendo ali atrás no post Maiden: Mustaine fica tentando criar narrativa, acalentar suspense, gerar necessidade, vender sonho. “O melhor desde ‘Rust In Peace'”…
Provavelmente está esperando flexibilização de quarentena pra poder lançar disco novo condicionado a fazer turnê.
E já fez show com a nova formação sábado último: ah, estreou o novo ex-baixista. Zero músicas novas no repertório.
Quanto mais demorar pra lançar, maior será a decepção. Minha impressão.