30 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
“Raising Hell” (abaixo), do 2⁰ disco solo de Tony Martin, “Scream“, lançado em novembro de 2005, tem em sua formação, fora Martin, Cozy Powell e Geoff Nichols.
Um Sabbath sem Iommi, em suma. Ou sumaridade.
Fonte: postagem de The Metal Realm, página facebúquica.
Black Sabbath, “Deep Black“
Artefato arqueológico adquirido em Londres. Não veio empoeirado, pelo contrário: lacrado e etiquetado.
Material pra lá de conhecido, não tão raro afinal, mas q eu mesmo sempre tive preguiça de conferir nos YouTube da vida. Dos cds q mais mal via a hora de pôr pra tocar em casa. Ainda q desconfiando da qualidade do áudio.
E a qualidade é muitíssimo aceitável, oras.
Muito se elogiava Tony Martin por cantar sons de “sua” fase, “fase Ozzy” e “fase Dio“. Meio mal, mas cantava. (Dio na 2ª fase “Dio-Manizer” fazia sons Ozzy?) E q tal Gillan cantando “War Pigs”, “Heaven And Hell” e “Zero the Hero”?
Muito foda define.
Lááá num futuro não muito distante – daqui 1 ano – os jovens q usaram o celular errado descobrirão os videoclipes e perguntarão a nós, velhos vintage, o seguinte:
“como é q faziam isso antes do Tik Tok e da IA, tio?”
Deixo em aberto respostas possíveis, mas somos dum tempo de fanvideos raiz. Pegar trechos de filme, dum bootleg do Black Sabbath (tenho esse físico, show na Rússia), botar a música em cima e obter resultado.
Não é o melhor fanvideo q já vi, mas passa muito longe do pior q já cutuquei a vesícula assistindo. E o mais legal: baita som.
“Headless Cross” pra mim é o pior Sabbath era Tony Martin. Por convicção e por não “achar tempo” pra reavaliar. Quer dizer q essa pérola sempre esteve ali?
Minha versão digipack dupla remasterizada comemorativa (2011) de “Dehumanizer” (1992) tem no encarte entrevista de Tony Iommi a Dom Lawson, da Kerrang!, contando sobre bastidores do disco.
São 8 páginas, muita coisa, pinço uns trechos aqui:
“On that particular album we went through a lot of different stages, though. First of all we had Cozy Powell playing drums with us, because he had been with me on the albums that we did with Tony Martin. Ronnie wanted to use his drummer Simon Wright and I said ‘Why don’t we have Cozy‘, but Ronnie wasn’t sure. He said ‘I’ve worked with Cozy before…’ and I knew they’d had a few dealings in the past where they didn’t get on, but I thought we could still give him a try. They’d fallen out before and when we got back together it was much the same and they didn’t see eye to eye on a lot of stuff! It was a strange situation. In the end, Cozy couldn’t do it because a horse fell on him and he broke his pelvis, but we were already well into writing the album at that time“
(…)
‘We couldn’t use Cozy, so the obvious thing to do was to ask Vinny Appice’, states Iommi. ‘I didn’t know how that would end up, because Ronnie and Vinny had had a falling out too! But that was a great thing. It worked out great, getting Vinny back, and we went into rehearsals and started playing and the songs started to come eventually’.
(…)
‘It was a difficult time for us’, recalls Iommi. ‘We were writing a lot of stuff but it was getting rejected and none of us were completely happy. We were a good writing team but at that point it was a little bit hard, because we were trying to get Ronnie to stop singing about rainbows! That was his thing and it came to the crunch and we said ‘We don’t want any more rainbows in the songs!’ It needed to be darker. Geezer wrote Computer God, which Ronnie really liked, and we went from there. But it was a little difficult, making that album. When we started working on it, we all wanted to make it a powerful album, as we always do. It always depends on what you’re coming up with, of course. You need good riffs and good changes, but it did take longer than usual. It was hard time for Sabbath generally, but nevertheless we did it’.
(…)
“Although the songs on Dehumanizer are all strong enough to suggest that there was nothing too much wrong with the state of the working relationship between the four Sabbath men, the reality of the situation at Rockfield was that the volatiltiy and frictions that had derailed the line-up after Mob Rules were still a spectral presence in the air that constantly threatened to bring the whole project to an abrupt conclusion“.
E por aí vai…
por märZ
Sobre o vídeo com Ripper Owens cantando Sepultura e o frisson que isso causou em muito fã da banda internet afora: eu concordo que soa melhor que Derek e é compreensível que muitos defendam e gritem “Fora Predador, Ripper Já!”, mas a minha teoria é que isso NUNCA aconteceria.
O motivo? Ripper Owens carrega o estigma de eterno substituto que não deu certo. O cara errado na hora errada, o tapa-buraco, que não estava à altura do seu antecessor – este, sim, the real deal. Mesmo clube restrito ao qual pertencem Blaze Bayley e Tony Martin. Em suma: para grande parte dos fãs do estilo e mídia especializada, são fracassados.
Os álbuns dos quais participaram são considerados menores na discografia de suas bandas, tropeções a serem esquecidos. Sobrevivem hoje fazendo shows pífios em clubinhos para 80 pessoas no Brasil, Honduras e República Tcheca, mendigando trocados. E podem incluir Paul D’Ianno nesse grupo, apesar deste ter sido substituído ao invés de substituir. Mas está no mesmo nível – alguns diriam até mais baixo.
E é por isso que não consigo imaginar Andreas Kisser optando por Ripper no Sepultura. Andreas sabe disso tudo, acompanha in loco toda essa novela, e talvez pense que seria um tiro no pé (o outro, pois um já levou tiro faz tempo e teima em não curar). Mas essa é somente minha opinião e posso muito bem estar errado. No entanto, gostaria de ouvir a opinião de vocês.
por Jessiê Machado
Sabe aquele papo de biscoito da sorte de que “o importante é a jornada?” Pois é…
Em 1994, ainda sem internet, já tínhamos uma grande facilidade de ter materiais (principalmente com o boom dos cds) e acesso a shows de bandas médias e grandes do mundo todo, desde que você morasse ou se deslocasse para São Paulo. Menos mal, considerando que na década anterior você precisaria se deslocar para Minnesota.
Mas em Goiânia tudo ainda era só um sonho e shows “grandes”, até então, foram apenas Dorsal e Ratos, sem contar que a Rock Brigade (como qualquer outra fonte de informação metálica) chegava com delay. Por isso levamos (eu e a comunidade banger local) um grande susto ao descobrir que um dos maiores festivais de metal do mundo faria sua versão no Brasil! Com Slayer e Black Sabbath! Monsters Of Rock! Comoção total.
Problemas: faltava uns 10 dias somente, estávamos a mais de 1000 km e cada um mais quebrado que o outro.
Quando um grande amigo, até hoje, que se chama Júlio disse que o pai era caminhoneiro e ia/voltava toda semana para SP e que iria falar com ele para ver a possibilidade de uma carona. Sendo que dava pra ir eu, ele e mais um.
Falou com o tio, eu confirmei e chamei outro amigo (Josmar, éramos o “trio J”). O show era dia 27/08, um sábado, iniciando-se às 12h, com doze horas de shows. O tio do amigo sairia na quinta com previsão de chegada na sexta. Ou seja: teríamos que nos virar entre sexta e sábado.
O show custava R$30 na pista, consegui R$50. Ou seja: ainda me sobrariam R$20 para alimentação, viagem, emergência… De quinta até domingo. Em São Paulo! Meu amigo tinha conseguido R$80. Estava melhor que eu.
Em cima da hora o Julio desistiu, acho que pensou bem na barca furada: andar 1000 km sem ter onde ficar, como ficar basicamente com o dinheiro do ingresso, em São Paulo. Foi o único sensato. Mas eu só conseguia pensar no Slayer e Black Sabbath e achava que íamos conhecer alguém e dormir na casa desta pessoa. Putz!
Óbvio que menti para minha mãe que estava na casa de um amigo qualquer, já que ela (e mãe nenhuma) nas circunstâncias permitiria.
***
Chegamos na sexta-feira umas 9h da manhã, já tinha gastado R$10 dos R$50 em alimentação na ida, o tio do amigo nos deixou na Freguesia do “Ó”, pegamos ônibus e fomos descobrir onde era o Pacaembu. De lá, fomos na Barra Funda, perguntando até chegar na Woodstock para comprar o ingresso.
Ainda faltavam 24 horas para o show e só me restavam R$5. Tive a idéia de ir para a Rodoviária do Tietê, pois chegariam bangers lá, e como eu conhecia gente do Brasil todo (via carta, por causa do zine) conseguiria fácil uma hospedagem e deslocamento. Ao menos era o que o meu otimismo juvenil sem noção achava.
De fato chegavam cabeludos aos montes, mas rapidamente se dispersavam. Puxava papo, falava do quanto éramos bangers de verdade, que o tal espírito do metal corria em nossas veias e coisas do gênero. Teve uns caras que queriam, inclusive, nos levar juntos (deviam ter uns 16 anos) mas as mães (ou tios) logo os demoveram da idéia. E vendo em retrospectiva, éramos cabeludos, meio barbudos (o que os 19/20 anos permitiam), com roupas pretas rasgadas, cheias de patches. Mendigos quase.
Anoiteceu: vieram o frio, a fome e o sono. Passamos a noite na rodoviária, que se por um lado era seguro, fazia muito frio e não podia deitar em lugar nenhum, que o segurança já cutucava. De madrugada, o frio cortava como navalha. Quando o metrô voltou a rodar, ficamos andando de um lado a outro. Era quentinho e podíamos dormir nas cadeiras. Assim ficamos fazendo até às 9h de sábado.
Resolvemos, dado o perrengue e a falta de dinheiro (o meu já tinha acabado; meu amigo devia ter uns R$15) ir na Woodstock e vender nossos ingressos para comprar passagens de ônibus de volta para Goiânia. Chegando na loja, devia ter umas 500 pessoas de fora, um burburinho de cabeludos de todo o país. Naquele momento, percebemos que não podíamos desistir: era histórico, tínhamos ido longe demais para desistir. Chance única. Iríamos ao show e depois pra BR para pedir carona. De novo a visão juvenil das coisas.
Resolvemos bater perna na Galeria do Rock, rumamos para lá e ficamos babando nas coisas de loja em loja até dar a hora do show. Estava passando os Lps, quando passa uma menina que eu conhecia de vista de Goiânia; pensei: “que louco ver essa mina aqui”. Passou outra, mais outra e a irmã de um amigo veio me cumprimentar! Era uma excursão de Goiânia cheia de pessoas que eu conhecia, inclusive alguns amigos próximos. Foi um choque positivo. Contei pra eles a história toda e veio o cara que organizou (Kleber) falar comigo, chamando pra ficar com eles e ir embora pra Goiânia no ônibus. Expliquei que estávamos sem dinheiro nenhum. Ele disse que estava tudo certo. Inclusive a galera dividiu comida, água e ainda pagaram lanches pra gente na volta.
Toda história tem um “deus ex machina”. Esse foi o meu. Encontrar uma excursão da minha cidade em uma das maiores Metrópoles do mundo.
***
Ah, já ia esquecendo dos shows, que acabaram ficando menores do que a jornada, de fato. Pouca coisa lembro do Angra e Dr. Sin, que fizeram shows pequenos. Do Viper, lembro que a galera interagiu com o cover do Queen. O Raimundos destruiu tudo, foi um show insano. Nessa altura, já estava bem cheio. Comecei o show perto do palco, mas as ondas te levavam de um lado ao outro. Foi insano. Insano! Eram uma enorme banda nessa época.
Curti bastante o Suicidal, mas havia uma tensão porque viriam Black Sabbath e Slayer. A galera estava tensa mesmo, inquieta. Tipo esperando a barragem romper e vir uma avalanche de água. Sinceramente, curti o Black Sabbath demais e lembro bem dos trejeitos e traquejos do Tony Martin. Dava vontade de chorar ao ver quem moldou sua vida, ao vivo. Foi muito foda. É tipo sofrer um acidente automobilístico: você fica em transe e em choque. Parece um sonho e você não tem certeza do que é realidade ou delírio.
Quando, de repente, “Hell Awaits” anuncia o apocalipse. Se você nunca viu Slayer ao vivo, é uma experiência que não se passa incólume. Não existem fãs como os da banda. Nego sai do nada, te segura e grita “Slayeeerrrr”. O tempo todo. O pau come. Você não sabe pra onde olhar. Todo mundo é seu amigo a ponto de te abraçar, chutar, empurrar, bater cabeça junto. Temi pela minha vida caso caísse.
Acabou o show e o festival pra mim, fui pro fundo dormir (uma cobertura que estava em cima do gramado) enquanto o Kiss tocava, até alguém da excursão me acordar por volta de uma da manhã, que iríamos embora.
Que jornada!
https://www.youtube.com/watch?v=vqT8SiGOE_A
3 elementos confluíram pra este post:
Em q provavelmente estará contida a “What’s the Use?”, acima.
Q achei do caralho. Nada a ver com o disco – q curto – por ser mais pesada. Tvz a mais pesada gravada por Tony Martin.
Mas com um quê de reprise. Reparem.
E 2017 está apenas começando…
Mais um a menos.
Morto de câncer no pulmão. Tvz o tecladista menos visto da História (o sujeito q consagrou o teclado atrás do palco), o q ñ macula o legado. E segurava grandão ao vivo a onda vocal pro Tony Martin. Eita.
Tocou aqui em São Paulo anos atrás, no Manifesto. Tecladista de Martin solo. Tem no You Tube.
***
E na terça última, foi o primeiro baterista do Allman Brothers, Butch Trucks, q se foi. Suicídio.
“Black Sabbath – A Biografia”, Mick Wall, 2013, Editora Globo – 338 pp.
–
O maior trunfo, virtude absurda deste livro, é sua concisão.
O autor consegue contar a história do Black Sabbath em 321 páginas, de fio a pavio. Com direito a capítulo específico sobre carreira solo (oitentista) do Ozzy, o q inclui praticamente uma biografia de Randy Rhoads, vida, obra e legado. Cronologicamente situando ainda a carreira solo de Dio, em seus altos e baixos, após sua expulsão em meados de 1981/1982. Fora dando-lhe a autoria dos “chifrinhos”, devidamente.
E ainda incluindo 24 páginas extras de fotos bem interessantes, de todas as fases.
Vai da infância dos integrantes originais, resumidas ao necessário, às 3 (três) faixas liberadas na coletiva de lançamento de “13” (2013). Impressionante. Assim: ao fim do capítulo 6 – de 13 totais – na página 145, Mick Wall já passou por todos os discos, intrigas e encrencas até “Never Say Die!” (1978). Sem omitir os dias de Tony Iommi no Jethro Tull, a má vontade da imprensa pra com os caras, os bullyings com Bill Ward, a putaria em Los Angeles q foi a gestação de “Vol. 4” (1972), e por aí vai.
Falta um detalhe ou outro, q outras biografias certamente contêm (ou “ñ contém” – vide abaixo), mas sem deméritos. Afinal, bandas como o Black Sabbath, tanto como o Kiss, o Metallica e o Ramones, têm – e ainda terão – livros e biografias complementares, parciais no bom sentido, com cada envolvido descrevendo o q viveu, viu, sentiu e omitiu. O q é duma interatividade tremenda: quem lê é q faz os juízos, toma partidos, escolhe os “lados” das questões como bem quiser.
Mick Wall, além disso, é jornalista e foi assessor de imprensa do Sabbath, de Ozzy e de Dio por quase 35 anos. Por isso, além de saber escrever, descreveu eventos q testemunhou e tece juízos (nem sempre positivos) q ñ o comprometem. Demonstra isenção. E coragem, como nos agradecimentos, quando diz “e, claro, todos os vários membros do Black Sabbath que tive o prazer – e o ocasional desgosto – de conhecer durante esses anos”. Ñ lançou o livro pra ser só mais um souvenir ou calço pra criado-mudo.
***
Um defeito q sempre encontro em biografias bandísticas, auto ou hetero escritas, é o de os dias e obras recentes/atuais/últimos serem contados com pressa, sem detalhes, só pra constar. “Black Sabbath – A Biografia” Ñ O TEM. Tanto.
Trata da “fase Dio“, com o significativo renascimento das carreiras – duplo sentido! – dos envolvidos, tb da “fase Ian Gillan“, q ñ era mesmo pra ter durado, o Live Aid broxa, dos rolos q envolveram a “fase Glenn Hughes” (com montes de músicos oportunistas e usados, fora uns tantos vocalistas ñ creditados q passaram pelo almoxarifado) e ainda da “fase Tony Martin“, e a dupla sacanagem pra com o cara – primeiro, quando o tiraram pra Dio voltar, depois quando o recrutaram de volta quando da deserção do elfo – e a decadência derradeira em “Forbidden” (1995).
Ñ omite o ensejo caça-níqueis de “Reunion” (1998), trata do Heaven And Hell e da morte de Dio, aborda o câncer de Iommi e a volta efetiva e consagradora – hj tb consagrada – pra “13”. Cita ex-esposas chifradas e esposas tornadas empresárias, picuinhas a rodo (tem motivo Dio creditado como “Ronnie Dio” na contracapa de “Live Evil”), tiroteios hediondos entre Sharon Osbourne e Don Arden, seu papai (quase sempre usando o Sabbath e/ou Ozzy como peões), e aborda controvérsias tornadas lendas (como a da tal treta pra mixarem “Live Evil”), ao mesmo tempo em q confirma lendas nascidas de fatos (Ozzy mordendo morcego, mijando em monumento e arrancando cabeças de pomba a dentadas). Cita até “The Osbournes”, decadência – com elegância? – na tv.
Wall, em episódio nojento noventista (o da ovada no Maiden fica menor – modo de dizer – comparando), praticamente afirma ser de $haron Osbourne, aliás, os direitos do nome Black Sabbath. A mulher é o ser mais abjeto da face da Terra, acreditem. E deu pra Randy Rhoads, sim.
Por outro lado, falta um cuidado – lembrete – aos discos solo de Bill Ward, poucos e obscuros mas existentes. Ou menção aos solos, de fato, de Iommi, como “Iommi” (2000) e os “The 1996 DEP Sessions” (04) e “Fused” (05), com Glenn Hughes. Ao mesmo tempo em q cita de passagem a Geezer Butler Band oitentista, de duas demo tapes legadas, mas ñ o GZR/Geezer noventista. Mas tudo bem: esses aí dá pra achar no Metal Archieves ou na Wikipédia.
Para ser lido com fones de ouvido, com a discografia sabbáthica, na ordem de lançada, acompanhando.
*
*
CATA PIOLHO CCLVI – “Unconditional”: Prong ou Dew-Scented? // “Midnight Sun”: Helloween ou Black Country Communion? // “Earthshine”: Rush ou Summoning?