30 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
Minha versão digipack dupla remasterizada comemorativa (2011) de “Dehumanizer” (1992) tem no encarte entrevista de Tony Iommi a Dom Lawson, da Kerrang!, contando sobre bastidores do disco.
São 8 páginas, muita coisa, pinço uns trechos aqui:
“On that particular album we went through a lot of different stages, though. First of all we had Cozy Powell playing drums with us, because he had been with me on the albums that we did with Tony Martin. Ronnie wanted to use his drummer Simon Wright and I said ‘Why don’t we have Cozy‘, but Ronnie wasn’t sure. He said ‘I’ve worked with Cozy before…’ and I knew they’d had a few dealings in the past where they didn’t get on, but I thought we could still give him a try. They’d fallen out before and when we got back together it was much the same and they didn’t see eye to eye on a lot of stuff! It was a strange situation. In the end, Cozy couldn’t do it because a horse fell on him and he broke his pelvis, but we were already well into writing the album at that time“
(…)
‘We couldn’t use Cozy, so the obvious thing to do was to ask Vinny Appice’, states Iommi. ‘I didn’t know how that would end up, because Ronnie and Vinny had had a falling out too! But that was a great thing. It worked out great, getting Vinny back, and we went into rehearsals and started playing and the songs started to come eventually’.
(…)
‘It was a difficult time for us’, recalls Iommi. ‘We were writing a lot of stuff but it was getting rejected and none of us were completely happy. We were a good writing team but at that point it was a little bit hard, because we were trying to get Ronnie to stop singing about rainbows! That was his thing and it came to the crunch and we said ‘We don’t want any more rainbows in the songs!’ It needed to be darker. Geezer wrote Computer God, which Ronnie really liked, and we went from there. But it was a little difficult, making that album. When we started working on it, we all wanted to make it a powerful album, as we always do. It always depends on what you’re coming up with, of course. You need good riffs and good changes, but it did take longer than usual. It was hard time for Sabbath generally, but nevertheless we did it’.
(…)
“Although the songs on Dehumanizer are all strong enough to suggest that there was nothing too much wrong with the state of the working relationship between the four Sabbath men, the reality of the situation at Rockfield was that the volatiltiy and frictions that had derailed the line-up after Mob Rules were still a spectral presence in the air that constantly threatened to bring the whole project to an abrupt conclusion“.
E por aí vai…
Circulando por aí, pq parece q Geezer Butler (re)tuitou.
Fiquei na dúvida entre zoeira, picaretagem safada ou versão bizarra.
Parece q é versão. Senso de humor alemão involuntário.
Rammstein poderia fazer clipe assim.
RANQUEANDO MEUS DISCOS DO ACCEPT POR AQUI:
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ADENDO: se o heavy metal fosse a Marvel, Tony Iommi seria o Stan Lee. Enquanto isso, Geezer Butler é o Jack Kirby? https://www.blabbermouth.net/news/black-sabbath-bassist-geezer-butler-shares-preview-of-his-multi-part-nft-graphic-novel/
Última lista da “série baixistas”. Baixistas tornados baixistas à força ou à revelia; já tinha guitarrista na formação, faltava baixista etc.
Casos específicos, desta vez justificados.
TOP 10 GUITARRISTAS TORNADOS BAIXISTAS:
(critérios: gosto pessoal versus tamanho do legado)
OBS: Lemmy Kilmister e Shane Embury tvz se enquadrassem na categoria ‘baixistas q tocam como guitarristas’ eheheh
OBS 2: John Entwistle era trompetista antes de virar baixista
(a lista mais difícil de fazer nesta série mensal)
MINHAS INTRODUÇÕES DE BAIXO PREFERIDAS:
* falávamos na lista anterior de impossibilidade de “intro baterística” em “Sole Survivor” (Helloween), devido ao acompanhamento de guitarra. “Peace Sells”, assim como “Souls Of Black” (Testament) ou “Stone” (Alice in Chains) têm baixo acompanhado de bateria. Bateria tradicionalmente ñ é considerado “música”, então vale introdução de baixo acompanhada só por bateria
Se ñ for o caso, eu tiro “Peace Sells” e acrescento “Would?” (Alice in Chains) ou “Have A Cigar” (Pink Floyd) em décimo.
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A pauta é dupla hoje, por conta da morte de Martin Birch, maiúsculo e excelso produtor:
Daí propor uma lista adicional hoje: a de MEUS ÁLBUNS PREFERIDOS PRODUZIDOS POR MARTIN BIRCH
* nesses, é creditado como “engenheiro”, mas o senso comum credita a produção.
RANKING DE TERÊNCIOS/TERENCINHOS PRA MIM:
[baseado em idéia original do amigo Miguel Jabur]
John Bonham ficaria orgulhoso. Tony Iommi parece q ficou sabendo e curtiu, mas ñ se gaba. Deveria.
Bill e Geezer ficaram de dizer o q acharam em duas vias separadas, protocoladas em cartório, a me enviarem cópias autenticadas até sábado sangrento sábado. Ozzy tvz leve de 15 minutos a 15 dias pra explicar e pode ser q entenda. Quem sabe aparece por aqui e nos manda aquele “we love you all“.
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=n6UmRmFHAkE[/youtube]
Ice T.
1991. Yo!
“Black Sabbath – A Biografia”, Mick Wall, 2013, Editora Globo – 338 pp.
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O maior trunfo, virtude absurda deste livro, é sua concisão.
O autor consegue contar a história do Black Sabbath em 321 páginas, de fio a pavio. Com direito a capítulo específico sobre carreira solo (oitentista) do Ozzy, o q inclui praticamente uma biografia de Randy Rhoads, vida, obra e legado. Cronologicamente situando ainda a carreira solo de Dio, em seus altos e baixos, após sua expulsão em meados de 1981/1982. Fora dando-lhe a autoria dos “chifrinhos”, devidamente.
E ainda incluindo 24 páginas extras de fotos bem interessantes, de todas as fases.
Vai da infância dos integrantes originais, resumidas ao necessário, às 3 (três) faixas liberadas na coletiva de lançamento de “13” (2013). Impressionante. Assim: ao fim do capítulo 6 – de 13 totais – na página 145, Mick Wall já passou por todos os discos, intrigas e encrencas até “Never Say Die!” (1978). Sem omitir os dias de Tony Iommi no Jethro Tull, a má vontade da imprensa pra com os caras, os bullyings com Bill Ward, a putaria em Los Angeles q foi a gestação de “Vol. 4” (1972), e por aí vai.
Falta um detalhe ou outro, q outras biografias certamente contêm (ou “ñ contém” – vide abaixo), mas sem deméritos. Afinal, bandas como o Black Sabbath, tanto como o Kiss, o Metallica e o Ramones, têm – e ainda terão – livros e biografias complementares, parciais no bom sentido, com cada envolvido descrevendo o q viveu, viu, sentiu e omitiu. O q é duma interatividade tremenda: quem lê é q faz os juízos, toma partidos, escolhe os “lados” das questões como bem quiser.
Mick Wall, além disso, é jornalista e foi assessor de imprensa do Sabbath, de Ozzy e de Dio por quase 35 anos. Por isso, além de saber escrever, descreveu eventos q testemunhou e tece juízos (nem sempre positivos) q ñ o comprometem. Demonstra isenção. E coragem, como nos agradecimentos, quando diz “e, claro, todos os vários membros do Black Sabbath que tive o prazer – e o ocasional desgosto – de conhecer durante esses anos”. Ñ lançou o livro pra ser só mais um souvenir ou calço pra criado-mudo.
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Um defeito q sempre encontro em biografias bandísticas, auto ou hetero escritas, é o de os dias e obras recentes/atuais/últimos serem contados com pressa, sem detalhes, só pra constar. “Black Sabbath – A Biografia” Ñ O TEM. Tanto.
Trata da “fase Dio“, com o significativo renascimento das carreiras – duplo sentido! – dos envolvidos, tb da “fase Ian Gillan“, q ñ era mesmo pra ter durado, o Live Aid broxa, dos rolos q envolveram a “fase Glenn Hughes” (com montes de músicos oportunistas e usados, fora uns tantos vocalistas ñ creditados q passaram pelo almoxarifado) e ainda da “fase Tony Martin“, e a dupla sacanagem pra com o cara – primeiro, quando o tiraram pra Dio voltar, depois quando o recrutaram de volta quando da deserção do elfo – e a decadência derradeira em “Forbidden” (1995).
Ñ omite o ensejo caça-níqueis de “Reunion” (1998), trata do Heaven And Hell e da morte de Dio, aborda o câncer de Iommi e a volta efetiva e consagradora – hj tb consagrada – pra “13”. Cita ex-esposas chifradas e esposas tornadas empresárias, picuinhas a rodo (tem motivo Dio creditado como “Ronnie Dio” na contracapa de “Live Evil”), tiroteios hediondos entre Sharon Osbourne e Don Arden, seu papai (quase sempre usando o Sabbath e/ou Ozzy como peões), e aborda controvérsias tornadas lendas (como a da tal treta pra mixarem “Live Evil”), ao mesmo tempo em q confirma lendas nascidas de fatos (Ozzy mordendo morcego, mijando em monumento e arrancando cabeças de pomba a dentadas). Cita até “The Osbournes”, decadência – com elegância? – na tv.
Wall, em episódio nojento noventista (o da ovada no Maiden fica menor – modo de dizer – comparando), praticamente afirma ser de $haron Osbourne, aliás, os direitos do nome Black Sabbath. A mulher é o ser mais abjeto da face da Terra, acreditem. E deu pra Randy Rhoads, sim.
Por outro lado, falta um cuidado – lembrete – aos discos solo de Bill Ward, poucos e obscuros mas existentes. Ou menção aos solos, de fato, de Iommi, como “Iommi” (2000) e os “The 1996 DEP Sessions” (04) e “Fused” (05), com Glenn Hughes. Ao mesmo tempo em q cita de passagem a Geezer Butler Band oitentista, de duas demo tapes legadas, mas ñ o GZR/Geezer noventista. Mas tudo bem: esses aí dá pra achar no Metal Archieves ou na Wikipédia.
Para ser lido com fones de ouvido, com a discografia sabbáthica, na ordem de lançada, acompanhando.
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CATA PIOLHO CCLVI – “Unconditional”: Prong ou Dew-Scented? // “Midnight Sun”: Helloween ou Black Country Communion? // “Earthshine”: Rush ou Summoning?
Ñ ouvi aquela banda tcheca q gravou Sabbath em latim com orquestra de câmara tempos atrás. Prestou?
Os “Nativity In Black”, 1 e 2, têm mais acertos q desacertos. Minha opinião. Hed(Pe) e Type O Negative pra mim foram vergonha alheia, mas e daí?
A impressão q dá é q, a ñ ser q o Sambô (acabou aquela bosta?) grave Black Sabbath, tudo combina com Sabbath. Vide Brown Sabbath:
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=GoqcIQ37amo[/youtube]
O q me impressiona é a PERTINÊNCIA nessas versões soul. A acima, pra mim, a melhor dentre as q vi. A abaixo, um tanto óbvia, mas q q tem?
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=rrYlOU6egYI[/youtube]
E é em horas assim q lembro duma declaração famosa de Geezer Butler (acho q colhida do whiplash) q dizia q Tony Iommi roubava vários riffs de discos de Frank Sinatra. Pq antes do Sabbath, óbvio, ñ existia heavy metal.
Eu gosto de brincar q antes do Black Sabbath ñ existia MÚSICA.