setembro 2013
D.I.S.C.O.S.
MELHORES ÁLBUNS-SIGLA PRA MIM:
- “For Unlawful Carnal Knowledge”, Van Halen [sigla ao contrário, exceção]
- “R.I.P.”, Coroner
- “W.F.O.”, Overkill
- “i.o.u.”, Allan Holdsworth
- “B.A.C.K.”, Artillery
- “D.E.V.O.L.U.T.I.O.N.”, Destrúcho
- “I.N.R.I.”, Sarcófago
- “F.O.A.D.”, Darkthrone
- “S & M”, Metallica
- “Q2K”, Queensrÿche [pra inteirar 10]
bônus DVD: “R 30” (Rush)
Ñ SAIU EM CD
“Correndo o Risco”, Camisa De Vênus, 1986, WEA
sons: SIMCA CHAMBORD / MÃO CATÓLICA / MORTE AO ANOITECER / DEUS ME DÊ GRANA / OURO DE TOLO [Raul Seixas] / SÓ O FIM / O QUE É QUE EU TENHO DE FAZER? / TUDO OU NADA / A FERRO E FOGO
formação: Marcelo Nova (vocais), Gustavo Müllem (guitarra solo), Karl Franz Hummel (guitarra), Robério Santana (baixo), Aldo Machado (bateria)
.
Pequenos fatos significativos se encadeiam e dão sentido a esta vida miserável:
ñ tem nem 8 dias q finalmente comprei nova agulha pro meu toca-discos, o q me vem tirando dum jejum duns 4 a 5 anos sem ouvir maravilhas de meus lp’s que jaziam na estante. E ñ tem 2 dias q encontrei a 5 contos na Galeria o vinil de “Correndo o Risco”, imediatamente posto pra tocar ao chegar em casa.
Pequenos fatos esses q desencadearam ainda outros dois: 1) finalmente poder aposentar a fita cassete, ainda funcional passados 21 ou 22 anos de comprada no Pastorinho (supermercado daqui); 2) pretexto infalível pra resenhá-lo no Exílio Rock.
Sem rodeios: embora eu prefira o derradeiro álbum seguinte, “Duplo Sentido” (o 2º álbum duplo duma banda de rock brasileira), “Correndo o Risco” acho o MELHOR DISCO do Camisa De Vênus. E ñ o digo só pelos hits infalíveis “Simca Chambord”, “Só o Fim” e “Deus Me Dê Grana” constantes. Tb o é pela EVOLUÇÃO da banda por aqui demonstrada.
Pois o Camisa, mesmo tendo sido sempre banda de público cativo e discurso afiado/irreverente, musicalmente deixava sempre a desejar nos álbuns: guitarras chôchas e mal gravadas, fora MAL TIMBRADAS compareceram até o ao vivo anterior, igualmente clássico/memorável, “Viva”. “Correndo o Risco”, gravado sob contrato com a múlti Warner, traz produção melhor, requintada, mais digna.
E aí, dá-lhe guitarras com sons de guitarra (ñ de violãozinho de arame), baixo bem timbrado, vocal (Marcelo Nova em seu auge desbocado) destacado, bateria mais a contento q de antigas gravações com bateria eletrônica destoante. Ñ só isso: convidados surgem a rodo, edulcorando ainda mais a proposta (ao invés de diluí-la). E aí era piano e saxofone em “Simca Chambord”, gaita em “Mão Católica”, guitarrista solo convidado em “Morte Ao Anoitecer”, percussionista e piano em “Só o Fim”, orquestra e côro em “A Ferro e Fogo”.
Em termos estéticos, ainda a mudança prum logotipo mais modernoso e clean, como a citação de Allen Ginsberg na contracapa: qual banda, q ñ o Camisa, conseguiria o feito de fazê-lo sem parecerem entojados?
*
No DISCURSO, outra singela diferença, q à época considerei regressiva, hoje tenho como evolução e maturidade: em vez das letras repletas de palavrões (nada contra) e deslavadamente machistas/sexistas (ñ deixaram de sê-los), algumas bastante sérias, como “Mão Católica” (obviamente contra a Igreja Católica, ainda da época de músicas q tinham “radiodifusão e execução pública proibidas”), “Tudo Ou Nada” (minha preferida, meio filosófica e herética) e outras ainda fantasistas, como “Morte Ao Anoitecer” (vampirista e soturna) e “A Ferro e Fogo” (sobre naufrágio em batalha ancestral contra galeões romanos).
Q ñ excluíram em nada aquela irreverência debochada característica, como em “Deus Me Dê Grana” (“mas se você não achar meu bolso, Deus/Por favor coloque na carteira”) e “O Que É Que Eu Tenho De Fazer?” (um proto-reggae safado sobre alguém estudando modos e jeitos de tentar traçar uma garota). No meio do caminho entre sério e sarrista, cometeram versão mais roqueira pra “Ouro De Tolo”, a posteriori analisável como a 1ª aproximação entre “Marceleza” e Raulzito.
E em q, a despeito dumas atualizações bem sacadas – “centos mil cruzados por mês”, “Monza 86”, “cidade marabichosa” – nem achei assim tão boa. Pq envolveu mutilarem os longos dylanescos versos pra caber na aceleração imprimida.
Uma certa “tradição chupim” da banda tb se manteve no disco: pois se em outros tempos a banda se “inspirou” em sons de Buzzcocks (“Bete Morreu”, “O Adventista”) sem dar-lhes crédito, a bola da vez foi o Rolling Stones e seu “Gimme Shelter”, escaneado (na época, o termo melhor seria “xerocado”) um tanto em “Só o Fim”, cujo clipe tem a pérola de contar com a ainda garotinha Penélope Nova, quem sabe se menos por nepotismo do q pra baretear custos de produção.
Por outro lado, nada dos prós e dos contras até aqui citados é páreo aos quase 8 minutos de “A Ferro e Fogo”, a música MAIS OUSADA e ÉPICA do rock brasileiro ainda hoje. Pq gravada com orquestra de 40 integrantes, incluídos tenor e côro. A dramaticidade vocal de Nova nela comove, empolga, se esparrama. Se for um o som do álbum pra ser ouvido/baixado, ESSE é o merecedor.
Pra concluir, meu assombro e indignação a respeito de “Correndo o Risco”: como é q um disco pra lá de bem produzido, com clipe – “Deus Me Dê Grana” – no Fantástico (grande bosta isso, mas q na época era marca dalguma relevância) e som de timing impressionante como “Simca Chambord” (de letra incrivelmente política e HISTÓRICA, fora de clipe controverso, pesado e forte, q o Fantástico nem deve ter passado) nunca saiu em cd?
Tb ñ vai nunca mais. Uma lástima.
…
[resenha cometida no finado Exílio Rock em 5 de Dezembro de 2010 – certo, doggmático?]
*
*
*
CATA PIOLHO CCXXI – capístico da vez. Jogo dos 7 Erros:
ROCK IN RIO
Nem todos os amigos por aqui eu tenho adicionados no Facebook, onde fui fazendo uns comentários ao longo dos shows, sobretudo os do último domingo. O amigo Jessiê disse q aguardava umas opiniões deste q vos bosta (digo, bloga!), e assim farei, recondicionando algumas das coisas postadas por lá.
Ah, ñ fui pessoalmente. Curti a coisa a bordo do sofá daqui de casa. Coisa melhor q fiz.
Quanto ao Ghost, vou na cola do amigo Ricardo Sarcinelli, em considerar q fizeram um show q extrapolou o próprio show. Sujeito vestido de Papa macabro e músicas falando ostensivamente em Satanás em rede nacional (e até na Globo) é evento digno de registro. Coisa histórica.
Por outro lado, é banda cujo visú ñ combina com o som. Tinha q ser uma pedrada mais pro deathão, com vocal gutural. Faltam riffs, faltam solos e falta um vocal q ñ soe como uma menininha de 11 anos.
Genial tb a gauchinha sem noção no Multishow (ex-mtv) perguntando aos ghouls se eles iriam à praia vestidos daquele jeito! ahah
***
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=VPZTxhx1lMQ[/youtube]
Além dos suecos, outro ponto q considero memorável foi show de Bruce Springsteen abrir com Raul Seixas, o q ele já tinha feito quarta-feira aqui por São Paulo. Pra quem for chato e implicante (mais q eu): claro q faltaram os cacos, às chamadas a Crowley (Satanismo IMPEROU na bagaça), mas além disso o fato histórico dum roqueiro estadunidense haver coverizado um roqueiro brasileiro pela PRIMEIRA VEZ – rip0ngas chatonildos indies cometendo Sérgio Mendes, Jorge Ben e Mutantes ñ contam! – é algo digno de menção.
Chupem, Caetano Veloso, Titico Sta Cruz, Ivete Sangalo e todo gringo q tentou agradar platéia tocando “Garota de Ipanema” ou Michel Teló (todos os outros gringos pretéritos infames) nesta e noutras ocasiões.
Assisti ao show do homem inteiro. Ainda q ñ faça meu gênero. 3 horas sem perder o pique. 63 anos na cacunda e 19 músicos no palco. Só fraquejou ao fim, fazendo o clichê de tocar “Twist And Shout” emendado com “La Bamba” (são as mesmas notas): deveria ter era tocado “We Are the Champions” e “Whisky A Go-Go”!
***
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=N5Tt6ERG3yI[/youtube]
Achei tb inesperadamente incrível a junção Destrúcho e Krisiun. Thrash alemão e brutal death metal brasuca: ñ é q combinaram? Por conta dos 2 guitarristas infernalmente despirocados, lançando riffs, licks e solos initerruptamente. Schmier em certa hora, ao descrever o q rolava, criou praticamente um novo superlativo: o “fucking foda”. Foi.
A lamentar apenas q os alemães tivessem tocado mais q os brasucas; por outro lado, o show era deles e os brasucas, os convidados. Sensacional a exibição em rede nacional tb: “o Krisiun para as massas”, como apregoou o amigo Rodrigo Gomes. Cover de Venom (superando a original) e “Total Disaster” (dos alemães) tocadas juntos, a mim superam aquela papagaiada saudosista de Sepultura abrindo pra Venom e Exciter em 1929. Krisiun é a banda a ser seguida, se ñ pela porradaria, pela atitude e pelo zero de concessão.
Me senti representado por eles, por ñ serem banda de “metal nacional playboy”, como aquele LIXO de Kiara Rocks, q vieram ao mundo praquilo q fizeram mesmo: papais e mamães de alguns deles deixaram de trocar de carro e de fazer sacolagem em Miami em 2013, pra q os filhos tivessem “a melhor noite de suas vidas”. Ainda q isso tenha significado entuchar o set de covers e de tentar apelar pro falido do Paul Di’Anno, q conseguiu atravessar “Highway to Hell” e blasfemar Ramones antes de seu número Maiden.
Quando a melhor coisa do show da tua banda num megaevento é participação de ex-Maiden jurássico e de guitarrista do Charlie Bronha Jr., creio ñ haver boa vontade no mundo q dê jeito de abonar tamanha caganeira e embaraço.
***
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=N6A-ZF5XJSU[/youtube]
Há quem considere q o show do Helloween deveria ter ocupado tal espaço de palco principal, “Palco Mundo”, coisa q o valha. Acho até q sim, mas nem é a política do festival, sempre aberto a um jabá, como foram Gloria (cadê essa bosta?) no anterior, Sheik Tosado (alguém lembra?) em 2001 e Udora em 1991… Além disso, penso q num festival tão mainstream, o heavy metal q ñ mainstream (Metallica, Maiden e até o Slayer) ñ tem q ter tanta exposição assim. Senão, banaliza como as camisetas dos Ramones vendidas a rodo pra periguetes q mal conhecem Offspring, quando mais “hey ho let’s go”…
E curti Helloween: Andi Deris é um carismático fodido e a formação atual é muito precisa. Chegaram ao nível de fazerem show ruim só por pobremas técnicos. “Live Now!” funcionou muito bem com a galera. “Power” é jogo ganho. Só lamento q o cara ñ tenha culhão pra mandar rancar fora de vez sons da “era Kiske” (“Eagle Fly Free” ñ funciona, deixa pra lá!), até pq os sons da “era Deris” acho muito muito muito melhores. Curti tb q tenham deixado Kai Hansen só pro fim, pras óbvias “Dr. Stein”, “Future World” e “Out In the Fields” “I Want Out”.
E mesmo detestando André Matos e seus mesmíssimos agudos constipados (since 1986) e o Viper, tenho como tremenda injustiça ñ terem ficado no lugar do Kiara. Pit Passarell, claramente dependente químico, saiu direto do palco pro bico de flanelinha na porta do evento.
***
Desconheço o “pé” da turnê em q se encontra o Iron Maiden. Tvz pelo “meio”: achei os caras no piloto automático. Nada de show chulé, todavia. Pouca conversa e interação entre os sons. Tvz rolasse um cansaço de terem tocado sexta-feira aqui em SP. Tvz ñ. Bruce Dickinson com freio de mão puxado: veterano q é, deveria já ter aprendido q acelerar vocais – como em “The Prisoner” e em “2 Minutes to Midnight” – ñ faria os sons acabarem mais rápido…
“Phantom Of the Opera” achei surpreendentemente foda. Fucking foda. Som do Multishow, uma bosta. 3 guitarras pra equalizar e uma bateria monstro acabariam sofrendo danos mesmo. “Afraid to Shoot Strangers” é música “fase Blaze” feita na “fase Bruce“; tudo bem, Dickinson ñ deve agüentar fazer “Die With Your Boots On” mais. Q, como “Still Life”, “Killers”, “Heaven Can Wait” e “Sanctuary” rancadas do set original, o foram pra dar lugar tb à “Fear Of the Dark” e oferecerem o populismo q gente mais true descartaria.
No mais, ñ sendo cansaço ou tanque na reserva, poderemos anunciar o início do fim de Bruce Dickinson. Aconteceu com Halford, Dio, Gillan, Adams, Axl… aconteceria com ele alguma hora. E o figurino, ímpar: entrou com terninho de toureiro, fez tributo capilar ao Misfits na “Seventh Son Of A Seventh Son” (sofreu pra cantá-la!) e terminou o show homenageando o penteado de Helena Bonham Carter. Versatilidade a toda prova!
***
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=jFPGxuAxzaI[/youtube]
A despeito de minha birra com o Slayer, tornado um Slayer Cover Oficial, tenho q foi um show monstro.
Araya encarnando um “Papai Smurf From Hell” chutou bundas de quem quer q se meta a achar q canta thrash metal. Impressão de q o quer q esse cara ande comendo ñ é Friboi… Tá com voz melhor q dos tempos do Philips Monsters. Q o diga o berro inicial em “Angel Of Death”. Ou “Disciple” berrada a plenos pulmões e diafragma.
Repertório impecável de 13 sons (curto, como tb foram o Ghost e o Alice In Chains), revisitando “Show No Mercy” e “Hell Awaits” sem soarem rasteiros ou demagogicamente saudosistas nas respectivas “Die By the Sword” e “At Dawn They Sleep”. 4 sons do “Seasons In the Abyss”, incluída a definitiva “Dead Skin Mask” e a impressionante “Hallowed Point”; apenas trocaria “Mandatory Suicide” (da indefectível cota de duas do “South Of Heaven” executadas) por “Chemical Warfare”.
Nada de bailão da saudade. Gary Holt surpreendente e Paul Bostaph emulando Dave Lombardo como sempre fez. Com categoria. Entrevista de Kerry King – em pé – após show entregou planos (dele?) de “novo álbum” (putz), contar com Gary Holt efetivado e desabafo sobre “escolhas erradas” de Dave Lombardo. Amigo FC creio ter entendido um pouco mais as falas do sujeito.
***
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=0QNxsIAzW0Y[/youtube]
Por fim – por ora – e tb fora de ordem: achei bem digna a junção Zé Ramalho + Sepultura. E coisa pra ter rolado no palco principal, fora isso. Pq colocou Derrick Green em seu devido lugar: tocando umas percussões lá no fundo q mal dava pra ouvir. E pq poderia até se tornar algo mais efetivo. Zé Ramalho tem um carisma da porra: um disco conjunto levantaria a carreira da ex-banda em atividade mais q qualquer coverização de Chico Science & Nação Zumbi (momento constrangedor no set) ou Death.
Se forem bem espertos e ligeiros, poderiam tentar um crowdfunding pra tentar comprar do Medina os direitos da apresentação e lançar como dvd oficial. Zé Pultura ahah
***
Quanto àquela BOSTA de Avenged Queimaroscafold, nada a comentar. A ñ ser um flagrante da roda durante o show. Super perigosa.
PENUMBRA
10 MELHORES ÁLBUNS, PRA MIM, COM INTEGRANTE(S) RECONHECÍVEL(IS) NA CAPA PELA SOMBRA:
- “Too Tough To Die”, Ramones
- “Decade Of Aggression/Live”, Slayer
- “Aftertaste”, Helmet
- “Rush In Rio”, Rush
- “Dawnrazor”, Fields Of the Nephilim
- “The Extremist”, Joe Satriani
- “Down On the Upside”, Soundgarden
- “Feel the Fire”, Overkill
- “Blood-Rooted” [coletânea], Sepultura
- “Soulfly”, Soulfly
PIOR DE CADA ÁLBUM
Banda de q gosto muito, mesmo achando surreal q fossem elencados num Big Four (ñ mesmo!), e q pretendo ir a show por aqui ainda q for embaixo do Viaduto do Chá, dando moedinha pros caras no boné zoado do John Connelly virado pra cima ahah
A trajetória dos caras tb é imperfeita: dá pra escolher “piores” ou “menos bons” sons sem razoável sofrimento.
Regra de sempre: poder empatar 2 sons em 3 álbuns, ñ mais. Outra: poder dizer “ñ tem” em 3 álbuns, no máximo.
“Game Over/The Plague” – “After the Holocaust” e “Mr. Softee Theme”
“Survive” – “Technology”
“Handle With Care” – ñ tem. Apesar de eu achar “Torture Tactics” meio destoante
“Something Wicked” – “The Forge”
“Live At the Hammersmith” – “Butt Fuck”
“Out Of Order” – “Doctor Butcher” e “Ballroom Blitz”
“Third World Genocide” – “The Hockey Song” e “Long Haired Asshole”
OUTROS CAMINHOS VÁLIDOS
Tão improvável e curioso quanto discos-solo/paralelos de Ian Anderson, Steve Harris, Paul Stanley, Dave Matthews, Humberto Gessinger, John Connelly e Joey Ramone este “A Valid Path”, de Alan Parsons, carreira-solo, q há meses paquerava num sebo e peguei sebunda-feira última.
Ñ tão redundante, porém. Álbum de 2004 com algumas modernices: participações de Crystal Method e Uberzone – como é?! – anunciadas no selinho da capa, junto duma mais tradicional e chamariz: David Gilmour tocando em “Return to Tunguska”, faixa de abertura.
Coerente com a trajetória pregressa de Alan Parsons Project, o Deep Purple da new age (Tangerine Dream, o Black Sabbath e Jean Michel-Jarre, o Blown Jobvi): músicas majoritariamente instrumentais, com co-autorias do falecido parceiro Eric Woolfson e capa do recém-falecido – 17 e contando, märZ! – Storm Thorgenson. Alguns instantes percussivos diferenciados, algum quê de world music invulgar (“Tijuaniac”), alguma eletronice que remeteria longinquamente ao Garbage. Ainda estou a digerir o artefato.
Uma outra coisa: continua aquele som de sala de espera de dentista. Digno. A diferença, pra melhor, é que as pessoas q agüardam atendimento ñ mais ficarão sedadas, mas meio chapadas e vendo duendes.
MINISTRY NO SEBO A 10 CONTOS
Quanto mais conheço o Ministry, mas vejo ser melhor parar.
E mais vejo “Psalm 69” e “Houses Of the Molé” como veneráveis desvios/anômalas exceções de trajetória.
Delírios toscos e modorrentos de cocainômano (cocainômanos?) este “Filth Pig”. E também o “Animositisomina”, “The Land Of Rape And Honey” e provavelmente todos os outros. Já deu.
- “Reload”
- “Filth Pig”
- “Lava”
- “Crumbs”
- “Useless”
- “Dead Guy”
- “Game Show”
- “The Fall
- “Lay Lady Lay”
- “Brick Windows”
…
[post originalmente lavrado no Exílio Rock em 18 de Abril de 2012 – certo, Faça?]