Maioria por aqui q já comprou cd importado deve ter passado pela dificuldade de tirar aquela porcaria de etiqueta acima da caixinha e ficar um rastro de cola pela capa, hum?
Há tempos descobri empiricamente q tentar tirar com álcool ñ resolve, muito pelo contrário: espalha a cola e deixa tudo ainda mais grudento.
Amigos: qual a técnica de vcs pra tirar esse grude do caralho da caixinha de cd? Acho q me fiz claro na problemática. Bora uma solucionática? Acetona? Varsol? Detergente? Pinho Sol?
– Bora montar uma banda?
– Demorou.
– De grindcore. Pode ser?
– Demorou.
– Já tenho até o nome.
– É mesmo?
– Demented Mutation.
– Demorou.
Passa um tempo, a banda lança uma demo intitulada “A Vile Demented Toxic Waste Mutant Raping Your Mother In the Bowels of a Putrefracting Maggot Infested Carcass of a Dead Elephant Then Shit Out of Its Ass into a Giant Meat Grinder”. Formada de 3 sons (o título da demo desmembrado nos 3 títulos), em épicos 2 minutos e 17 segundos de duração.
Ñ é o álbum da Fiona Apple q o amigo märZiano citou na pauta listeira sobre discos de nomes prolixos no último 19 de Maio, mas nem por isso parece horda dada ao comercialismo descarado, hum?
Meiguice encontrada por acaso no Metal Archieves, onde mais?
Nem é o encarte propriamente, mas uma gozação pra cima dos “avisos” (advisory) q falam em sanções por pirataria, citando FBI e etc., dum dvd. Dvd “A Token Of His Extreme”(Frank Zappa), gravado em 1974 e lançado em dvd recentemente (2012). E q recomendo muitíssimo – tem versão brasuca – até como introdução ao universo do sujeito.
É um show pra televisão, diz o encarte de fato, bancado pelo próprio Zappa, q a tv americana em geral rejeitou, tendo passado só em emissoras da França e na Suíça. Sorte deles. Músicos soberbos, fase dos álbuns “Apostrophe (‘)”, “Over-nite Sensation” e “One Size Fits All”. Eis:
“WARNING/GUARANTEE: This DVD contains material whick a truly free society would neither fear nor suppress. In some socially retarded areas, religious fanatics and ultra-conservative political organizations violate your First Amendment Righs by attempting to censor rock & roll albuns. We feel that this is un-Constitutional and un-American.
As an alternative to these government-supported programs (designed to keep you docile and ignorant), Honker Digital is pleased to provide stimulating digital audio/video entertainment for those of you who have outgrown the ordinary.
The language and concepts contained herein are GUARENTEED NO TO CAUSE ETERNAL TORMENT IN THE PLACE WHERE THE GUY WITH THE HORNS AND POINTED STICK CONDUCTS HIS BUSINESS.
This guarantee is as real as the threats of the video fundamentalists who use attacks on rock music in the attempt to transform America into a nation of check-mailing nincompops (in the name of Jesus Christ). If there is a hell, its fires wait for them, not us”.
sons: PRELUDE TO A CRAWL / HENNEPIN CRAWLER / LAST SALMON MAN / ETERNAL CONSUMPTION ENGINE / TRAGEDY’S A’COMIN’ / EYES OF THE SQUIRREL / JILLY’S ON SMACK / LEE VAN CLEEF / MORON TV / GREEN RANGER / HOINFODAMAN / EXTINCTION BURST / SALMON MEN
formação: Les Claypool (vocals & bass), Larry Lalonde (guitars), Jay Lane (drums)
.
O tempo fez bem ao Primus.
E tb seu hiato duns 10 anos, os trocentos projetos-solo, paralelos e/ou co-secantes de Les Claypool (Sausage, Oysterhead, Les Claypool & the Holy Mackerel, Colonel Les Claypool Fearless Flying Frog Brigade, Les Claypool’s Frog Brigade e Colonel Claypool’s Bucket Of Bernie Brains – dos quais nunca ouvi nadinha de nada, mas q desconfio terem podado seu umbigo), o ep + dvd aperitivo “Animals Should Not Try to Act Like People” (com a volta de Tim ‘Herb’ Alexander à horda, q ñ se consumou na seqüência) e tb a saída de Brain ‘Brain’ Mantia da banda.
Creio ñ ter sido só comigo este “Green Naugahyde” chegando sem estardalhaços, nem lançamento nacional por multinacional, meio na miúda. A apresentação brasuca dos caras em 2011 (no SWU) meio q o trouxe por tabela. E a mim, trouxe estranhamento. Tornado fascínio imediato, quando da aquisição do citado artefato.
Ñ sei cravar “Green Naugahyde” como clássico, junto a “Frizzle Fry”, “Sailing the Seas Of Cheese”, “Miscellaneous Debris”, “Pork Soda” ou “Tales From the Punchbowl” (clássico pra mim, pelo menos) – tvz seja questão de TEMPO para tal – mas já o afirmo superior a “The Brown Album”, “Rhynoplasty” e “Antipop”, com absoluta certeza. Por ser álbum sem qualquer dos tantos deméritos dos 3 últimos citados. ‘Brain’, um deles.
Os sons neste aqui têm coesão, a banda mostra-se como banda de fato (só a intro e 2 sons são só do baixista), há elementos novos em termos de PESO e timbres (vocais inclusos) e, no mais, percebe-se o Primus aqui maduro, usando a técnica A FAVOR dos sons bizarros, sem autoparódia, autoindulgência, nem relação suserania e vassalagem Claypool – os outros 2.
Claro q ñ faltam os típicos elementos da banda: sons falando em salmão e/ou pescaria, as letras pitorescas, influências de Frank Zappa e King Crimson a rodo, o baixo às vezes alto demais na mixagem, repetição a tôa dum tema ao final (“Salmon Men”) e 3 sons q poderiam ter constado de qualquer álbum anterior: “Hennepin Crawler”, “The Last Salmon Man” e “Eternal Consumption Engine”.
Este último, enfadonho como a quase totalidade de “The Brown Album”, e o único q ñ curto.
Além disso, “Green Naugahyde” traz como acréscimo traços prog e psicodélicos às composições, como nunca antes decantados. Sons pra viajar, conduzidos até mesmo pela guitarra, a mim são destaque: “Eyes Of the Squirrel”, “Jilly’s On Smack” e “Green Ranger”, dos quais a duração extensa – exceto a da última, praticamente uma vinheta – nada atrapalha, muito pelo contrário. Os caras conseguiram fazer com q viajemos COM OS SONS, ñ com a técnica de workshop meio autista iniciada em “Pork Soda”… pra daí ter virado um casulo q os encapsulou, sem volta.
**
Muito dessa viajeira pode-se tb atribuir ao baterista Jay Lane, q era integrante original (co-fundador; gravou a 1ª demo) e formatador da sonoridade q o Primus consolidou: Tim Alexander o seguiu e aprimorou, Brian Mantia, ñ.
Sua técnica ñ é neilpeartiana como a de ‘Herb’, mas ostenta timbres (splashes, sinos e uso de tom-tons), firulas (semicolcheias em chimbau) e um modo percussionista de tocar q me lembra o subestimado Stephen Perkins (Jane’s Addiction, Porno For Pyros). Tem mais ginga e oferece o elo de ligação pra lá de articulado entre as fritações de Claypool e Larry Lalonde, monstro guitarrístico à paisana como nem Alex Lifeson (Rush) consegue ser.
“Tragedy’s A’Comin'” e “Extinction Burst”, voltando aos sons, trazem um sotaque prog mais acentuado, o q reflete e reitera a tal maturidade q enxergo nos caras aqui: a 1ª tem um inusitado quê de AC/DC (da safra “Ballbreaker”) no riff guitarristico, um elemento classic rock q se amolda à perfeição aos slaps baixisticos alucinados. Puta som, e tvz a única realmente radiofônica, junto de “Lee Van Cleef”.
“Extinction Burst” contém riff de baixo sublime e pesado no qual o som e a banda evoluem junto, paralelamente e colidindo com o mesmo: coisa de louco – se for o caso de se ouvir UM som do disco, tentem esse.
“Hoinfodaman” (composição de Lalonde) e “Moron Tv” – o riff de baixo mais pesado da banda! – prestam-se àquele primo (ops!), amigo ou vizinho mais novo, órfão de System Of A Down e de Fake Against the Machine: ñ derrubarão qualquer governo, tampouco levarão o ‘sistema’ ao colapso, nem gerarão banda com Chris Cornell pra cumprimento de contrato, mas são pesados a vera. Mó pauleiras.
“Lee Van Cleef” parece o hit premeditado. Com louvor. E tem letra fantástica, com variações: “on the big screen they want to see old Clint, they all want to see old Clint/But I want to see Lee Van Cleef, ya know I like to see old Lee”… Num futuro “greatest hits” da banda (num Universo Paralelo e longínquo) constará. Fora isso, gerou um clipe bacana. Procurem no You Tube.
O tempo fez bem ao Primus. E a volta do Primus fez bem a mim. Tomara mesmo q ñ precisem de novos excessos e hiatos pra cometer novas coisas tão boas como “Green Naugahyde” mais adiante. Adiante é onde eles já estão… quero continuar correndo atrás.
*
*
CATA PIOLHO CCXXXII – capistico, Jogo dos 7 Erros:
À luz dum post recente sobre o Savatage, percebi ñ haver órfãos da banda por aqui. Pelo menos ñ daqueles de quilatagem inútil e estéril, q sonham em Jon Bolívia fazer uma turnê-nostalgia brasuca.
Orfandade esta a mim só menos aborrecida q a dos tantos tiozões e tiazonas q sonham em volta de Ritchie Blackmore ao Deep Purple (com Jon Lord numa urna?), ou daqueles/daquelas q chegaram a salivar com o tal anúncio de “novo” disco do Pink Floyd (um catadão de sobras de “The Division Bell”, pra David Gilmour e Nick Mason remanescentes da lojinha ainda tirarem um troco). Enfim…
Folheando uma revista Billboard meio velha (abril/2014) no Sesc Pompéia dia desses, vi o Trans-Siberian Orchestra constando entre os 20 maiores faturamentos do show-business em 2013. Citado em 13º ou 15º lugar.
A matéria afirmava q a banda ganhou 95% do faturamento bruto em 2013, q foi de 12 e meio MILHÕES de dólares no ano fiscal anterior.
Jon Bolívia JAMAIS retomará o Savatage pra tocar no Carioca Club. Deixa o Zak Stevens catar umas moedas em shows pra meio Manifesto…
Savatage nunca foi grande por aqui, caso de banda q acabou pra repararem q existiu. Tirando 1 ou 2 abnegados q conheço (ñ freqüentam esta bodega) q já ouviram Trans-Siberian Orchestra de verdade – eu mesmo ñ o fiz – o q fica é a impressão (só minha?) duma bandinha qualquer tocando músicas de Natal pelos EUA. Os caras são mega-banda, de patamar de faturamento em níveis de U2, Muse, Bruce Springsteen e Justin Biba, doa a quem doer.
Tvz o pessoal q conhece por mp3 o “disco da broca” do Pantera, o “Far Beyond Driven”, jamais conheça a nota no encarte a seguir, pedindo desculpas por fazerem cover de Black Sabbath… Um atestado maiúsculo de babaquice q a mim mostra muito da “integridade” desses caras:
“Planet Caravan – this a Black Sabbath song off of the Paranoid Album. So don’t freak out on us, we did the song because we wanted to. It has nothing to do with the integrity of our direction. It’s a tripped out song. We think you’ll dig it. If you don’t, don’t fucking listen to it.
Discografia exígua, pauta q se vai encerrando. Faltam 4. Dois, pelo preço de um:
melhor(es) de cada álbum
“Power Of Inner Strenght” – “Hostage to Heaven” e “Monster Among Us” “Nemesis” – “Portrait Of Henry” e “Scream At the Sky” “Solidify” – “Stresscase” e “Verräter (Betrayer)” “Incorporated” – “Privilege”
pior(es) de cada álbum
“Power Of Inner Strenght” – ñ tem, mas gosto menos de “The Longest Hate” “Nemesis” – “Myth Or Man” e “Code Of Silence” “Solidify” – “Bug Juice” “Incorporated” – “Prophecy” e “The Gift”
.
QUESTÕES PERIFÉRICAS:
melhor q Slayer? NEM. MAS NOS MELHORES MOMENTOS, TEVE COISAS SUPERIORES À FASE NOVENTISTA DELES
deveriam voltar? Ñ, APESAR DE ESTAREM VOLTANDO. COM OUTRO VOCALISTA…
melhor som parentético: “SAVAGE SEAS (RETRIBUTION)”
pior som parentético: “(BUILT TO) RESIST”
melhor faixa-título: Ñ TEM [apesar de “Hostage to Heaven” conter o título do 1º álbum]
pior faixa-título: IDEM
melhor instrumental: “TOQUE DE MUERTO”
pior instrumental: “BUG JUICE”
melhor e pior formação tanto faz: Lombardo, Sorychta e Chambers constam em todos. Baixista ali era Fred
melhor capa: “Nemesis” pior capa: “Solidify” [mó capa de bootleg]
melhor clipe: “Ostracized” pior clipe: “Curse (Of the Cloth)” e “The Answer”, q são praticamente o mesmo