30 ANOS DEPOIS…


.. o q “ficaram”?
.. o q “ficaram”?
… o q ficou?
… o q ficou?
Mercyful Fate, “9“
Ninguém nunca viu, ouviu, verá ou escutará fã de Mercyful Fate domingo de manhã tocando campainhas e perguntando se as pessoas têm “5 minutos para ouvir a palavra de Satanás”.
O Gospel manda a molecada vender balinha no farol vermelho ou “estudantes” venderem trufas (ruins) pra “pagar faculdade”, quando é de verdade pra pagar dízimo pra pastor. Pastor é pra quem quer pastar.
O Massacration queria muito ser Gospel e não vai conseguir. O Gospel entrega “graças” mediante trapaças e subornos. Quem é Gospel tem nojo da Galeria do Rock e exige q se “respeite sua opinião”. E não respeita a opinião de quem não é do rebanho.
Fodam-se.
Perdi o fio de por que cargas d’água comecei a escrever isso pra falar de Mercyful Fate, mas acho q quem leu já entendeu. Não foram as vozes de King Diamond q me mandaram dizer tudo isso.
Lavrei isto no Instagram outro dia, num intervalo dum atendimento. Lembrei q tenho “9” num pendrive e vou ouvi-lo agora no carro, a caminho do mesmo atendimento.
Amigos märZ, Leo e Danny lá estiveram. Baixista q toca comigo foi aos 3 dias, e parece ter sobrevivido. Outro conhecido pirou com Biohazard.
Parafraseando a mim mesmo: o q ficou do Summer Breeze, afinal?
Vindo pra ficar, pelo jeito. Vide acima o print.
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Não cheguei a me arrepender de não ter ido, mas vou pensar sobre ano q vem.
UOL cobriu o festival e resenhou o Mercyful Fate com propriedade https://www.uol.com.br/splash/noticias/2024/04/28/mercyful-fate-summer-breeze-critica.htm Além disso, rolou uma matéria “família” https://www.bol.uol.com.br/entretenimento/2024/04/28/summer-breeze-tornando-a-experiencia-do-heavy-metal-acessivel-para-todos.htm Parece ter havido um “grau” em relação à “imprensa” do metal nacional.
Parece q o 2º dia foi de “metal não tão metal”, com chance única de se ver In Extremo (muito metal de nicho) e bandas tendendo ao melódico (ressuscitaram o Gamma Ray!). Ao mesmo tempo, rolou Forbidden, Flotsam & Jetsam e Death Angel (tb merecedores de resenha majoritária) https://www.uol.com.br/splash/noticias/2024/04/28/em-show-sem-concessoes-death-angel-mostra-o-que-ha-de-melhor-na-bay-area.htm
Pessoalmente, queria ter visto Mercyful Fate, Overkill com o Junior, Carcass, Ratos de Porão (q Leo me disse ter sido noutro nível de insanidade em relação a shows-Sesc), Zumbis do Espaço e tvz ficasse pendurando entre o Anthrax e o Amorphis.
A venda de ingressos pro ano q vem sem confirmações – e em 2 dias só – parece estratégia de fidelização.
Mas e aí aos amigos, todos reidratados e dormidos: o q ficou?
Lançamentos previstos pro Ano Novo
Algum pra animar?
… o q ficou?
MEUS DISCOS FAVORITOS DE 1983:
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WhatsAppin’: sujeito de algum modo sacou q a maré estava virando e reformulou a proposta. Segredo do sucesso. Metal nacional e bandas há 10 anos gravando disco novo ñ entendem https://whiplash.net/materias/news_703/354860-ghost.html
Aqui na bolha paulistana tenho percebido algum desespero da galera evanjegue em arrebanhar arrombados. Ora ostensivamente enfiando panfleto no peito da gente na Paulista, ora começando a cantar louvores em busão, ora isso https://oglobo.globo.com/cultura/musica/noticia/2023/09/09/the-town-testemunhas-de-jeova-encontram-dificuldade-para-distribuir-panfletos-religiosos-em-interlagos.ghtml
E eu quero é q essa cambada toda se foda.
Sesc Belenzinho, 01.07.23
Foi bom e foi uma merda. Explico:
Show no Sesc Belenzinho sempre bom. Um certo segmento do metal nacional parece estar descobrindo, aliás. Bons preço e horário, boas companhias (namorada + Leo e a Danni), algum merchan pra comprar (peguei o “Demon King”, do Chakal, no final) e nenhum tipo de rolê furado, tipo 5 ou 6 bandas de abertura – festival de tr00 – pra daí tocar a principal. Era só The Mist. Como foi em 2019.
Uma merda pq o som estava HORRÍVEL. Oscilou o tempo todo, da primeira à última nota. E provavelmente por incompetência do técnico de som da banda, já q o equipamento é do Sesc.
A coisa era tão flagrante, q entre o 3º e o 4º som, alguém atrás de nós berrou: “o som tá uma merda, arruma isso aí, ñ dá pra ouvir a guitarra” (sic). De fato, a guitarra era inaudível, fora nuns riffs de início e na parte dos solos, quando o sujeito pisava na pedaleira… e ficava alto demais!
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A banda estava alheia a isso; nitidamente se ouviam no palco. E estavam ensaiados, q bom. E a outra nota ambivalente da noite achei o pouco tempo de show: uma hora cravada, com o bis.
Vladimir Korg pra mim honra o status de lenda. Ñ q seja uma comparação, mas acho o sujeito mais carismático até q Carlos Vândalo, é o mendigo q Max Cavalera ñ consegue ser. E tão envolvido com a camisa de força q usava (e por cima, uma do Eskröta) e com a performance, q umas horas esquecia de cantar no microfone eheh ali como mero acessório. Ñ importa.
(tem o truque de cantar longe do mic tb quando falta voz, mas deixa quieto)
O guitarrista ñ era mais Jairo Guedz, nem o q gravou o ep recente, mas achei competente; o baixista é o fiel escudeiro, membro original, ajudou a agitar; o baterista achei meio fora. Às vezes, sem a pegada necessária (pode ter sido o som ruim), mas principalmente com uma bateria pequena à Lars Ulrich, sem profundidade de som nos tambores. Detalhe.
Sei q o Leo ficou putaço com o som, ele e um monte de gente. Monte de gente q era mais q o Eskröta, mas menos q o The Mist merece – umas 200 pessoas, se muito. Por outro lado, todo mundo muito fã. E majoritariamente velha guarda, exceto o “Lorenzo Black Force Dominho”, de novo ali presente. E ñ acho q faltou divulgação.
Ao final, Korg, o baixista e o guitarrista (tvz tb o baterista) desceram e ficaram trocando idéia com o público. Underground ñ é fuleiragem, marketing se faz assim tb. Korg ñ estava muito comunicativo entre os sons, mas estava bastante emocionado pela 2ª vez ali e soou sincero.
Uma divagação: num dos sons (antigos) consegui perceber influência de Mercyful Fate. As músicas mais novas combinaram com as antigas, o truque do paninho em “Hate” funcionou bem de novo, e foi isso.
Um bom show – pq os caras teriam q estar muito zoados pra fazer um ruim – mas tb uma merda pq o som estava uma merda.
… o q ficou?