20 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
E essa, agora?
Printado do Instagram do Sepultura, sem condições até pra fechar a lojinha.
Macumba do Max? Slipknoia? Conspiremos.
Agradecimentos de Max (Cavalera) ao dono da banda no encarte de “Unhealthy Mechanisms” (2023):
“Igor A. (I’m the proudest father in the world, making records with you is the meaning of success to me)”
Sesc Belenzinho, 01.07.23
Foi bom e foi uma merda. Explico:
Show no Sesc Belenzinho sempre bom. Um certo segmento do metal nacional parece estar descobrindo, aliás. Bons preço e horário, boas companhias (namorada + Leo e a Danni), algum merchan pra comprar (peguei o “Demon King”, do Chakal, no final) e nenhum tipo de rolê furado, tipo 5 ou 6 bandas de abertura – festival de tr00 – pra daí tocar a principal. Era só The Mist. Como foi em 2019.
Uma merda pq o som estava HORRÍVEL. Oscilou o tempo todo, da primeira à última nota. E provavelmente por incompetência do técnico de som da banda, já q o equipamento é do Sesc.
A coisa era tão flagrante, q entre o 3º e o 4º som, alguém atrás de nós berrou: “o som tá uma merda, arruma isso aí, ñ dá pra ouvir a guitarra” (sic). De fato, a guitarra era inaudível, fora nuns riffs de início e na parte dos solos, quando o sujeito pisava na pedaleira… e ficava alto demais!
****
A banda estava alheia a isso; nitidamente se ouviam no palco. E estavam ensaiados, q bom. E a outra nota ambivalente da noite achei o pouco tempo de show: uma hora cravada, com o bis.
Vladimir Korg pra mim honra o status de lenda. Ñ q seja uma comparação, mas acho o sujeito mais carismático até q Carlos Vândalo, é o mendigo q Max Cavalera ñ consegue ser. E tão envolvido com a camisa de força q usava (e por cima, uma do Eskröta) e com a performance, q umas horas esquecia de cantar no microfone eheh ali como mero acessório. Ñ importa.
(tem o truque de cantar longe do mic tb quando falta voz, mas deixa quieto)
O guitarrista ñ era mais Jairo Guedz, nem o q gravou o ep recente, mas achei competente; o baixista é o fiel escudeiro, membro original, ajudou a agitar; o baterista achei meio fora. Às vezes, sem a pegada necessária (pode ter sido o som ruim), mas principalmente com uma bateria pequena à Lars Ulrich, sem profundidade de som nos tambores. Detalhe.
Sei q o Leo ficou putaço com o som, ele e um monte de gente. Monte de gente q era mais q o Eskröta, mas menos q o The Mist merece – umas 200 pessoas, se muito. Por outro lado, todo mundo muito fã. E majoritariamente velha guarda, exceto o “Lorenzo Black Force Dominho”, de novo ali presente. E ñ acho q faltou divulgação.
Ao final, Korg, o baixista e o guitarrista (tvz tb o baterista) desceram e ficaram trocando idéia com o público. Underground ñ é fuleiragem, marketing se faz assim tb. Korg ñ estava muito comunicativo entre os sons, mas estava bastante emocionado pela 2ª vez ali e soou sincero.
Uma divagação: num dos sons (antigos) consegui perceber influência de Mercyful Fate. As músicas mais novas combinaram com as antigas, o truque do paninho em “Hate” funcionou bem de novo, e foi isso.
Um bom show – pq os caras teriam q estar muito zoados pra fazer um ruim – mas tb uma merda pq o som estava uma merda.
Depoimento de Max Cavalera, até então capitão do time, sobre o Black Sabbath no encarte de “Nativity In Black: A Tribute to Black Sabbath” (1994):
“I remember going through some of my father’s things after he passed away and I found the first Black Sabbath album in his record collection. I was really young and I didn’t know what it was, but I liked the cover, so I put it on and I totally freaked out. I’ve been a Black Sabbath fan ever since“.
märZ me passou isto ontem:
Pelo q entendi, a turnê Max & Iggor 25 anos de “Roots” então ñ terá o segundo? Q várzea.
Quase na mesma hora, vi no Instagram do Gastão Moreira o Max convidando geral pro show e dizendo ter ele, o Iggor Cavaléra (tá tacando acento agudo no sobrenome), Dino Cazares e o baixista do Soulfly.
Parece ter algum ruído aí.
Affront, “Angry Voices”
35 minutos e pouco dura esta paulada, e “pouco” é figura de linguagem. Pq acho q todo disco pesado deveria durar isso de verdade.
Tempo suficiente pra se poder assimilar o impacto (em 35 minutos mais?) ou pra se duvidar da veracidade do artefato e pôr pra rolar de novo (“péra aí, deixa ver…”). Dá tempo.
É um trio do RJ praticando um death/thrash bastante competente, bem tocado e produzido, mas ainda bem focado em termos de mercado. Contém duas faixas instrumentais semi-acústicas e som em Português com temática e ritmo regionais (“Mestre do Barro”).
Meio uma “escola Sepultura” visando o exterior.
Por outro lado, uma influência q traz o único defeito deste disco de estréia (fizeram já um 2º, “World Collapse”), pra mim: letras funcionais em inglês, quase tatibitates, à moda Max Cavalera. Com direito a passagens várias e versos já ouvidos/lidos em sons de “Beneath the Remains” e “Arise”, sem comprometer assim tanto.
Passo pano: ninguém q for vê-los ao vivo (e eu perdi de vê-los no Sesc Belenzinho numa era pré-Covid) vai prestar atenção às letras mesmo…
PS – cd q ganhei do Jessiê. Valeu!
DISCOS EM Q A MELHOR MÚSICA É INSTRUMENTAL:
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ADENDO: estendendo conversa off com Leo e märZ. Max Cavalera e seu dom marqueteiro. A manha de (re)criar narrativas. Como “Dead Men Tell No Tales”, deu agora de inventar uma “relação com Lemmy” tb: https://www.revolvermag.com/music/max-cavalera-favorite-motorhead-songs-awkward-lemmy-moments
O q ainda ñ foi dito, o q se mais pode dizer desse verdadeiro homem de família?
Q tem a própria banda, na qual emprega 1 dos filhos na bateria (Soulfly), lança projeto (Cavalera Conspiracy) barra turnê nostalgia (Max & Igggor) quando o irmão tá precisando duns trocados e o Mercado demandando uma volta da ex banda, e q agora faz parte da banda do outro filho?
(tb rende uns trocados em royalties pros desafetos daqui quando toca Sepultura aí pelo worldwide)
Puro altr00ísmo?
Go Ahead And Die é a banda. Disco de estréia autointitulado prestes a sair. 11 sons. Nuclear Blast. Formatos lp (de várias cores), cd, cassete branco e digital, segundo a nota no G1.
[G1!]
Tomei um susto, pq apareceu no meu new Instagram (desde q troquei de celular há 20 dias, recebo em nível bombardeio informações sobre heavy metal como nunca antes) e a princípio achei q fosse zoeira. Ñ é.
Claramente o som é do Igor Amadeus; ñ precisa entender inglês pra sacar q o vocabulário empregado é bem mais amplo q o do pai ahah
Deixo a parte musical para discutirmos abaixo. Por ora, meu total espanto e admiração: tava na hora de desovar Soulfly novo, Max lança algo uma vez por semestre, a agenda é quase implacável. Já tinha participado do segundo Killer Be KIlled (bom?) no anterior, agora vem essa.
Com clipe muito bem produzido, aliás. Max é gente q faz. Empreendedor. Pensa fora da caixinha E dentro da caixinha. Poderia estar por aí vendendo solo de guitarra riff, fazendo live coitadinha ou perdendo amigos por causa de política. Tem bala na agulha ainda. E ñ teme desperdiçar.
Deve ser muito foda ser filho do sujeito. Q ñ demora muito, virão netos. Uma dinastia, um clã.
Há precedentes?
“Leaders Not Followers: Part 2” (2004) contém comentários faixa a faixa, provavelmente lavrados por Barney Greenway. E no q se refere a “Troops Of Doom”, coverizada na faixa 16, segue:
“Perhaps more than any other band covered on this compilation, these brazilian boys need no introduction. To think they almost went supernova – with a name that translates to ‘grave’, amusingly – is pretty incredible when you figure that they were once a straight-up death metal band. This is one of the tracks from that era. Albeit an updated version from their second album proper. Just for a laught decided to try and emulate Max’s brazilian accented singing in places – check out the ‘Un… Dos… Tres… Cuatro’ for good measure“.