Post a pedidos. Do miguxo Rodrigo. Com uns 2 meses de atraso, mas beleza.
Semana q vem, uma 2ª parte. De piores.
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MELHORES CAPAS DE DISCO PRA MIM
(sujeito a eu mudar a qualquer instante)
1.“The Number Of the Beast”, Iron Maiden
2.“To Mega Therion”, Celtic Frost
3.“Seasons In the Abyss”, Slayer
4.“The Devil You Know”, Heaven And Hell
5.“Brasil”, Ratos De Porão
6. “Live Evil”, Black Sabbath
7.“Ageless Venomous”, Krisiun
8.“Youthanasia”, Megadeth
9.“Cause Of Death”, Obituary
10.“Ram It Down”, Judas Priest *
* resenhado por aqui em nov/08
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hors-concours: “Ship Arriving Too Late to Save A Drowning Witch” (Frank Zappa)
“To Hell And Back”, Sinergy, 2000, Nuclear Blast/Laser Company
sons: THE BITCH IS BACK / MIDNIGHT MADNESS / LEAD US TO WAR / LAID TO REST / GALLOWMERE / RETURN TO THE FOURTH WORLD / LAST ESCAPE / WAKE UP IN HELL / bonus track – HANGING ON THE TELEPHONE [Blondie]
formação: Kimberly Goss (lead vocals), Alexi ‘Wildchild’ Laiho (lead and rhythm guitars), Roope Latvala (lead, acoustic and rhythm guitars), Marco Hietala (bass, backing and male vocals), Tommi Lillman (drums)
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O Sinergy é/foi banda q contundentemente prova a tese de q mesmo em países de 1º Mundo ñ basta vc ser bem-relacionado pra emplacar sua banda. Sua líder, “dona”, o q for, Kimberly Goss, foi tecladista de apoio nos primórdios do Therion e do Dimmu Borgir (em épocas em q ou ñ existia o sampler ao vivo, ou em q os comandantes-em-chefe respectivos ainda ñ tinham $ pra comprá-lo); além disso, veja-se os tantos ilustres q passaram pela banda ao longo de sua breve existência, hiatosa já há um tanto, e ainda ñ confirmada como encerrada:
Sharlee D’Angelo (Mercyful Fate [S.U.P. nov/10], Arch Enemy) e Jesper Strömblad (ex-In Flames e Hammerfraude), no álbum de estréia precedente, “Beware the Heavens” (de 1999), o infame Lauri Porra (atual baixista no Chatovarius) ao vivo mais à frente, além da formação neste “To Hell And Back” e no álbum seguinte – “Suicide By My Side” (de 2002) – q incluía meu xará de Tarot/Nightwish e membros presentes e futuros do Children Of Boredom, incluído o Alexi PirLaiho, marido de Goss até 2004.
Saindo da Finlândia (apesar de Goss ser estadunidense) um pouco, rumo ao Brasil: tempos atrás, antes de ter virado o babaca de plantão em reality show de calouro, vi entrevista com o Miranda (aquele!) dizendo q ñ eram os candidatos bons nem os francamente ruins q o incomodavam. Q lhe incomodavam mesmo os medíocres. Pois bem.
“To Hell And Back” acho um álbum medíocre. Mediano. Bem gravado e produzido: realmente distante das produções pasteurizadas – Pro Tools – de tanta banda recente. Feito pra dar certo, contendo até balada (chata. “Laid to Rest”) e faixa semi-acústica (“Last Escape”), com formatação predominantemente power metal. Apresenta ótimos músicos destilando licks, riffs e solos (sobretudo solos), fora bumbadas, q ñ se podem considerar ruins. Mas ñ chama atenção. Ñ se faz digno de nota ruim (minha pretensão inicial era descer o cacete), tampouco de boa. E a mim, por fatores prováveis – até pra dialogar com quem por aqui discordar – q lanço a seguir:
É medíocre por causa da capa xumbrega? Certamente sim; mas ñ só por isso. Por causa dos vocais, inverossímeis (ñ cacei no You Tube pra ver, mas ao vivo ñ deveria prestar muito) e q tb ñ cativam, chegando a incomodar – como em “Lead Us to War” e “Gallowmere”? Claro q sim tb. É álbum deslocado no seu contexto, de bandas de mulheres soprano cantando predominantes, enquanto ele ñ? Sim, tb. Embora tvz pudesse agradar a órfãos de Leather Leone? Tvz, quem sabe.
Mas me é sobremaneira medíocre pelos sons, pouquíssimo cativantes. Ñ q seja muitíssimo clichê ou sufocante em firulices, nada disso: só ñ há aqui 1 mísero riff q grude na memória, uma melodia memoravelmente assobiável ou algum refrão q se saia hormonalmente bradando. Mesmo o cover de Blondie, supostamente mais acessível, tvz seja de som menos pop da banda new wave, só pode. As letras, todas de Goss, tb atrapalham, a despeito de nos 2 primeiros sons a termos quase ofensiva, bravateira, em 1ª pessoa ou nalgum personagem por ela inventada, a até prometer gozar em ver alguém se afogar em medo – “I’ll cum just to watch you drown in fear”, uau! – mas em ousadia abortada, haja visto as demais bastante singelas em apocalipse genérico e em insossas criaturas misteriosas.
Ñ sei se posso reputar tal anodinia como da banda, de fato (tb constante nos demais álbuns. Até pq ñ tive a menor vontade de ir atrás desses), ou só enquanto elemento-mor neste aqui. Faltou, a meu ver, alguém realmente compositor/arranjador (minha viagem é q um Andi Deris faria miséria com o material), ou um produtor q tirasse desse povo algo menos óbvio e genérico. Sons pra indicar? A quem conseguir passar de “The Bitch Is Back” e de “Midnight Madness”, minha sincera admiração pela paciência!
De qualquer modo, à luz do material registrado em “To Hell And Back”, só me resta positivamente apontar a seguinte COERÊNCIA: Goss, musicista de apoio, acabou gerando banda q pouco mais fez q gerar músicas de apoio, de fundo. Pra se deixar ouvindo com visita em casa e mal se saber em q faixa está, ou se o álbum estaria prestes a acabar ou ñ. Pra daí trocarmos por outro.
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CATA PIOLHO CXCIV – ouvia o “Christ Illusion” distraidamente esses dias, quando me deparo com Tom Araya cometendo versão de “Come Together”… Parei, pensei, assustei: “caralho, Slayer coverizando Beatles?”. Nem.
Era a melodia vocal de “Catatonic”, nem tão “Come Together” assim, no fim. Eu devia era estar com sono…
Pauta q pretendia sazonal, meio q a cada 6 meses. E q descobri ter lançado da última vez ano passado (9 de agosto). Tomara q doravante eu acerte!
Detalhe: só valerem álbuns COMPRADOS. Baixados, ñ.
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1. “The X-Files: The Album”, vários 2.“Dead Again”, Mercyful Fate
3.“Dark Ages”, Soulfly [recomprado] 4.“Come On Die Young”, Mogwai
5.“Anorak In the UK Live”, Marillion
6.“Presence”, Led Zeppelin
7.“The Haunted”, The Haunted [recomprado] 8.“Kind Of Blue”, Miles Davis
9.“Time Waits For No Slave”, Napalm Death
10.“The Best Of the Art Of Noise”, The Art Of Noise
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OFF: minha pauta na semana no Exílio Rock foi cronofágica, sobre os 20 anos do “The Laws Of Scourge”. Caso apeteça, compareçam à filial poeirenta do Thrash Com H, em www.exiliorock.com.br/blog
“Global Metal” – Scott McFadyen & Sam Dunn, 2007, Banger Productions/Europa Filmes
estrelando:Metallica, Iron Maiden, Slayer, X-Japan, Orphaned Land, Tang Dinasty, Max Cavalera; duração: 95 min
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Tinha comentado uma vez por aqui (ñ lembro quando) sobre este “Global Metal”, de q vira uns tecos no You Tube e lamentava ñ ter passado, quanto mais sido lançado, por aqui.
Ledo engano e baita supresa: passava por uma Saraiva (vou propor merchan pra eles eheh) 3ª passada e eis q me deparo com este aqui. Em português – legendado ou dublado – a preço ñ tão barato, nem tão caro: 30 contos. Pegar sem pensar, mas sem esquecer de pagar, foi IMPERATIVO. Assim como assistí-lo na mesma noite. Feito.
O q eu tinha ouvido falar, autenticado pela premissa descrita na capa (acima, ñ na do dvd comprado, q contém o subtítulo beócio “A Jornada Continua”… bah!), q fala em “7 países, 3 continentes, uma tribo”, era de ser este um documentário tratando do heavy metal no 3º Mundo. Ñ é bem por aí, embora ñ esteja completamente errada a análise. Ñ é o foco principal, quero dizer.
“Global Metal” inicia literalmente do fim do documentário anterior de Sam Dunn, o excelente “Metal: A Headbanger’s Journey” (de 2005; e tb disponível em dvd. Duplo, com extras), inclusive resumindo-o em seu início (em ótimo expediente para quem ñ o viu), e parte dum espanto levemente antropocêntrico do magrelo: o de se dar conta de o heavy metal ñ existir apenas no eixo América do Norte-Europa Ocidental.
Rincões periféricos do mundo, como a América do Sul (Brasil), a Ásia (Japão, China, Índia e Indonésia) e o Oriente Médio (Emirados Árabes e Israel) tb têm bandas e apreciam o estilo fervorosamente. Daí Dunn parte aos países citados no intuito de observar o q o heavy metal significa em cada logradouro.
Nosso país varonil é o 1º visitado e nobremente contemplado pelos olhos dreadlocks de Max Cavalera e de meu querido Rafael Bittencu (ambos em inglês) e pelo bem-amado Carlos Vândalo (em português mesmo). Dunn vai à Galeria do Rock e ao (agora) finado fã-clube sepultúrico, tira depoimento do Toninho Iron (destacado em foto na contracapa) e dos citados, mas deixa um gosto ralo q nos demais países ñ me ficou: ficando a impressão de o heavy metal por aqui ter sido só um vetor-mor de liberdade e de livre-pensar advindo com o 1º Rock In Rio e fim da ditadura militar em 1985. Cita-se de leve a brasilidade misturada ao metal – via “Roots” – como algo inovador, e pouco mais q isso.
Mesmo assim, ñ deixa de ser memorável Max contando q a partir da capa do “Sentence Of Death” (Destrúcho), ele e Igor, recém-montando a banda, se impuseram à tarefa de ter um cinto de balas tb. Apenas tiveram q FAZÊ-LOS (os q constam na contracapa do “Morbid Visions”) utilizando imaginação e produto facilmente descartável.
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No Japão, tem-se a conclusão de o heavy metal prestar-se à catarse da japaiada, muitíssimo bitolada em trabalhar e em obedecer. Com depoimento dum veterano q fala do desvirginar da Terra do Sol Nascente via turnê do Deep Purple em 1972 (a do “Made In Japan”) e do Kiss (chocando com pirotecnia, ñ com a maquiagem) chegando logo após. Conta com depoimentos entusiasmados de Marty Friedman – e eu nem sabia q ele falava – sobre a abertura q o Japão tem para com misturas sonoras, de sua banda local, Death Panda (!!!), fora empolgado com um certo Visual K, banda hiper-mega-ultra-super poser, q faz o Poison parecer uns mendigos.
Lars Ulrich – e medalhões do metal ocidental tem lá sua quota de depoimentos (até Barney Greenway tem um único, falando da China), meio pra dar uma temperada no negócio. Ou alguém agüentaria hora e meia de desconhecidos headbangers falando? – tem depoimento engraçado falando de presente insólito q os japas oferecem às bandas.
Na China, na Índia e na Indonésia conseqüentemente visitadas, tem-se a leitura do heavy metal como elemento libertador e de livre-pensar em relação à pobreza, à censura ideológica e ao esquema de castas. Curioso ver uma escola de guitarras chinesa: ampli pra todo lado, pessoal tocando sentado em carteiras… Índia e Indonésia curiosamente soaram-me mais próximas à nossa realidade terceiro-mundista: mídia impondo lixo o tempo todo e aqueles q ouvem metal sendo segregados, tratados meio por alto, como fase etc.
Outro momento memorável nesse pedaço ocorre quando tratam – com imagens – da turnê noventista do Sepultura pela Indonésia: foram a 1ª horda banda pesada de fora a tocar por lá, em estádio lotado (o Metallica acabaria indo posteriormente, mas sem desbravar). E achei curioso q nenhum outro Sepultura (nem mesmo o arroz de festa Beijador) tem qualquer depoimento no filme.
A passagem pelo Oriente Médio supostamente contemplaria uma passadinha pelo Irã, no q negaram a entrada de Dunn, e há uma riqueza de depoimentos de Tom Araya, Kerry King e de headbangers nos Emirados Árabes e Israel falando da censura religiosa imposta, das bandas como forma de resistência (pixações do logo do Slayer pelos muros incluídas) e da internet e do download como único meio para se ter as músicas, uma vez q cd’s ñ são encontráveis nesses países.
Nesse pedaço, é memorabilíssima a ENQUADRADA q Dunn dá em Lars a respeito. Tem no You Tube como “Lars eats your words” ahah
O filme termina com uma volta à Índia, onde o Iron Maiden se tornaria a 1ª banda de heavy metal consagrada a tocar por ali, servindo como prévia indireta do próximo documentário do nerd, o morninho “Flight 666” (09), com depoimento genérico de Bruce Dickinson.
No fim, penso q enquanto estudo acadêmico ou antropológico estrito, o documentário – assim como o anterior, bem legal, mas demasiado amplo na proposta – tvz peque em algumas omissões, nalgumas generalizações, em reforçar alguns estereótipos. Por outro lado lado, vejo Dunn como figura já emérita no heavy metal, naquilo q vem legando de documentariar o estilo, os sub-estilos, os impasses, de maneira coerente e vigorosa, como NINGUÉM de qualquer outra emissora, veículo ou bagagem cultural, faria.
Assim, resumidamente: ITEM OBRIGATÓRIO. Corram comprar/baixar essa porra!
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PS – ñ foi erro citar acima versão DUBLADA do documentário. Há a opção no menu, um tanto equivocada, outro tanto vergonha alheia, involuntariamente cômica. Ñ o revi dublado todo, mas a parte inicial no Japão, em q Dunn se depara com o mapa metroviário de Tóquio, dá uma noção da tosqueira: onde, no legendado, se vê Dunn dizer “cara, isso é um sistema de metrô gigantesco!”, dublado virou “cara, o metrô daqui é muito irado!”…
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CATA PIOLHO CXCIII – “Coming Home”: Deep Purple ou Iron Maiden? // “The Preacher”: Testament ou Mercyful Fate? // “Living Hell”: Volkana ou Nuclear Assault?
Embolado pra mim, desta vez. Por conta da coletânea split (caso único?)…
Mercyful Fate/King Diamond
1º som: “Halloween”, q conheci na banda em q tocava, em q o vocalista/guitarrista queria fazer cover. Fizemos. Curti. Do Mercyful Fate, meu 1º som acabou sendo “Come to the Sabbath”, na transmissão da tv Gazeta dos ‘melhores momentos’ dos shows do Philips Monsters Of Rock de 1996, e q me chamou muita atenção por ser IDÊNTICA a “Libertação Feminina”, do Golpe De Estado. E isto apesar de eu já ter assistido (sem prestar atenção) ao clipe de “Welcome Home”, num Fúria Metal.
1º álbum: este “A Dangerous Meeting”, acima, emprestado e gravado em fita em 1996. Tb ainda tenho a fita.
Edição especialmente tercerizada, por Jessiê Machado
“Don’t Break the Oath”, Mercyful Fate, 1984, Roadrunner/Combat
sons: A DANGEROUS MEETING / NIGHTMARE / DESECRATIONS OF SOULS / NIGHT OF THE UNBORN / THE OATH / GYPSY / WELCOME PRINCESS OF HELL / TO ONE FAR AWAY / COME TO THE SABBATH
formação: King Diamond (vocals), Hank Shermann and Michael Denner (guitars), Timi G. Hansen (bass), Kim Ruzz (drums)
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Era quase metade da década de 80, ainda não existia “Rock in Rio” e, conseqüentemente quase nada a nível de metal nacional, nada de internet, nem de informação na televisão, muito menos de mp3. Heavy metal ainda era uma terminologia pouco difundida em terras tupiniquins e pouco se sabia acerca do estilo, sendo que roqueiro era quem gostava de Blitz.
No cenário internacional, Metallica lançava “Ride the Lightning”, o Iron cometia “Powerslave”, Slayer era apenas uma banda com um bom álbum de estréia, e surgia uma banda nova chamada Celtic Frost, das cinzas de outra intitulada Hellhammer, que lançava um álbum obscuro, “Morbid Tales”. O Death Metal ainda engatinhava, e o que se tinha de mais agressivo, fora bandas obscuras, eram o Venom com seu “Black Metal” (por enquanto apenas um nome de disco) e o Possessed.
Essa era a cena metálica mundial, e foi assim que o metal dinamarquês, até então sem nenhuma história no contexto musical pesado, surpreendeu o mundo com o 2º álbum da então desconhecida banda Mercyful Fate. Um nome poderoso. Uma das capas mais impactantes e fortes até hoje. Sendo durante muitos anos uma das camisetas mais disputadas entre bangers do mundo todo.
Rosto pintado não era de todo novidade, pois Alice Cooper fazia isso há décadas, e o Kiss idem: todavia, em ambos casos, era mais pra teatralidade e encenação, enquanto que no caso do vocalista aqui, um certo “King Diamond”, era diferente: tinha uma conotação de medo, de filme de terror, até mesmo de magia negra e ocultimso. Isso chamava muito a atenção: ninguém sabia seu (real) nome, nem visto seu rosto sem maquiagem. Dizia-se que morava em um castelo, que tinha cicatrizes, que cantava com o microfone envolto nos ossos de sua ex-mulher… Uau, não tinha adolescente que não vibrava com tanto mistério.
Embora o que mais chamava atenção não era isso, e sim, a sonoridade única da banda, que foi chamada inicialmente de heavy metal clássico, ou só de heavy metal mesmo.
O disco abre com um clássico de cara, “A Dangerous Meeting”, de uma introdução magnífica (que com o tempo mostrou-se ser a marca da banda), muito trabalhada, riffs fortes e muita variação nas guitarras. Shermann e Denner eram guitarristas muito bons e com uma capacidade criativa invejável. “Quem será o primeiro a cair no transe?”, pergunta King já no início. E, de fato, é difícil não cair no transe que tal reunião perigosa causa. Simplesmente sensacional.
A próxima conta com um trabalho de baixo sensacional: “Nightmare” é uma canção sinistra (como os pesadelos podem ser) e tem uma modificação de ritmo em seu final que a torna ainda mais macabra e tenebrosa. O álbum segue com “Desecrations Of Souls” e “Night Of the Unborn”, na mesma linha de guitarras trabalhadas, muita técnica e uma variação de ritmo sensacional.
“The Oath” tem dois minutos de introdução arrepiante e assustadora, seguidas de um heavy metal muito bom, com os característicos vocais de King Diamond e as guitarras matadoras da dupla Shermann e Denner. Grande música, instrumental sensacional. As guitarras gritam!
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“Gypsy” é uma das músicas com maior variação entre o vocal, digamos, normal… e seu falsete, uma das preferidas de muitos fãs. Novamente com um sensacional trabalho de guitarras.
“Welcome Princess Of Hell”. Uma de minhas favoritas, com destaque para a evolução do baixo, principalmente no refrão. O trabalho de King também é fabuloso, que canta de uma forma diferente, meio rasgada.
“To One Far Away” é uma singela e pequena instrumental, a 1ª da banda, com um leve acompanhamento de King. Serve de introdução e plano de entrada para a próxima, um dos maiores hits da banda.
“Venha, venha para o Sabbath, sob a ponte em ruínas. Bruxas e demônios estão vindo”, “Mais tarde o Mestre irá se juntar a nós chamando pelo coração do inferno”. “Come to the Sabbath”, um clássico da banda, sempre presente em coletâneas e shows. Excelente canção, com muito uso de teclados (até então pouco difundido em som tão pesado).
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No fim das contas, fica aqui um marco do Metal mundial. Algo incomparável: um som pesado e tenebroso, com uma grande e inspiradíssima dupla de guitarristas, um baixista criativo e um bom baterista. Fora, é claro, o inconfundível vocal de King Diamond em sua plenitude. Alguns hoje chamam o Mercyful Fate de black metal, por causa das letras de cunho satanista e até mesmo pela aura em torno de King, mas “Don´t Break the Oath” nunca se resumiu a apenas isso, se tornou discoteca básica de qualquer banger, desbravadores dentro do estilo onde fizeram escola, e nunca existiu nada como King Diamond desde então, gostando-se ou não de seu estilo vocálico.
Mas o que chama a atenção no álbum, além do peso e da atmosfera assustadora e pesada, são as construções das músicas com introduções inspiradíssimas, riffs poderosos, solos bem arquitetados e duelos de guitarras possantes. Um grande álbum, uma grande banda que sempre foi mais do que a banda de King Diamond. O Mercyful Fate tem/teve identidade própria e vida eterna, mesmo que no inferno!
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CATA PIOLHO CLXXXVIII – em tempos de metal brasileiro falindo e imaginário, segue uma imaginação minha (mesmo ñ sabendo se tratar do mesmo designer gráfico) acerca de duas capas tão parecidas de lançamentos über alles recentes.
Pois ninguém haverá de negar a semelhança de propostas entre estas aqui, hum?
e
E fico imaginando a conversa das bandas com o artista responsável:
(bandas, num chat) – Então, cara, entendemos q vc resolveu botar o velhinho numa das capas meio de lado, pra ñ ficar tão igual, certo? Mas tvz tenha q haver mais uns detalhes pra ñ ficar tão na cara!…
(artista) – É assim: mudei a pose do velhinho pra ñ queimar MEU FILME nessa história, fora ter botado barba apenas num, já q estou fazendo tudo a preço de custo, ok? Por conta daquela minha promoção: mesmo baterista, dou desconto. E cheque pra 10 dias. O q mais vcs querem?
(bandas) – Tem como botar os olhos duma capa meio com luz?
(artista) – Acho q já fiz isso: vcs ñ viram os desenhos direito? Abram eles no Firefox, ao invés de abrir no Word.
e, ao fim de 5 longos minutos, com a internet discada dos pobretões demorando a fazer o serviço…
(bandas) – Ah, vimos sim. Legal a sacada. As cores: do Shammerda tudo azul e as do Franga, mais pra vermelho, serão mantidas, né?
(artista) – Sim. Tá no preço. Pintar uma toda de azul ñ encarece nada. Mas o q mais vcs faziam questão, hein?
(bandas) – Tem como botar a tatuagem dum dos velhos na testa e na do “de lado” na bochecha? Pq senão ñ vai dar pra ver!
Passando num sebo aqui perto, me deparei com 3 álbuns do Mercyful Fate, “In the Shadows”, “Time” e “Into the Unknown”. 10 real cada um. No entanto, meu fim de mês permite q eu pegue só UM.