Mercyful Fate
VALE 10 CONTOS
“Parallels”, Fates Warning, 1991, Metal Blade/Reprise
sons: LEAVE THE PAST BEHIND / LIFE IN STILL WATER / EYE TO EYE / THE ELEVENTH HOUR / POINT OF VIEW / WE ONLY SAY GOODBYE / DON’T FOLLOW ME / THE ROAD GOES ON FOREVER
formação: Ray Alder (vocals), Jim Matheos (guitars), Frank Aresti (guitars), Joe DiBiase (bass), Mark Zonder (drums and percussion)
background vocals on “life in still water” by james labrie courtesy of dream theater
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Tal qual o Queensrÿche [S.U.P. set/14], o Fates Warning é unanimemente colocado na prateleira dos “pioneiros” ou dos “precursores” do prog metal. A ressalva é q, nunca na História do rock ou do metal, “pioneiros” e “precursores” significou CRIADORES. Para todos os (d)efeitos, Dream Theater criou e popularizou o estilo. Ame ou odeie-se isso.
E analisar “Parallels” entendo como um bom exercício de como isso se deu. Nas falhas e nas virtudes. Sexto disco dos estadunidenses e o 2º com capa decente, por Hugh Syme, capista desde sempre do Rush – posteriormente requisitado por Megadeth, Iron Maiden e tb… Queensrÿche e Dream Theater – contou ainda com produção de lendário produtor do trio canadense, Terry Brown.
Só q isso ñ tornou a banda o Rush. Nem jamais tornaria. Por conta, sobretudo, das composições prolixas, muitas com jeitão de introduções q ñ se desenvolvem. Predominam os andamentos lentos. Bons músicos ñ são necessariamente bons compositores, Max Cavalera q o diga. E devido às timbragens utilizadas.
“Parallels” seria um disco razoável de hard rock oitentista ou de AOR inovador caso contivesse refrões (refrãos?) (refrães?) grudentos ou linhas vocais marcantes. Apenas “Eye to Eye”, um dos 2 singles, longinquamente se aproxima disso. Infelizmente, a bateria tenta emular um tanto (sutilmente) das eletronices oitentistas do Rush, e mais dos reverbs hard rock, tanto quanto as guitarras, q se ñ soam farofentas tb carecem de PESO.
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Há tempos ñ ouvia o álbum, único q tenho deles, e q comprei por causa da capa e edição japonesa q o dono do estúdio onde ensaio me vendeu barato, e a sensação é de monotonia até “The Eleventh Hour”, q em seus 8 minutos e 12 teria se tornado algo grande (tvz seja: descontem minha limitação de abordagem) caso tivesse tido uma produção realmente noventista… mais Dream Theater. Mais metal. E se alguém tivesse dado um toque ao Mark Zonder de q encher música de viradas atrapalha conseguirmos curtí-la.
“Point Of View”, o outro single e videoclipe com o qual conheci – e gostei – da banda, quebra o marasmo, soa promissora: pena iniciar a 2ª metade do disco e apenas “Don’t Follow Me” apresentar-se no mesmo nível, de som a um só tempo elaborado e empolgante. “We Only Say Goodbye” apresenta trechos legais, como “Life In Still Water” e outros trechos perdidos e infelizmente ñ alinhavados a contento. Pra mim e meu – ops! – ponto de vista.
Ñ é um disco cansativo por excessiva duração: pro tipo de proposta é até bem conciso. Um feito. Ñ acho ruim: só ñ “desce redondo” ou tão de cara, e tvz existam piores dentre os anteriores e seguintes, já q a banda ainda existe (imagino q tocando em lugares – só – na “América” pra raríssimos devotos). Inexistem fritações incômodas e vocalizações irritantes (pouca coisa destas em “Eye to Eye”), e isso tb acho um trunfo. Rola uma elegância e bom gosto generalizados: o q falta em “Parallels”, reitero, é uma qualidade composicional à altura da capa e da produção requintada, mesmo q um tanto retrô. A meu ver.
Ou vai ver o Fates Warning nunca vingou pq os caras são feios.
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CATA PIOLHO CCXLIII – “Force Fed”: Front Line Assembly ou Prong? // “Evil”: Mercyful Fate ou Interpol? // “Set Me Free”: Velvet Revolver ou Dr. Sin?
MELHOR DE CADA DISCO
Homenageemos a horda dinamarquesa:
com a regra de sempre: empate de “2 melhores sons” apenas em 3 álbuns. Ñ mais!
“Melissa” – “Satan’s Fall”
“Don’t Break the Oath” – “Nightmare” e “Come to the Sabbath”
“The Beginning” – “Devil Eyes”
“In the Shadows” – “Is That You, Melissa”
“Time” – “Nightmare Be Thy Name” e “Angel Of Light”
“Into the Unknown” – “Holy Water”
“Dead Again” – “Banshee” e “Crossroads”
“9” – “Insane”
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QUESTÕES PERIFÉRICAS
- Mercyful Fate ou King Diamond? MIKKEY DEE Q ME PERDOE, MERCYFUL
- melhor faixa-titulo? DEAD AGAIN
- faixa-titulo menor? MELISSA
- melhor instrumental: ROOM OF GOLDEN AIR
- pior instrumental: a outra, TO ONE FAR AWAY
- “The Bell Witch” ou “Witches’ Dance”? WITCHES’
- “The Mad Arab” ou “Ktulu (The Mad Arab Part Two)” PART TWO
melhor formação: King, Ruzz, Hansen, Denner e Shermann
pior formação: King, Holm, D’Angelo, Denner e Shermann (a do “Into the Unknown”)
duas melhores capas: “Dead Again” e “Don’t Break the Oath”
duas piores capas: “The Beginning” e “9”
2 melhores clipes: ñ tenho cabedal pra responder. Nunca prestei atenção
2 piores clipes: idem
LARS FALA FALA FALA E EU (Ñ) ESCUTO
Ñ vou copiar o texto. Por preguiça. Bora puxar uma 2ª tela ae, amigos.
De qualquer modo, alguém se surpreende com isso?
Divagações indóceis, por ora:
- certamente o tempo de usar pijama do Diamond Head e cueca do Mercyful Fate já foi. A 2ª ou 3ª esposa deve ter dado pra diarista guatemalteca transformar em pano de chão
- fico pensando em nós, aqui, relembrando os Slayer, Corrosion Of Conformity e Testament lançados há 20 anos… Será q o sr. Ulrich ouviu ou se comoveu com algum deles?
- Metallica mantém o pedestal de ter “cruzado” mídias: sendo a Rolling Stone Brasil emeritamente indie, parece ser o q eles têm por referência de heavy metal
- fico pensando em figuras como Lars, Steve Harris, Tony Iommi, entre outros, naquilo q devem ouvir em casa. Será q ouvem música em casa? Q músicas ouvem? Tvz o gosto musical tenha parado no tempo… O contrário de nós, aqui
D…
OS 10 MAIS, PRA MIM:
- “A”, Jethro Tull
- “4”, Danzig
- “9”, Mercyful Fate
- “3”, Soulfly
- “2”, Black Country Communion
- “D”, Paralamas Do Sucesso
- “7”, Ira!
- “X”, INXS
- “9”, PIL
- “Ó!”, Ultraje A Rigor
BERIMBAU DELUXE
OS 10 BAIXISTAS MAIS SUPERESTIMADOS PRA MIM:
- Sid Vicious
- Peter Hook (Joy Division, New Order, Revenge, Monaco…)
- Jason Newsted (Flotsam & Jetsam)
- Joey DeMaio (Manotetas da Guerra)
- Peter Steele (Carnivore, Type O Negative)
- Nikki Sixx (Mötley Crüe)
- D. D. Verni (Overkill)
- Sharlee D’Angelo (Mercyful Fate, Arch Enemy)
- I. C. S. Vortex (Borknagar)
- Rex Brown (Pantera)
HE’S A WOMAN, SHE’S A MAN?
MÚSICOS COM NOME DE MULHER:
- Jordan Rudess (Dream Theater)
- Olga (Toy Dolls)
- Terry Bozzio (Missing Persons, Frank Zappa, Jeff Beck, suplente no Fantômas e etc.)
- Kim Thayl (Soundgarden)
- Sasha Gerstner (Helloween)
- Alice Cooper
- Pat Torpey (Mr. Big)
- Shannon Hamm (Control Denied)
- Sharlee D’Angelo (Mercyful Fate, Arch Enemy)
- Vivian Campbell (o único cara a falar mal do Dio até hj)