Show no Sesc Belenzinho sempre bom. Um certo segmento do metal nacional parece estar descobrindo, aliás. Bons preço e horário, boas companhias (namorada + Leo e a Danni), algum merchan pra comprar (peguei o “Demon King”, do Chakal, no final) e nenhum tipo de rolê furado, tipo 5 ou 6 bandas de abertura – festival de tr00 – pra daí tocar a principal. Era só The Mist. Como foi em 2019.
Uma merda pq o som estava HORRÍVEL. Oscilou o tempo todo, da primeira à última nota. E provavelmente por incompetência do técnico de som da banda, já q o equipamento é do Sesc.
A coisa era tão flagrante, q entre o 3º e o 4º som, alguém atrás de nós berrou: “o som tá uma merda, arruma isso aí, ñ dá pra ouvir a guitarra” (sic). De fato, a guitarra era inaudível, fora nuns riffs de início e na parte dos solos, quando o sujeito pisava na pedaleira… e ficava alto demais!
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A banda estava alheia a isso; nitidamente se ouviam no palco. E estavam ensaiados, q bom. E a outra nota ambivalente da noite achei o pouco tempo de show: uma hora cravada, com o bis.
Vladimir Korg pra mim honra o status de lenda. Ñ q seja uma comparação, mas acho o sujeito mais carismático até q Carlos Vândalo, é o mendigo q Max Cavalera ñ consegue ser. E tão envolvido com a camisa de força q usava (e por cima, uma do Eskröta) e com a performance, q umas horas esquecia de cantar no microfone eheh ali como mero acessório. Ñ importa.
(tem o truque de cantar longe do mic tb quando falta voz, mas deixa quieto)
O guitarrista ñ era mais Jairo Guedz, nem o q gravou o ep recente, mas achei competente; o baixista é o fiel escudeiro, membro original, ajudou a agitar; o baterista achei meio fora. Às vezes, sem a pegada necessária (pode ter sido o som ruim), mas principalmente com uma bateria pequena à Lars Ulrich, sem profundidade de som nos tambores. Detalhe.
Sei q o Leo ficou putaço com o som, ele e um monte de gente. Monte de gente q era mais q o Eskröta, mas menos q o The Mist merece – umas 200 pessoas, se muito. Por outro lado, todo mundo muito fã. E majoritariamente velha guarda, exceto o “Lorenzo Black Force Dominho”, de novo ali presente. E ñ acho q faltou divulgação.
Ao final, Korg, o baixista e o guitarrista (tvz tb o baterista) desceram e ficaram trocando idéia com o público. Underground ñ é fuleiragem, marketing se faz assim tb. Korg ñ estava muito comunicativo entre os sons, mas estava bastante emocionado pela 2ª vez ali e soou sincero.
Uma divagação: num dos sons (antigos) consegui perceber influência de Mercyful Fate. As músicas mais novas combinaram com as antigas, o truque do paninho em “Hate” funcionou bem de novo, e foi isso.
Um bom show – pq os caras teriam q estar muito zoados pra fazer um ruim – mas tb uma merda pq o som estava uma merda.
e alguma sensação de dèja-vu; mas o campo de busca aqui no blog ñ flagrou prévia ocorrência, daí vai. E se for reprise, combina com o título ahahah
TOP 10 DISCOS DE REGRAVAÇÃO:
“Thrash Anthems”, Destruction
“First Strike Still Deadly”, Testament
“Blast From the Past”, Gamma Ray
“Unarmed”, Helloween
“Re-Kill”, Annihilator *
“The Greater Of Two Evils”, Anthrax
“Let There Be Blood”, Exodus
“Man Is A Jackal 2 Man”, Chakal
“Magic & Mayhem – Tales From the Early Years”, Amorphis
“Sistemados Pelo Crucifa”, Ratos de Porão [pra inteirar 10]
E está a caminho um do Voïvod, “Morgöth Tales” (prometido pra 21 de julho), com regravações de músicas dos 10 primeiros discos (ñ de cada) e uma inédita. Versão japonesa incluirá cover de PIL e 3 sobras do ep “Ultraman”. Ufa. Pra comemorar 40 anos da horda.
*saiu como cd bônus em algumas versões do “Feast” (2013) (como a minha), mas tb saiu em modo digital à parte
Lembrava daquele documentário sobre o metal oitentista mineiro… “Ruído das Geraes”, era isso?
Ñ assisti inteiro, mas a parte do mimimi de marmanjo reclamando “Sepultura saiu e fechou a porta pra nós” sempre me evocou a contracapa de meu “Beneath the Remains” (1989), q relembro e cito aqui.
Chegou na última quinta-feira minha cópia em CD do álbum “Phantasmagoria”, da banda de heavy metal mineira The Mist. Na época que foi lançado, 1989, destacava-se pela caprichada produção musical e visual, e na minha opinião foi um dos melhores lançamentos da gravadora Cogumelo.
Por anos a fio me perguntei o porquê de não ser relançado em formato digital, já que a gravadora havia reeditado quase todo seu catálogo em formato “disquinho”. Minha suspeita era de que havia problemas com a capa. Na época ninguém se tocou, afinal não havia internet, mas o artista brazuca Kelson Frost plagiou na cara dura um trabalho do americano Michael Whelan, que mais tarde ficaria famoso com capas de Sepultura e Obituary. Descobri isso anos atrás, folheando um livro com a arte do americano na extinta Tower Records de Boston.
Quase 30 anos depois, finalmente CD em mãos, creio que estava certo (ou pelo menos cheguei perto): a capa da reedição traz a arte original de Whelan, inclusive com crédito no encarte, e nem sinal da xerox de Kelson. Será que foi tão difícil assim conseguir os direitos autorais? Provavelmente superou todo o orçamento da produção e prensagem.
E pra entrar no clima de cabeça (hoje sem cabeleira), vou ouvindo na sequência:
Chakal: “The Man Is His Own Jackal” Dorsal Atlântica: “Searching For The Light” Attomica: “Disturbing The Noise” Vulcano: “Bloody Vengeance”