THE MIST
Sesc Belenzinho, 01.07.23
Foi bom e foi uma merda. Explico:
Show no Sesc Belenzinho sempre bom. Um certo segmento do metal nacional parece estar descobrindo, aliás. Bons preço e horário, boas companhias (namorada + Leo e a Danni), algum merchan pra comprar (peguei o “Demon King”, do Chakal, no final) e nenhum tipo de rolê furado, tipo 5 ou 6 bandas de abertura – festival de tr00 – pra daí tocar a principal. Era só The Mist. Como foi em 2019.
Uma merda pq o som estava HORRÍVEL. Oscilou o tempo todo, da primeira à última nota. E provavelmente por incompetência do técnico de som da banda, já q o equipamento é do Sesc.
A coisa era tão flagrante, q entre o 3º e o 4º som, alguém atrás de nós berrou: “o som tá uma merda, arruma isso aí, ñ dá pra ouvir a guitarra” (sic). De fato, a guitarra era inaudível, fora nuns riffs de início e na parte dos solos, quando o sujeito pisava na pedaleira… e ficava alto demais!
****
A banda estava alheia a isso; nitidamente se ouviam no palco. E estavam ensaiados, q bom. E a outra nota ambivalente da noite achei o pouco tempo de show: uma hora cravada, com o bis.
Vladimir Korg pra mim honra o status de lenda. Ñ q seja uma comparação, mas acho o sujeito mais carismático até q Carlos Vândalo, é o mendigo q Max Cavalera ñ consegue ser. E tão envolvido com a camisa de força q usava (e por cima, uma do Eskröta) e com a performance, q umas horas esquecia de cantar no microfone eheh ali como mero acessório. Ñ importa.
(tem o truque de cantar longe do mic tb quando falta voz, mas deixa quieto)
O guitarrista ñ era mais Jairo Guedz, nem o q gravou o ep recente, mas achei competente; o baixista é o fiel escudeiro, membro original, ajudou a agitar; o baterista achei meio fora. Às vezes, sem a pegada necessária (pode ter sido o som ruim), mas principalmente com uma bateria pequena à Lars Ulrich, sem profundidade de som nos tambores. Detalhe.
Sei q o Leo ficou putaço com o som, ele e um monte de gente. Monte de gente q era mais q o Eskröta, mas menos q o The Mist merece – umas 200 pessoas, se muito. Por outro lado, todo mundo muito fã. E majoritariamente velha guarda, exceto o “Lorenzo Black Force Dominho”, de novo ali presente. E ñ acho q faltou divulgação.
Ao final, Korg, o baixista e o guitarrista (tvz tb o baterista) desceram e ficaram trocando idéia com o público. Underground ñ é fuleiragem, marketing se faz assim tb. Korg ñ estava muito comunicativo entre os sons, mas estava bastante emocionado pela 2ª vez ali e soou sincero.
Uma divagação: num dos sons (antigos) consegui perceber influência de Mercyful Fate. As músicas mais novas combinaram com as antigas, o truque do paninho em “Hate” funcionou bem de novo, e foi isso.
Um bom show – pq os caras teriam q estar muito zoados pra fazer um ruim – mas tb uma merda pq o som estava uma merda.
Leo
7 de julho de 2023 @ 09:19
Atrasado, mas cumprindo meu dever ético.
Foi o pior som de show que eu vi na vida – incluindo aí o de todos os shows undergrounds de interior.
Afirmação forte demais?
Acho que não. Mesmo bandas que fazem show em calçada de boteco ou caçamba de caminhão com aparelhagem própria, fazem dentro das limitações existentes, podem começar mal e acertam dentro do que é possível. O som do The Mist (fundamentalmente, da guitarra, mas acho que o microfone da voz tb em alguns momentos) nesse dia ficou oscilando, ora alto demais, ora inaudível o show inteiro!
Isso foi inédito pra mim.
Vi o técnico de som fazer falas tentando se justificar, dizendo que tem 40 anos de trabalho. Claro que não acho que faltou empenho ou conhecimento, mas faltou uma solução. Se o problema era dele, da aparelhagem, sinceramente, não sei. Mas, dada a situação, eu acho que valeria parar o show, tentar ajustar a pedaleira ou o que quer que fosse.
O som do The Mist é complexo.
E é muito importante ter tudo equalizado pra fazer jus às composições – que são espetaculares.
Além, sobre a bateria, desde o início vi uma pele adicional no bumbo toda enrugada com a capa do CD novo que acho que ainda abafou o som (achei amador, mas não sou conhecedor suficiente). Marcão disse que esse nem era o principal problema. Eu achei esquisito demais.
Dito isso, show foda com Korg inspiradíssimo! Tive o prazer de cumprimentar o cara no palco depois do show. Um monstro!
E espero um novo show em breve.
Marco Txuca
7 de julho de 2023 @ 20:20
Demitiram o guitarrista, confere?
Leo
7 de julho de 2023 @ 20:43
Na verdade, o guitarrista que gravou o EP voltou de Portugal para o Brasil.
Mas eu não sei se ele voltaria pra banda se justamente a guitarra não tivesse tido tantos problemas nesse show.