Versão agora de lista de duas semanas atrás, voltada a bateristas. Casos de mudança de bateristas para melhor. Às vezes, pra MUITO melhor
(dedicado aos amigos do Wikimetal. Carência de 15 dias, pode ser? ahahah)
RUSH – John Rutsey pra Neil Peart
JUDAS PRIEST – Dave Holland pra Scott Travis
TESTAMENT – Louie Clemente pra Paul Bostaph, John Tempesta, Gene Hoglan, Dave Lombardo, Paul Bostaph de novo e Gene Hoglan de novo. E qualquer baterista q futuramente entrar ou voltar
HELLOWEEN – Ingo Schwichtenberg pra Uli Kusch
IRON MAIDEN – Clive Burr pra Nicko McBrain
MOTÖRHEAD – Animal Taylor pra Mikkey Dee *
DEATH – Sean Reinert pra Gene Hoglan
MEGADETH – Chuck Behler pra Nick Menza
KREATOR – Ventor pra Joe Cangelosi
RAMONES – Marky pra Richie
* desconsiderando “March Ör Die”, pela bagunça de ter tido 3 bateristas, entre os quais o demitido e o futuro, como tb considerando q a volta de Animal Taylor ñ chegou ao nível anterior dele na banda, e q Mikkey Dee deu o gás à horda q a mesma necessitava. Fora já ter gravado bem mais álbuns q Taylor
Continua o álbum q os caras do Depeche Mode morrerão sem ter feito.
E o álbum em q o guitarrista Alex Lifeson, soterrado pela montoeira exagerada de teclados e de pads, teria ficado encarregado mais de trazer café e donuts às gravações, sem reembolso. Ñ fosse o FATO de haver passagens e solos de guitarra muito legais por aqui.
Parece q guitarristas adoram um mimimi.
“Power Windows” pra mim sempre foi álbum menor do Rush. Por conta da montoeira exagerada de teclados. Pelo zeitgeist oitentista maldito dos teclados e baterias eletrônicas em profusão de q os canadenses se serviram. Em “Signals” e no “Grace Under Pressure” anteriores, as coisas foram mais comedidas.
Tvz tivessem q se LAMBUZAR na coisa toda, pra então voltarem às guitarras mais evidentes (na medida, claro, em q Lifeson consegue se evidenciar ante Geddy Lee e Neil Peart…) e teclados mais discretos, o q felizmente fizeram, pra satisfação da maioria dos fãs nerds q, no fim, nunca foram de pistas de dança ahah
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Aprendi a revisá-lo por um único e singelo motivo: por sob aquilo tudo existem canções. Composições. E Neil Peart em seu apogeu como letrista, ora amplamente detonando o capitalismo (“The Big Money” acho de uma hodiernidade desconcertante), ora tratando de Hiroshima (“Manhattan Project”) e das guerras, sempre iguais desde sempre (“Territories”), entre variadas temáticas e leituras de q sempre se serviu.
Ñ o digo tanto por concordar com as críticas nelas contidas, mas por considerá-las muitíssimo bem escritas e suficientemente sinuosas pra Lee brincar com seus 2 hemisférios cerebrais, conjugando o cantar e o tocar como até hoje NINGUÉM o faz. É pra quem pode.
O “Counterparts” eu acho pior. No “Test For Echo” eu acho q faltou inspiração.
E no “Snakes & Arrows” tb. “Power Windows”, pra mim, bate esses 3.
sons: SECOND TO SUN / FICTITIOUS GLIDE / FRAUDULENT CLOTH / LIVE AND LIVE AGAIN / FAUX KING CHRIST / TORTOISE THE TITAN / WHEN THE BEAST / THIRD PERSON
formação: Kelly Shaefer (vocals), Steve Flynn (drums), Chris Baker (guitar), Jonathan Thompson (guitar and bass)
– participações especiais: Jason Suecof (lead guitar on “Fictitious Glide”, “Faux King Christ” and “When the Beast”); Timmy St. John (cello on “Live And Live Again”)
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Cogitei introduzir a resenha tabulando, dentre as inúmeras bandas q voltaram à ativa – incluídas as q o fizeram ao menos uma vez, ou só pra turnês – as q voltaram pior ou igual provavelmente predominando, uma vez q tenho vagas lembranças de bandas q voltaram MELHORES.
[Provável escopo esse a se tornar objeto de listas em sebundas-feiras vindouras. Sei lá]
Fora o Artillery, no “B.A.C.K.”, ou o Celtic Frost, no “Monotheist” (certamente melhor q as porcarias lançadas antes do fim), só me vêm à mente afirmar q apenas o Atheist voltou melhor. MUITO MELHOR.
E em parte por “Jupiter” oferecer a constatação de finalmente a melhoria na tecnologia de gravação tê-los alcançado. Há muito aqui q os caras já fizeram em “Piece Of Time” (1988) e em “Unquestionable Presence” (1991) – e tvz tb em “Elements”, o único q ainda ñ conheço, sequer ouvi – e isso se chama identidade numa banda. Mas há mais: o êxtase adicional de a bateria finalmente ter sido decentemente registrada, sem aquele reverb xexelento oitentista na caixa.
Mas ainda além disso tudo, há a sensação de evolução técnica e composicional a toda prova. Há Kelly Shaefer tornado apenas vocalista (ñ pode mais tocar guitarra por conta duma l.e.r. em nível incapacitante) finalmente focado em ñ apenas vociferar as letras, e sim fazê-las de modos mais versáteis (ñ soa tão o Chuck Schuldiner genérico de outrora). Há um trampo de guitarras primoroso e soberbo (clichê verdadeiro: arsenal de riffs, bases, solos e harmonias inveteradas e vertiginosamente executados). Há um caleidoscópio auditivo nesta bagaça, provável e positivamente ilustrando (“audiostrando”?) o tal conceito de POLIRRITMIA.
A banda ñ precisa ser prog hermética pra fazê-lo. CHUPA DREAM THEATER. Ñ precisa ser chatonilda (e opinei, no Facebook, quando adquiri este petardo, algo como “joguem fora os discos do Torture Squat“. Ainda o acho. E tb os do Pain Of Salvation). Muito menos dada a auto-indulgências ou a músicas às vezes desnecessariamente prolixas – CHUPA MESHUGGAH – ou repletas de rococós: “Jupiter” consegue ser obra-prima em 32’34”.
Pode e consegue ser paudurescente e relevante ao paroxismo. Pode gerar – ao menos em mim, gerou – a vontade salivante de querer ver a banda ao vivo pra, mão no queixo coçando, outra no bolso, ver se conseguem reproduzir os 8 sons daqui. Ñ soa banda ajeitada em Pro Tools. Macetes jazzísticos e progressivos existem, mas são ACESSÓRIOS, realces, em meio ao death/thrash metal enfaticamente praticado com gana. Metal com prog, ñ o contrário.
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Tive uma colega na faculdade q disse ter trocado as pilhas do walkman da 1ª vez em q ouviu Frank Zappa: “Second to Sun” em seu início absurdo e cacofônico me remeteu a isso – pensei q o cd player estivesse dando pau ou o cd estivesse riscado (ahah). “Fraudulent Cloth” (sobre padres pedófilos), por sua vez, tem momentos esquizofônicos insólitos, de parecer q cada instrumento está num andamento e num lugar diferente. É legal isso, no bom sentido.
Nem todos os sons são a mil por hora (blats beats quase nada), nem as guitarras soam sempre iguais (outra grande virtude), tampouco todos os momentos dentro dos sons ficam só na velocidade irresponsável e hormonal doutros tempos: a banda soube dosar partes e dinâmicas (quebradeiras mormente nas bases de solos) q ñ saturam a quem ouve e se deixa impactar (e a vontade salivante de desejar vê-los ao vivo voltou, e reitero).
Claro q o maior destaque – particular, meu, uma vez em q TUDO é destaque – eu atribuo ao Steve Flynn, baterista ainda mais monstro q nos 80’s, e q ñ deve nada a Gene Hoglan (vide a seguir) ou a Richard Christy – CHUPA ICED EARTH – inclusive no sentido de costurar toda a piração. Mas tb pela humildade de dedicar o q fez por aqui a Neil Peart, do Rush, assim devoto no encarte:
“Though he may never know it, Neil Peart deserves the most credit for my playing. It was Rush that inspired me to play in the first place, and any credit or praise I receive should be forwarded to Neil. I simply took what he did and put it to death metal – mixed with a headlthy dose of Gene Hoglan, who taught me how to use the double bass musically!”
Sei lá se concordo com alguma inspiração assim explícita (cacoetes idênticos ainda ñ percebi) no trampo do homem, mas ñ vou discutir Religião com o cara…
O fato é q temos músicos maiúsculos mandando na bagaça. E ñ apenas com vontade de mostrar q sabem tocar, mas sobretudo dedicados a compartilhar um esporro do caralho. Meu desejo por aqui era esmiuçar melhor cada som em suas nuances, particularidades e singularidades, tb em suas letras (repletas de terminologias inusuais/obscuras, várias tratando de mitologia grega – o título do álbum ñ caiu de pára-quedas aqui – astronomia primitiva e, obviamente, ateísmo), mas ainda Ñ CONSIGO. Por ñ conseguir ainda ter uma visão imparcial da coisa, tanto por achar q encontrá-la demorará um tanto.
Além das faixas – chamar de “faixas” parece vão… – q citei, posso dizer ter entre as preferidas ainda “Faux King Christ” (q riff inicial!) e “Tortoise the Titan” (sobre tartaruga mitológica). As outras são só “menos preferidas”. Embasbacante é pouco.
Bem, e mesmo q eu ñ consiga convencer ninguém da magnificência deste álbum, fica ao menos a sugestão pra q se o adquira pela CAPA. Q nalguma versão em vinil só deve ser ainda mais estupenda.
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CATA PIOLHO CCV – ñ lembro bem quando, provavelmente nalgum “Cata Piolho” de antanho, de conversarmos sobre influências megadéthicas indiscutíveis no trampo do Arch Enemy. E em q pese terem tentado disfarçar (com timbragem e palhetadas ñ tão idênticas), quem se atreveria por aqui a discordar q “Shadows And Dust” ñ veio de “A Secret Place”??
Tinha visto a versão importada (e cara) na Galeria do Rock outro dia; daí meu espanto pela surdina e versão digipack mais ace$$ível (35 paus) disto naquela loja de sempre de q faço merchan involuntário.
Alguma crítica em relação ao demasiado despojamento da embalagem brasuca deixo pra semana q vem, num post em q juntarei a ranhetice com a do Krisiun novo. Por ora, observo se tratar de coisa da Banger Films, do magrelo Sam Dunn e parceiro Scot McFadyen, q fora estarem em todas ultimamente (o dvd motörhéadico recém-lançado, de show no Chile, tb é deles. Pena ñ terem cometido o documentário “Lemmy”), meio q já consagram um ESTILO de filmar q curto pra cacete.
De closes, ângulos e cortes inusitados, tipicamente coisa feita por fã. Porém profissionalmente. De fã pra fã, exalando cumplicidade, ao invés daquelas mesmas filmagens austeras e convencionais de sempre.
Pra exemplificar: solinho no meio de “Tom Sawyer”. Pra q filmar Neil Peart cometendo-o pela 7341ª vez, meio q já se sabendo até quais rugas na testa do sujeito se mexem? Filmaram, no momento, o monte de nerd na 1ª fila fazendo-o no ar, sem noção.
Genial. Perfeito. E assim vai o show inteiro.
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O maior mistério neste “Time Machine”, entretanto, foi rastrear aonde daria um ASTERISCO feito em “Presto”, 3º som do set. Descobri-o num rodapé do encarte, em mensagem deixada por Geddy Lee, por mim assim traduzida:
“Durante o solo de guitarra em ‘Presto’, houve um imprevisto ‘peido mental’ de minha parte, daí q por consideração à continuidade do material (e tb pra salvar minha própria pele), preferível a deixarmos fora o som escolhemos consertá-lo com alguns poucos segundos de meu desempenho ao vivo nele dum outro show” – Geddy
Quer dizer: já ñ bastava ter presenciado Peart ERRANDO no show em 2010 – e todo meu esforço empreendido em tirar sua estátua de debaixo da minha cama e arrebentá-la a marretadas, pra substituí-la por uma do Aquiles Priester – agora vem, da boca (+ nariz) do próprio, q Geddy Lee errou num show???
Geddy Lee ERRA? Puta merda!
Ñ queria ter q começar a idolatrar o sem pescoço do John Myung ou o baixista fodaço q deve estar tocando com o André Chatos neste momento glorioso momento da carreira do muso, por isso resolvi mencionar:
Caralho, em pleno 2012, haver menção dum erro e correção em material ao vivo? Achei do caralho!!
(Ainda q se ñ o anunciasse, provavelmente o You Tube o delataria. Mas tudo bem. Vou na humildade do sujeito. Foda, foda)
E o de sempre: empatar 2 melhores sons em, no máximo, 3 álbuns. Sem STJD nem habeas corpus.
Minha lista:
“When Dream And Day Unite” – NENHUMA! DISCO CHATO DA PORRA “Images And Words” – “Pull Me Under” e “Metropolis” “Live At the Marquee” (ep) – “Pull Me Under” “Awake” – “6:00” “A Change Of Seasons” (ep) – “A Change Of Seasons” “Falling Into Infinity” – “New Millennium” “Once In A LIVEtime” – “Peruvian Skies” “Metropolis Pt. 2 – Scenes From a Memory” – “Beyond This Life” “Live Scenes From New York” – Ñ TENHO “Six Degrees Of Inner Turbulence” – “Six Degrees Of Inner Turbulence” “Train Of Thought” – “As I Am” e “Honor Thy Father” “Live At Budokan” – “As I Am” e Keyboard Solo “Octavarium” – “I Walk Beside You” “Score” – “Another Won” “Systematic Chaos” – “Prophets Of War” “Black Clouds & Silver Linings” – Ñ TENHO
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QUESTÕES PERIFÉRICAS OUTRAS:
* a banda vingará sem Portnoy? ESPERO Q SIM. E SE SIM, FICARÃO MAIS FOCADOS EM MÚSICA Q EM UMBIGO BATERÍSTICO
* deveriam tirar o Gralha LaBrie? NEM. É A CARA DA BANDA
* melhor cover: “DAMAGE INC.” COM O VOCAL DO NAPALM DEATH. NUM HOME VIDEO AE
* irão cometer um “Metropolis 3”? SE A BANDA Ñ MAIS VINGAR, TVZ. ACOMPANHADO DO KIT “VOLTA PORTNOY”
* John Myung tem pescoço? PARECE Q Ñ
* Portnoy melhor q Neil Peart? ATÉ É. NO ENTANTO: 1) PORTNOY Ñ TEM UMA ASSINATURA, UM “SOM” DELE; 2) PEART Ñ É, NEM NUNCA FOI, UM MEGALÔMANO EGÓLATRA; 3) PEART VEIO ANTES. HAVERIA PORTNOY SEM ELE?
3 melhores capas: “Train Of Thought”, “A Change Of Seasons” e “Live Scenes From New York (eheh) 3 piores capas: “Falling Into Infinity”, “Score” e “Once In A LIVEtime”
3 melhores clipes: ñ tenho cabedal para opinar 3 piores clipes: idem
sons: MY FAVORITE HEADACHE * / THE PRESENT TENSE / WINDOW TO THE WORLD / WORKING AT PERFEKT / RUNAWAY TRAIN / THE ANGELS’ SHARE / MOVING TO BOHEMIA * / HOME ON THE STRANGE * / SLIPPING / STILL / GRACE TO GRACE *
formação: Geddy Lee (basses, voices, piano, guitar, programming, percussion, shining), Ben Mink (electric and acoustic guitars, violins and violas, programming, wheezing), Matt Cameron (drums)
participações especiais: Jeremy Taggart (drums on “Home On the Strange”), John Friesen (cellos on “Working At Perfekt”), Ed Wilson (additional programming), Chris Stringer (additional percussion), Waylon Wall (steel guitar on “Window to the World”), Pappy Rosen (backward vocals on “Slipping”), Duke (dog)
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Geddy Lee ñ é só o rostinho feioso de bruxa velha q no Rush toca baixo pra cacete, teclados razoáveis e mantém – embora atualmente em tons bem menos estridentes – a voz mais controversa e “ame ou odeie” de bandas, mesmo q ñ power trios, em todos os tempos. É tb, segundo impressões q eu tinha, e q confirmei em “My Favorite Headache”, o LÍDER da patota canadense.
Tal impressão eu sempre nutri ao ler/ver entrevistas da banda, com eles – e sobretudo Alex Lifeson – atribuindo a Lee o papel de arranjador, de sujeito q sabe bastante de harmonias, arranjos. Hmm… E este álbum solo, passado um tanto batido (ñ fez, como o Lifeson ousou – em “Victor” (de 1996) – cometer algum clipe, nem lançar “música de trabalho” dele) acaba sobremodo atestando isso. Pois, mais q o álbum solo do colega guitarrista, PARECE DISCO DO RUSH.
Nem poderia ser de outro modo, afinal a voz é a mesma, e idêntica a timbragem do Fender Bass. E dos teclados tb. Vários dos sons eu tinha de memória remeterem ao, pra mim mediano, “Test For Echo” – álbum rushiano imediatamente anterior a MFH – e ainda mais: a um “Test For Echo” melhorado.
Ñ é bem o caso, e ao revisitar o álbum pra cometer o presente S.U.P., vejo-o mais como um elo de ligação entre discos do Rush, já q contém partes q tb remetem ao “Vapor Trails” (2002) seguinte, de consolidação do luto de Neil Peart e encerrador do período de 4 anos sabáticos em q os canadenses estiveram parados enquanto o baterista rodava de moto EUA, México e parte da América Central para elaborar a dor das mortes súbitas e próximas de esposa e filha.
(Episódio esse magistralmente – e sem qualquer apelação – visitado no documentário “Rush: Beyond the Lighted Stage”)
A faixa-título inicial contém elementos de ambos – o anterior, como o posterior – como tb engana um tanto, uma vez q os 15 segundos iniciais, dum baixo na cara e agressivo, prometem álbum em q Lee tvz se soltasse ainda mais como baixista. Resolvesse mostrar ao mundo a categoria e refinamento fora do consensual de sua banda-mor. Como shredder bassist ou coisa q o valesse. Ñ é bem assim q ocorre: Lee preferiu extravasar por aqui seu lado compositor/arranjador. E estivesse “My Favorite Headache”, faixa, em “Test For Echo”, ou mesmo no “Counterparts” anterior a esse, acho q seria destaque. Como acho por aqui.
Os outros 3 sons acima asteriscados, indicativos de melhores do álbum pra este q vos bosta (digo, bloga), tb contêm passagens e elementos arrojados, q se fossem sons instrumentais eu acharia ainda melhores. Sendo os sons de maior referência ao Rush ostensivamente técnico – compassos compostos inclusos – abandonado em meados dos 80’s. No q se tem q destacar os parceiros de ocasião do sujeito aqui: Ben Mink, q havia sido dos RARÍSSIMOS músicos de fora do trio a participar dum álbum deles (fazendo violinos em “Losing It”, do “Signals”), cumpre bem o “papel” de Alex Lifeson, pouco destoando em relação aos momentos mais psicodélicos ou esquisitos deste. O trampo guitarrístico vai muito na linha do Lifeson no Rush: coadjuvante, mais afeito a texturas e dedilhados q a escalas (vez ou outra um violãozinho complementar), e de solos muito breves, nada shredders.
Matt Cameron, por sua vez, cumpre a função de baterista virtuoso enrustido, fazendo o habitual de seus tempos de Soundgarden ou do disco solo de Tony Iommi (o tb de 2000 “Iommi”), ou seja, tocando bateria pra cacete de modo a parecer estar tocando qualquer coisa de qualquer jeito. Dando impressão de ter sentado na bateria meio na hora de gravar mesmo e gravado meio qualquer coisa q lhe ocorresse no momento. Rastros dessa simplicidade complexa Neil Peart acabou cometendo em “Vapor Trails”…
Ñ dá pra falar em músicos substitutos ideais pruma turnê rushiana, caso Lifeson e Peart ñ pudessem comparecer, q é heresia braba (e Lee ñ o faria, de qualquer modo), mas num mundo paralelo – aquele do Super Homem Bizarro – tvz tenha acontecido.
Divagação.
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Gosto de “Grace to Grace” por parecer Rush – TODAS as 11 músicas parecem – embora contenha mínimos diferenciais chamativos: a guitarrinha de timbragem jazzística, além de conter solinho com slide e uma programaçãozinha interessante e sutil, aliadas ao peso. De “Home On the Strange”, por conter umas firulinhas, fugir ao padrão das músicas todas de mesma formatação, muito próximas ao Rush de fase “hard prog” (conforme denominação da Wikipédia) – período iniciado em “Vapor Trails”, ainda atualmente vigente. E de “Moving to Bohemia” pelo mesmo motivo de “My Favorite Headache”: vejo (ouço)-a como som q constando em álbum do trio matriz ñ faria feio.
Ñ gosto de “The Angels’ Share” e de “Slipping” por serem as mais melosas (ñ chegam a ser baladas no sentido pop/comercial do termo): pra mim, as piores do trampo. A 1ª baseada em violões (e com violinos, q melam ainda “Working At Perfekt” e a mesma “Slipping”), contém O MAIOR POBREMA DO DISCO – e do Lee no Rush ultimamente, pra mim – o das dobras vocais. Ñ me agrada Lee cantando grave tendo ele mesmo agudo ao fundo: poderia fazê-lo mais a contento com o gordinho (no trio) e aqui no álbum com alguma cantora, pra dar melhor efeito.
As q ñ acho as melhores nem as piores, dão na mesma falar mal ou bem. A redundância vai ameaçando o S.U.P., por isso lanço só mais 2 aspectos:
As letras ñ vêm no encarte, sendo “My Favorite Headache” dos primeiros casos de q me lembro de álbum complementado por site. Há o aviso de q pra lê-las, visitemos www.myfavoriteheadache.com, o q tentei fazer, em vão: ñ sei se ñ está mais no ar, ou se fiz coisa errada (provavelmente a 2ª opção), mas encontrei as mesmas no Metal Archieves e o q posso dizer é serem elas letras sóbrias comuns, reflexivas acerca da vida e de relacionamentos do sujeito, etc. e tal. Ñ muito diferente – oh! – das do Rush cunhadas por Neil Peart.
Tvz se possa dizer serem mais simétricas, mais ligadas às melodias, e ñ encontrei nenhuma q realmente se destacasse, a ñ ser a de “Home On the Strange”, q fala sobre um “ícone canadense” q “dorme com uma serra elétrica”, “com a roupa do corpo”, “ñ gosta de falar”, nem de “mudanças” e q “gosta de trabalhar com suas mãos”, fora ser “um homem apolítico”. Q me deixou seriamente intrigado sobre ser homenagem ou crítica a Peart em seu auto-exílio (citado acima), ou algum auto-retrato bisonhamente engraçado (canadense tem humor esquisito, afinal de contas).
E minha conclusão é a de “My Favorite Headache”, disco solo discreto, se prestar a algumas coisas. A Geddy Lee, como peça de currículo (vai q ele resolve procurar vaga noutra banda… pode servir), a fãs incondicionais de Rush, como peça cult – de integrante da banda cult mais adorada no mundo – a ser especulada em fóruns (em discussões, p.ex., acerca de quais sons melhor caberiam em álbum do trio-mor), a fãs ñ tão xiitas de Rush como mais um item de coleção, sujeito a críticas e a audições ocasionais (meu caso), e a quem ñ suporta Rush, como prova cabal de q nem em carreira solo se consegue aturar o Geddy Lee ahahah
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Tivesse pelo menos UM som instrumental!…
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CATA PIOLHO CLXXXVII – “My Apocalypse”: Arch Enemy ou Metallica? // “The Legacy”: Testament ou Iron Maiden? // “Kill It”: Fight ou Helloween?
Ontem à tarde aproveitei uma folga pra – tentar – ver isto aqui, q peguei emprestado do amigo Eric:
Empréstimo esse motivado por eu querer tirar a prova sobre valer ou ñ a pena comprá-lo num sebo (é duplo) a 20 contos. Nem vi o show (dvd 1) inteiro ainda, mas meu veredicto ainda é NEM.
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O post é pra eu querer saber por q raios se fala tão bem desse Rage, de q parece q passei muito bem os anos sem adquirir sem qualquer um de seus 20 discos.
Vou achando tudo muito chato. Show padrão pra dvd, repleto de sons (duvido q toquem 26 músicas num show habitual), com platéia entregue (claro, tudo fã), produção simples e sensação de pouca coisa acontecendo.
Pouco vi de algum riff MARCANTE. Apesar de ter curtido uns tecos de “Unity” e “Refuge” (som onde parei de ver). “Set the World On Fire” soou legal, mas o vocal chato arruína. Baixo, mal se ouve (embora mais que no “Live At Budokan” do Ozzy, e no “And Justice For All” ahah), fora o vocal repetitivo e maçante do sujeito (Peavy Wagner) estar claramente corrigido – ñ se percebe nem o cara respirando!
O q muito se fala desses caras é um dos maiores CLICHÊS do metal: “ah, mas o Mike Terrana toca muito”. É mesmo?
Ñ vou desmerecê-lo. Nem no solo baterístico, “Anarchy” (presunção, hein?). Pois se já acho solo de bateria chato pra caralho (mesmo os do Neil Peart, já passei da idade e do peso), imagine o do sujeito pretensioso em questão.
Repleto de técnica e de malabarismos, verdade. Faz direitinho os rudimentos indo do devagar ao rápido, e do fraco ao forte. Mexe as baquetas entre os dedos, e no alto, tudo certinho, claro e definido. Mas ñ me soa criativo.
Muito menos nos sons. Q parecem comandados pela guitarra, cheia de “bululus”, demasiado saturada (sufocando, inclusive, o som do Terrana) e tão impregnada de efeitos q tornam a audição CANSATIVA. Muito alta e tvz com alguma extensão midi, já q vez ou outra alguma harmonização fantasma comparece ou tecladinho misterioso se mostra.
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Sei lá: impressão é de serem banda de gente q TOCA MUITO, mas q ñ sabe compor uma música legal. Me remeteu ao Dr. Sin, ñ como som, mas como músicos acima da média q ñ conseguem compor músicas à altura da técnica. E com baterista melhorzinho, embora a mim cansativo tanto quanto.
Ainda tem o dvd 2, de 11 clipes, 4 sons extra ao vivo (de outros shows) e 4 documentários pra ver, q ñ sei se terei disposição.
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Enfim: alguém por aqui é fãzaço da banda pra me repreender e contra-blasfemar orientações de caminhos a seguir de COMO OUVÍ-LOS?
Meus preparativos pra este show foram: 1) faltando 1 mês, nada mais de ouvir Rush. Pra criar expectativas; 2) ñ, nunca, jamais olhar o set-list da turnê. Pq seria certamente o mesmo dos shows aqui, e pra ñ estragar surpresas.
Infelizmente com relação à 2ª medida, falhei um tanto: passando o link pra Patroa, pra q ela contasse o número de sons do show (foram 25, fora os 3 filmes), acabei vendo 1 (“The Spirit Of Radio” na abertura). Tb já havia desavisadamente lido q constariam “Time Stand Still” e “Presto” no repertório, assim como os 7 sons do sacrossanto “Moving Pictures”, a serem apresentados na íntegra e na ordem.
(e viva o Pink Floyd pela idéia gerada lá no “P.U.L.S.E.”!)
A sexta-feira já seria um dia ingrato pra qualquer show, ainda mais lá na Bambineira – q fica longe pra cacete, fora de mão e sem metrô perto – quanto mais em véspera de feriado prolongado. Resultado: uma preliminar nada animadora de duas horas e meia de trânsito (com escala no trampo da Patroa) até chegar ao Panetone, fora a caminhada de meia hora de onde deixamos o carro (livre de flanelinhas) até o estádio.
Em lá chegando e entrando, ia entrando no clima adquirindo o Tour Book da banda, pro q já estava prevenido: 50 conto num livro de fotos (da turnê anterior, “Snakes & Arrows”) caprichadas, com direito a texto do próprio Neil Peart antecipatório do “Clockwork Angels” a sair ano q vem. Com direito a idéias, conceitos e prerrogativas.
Lojinha mercenária de merchan oficial com direito a camisetas a 70 contos (!! – esperei a saída pra pegar a minha na rua, a 25) e até a calcinhas com logo da banda.
Frustração preliminar final: chegar na tal Pista Premium, com direito a pulserinhas, e q custou caro pra caralho e Ñ HAVER CADEIRAS. Monte de gente q pagou caro amontoada em pé. Pior pra Patroa, q é baixinha. Enfim.
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E falar de show da banda preferida é foda. Recorro ao mesmo expediente clichê da resenha q fiz do Therion: ñ haveria como haver show ruim do Rush. Nem q quisessem, os caras ñ conseguiriam.
Pq fui pra gostar, obviamente, mas o contexto e as situações deste 2010 me deixaram diferente em relação ao show de 2002, da turnê “Vapor Trails”, gerador do cd/dvd “Rush In Rio”. Ñ tive, como lá, um embasbacamento em relação ao Alex Lifeson (quando descobri q, sim, toca pra cacete) ou encantamento pra cima do God Lee e sua técnica pessoal de tocar baixo, coçando-o.
Ou pra cima de Neil Peart, de quem já gastei anos e seguidas audições decompondo, analisando, entendendo (mas jamais conseguindo fazer) e etc. O ESPANTO desta vez foi com a PRODUÇÃO do show: os caras ñ economizam num palco, em luzes, em som, em filmes, em vídeos e em pirotecnias.
Nego fala q show da Banda Beijo gera lágrimas por conta dos fogos de artifício… Bah! Disneylândia isso. Produção de show do Iron Maiden tb é de responsa, mas trata-se duns panões gigantes arrastados pelos roadies pra lá e pra cá. E uns foguinhos em momentos ensaiadinhos estourando.
Produção dessa “Time Machine Tour” rushiana é dum outro patamar.Telão absurdo, em q mesmo as molduras eram projeções; amplis de guitarra meticulosamente cunhados pela Hughes & Kettner pra parecem rádios antigos; fumaças e fogos em momentos estratégicos (na nova, fodida, “BU2B”, davam impressão dum PALCO VIVO); piada interna de máquina de fazer salsicha no lugar dos amplis do God Lee; bateria toda desenhada pra parecer a um só tempo moderna e vintage, em q mesmo os pratos têm relógios desenhados. Uf!…
Mas nada disso seria porra nenhuma ñ fosse o SOM, q achei muitíssimo melhor ajeitado q em 2002: até os aros de caixa – como em “Stick It Out” – pareciam bater no peito; guitarras altas (embora em “Tom Sawyer” eu ñ tenha ouvido bem o Lifeson), baixo e vocais e teclados idem. E se ñ fossem os SONS.
“Time Stand Still” foi grata surpresa, assim como vibrar com o refrão “Sigourney Weaver and the places that surround me now” ahah; na seqüência, enquanto tocavam a ñ tão bem recebida “Presto” (fãs de Rush adoram odiar “Presto”, álbum, ainda), fiquei pensando no quanto esse álbum, q acho tão melhor – em sons e em som – q o incensado “Counterparts”, mereceria uma redescoberta geral… sobretudo pela faixa-título praticamente ter o mesmo molde mid-tempo das do “Snakes & Arrows” executadas e melhor recebidas, como a “Workin’ Them Angels”, chatinha, seguinte.
A 1ª parte do show, de 11 sons iniciais, ainda me agradou com a “Leave That Thing Alone” (no q valeu o torpedo do amigo Pagé!), executada sem brechas pra solo baterístico como da outra vez, “Stick It Out” (mesmo um tantinho arrastada em andamento, característica ao vivo do virginiano Peart, q puxa os sons um pouco ‘pra trás’ pra q, se acelerarem na empolgação, ainda assim fique no andamento original) e “Marathon”, única da fase tecladeira ostensiva tocada no show.
E despida daquele paredão tecladístico, q a deixou com uma cara mais visceral. No q percebi nos caras uma tendência a fugir, ainda q de leve, da rigidez de execução de outros tempos. Pois a mesma “Marathon” teve trechinho de volta ao vocal levemente estendido, assim como a “Presto”, em q Lifeson parece ter escolhido tocar uns riffs e ñ outros, deixando os sons com jeito quase espontâneo.
Aí veio o 2º filminho dos caras se zoando – interpretando o próprio empresário, p.ex – e dando o conceito da “máquina do tempo” da turnê. Q ñ foi o duma turnê nostálgica, de só tocarem sons das antigas, mas tb o de tocar músicas do presente e do futuro álbum. Ponto pra eles pela sacação. E daí veio o “Moving Pictures”, momento de maior comoção.
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Q nem foi de tanta novidade: 3 dos 7 sons já tinham sido tocados em 2002, e praticamente 2 é q soavam novidade (embora “Vital Signs” tenha sido tocada na turnê VT). “The Camera Eye”, jamais executada pelo trio ao vivo, é q foi o bicho. Era a q eu mais esperava tb.
E veio a contento, com telão complementando imagens e clima de fãs completamente entregues. Por outro lado, foi momento de eu perceber (ñ só eu, né, Cotô?) OS CARAS ERRANDO!
Na volta pro tema principal da música, lá pelas tantas, Peart voltou e sei lá qual dos outros 2 ñ voltou exatamente junto, ficando aquele átimo de 1 a 2 SEGUNDOS em q tiveram q se ajeitar, se encaixar.
Mesmo q tenha sido ensaiado isso (eheheh), achei do caralho. Pq derruba um pouco o mito da técnica e execução über alles. Peart tb se mostrou HUMANO em 2 instantes característicos de jogar baqueta pro alto, em q a mesma ñ voltou, ou caiu longe, e ele teve q catar outra!
Passado o “Moving Pictures” executaram “Caravan”, nova, q ainda ñ consegui prestar a devida atenção (e q pra mim perde pra outra), e fecharam com “Far Cry”, desdizendo impressão sobre despojamento em “Marathon”, acima, já q munida de pedal harmonizador de vocal pra estrofe (dava pra ver God Lee o acionando e desapertando) e duma guitarra base misteriosa – ou seria o baixo assaz distorcido? – acompanhando o solo esquisito. Puta som, em q minha crítica vai a ñ terem tocado “The Main Monkey Business” ou “Spindrift” do mesmo álbum, ficando “Workin’ Them Angels” e a mais ou menos “Faithless” representando S&A.
O bis veio com “La Villa Strangiato” executada primorosamente inteira, e com uma introdução forçosamente datada, em tecladinho abafado (a laMen At Work) e batida claramente oitentista. Denotando humor dos caras em ñ ficarem reféns mesmo dos sons mais arrojados; e tb ñ incorrendo em erros de “piorar” as músicas cometendo medleys com as mesmas.
“Working Man” no final, é pra eles emblemática, e fechou o ciclo da máquina do tempo, por ser o som mais antigo do set. (Aliás, de sons setentistas, foram 4 só. Muita gente deve ter dado pela falta, mas eu achei legal). Contando com uma execução reggae até sua metade.
No fim, foram 3 HORAS dum puta show, em q me desapontei apenas com a insistência duns sons q acho q poderia nem mais ter (“2112 Overture/The Temples Of Syrinx” – apesar da brincadeira caracterísitca, duns seres aparecendo com escada pra jogarem galinhas e gatos na máquina de fazer salsicha) ou q já dei meio uma enjoada (“Freewill” e “Closer to the Heart”, apesar da intro violonística belíssima nesta, q veio na seqüência do solo baterístico), e tb com o clima ali onde estávamos, repleto de gente ñ tão entusiasmada, gente perdida (muito filhinho/filhinha de papai ali só pq tinham grana pra tal, alguns mais entretidos em pegar cerveja a 5 conto dos isopores pentelhos de vendedores idem) e fãs de site nerd (o t4e) q pareciam mais entretidos em se verem por ali q com o próprio show.
Agora, é esperar o dvd. E torcer pra q venha com o impacto visual minimamente condizente com a EXPERIÊNCIA ao vivo deste show.