POWER WINDOWS
Continua o álbum q os caras do Depeche Mode morrerão sem ter feito.
E o álbum em q o guitarrista Alex Lifeson, soterrado pela montoeira exagerada de teclados e de pads, teria ficado encarregado mais de trazer café e donuts às gravações, sem reembolso. Ñ fosse o FATO de haver passagens e solos de guitarra muito legais por aqui.
Parece q guitarristas adoram um mimimi.
“Power Windows” pra mim sempre foi álbum menor do Rush. Por conta da montoeira exagerada de teclados. Pelo zeitgeist oitentista maldito dos teclados e baterias eletrônicas em profusão de q os canadenses se serviram. Em “Signals” e no “Grace Under Pressure” anteriores, as coisas foram mais comedidas.
Tvz tivessem q se LAMBUZAR na coisa toda, pra então voltarem às guitarras mais evidentes (na medida, claro, em q Lifeson consegue se evidenciar ante Geddy Lee e Neil Peart…) e teclados mais discretos, o q felizmente fizeram, pra satisfação da maioria dos fãs nerds q, no fim, nunca foram de pistas de dança ahah
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Aprendi a revisá-lo por um único e singelo motivo: por sob aquilo tudo existem canções. Composições. E Neil Peart em seu apogeu como letrista, ora amplamente detonando o capitalismo (“The Big Money” acho de uma hodiernidade desconcertante), ora tratando de Hiroshima (“Manhattan Project”) e das guerras, sempre iguais desde sempre (“Territories”), entre variadas temáticas e leituras de q sempre se serviu.
Ñ o digo tanto por concordar com as críticas nelas contidas, mas por considerá-las muitíssimo bem escritas e suficientemente sinuosas pra Lee brincar com seus 2 hemisférios cerebrais, conjugando o cantar e o tocar como até hoje NINGUÉM o faz. É pra quem pode.
O “Counterparts” eu acho pior. No “Test For Echo” eu acho q faltou inspiração.
E no “Snakes & Arrows” tb. “Power Windows”, pra mim, bate esses 3.
Rush é Rush. E vice-versa.
Jessiê
15 de agosto de 2013 @ 01:18
Como diria Jardel.
Jessiê
15 de agosto de 2013 @ 11:51
É um disco que ouço pouco, muito new wave, exageraram na dose. Mas não acho o pior.
tiago rolim
15 de agosto de 2013 @ 12:10
Olha o que é a vida. Sincronias, coincidências e tais. Sempre disse que odiava Rush, mas nunca tive motivos para isso. Mas de uns tempos para cá comecei a olhar com outros olhos. Um dia tocou “a música de Magayver” no rádio, e eu cá comigo: ” que música boa”. A partir dai fui lembrando de outras coisas do Rush que gostava, poucas é verdade, ai vi uma coletânea em promoções. Comprri e fudeu!!!! Caiu a ficha geral . Tô ficando maravilhado e irritado com o Rush. Irritado por ter perdido tanto tempo e maravilhado com o que tô descobrindo. Nunca brigue com a boa música. Ela sempre ganha de você.
Rodrigo Gomes
15 de agosto de 2013 @ 12:13
Bom disco, mas não bate o Counterparts e muito menos o Test For Echo. O Snakes & Arrows sim é batido.
doggma
15 de agosto de 2013 @ 14:08
Bom, eu que curto sintetizadores oitentistas (Thomas Dolby, Tangerine Dream, até mesmo o Genesis do Phil Collins), sempre gostei desse álbum. “Big Money” é uma ode ao yuppie style Wall Streetiano da época, a trinca “Grand Designs”/”Manhattan Project”/”Marathon” é matadora e “Mystic Rhythms” é clássica. Analisando hoje, vejo como foram corajosos em dar essa guinada. Bando de loucos!
doggma
15 de agosto de 2013 @ 16:20
Ei, Tiago, de certo modo te invejo. Esse processo de descoberta é muito foda e você tá descobrindo logo o Rush!
Jessiê
15 de agosto de 2013 @ 18:21
doggma não creio ter sido exatamente “coragem” o excesso new wave, e sim a velha pressão de gravadoras e managers, ou pelo menos essa desculpa, ainda mais trazendo um produtor do Air Supply!!!
Mas até pra fazer pop a banda é boa.
Tiago não deixe de assistir Beyond The Lighted Stage o melhor documentário de uma banda que já assisti, vai admirar mais ainda o Rash, ops, Rush.
André
15 de agosto de 2013 @ 18:26
No Beyond the Lighted Stage, o Billy Corgan diz uma coisa que eu concordo totalmente. Algo assim:
“Mesmo fazendo música pop, o Rush continua na vanguarda.”
Mesmo se banhando das piores coisas da época, eles conseguiram se sair muito bem. A maioria esmagadora das bandas setentistas que deram essa guinada para o pop burro nos anos 80, fizeram cagada.
tiago rolim
15 de agosto de 2013 @ 18:39
Já vi. E isso aumentou a minha dúvida do porque não gostar do Rush. Impressionante o documentário.
doggma
15 de agosto de 2013 @ 20:30
Jessiê, a história do Rush meio que mostra que os caras não se dobravam pra gravadora, produtores, etc. Faziam o que dava na telha. Vide “Caress of Steel”, apesar dos apelos da gravadora por músicas mais curtas.
E nesse doc mesmo (excelente, de fato) é mostrado que eles afastaram seu produtor de longa data, Terry Brown, para buscar um som mais pop e moderno, com teclados mais predominantes. O que ele era contra.
Jessiê
16 de agosto de 2013 @ 01:14
A parte da pressão foi ironia porque é sempre fácil hoje em dia culpar um fiasco ou vergonha alheia como sendo pressão de gravadora. Mas o fato é que não existe banda contratada por gravadora que não seja selo independente que não sofra algum tipo de pressão (músicas comerciais, singles, visual…) até porque elas visam grana (e bota grana nisso) e nada além disso. A sorte deles (Rush) é que o sucesso sempre esteve em não ser comercial e na complexidade de tudo. Não sei números mas certamente os discos mais comerciais, da época dos famigerados sintetizadores, não devem ser os mais vendidos.
Jessiê
16 de agosto de 2013 @ 01:31
O Terry Brown saiu no Signals e no Grace era o cara que produzia Supertramp, que nem lembro o nome, depois que veio o fera do Air Supply… Mas eles queria soar como, qualse todo mundo, o The Police.
Marco Txuca
16 de agosto de 2013 @ 01:36
Tiago: bem-vindo às subdivisions ahah
Ñ tem mulher nessas trincheiras, mas deixa quieto. E antes tarde q mais tarde, oras!
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Jessiê e doggmático: a imagem do Rush é a da banda q jamais concedeu a pressões de gravadoras. A história heróica de como fizeram “2112” endossa isso.
Por outro lado, “Grace Under Pressure” (de título nada gratuito) foi feito com pressão de gravadora querendo q eles fizessem mais turnês, aproveitando o embalo do “Moving Pictures”, q a turnê “Signals” tb pegou. Mas tvz seja o q li uma vez no Allmusic.com: banda, empresário (o mesmo, desde o início!) e gravadoras (estão na 2ª, desde o início!) sacaram q com o público fiel q eles têm, qualquer coisa q for lançada vai vender.
De algum modo, eles macularam a integridade, pra mim, a partir do “Vapor Trails”, entrando na ciranda de lançamento a cada ano bissexto + dvd de turnê. Isso é ceder ou barganhar com pressão de gravadora, o q, nesse sentido fizeram com maestria até o 20º álbum, lançando sempre 1 ao vivo a cada 4 discos de estúdio.
Gravadora chegou a lançar recentemente COLETÂNEA EM DVD (“Working Men”), de trechos de shows isolados dos últimos 3 dvd’s: “Rush In Rio”, “R 30” e “Snakes & Arrows Live”. De algum modo isso parece ter o assentimento do trio e do management. Mas a OBRA fala mais q essas tramóias, as quais se dá de ombros: por exemplo, ñ comprando.
Marco Txuca
16 de agosto de 2013 @ 01:55
Terry Brown saiu após o “Signals”, Jessiê: é isso o q vc quis dizer, hum?
Peter Henderson gravou “Grace Under Pressure”, q ñ lembro onde li q a banda queria Steve Lilywhite, q tinha gravado Talking Heads e U2. Ñ rolou ele, tiveram q fazer com o Henderson mesmo.
A influência de Police já havia começado na “Spirit Of Radio”, aquele trechinho reggae do meio. Continuou em “Vital Signs”, daí mais escancarado em “Signals” e estereotipado até q dói em vários dos sons em “Grace Under Pressure”. Lembro de tempos dum fórum rushiano apontar o FATO e nerds negarem categoricamente ahahah
Peter Collins é o Air Suply? Fez “Power Windows” e “Hold Your Fire”. Rupert Hine, tecladista inglês de tecnopop, ajudou-os em “Presto” e pouco pôde fazer em “Roll the Bones”. Daí Collins voltou no “Counterparts” e em “Test For Echo”.
Em “Vapor Trails” recorreram ao Paul Northfield, q já tinha gravado Queensrÿche, Ozzy, Infectious Grooves e o Suicidal Tendencies pop.
“Snakes & Arrows” em diante, o produtor do FaroFighters. Tudo isso pra objetar um certo romantismo: Rush sempre foi atrás das novidades em produção, se valeu do q a gravadora poderia oferecer, jogou sempre o jogo, mas mantendo o foco. Nunca foram um trio autista, ensimesmado e levando os louros apenas por isso.
Sei lá.
Jessiê
16 de agosto de 2013 @ 11:44
Sim, após participar dele e que entre o signals e o Power teve outro produtor (ou co-produtor sei lá) no Grace que era o cara que produzia o supertramp.
O Collins não era o Air Supply mas na época era conhecido como o “cara do Air Supply” de forma bem pejorativa.