Entrevistas ñ rendem se quem entrevista ñ presta ou ñ conhece quem está no outro lado. Ao mesmo tempo, alguns desses entrevistados tvz dispensassem quem lhes fizesse perguntas.
MEU RANKING DE MELHORES ENTREVISTAS/ENTREVISTADOS: (sem ordem de preferência)(embora os 3 primeiros tvz sejam meio 3 primeiros)
Contingências anteriores a “AnotherPerfectDay” (1983) descritas pelo próprio Lemmy Kilmister no encarte da minha versão digipack dupla remasterizada (2004):
“I never thought about giving up because then I’d have to start again, which in effect I’ve always done – had different people in and kept the same name. So what’d have been the point in starting again and doing the Red Lion Pub in Brentford after, say, Eddie left? I wouldn’t have done it. I was bloody 37 in 1982, I wasn’t gonna start again at 37 for Christ’s sake”.
Já escrevi/comentei por aqui o quão foda acho q Dave Lombardo (nos EUA) e Mikkey Dee (na Europa) provavelmente ficarão sem trampo só se quiserem ou faltarem articulações. Sobram bandas, e se Testament ou Scorpions vierem com frescura – ou aposentadoria, de fato – a fila vai andar. Só dar senha.
Por outro lado, q legal saber da participação de Mike Bordin, após uns 20 anos ganhando $$$ com Ozzy e afastado à revelia do Faith No More q fundou, participando de som novo do Dub War.
“Westgate Under Fire” deve sair pela Earache no próximo 5 de Agosto.
Sempre bom ver esse cara tocando.
E lembrete pra mim mesmo: ir atrás de Dub War.
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E como um dos assuntos do post é Mikkey Dee, eis o sueco – cada dia mais quadrado? – fazendo merchan pra Volvo (patriotismo ñ é bandeira enfiada no cu) e batendo algum recorde de solo de bateria mais alto até hoje.
Faz sentido.
E pra quem achar longo, tem versão com um minuto e pouco.
“Legendary rock drummer”, muito bom.
“The best drummer of the world”, exagerava Lemmy Kilmister. Mas ñ muito.
A profusão de participações especiais – feat. é o caralho – sobretudo de guitarristas (Eddie Ojeda, JJ French, Phil Campbell e Fast Eddie Clarke) colaborando com solos mostra o quanto as moças são (continuavam) queridas no meio, mas quase eclipsou o disco. Q é bom. E pesado.
Ao mesmo tempo, Tony Iommi e Ronnie James Dio – sim! – juntos em “I-Spy”, melhor som (e superior à versão só com elas, na faixa 3) deveria ter içado o Girlschool em meio a tantas tentativas bacanas NWOBHM de retornos de bandas idem.
“Legacy” contém ainda Lemmy Kilmister co-escrevendo e cantando junto “Don’t Talk to Me”. Ñ traz aquela banda de antigamente, nem daria. E tem sons outros q ñ só os de auxílios luxuosos.
Mas parece q passou batido.
Aí eu culpo algum desinteresse do público, ñ afeito a bandas vintage. Tvz até por machismo. Ou a uma falta de promoção considerável.
Todo modo, o disco ñ dissipou na atmosfera e tem por aí pra ser ouvido. Acho q merece uma atenção.
Aquela razão pra glorificar de pé Crom pelo YouTube e seus algoritmos em meu celular. Ou, pra sermos mais pagãos, recorrermos ao “é pra isso q eu pago internet”.
Ñ é pouca coisa. Joey Ramone co-apresentando o “120 Minutes” na Mtv estadunidense em 1992, com direito a tremenda participação de Lemmy Kilmister.
(estão no link apenas os trechos de conversa/apresentação, o q é o caso)
Ramones estava lançando “Mondo Bizarro” na época; Motörhead, “March Ör Die”. Abordados mais q o suficiente.
O q mais me impressionou foi o clima “à vontade” e o apresentador, ciente da coadjuvância, deixando rolar. Joey pra lá de desenvolto, entrando nas brincadeiras, improvisando, dando spoiler. De repente é culpa minha de ter ficado esses anos todos achando q ele fosse um freak em tempo integral.
Sujeito tinha programa em rádio, certamente ñ ficava só no “ya know”.
Lemmy quase roubando a cena, muito à vontade e tb muito ciente do q estava lá fazendo. Ñ era entrevista coletiva ou documentário. E tudo bem.
Além disso, o q destaco é a conversa sobre os sons alternativos q estavam em alta – a pauta q tenho insistido, recorrente, do ano de 1991 pro metal e pro rock – com Joey reconhecendo (e apontando RHCP, Nirvana, Jane’s Addiction e Metallica) o momento, assim como a onda na qual o Ramones estava, com justiça e propriedade, surfando. Umas bolas fora tb, mas melhor ñ estragar.
Divagações à parte, queria muito q o pessoal aqui tb opinasse.
Conhecido meu compartilhou ontem no Facebook. Sem spoilers.
LemmyKilmister em seus últimos meses, versão improvável (e acho q sem querer) de “Overkill”. Estado terminal do homem. Saia justa pra Mikkey Dee e Phil Campbell; imaginem-se nos lugares.
Ñ curtia na época assistir aos shows q duravam pouco mais de 20 minutos, q era o q ele agüentava em pé. Entendo q era o q queria: morrer no palco. E ñ rolou. Tb ñ vi até hoje o tal funeral, com homenagens q eu acredito terem sido 90% sinceras, mas sei lá.
Pra mim, a obra devia falar mais. Pessoas deveriam estar ouvindo mais Motörhead, do q ficar polemizando ou requentando declarações de Lemmy. Deixaram mais de 20 discos, vale a pena. Ler as letras, inclusive.
Mas, sei lá. Consegui ver isto aqui e ñ achar cruel. Mas a imagem e a VOZ q eu guardo Dele já ñ eram estas.
Baixistas q nunca saíram da banda é o q mais tem. Inclusive aqueles q mand(ar)am nas mesmas (asteriscados abaixo), com dedos de ferro (pq a bitola das cordas é coisa pra fitness).
[Joey DeMaio ñ se inclui aí]
Tem tb uns tocadores de baixo, como Ian Hill, Paulo Xisto e Tom Araya, mais nas bandas por outras razões do q baixísticas, e pq meio q sobrou o baixo pra eles, mas deixa quieto…
TOP 10 BAIXISTAS Q NUNCA SAÍRAM DE SUAS BANDAS: (critérios: gosto pessoal, longevidade e importância musical)
Geddy Lee [Rush]*
Steve Harris [Iron Maiden]*
Lemmy Kilmister [Motörhead]*
Chris Squire [Yes]
John Deacon [Queen]
Les Claypool [Primus]*
Dusty Hill [ZZ Top]
Alex Webster [Cannibal Corpse]*
Ron Royce [Coroner]
D.D. Verni [Overkill]*
Ficaram fora: Flea, Markus Grosskopf, John Myung, Billy Gould e etc.
Chris Squire sujeito a reavaliação. Preciso ir atrás da informação do André.
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E a nota fúnebre é o falecimento do vocalista do Entombed: L.G. Petrov. Achei bacana o post do Amorphis em seu Instagram oficial, louvando o sujeito como “a voz da nossa geração”. 49 anos, câncer. Foda.
Pois olha q hoje Lemmy Kilmister faria 75 anos. E daqui 4 dias fará 5 q se foi.
Ñ parece tanto tempo; por outro lado, nada ficou pra trás. Os discos do Motörhead permanecem, os videoclipes, os shows no YouTube, os canhotos de shows (cinco) q fui dos caras e tal.
O amigo Jessiê fez um post legal lá no @bangersbrasil, retirado do documentário “Lemmy”. E ficou uma dúvida sobre o som q toca ao final do trecho. Chama “Don’t Matter to Me” e é dum disco solo q ainda ñ foi lançado, sei lá pq.
(jamais nos esqueçamos de q só o Rush acabou sem deixar sobras, hum?)
Enquanto isso, aproveito o ensejo pra homenagear. Inscrevendo o momento no tempo do ano covídico. Fan video: vc tem 2’45” pra ouvir a palavra de Lemmy?
1) Algoritmos do YouTube me indicaram. Curti. Apesar do logo ruim: parece de metal melódico ou metal gótico fadinha 3ª divisão.
E como curto ler comentários tanto quanto ver vídeos, me surpreendi. Em vários níveis.
É banda inglesa (thrash metal inglês se conta nos dedos duma mão), o vocalista/guitarrista Josh Middleton é tratado como gênio e prodígio (fucei o Metal Archieves: montou a banda com 15 anos, no ano 2000), e parece tocar em outras bandas de naipe mais progressivo, ou prog. Architects e Passages.
Q nunca ouvi.
2) Comentários enfáticos de pessoas q têm no cara meio q um “novo Chuck Schuldiner”. Ou o Chuck Schuldiner pra essas pessoas. O modo como faz os solos, os riffs fazendo parte da vida dessas pessoas.
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3) Outra coisa interessante é o quão surpreendente e mutante ainda é o heavy metal. O som da banda é claramente uma evolução de muita coisa de antes e, se ñ reinventa a roda, ao menos parece ter personalidade. Uma assinatura.
4) Acho engraçado q sempre descobri bandas por gente mais velha ou da minha idade; a internet está fazendo com q eu descubra sons novos (bons) com molecada mais nova. Sim, pq estou mais velho, e tem havido uma inversão em termos/tempos de internet (molecada mais apta a lidar com tecnologia do q os mais velhos, até outro dia mais sábios/aptos). Ao mesmo tempo em q me pergunto:
“ainda tenho condição de descobrir e curtir coisas novas, mais à frente”?
Pq descobrir bandas é ir pra trás tb. Da obra pregressa, até discos ruins. (Ou melhor tentar “spotifyzar” e deixar avulso?). E tentar acompanhar, simultaneamente, a obra recente.
Muita banda com 20 anos já eu “pulei” pq estive ouvindo pra trás as de 30/40/50 anos. E o Sylosis tem já 5 discos. Fora 2 ep’s + um disco ao vivo. Certamente todos eles mais disponíveis do q há analógicos 30 anos. E Josh ainda tem um Josh Middleton Project.
Ñ sei se me anima tanto ir pra trás. Mas vai q…
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Me ocorre aquela frase de Lemmy Kilmister: “Se vc acha q já está velho pro rock’n’roll, então vc está”. Acho q ñ estou assim velho ainda.
Mas ñ me imaginava em 2020, ano covídico, com 45 anos, estar ainda descobrindo bandas. Se mal descobri direito ainda (tipo: me prometi ainda ler todas as letras do Rush, prestar mais atenção nesse quesito. Aham) as 1547 bandas preferidas na estante, nos pendrives, no hd, na memória e na vontade de procurar outras. Há um limite?
(a lista mais difícil de fazer nesta série mensal)
MINHAS INTRODUÇÕES DE BAIXO PREFERIDAS:
“Ace Of Spades”, por Lemmy Kilmister [“Ace Of Spades”, Motörhead]
“Peace Sells”, por David Ellefson [“Peace Sells… But Who’s Buying?”, Megadeth]*
“Got the Time”, por Frank Bello [“Persistence Of Time”, Anthrax]
“Damage Inc.”, por Cliff Burton [“Master Of Puppets”, Metallica]
“Higher Ground”, por Flea [“Mother’s Milk”, Red Hot Chili Peppers]
“N.I.B.”, por Geezer Butler [“Black Sabbath”, Black Sabbath]
“Another One Bites the Dust”, por John Deacon [“The Game”, Queen]
“DMV”, por Les Claypool [“Pork Soda”, Primus]
“Hang the Pope”, por Dan Lilker [“Game Over”, Nuclear Assault]
“The Clairvoyant”, por Steve Harris [“Seventh Son Of A Seventh Son”, Iron Maiden]
* falávamos na lista anterior de impossibilidade de “intro baterística” em “Sole Survivor” (Helloween), devido ao acompanhamento de guitarra. “Peace Sells”, assim como “Souls Of Black” (Testament) ou “Stone” (Alice in Chains) têm baixo acompanhado de bateria. Bateria tradicionalmente ñ é considerado “música”, então vale introdução de baixo acompanhada só por bateria
Se ñ for o caso, eu tiro “Peace Sells” e acrescento “Would?” (Alice in Chains) ou “Have A Cigar” (Pink Floyd) em décimo.
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A pauta é dupla hoje, por conta da morte de Martin Birch, maiúsculo e excelso produtor:
Daí propor uma lista adicional hoje: a de MEUS ÁLBUNS PREFERIDOS PRODUZIDOS POR MARTIN BIRCH
“Rising”, Rainbow
“Powerslave”, Iron Maiden
“Heaven And Hell”, Black Sabbath
“The Number Of the Beast”, Iron Maiden
“Made In Japan”, Deep Purple *
“Machine Head”, Deep Purple *
“Ready an’Willing”, Whitesnake
“Slide It In”, Whitesnake
“Fear Of Unknown Origin”, Blue Öyster Cult
“Mob Rules”, Black Sabbath
* nesses, é creditado como “engenheiro”, mas o senso comum credita a produção.