E pau no cu de quem derrubou o YouTube do Jessiê. Minha solidariedade e empatia. Poucas situações podem ser piores do q ver um trabalho dedicado ir pro brejo por causa de filho da puta.
Enviado a mim pelos amigos Tiago Rolim e Leo Musumeci com 44 minutos de diferença.
Formação: Mark Osegueda (voz), Kerry King e Phil Demmel (guitarras), Kyle Sanders (quem?)(baixo) e Paul Bostaph (bateria).
Pô, surpreendeu.
De chofre: melhor q o “Repentless” inteiro. Não q isso seja parâmetro. Já a letra, diretamente do app gerador de letras do Kerry King; será q já vende na Shopee? Ahah
Bora esperar mais uma ou duas pra ver se cola.
* idéias de nomes menos óbvios, diretamente dos comentários do YouTube
E q tal 13 minutos e 5 segundos de makingof sobre o tipo de caixa – mandatoriamente – utilizada por Paul Bostaph quando da gravação de “DivineIntervention“?
Eu vi inteiro e achei legal.
E achei q seria uma boa normalizar esse tipo de vídeo, em meio a tantos vídeos – normalizados – chatonildos sobre pedais de guitarra, umboxing (umboxing?) de abrir caixa de guitarra nova dentro, das espécies infinitas de microfones pra curiós e cus de bodes e/ou ainda em meio às centenas de vídeos sobre pedais de guitarra q só guitarristas (supostamente) encontram diferenças.
Algo q o amigo märZ me passou esses dias. E q encaixa no papo sobre Slayer de semana passada.
A real da treta. Empresários, advogados e GRANA.
Ñ me parece q Dave Lombardo aqui esteja jogando merda no ventilador ou ressentimento pra todo lado. Vejo amargura. Dave Lombardo ganhando esmola pra tocar no Slayer? Q caralho.
E vejo q ele fez o certo em sair fora, ou estaria bancando o escravo de contratos como claramente vêm estando Tom Araya e Kerry King nos últimos tempos. Me parece. Ao mesmo tempo em q Paul Bostaph e Gary Holt devem estar ganhando os trocadinhos pelo “trampo” e ficando bem com isso…
PS – o título recente, “Repentless” (arrependidos?) será q aludiria a isso tb??
“Shovel Headed Tour Machine”, Exodus, 2010, Nuclear Blast/Laser Company
sons do dvd 1 e cd: BONDED BY BLOOD / ICONOCLASM / FUNERAL HYMN / A LESSON IN VIOLENCE / CHILDREN OF A WORTHLESS GOD / PIRANHA / DEATHAMPHETAMINE / BLACKLIST / WAR IS MY SHEPHERD / STRIKE OF THE BEAST / SHOVEL HEADED KILL MACHINE
dvd 2 contém documentário “Assorted Atrocities” e montes de extras, q incluem fotos, videoclipes (“Riot Act”, “Now Thy Death Day Come” e “Problems”), entrevista pra rádio em 1985, cenas q sobraram do documentário, dublagem de “Metalocalypse” e variados sons ao vivo, registrados em shows avulsos
formação: Gary Holt (guitarra, backing vocals), Tom Hunting (bateria), Rob Dukes (vocais), Jack Gibson (baixo, backing vocals), Lee Altus (guitarra)
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Isto aqui é um colosso. É um petardo. Um arregaço. Um material em q “sangue nos olhos” e “vontade de matar” há de sobra. E ñ sobra pra ninguém: meses atrás, resenhando o show do Exodus por aqui, opinava da INJUSTIÇA de ñ os terem incluído no Big Four. Em vez do Anthrax. Razões mercadológicas à parte, cheguei à seguinte conclusão: o Exodus ñ entrou pro circo ñ por medo do Kirk Hammett ver q o Metallica lhes roubou o guitarrista errado, ou pq o Exodus sempre foi mau vendedor de discos. O Exodus ñ entrou pro Big Four pq simplesmente arregaçaria todas as bandas ali. Sem a menor piedade.
Ñ teria pra show de golfinho em Miami, q é o show do Metallica atual. E por mais q me doa professar uma heresia dessas em relação ao Slayer.
Infelizmente, a embalagem do produto “Shovel Headed Tour Machine” na versão nacional é algo q quase põe a perder a imensidão e truculência aqui contidas. Pois embora o filé – no dvd 1 e no cd do mesmo – seja o show deles no Wacken em 2008 (na turnê do “The Atrocity Exhibition – Exhibit A”, e ñ na do “Shovel Headed Kill Machine”, o q é confusão outra, provavelmente da banda em ñ querer perder o bom trocadilho), há muito mais por aqui.
Vc vai a uma loja atrás disto. Encontrará 2 cd’s embalados num papel qualquer (a capa tb é simplória demais) à guisa de capa, com textos em contracapa falando dum documentário meio como fosse um reles extra da bagaça. Será econômico lançar o kit dvd duplo + cd desse modo tacanho? Contando com encartes risíveis e reduntantes, além disso? E com a 1ª caixinha contendo discos 1 e 3 (dvd’s), e a 2ª contendo o disco 2 (cd)?… Piada de português é a mãe.
O documentário é muito foda. Quase DUAS HORAS de material relevante, co-produzido por Rob Dukes e sua handcam, com histórico apurado (mas ñ naftalínico, nem a maior ênfase), entrevistas, tirações de sarro a granel (Gary Holt flagrado usando creme anti-rugas é uma delas), picuinhas sudoríparas, bigodes pornô, pacto de sangue, referências a ex integrantes (impagáveis os referentes ao “mito” Paul Baloff, devidamente – ops! – dissecado), violinista japonesa fritando com eles em show (!!) e revelações genuínas acerca do relacionamento entre eles: impressão dum bando de xaropes (vide trote em Nick Barker) q se divertem pacas em turnê, ao invés de perfis simpáticos/adestrados montados por assessoria de imprensa ou gravadora. Exemplo: o “russo” – na verdade, ucraniano – Lee Altus, mais contido nas apresentações, é um dos mais engraçados.
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Ñ bastasse tudo isso (e pareceu bem mais interessante q o documentário à tôa do Hypocrisy – recado ao amigo Jairo), em meio aos “extras” desse 2º dvd ainda existem 20 minutos de cenas q ñ entraram na edição final. Outro menu inclui dezena de sons ñ constantes do show principal, filmados pela Ásia, Austrália e EUA em condições precárias de imagem. Mas ñ de áudio. “The Toxic Waltz”, “No Love”, “Brain Dead”, “I Am Abomination”, “Fabulous Disaster”, “Seeds Of Hate”, “Scar Spangled Banner”, “Raze”, “Altered Boy” e “Guitar Boy”, um improvável duelo shredder entre Holt, Altus e um finlandês fritador de nome estranho; com direito ainda a fritações de Rob Dukes e Jack Gibson, tirando sarro. Impagável.
Ah, e todos os sons em toda parte entoados pelo pitbull Rob Dukes. Nada de saudosismo de Baloff ou de Steve Souza. Dukes q me é o destaque em geral: o vocalista certo pra banda. Perfeito mesmo. Saudosismos de Baloff ou Souza à parte. À parte algumas falas redneck yankee – fora a bermudinha Axl Rose – ao longo do show principal (condenadas por Gary Holt no documentário, quando ao mesmo tempo admite q ficar podando o sujeito o faria ser menos ‘ele mesmo’). À parte o tanto q assoou o nariz – nem um pouco disfarçado pela edição – ao longo do mesmo ahah
Ñ dá, afinal, pra condenar um cara q agita sociopaticamente o show inteiro e ainda orquestra a roda em “Strike Of the Beast”, provavelmente um dos momentos mais memoráveis no heavy metal, mesmo admitindo ter roubado a idéia do Lamb Of God (foda-se! Quem é Lamb Of God??). Ou ir contra sujeito q alia (falsa) tosqueira e carisma com versatilidade a toda prova: berra pra caralho, e quando tem q cantar melodicamente – vide “Children Of A Worthless God” – manda com total propriedade. E q consta ter sido antes de entrar pra banda apenas mais um roadie de relativa circulação.
O instrumental e a mixagem (Andy Sneap!) são covardia. Rick Hunolt? Passado. Lee Altus forma dupla insana com Gary Holt, o insano-mor. Percebam atentamente “Children Of A Worthless God”. Bateria a cargo de Tom Hunting chega às raias da humilhação: outro dia, em post sobre “Force Of Habit”, se discutia dos piores álbuns do Exodus… cheguei à conclusão óbvia/evidente de q os piores da banda são os q ñ o incluem, q toca como estando num mundo à parte. Merecedor de comentário reverente de Paul Bostaph nalguma parte do documentário. E q gera, como Dave Lombardo no Slayer, aquela impressão do resto da banda ñ precisar olhar pra trás. Ninguém olha pra trás. Atrás tem CHÃO.
Visível ainda é o quanto os caras ganharam o público no decorrer da apresentação: claro q já de início há muito xarope abrindo roda e se descabelando, mas ao longo se vê a platéia hipnotizada, bradando o nome dos caras em uníssono e até mesmo umas garotas se arriscando no tal crowd surfing… nada mal prum gênero q jamais primou pela mulherada curtindo.
Os sons antigos, intercalados cirurgicamente em meio aos recentes, prefiro nas versões ensandecidas do “Another Lesson In Violence”, pra mim o maior álbum ao vivo de thrash metal registrado, mas ñ estão menores ou executados de qualquer jeito. Muito pelo contrário.
Os sons novos (sobretudo “Iconoclasm”, “Funeral Hymn” e “Deathamphetamine”), me cansam um pouco às vezes. Longos um pouco além da conta – 7 minutos, 8 minutos – e por vezes emendados um no outro, ainda q soem coerentes na evolução da banda (já constavam timidamente em “Pleasures Of the Flesh” e no “Force Of Habit”). Demandam atenção e cuidado em ouvir. Ñ dá pra curtir fazendo outra coisa, como os sons antigos, já conhecidos e manjados.
E têm q constar do set: o Exodus ñ é saudosista, é das raras bandas q perpetua a identidade sonora, sem quererem “estourar” ou “reinventar” o thrash metal. Co-inventaram a bagaça e continuam coerentemente metamorfoseando o paradigma, ponto.
E justamente por essa condição de protagonismo no thrash metal q me soa inacreditável algo como “Shovel Headed Tour Machine” ter saído só em 2010, com tudo o q ele inclui e representa: os sons, os extras e o documentário – curiosamente capitaneado por um novato – simplesmente inventariam tudo o q o Exodus foi e continua sendo na história do heavy metal, o q a parca e precária videografia deles (vide “Live At the DNA”, filmado com uma so câmera, ou o necrófilo “Double Live Dynamo!”) ñ fazia jus até hoje. Putz.
“Unlimited”, Susperia, 1994, Tabu Recordings/Haunted Records
Demorou bem pouco na 1ª audição deste “Unlimited” então recém-comprado – 45 segundos e entrada do vocal na 1ª faixa, “Chemistry” – pra eu entender de vez pq Eric Peterson, no dvd “Live In London” recente, trajava uma camiseta do Susperia: diabos, o Susperia é praticamente o Testament norueguês.
Intercâmbio muito louco essse de bandas thrash clássicas e formações escandinavas, certamente culpa dos festivais europeus, q ñ a toa “gerou” o paralelo metido a black (do próprio Japa Peterson. Corpepaint incluso) Dragonlord, e q tb vem envolvendo o Exodus; a diferença é eu ver nos últimos influência mais do q influenciar (o“The Atrocity Exhibion – Exhibit A” pra mim, sem trocadilho, é prova). Ou existiria por ae algum similar/franquia norueguesa da horda de Holt e Hunting?
Ñ q o Susperia seja escarradamente chupim de Testament. Faltam solos garbosos (são bem poucos, por sinal), falta um trampo baterístico (sobretudo em comparação ao Testament noventista pra cá) e falta aquela produção típica. Mas em cada um dos sons de durações idênticas deste álbum, se percebe passagens muito a ver, reflexo sobretudo do vocalista Athera, praticamente um irmão do Chuck Billy perdido lá nos fiordes [Curiosidade adicional, voltando ao intercâmbio: o novo do Susperia, “Attitude”, tem participação do próprio Billy. Vai ser difícil sacar quem é quem..]; além disso, percebe-se nos 10 sons de“Unlimited” outras influências e referências q ora destoam, ora complementam a influência thrash-mor.
Harmonizações guitarrísticas modernas como as de “Chemistry” e “Years Of Infinity” dificilmente se veria num trampo dos estadunidenses, como tb passagens de guitarras e vocais limpos dobrados (influência de In Flames, no meu entender, como em “Mind Apart”. Ou de Machine Head, em “Years Of Infinity”, q no fim Athera tb dá uma de Bobby Blitz, do Overkill), levemente americanizados, e até mesmo som q me lembrou bandas finlandesas tipo Amorphis (“Home Sweet Hell”, o mais acessível – e ñ no bom sentido – do álbum), fora “Devil May Care” e seus backing vocals femininos presentes – entre sexy e demoníacos – revelam razoável diversificação e, até tvz, pretensão comercial.
Porém, o motivo de eu resenhar “Unlimited” nesta pauta bloguística é justamente pelo q o trabalho tem de demérito: a produção claramente digital, em q se percebe o som meio borrado, chapado, uniforme. Sem audição atenta, corre-se o risco de parecer tudo um mesmo som, haja visto as timbragens todas muito parecidas, ñ sendo tanto demérito de composições maçantes, existentes uma ou outra, sem predominar. Nada mal gravado, pelo contrário: sem vibração. Na bateria então, é aquele som de bumbo uniforme, pratos q soam demasiado estridentes (provavelmente tratados na mesa de som) e um som de caixa quase opaco, no qual conforme a equalização do aparelho de som fica até perdido em meio aos bumbos. De modo q gastar mais q 5 contos nisto – a ñ ser q se aprecie as produções digitais hodiernas – é prejú. Ou remorso de ñ ter gastado o montante num x-burguer.
Falta falar, como informação de praxe, da formação dos caras: Athera (vocais), Elvorn e Cyrus (guitarras; o 1º, creditado como guitarrista-base apenas), Memnock (baixo) e Tjodalv (baterista), 3 deles da turma do Dimmu Borgir – guitarristas e baterista tendo já tendo tocado por ali, Cyrus e Memnock com passagens no Old Man’s Child e o vocal tb titular no paralelo Chrome Division – ao q me cabe invejar: quem dera morar na Noruega pra ter bandas titulares e paralelas à vontade, todas gravando álbum, a maioria excursionando…
Falta espezinhar ainda o trampo baterístico: para além da timbragem maçante (essas gravações digitais são a falência total da técnica baterística, sobretudo se o baterista adere e nela se encosta de vez), Tjodalv quase sempre toma os caminhos mais fáceis nos sons por aqui. Nenhum som tem aquela levada thrash característica – “Off the Grid” e “Beast By Design” PEDEM ela! – nem variações de condução (é tudo levado no chimbau), tampouco viradas em quantidade razoável; e se alguns sons têm breves passagens blast, o q se lamenta é tudo ser muito breve, com levadas repletas de bumbos em semicolcheias conspirando em favor da monotonia. Ñ é um baterista ruim, mas sujeito q poderia melhorar os arranjos com certeza. Torná-los mais instigantes até, já q fazer jus ao nome do álbum, ñ rolou. Tvz com o Gene Hoglan ou Paul Bostaph (um ex, o outro atual titular no…Testament) rolasse ahah
Para concluir, duas coisas ainda: citar os sons legais e lançar provocação. No meu entender, 4 sons são realmente bons aqui: “Off the Grid” e “Beast By Design”, pelo q têm de pedaços e “potencial” thrash, e “The Coming Past” e “Untouched”, q em quase suas totalidades lembram Testament safra “The Gathering” (exageros à parte. A 1ª com passagem veloz de bumbos a contento, embora breve, enquanto a 2ª contendo o melhor riff, tercinado, do álbum). Claro q isso é bastante subjetivo – lançar por aqui as melhores, ou as q ME convencem mais – pois vários outros trechos de quase todos os sons (exceção pra mim a “Home Sweet Hell” e seu refrão de contratempos quase poperô) têm passagens e riffs interessantes, mas q ñ chegam a ser uma música toda legal.
Uma variável a ser considerada: é o único trampo dos noruegueses q conheço; vai q em álbuns seguintes formataram melhor proposta, adquiriram cara mais própria etc. O q resenho aqui é obra de banda q achei pouco original e q, se soa simpática nas primeiras audições, ñ vejo como se chegar na 5ª com o mesmo interesse. A provocação: ouçam “Unlimited” e depois o “The Formation Of Damnation”. Guardadas as devidas proporções, soa coisa de CRIATURA INSPIRANDO CRIADORES. Ou nem??
Papo q eu levava com os comparsas de banda outro dia no ensaio. Sobre técnicas insanas de bateria. E sobre o vídeo abaixo, q eu já tenho guardado no orkut há tempos, mas ñ tinha me tocado de postar por aqui.
Ñ se deu ao trabalho nem de montar a bateria inteira.
Reparem a técnica de usar o pé como uma ALAVANCA. Ou uma HÉLICE. Ponta de pé e calcanhar. Puta q pariu!
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Pq me ocorria nesse papo de ensaio, do tanto de molecada tonta por aí q ainda corre atrás da sapatilha do Aquiles, da bateria igual a de ñ sei quem, das baquetas do supostamente fodão q toca na banda foda q só imita Helloween ou Blind Guardian. Eficácia simbólica (Lévi-Strauss) completamente NULA.
E de bateristas-ícone, com baquetas customizadas, sapatilhas à venda, vídeo-aulas amadoras e marketing hiperbólico tal qual de jogador de futebol “revelação”… Quantos bateristas no metal nacional se dá pra apontar como tendo criado algo novo, técnica diferenciada?
Sentar e tocar é o q há. E é o q resulta na personalidade, na técnica, na ampliação de horizontes baterísticos. Meio como Paul Bostaph dizia naquele teco de entrevista postado por aqui em 28 de Maio último.