Algo meio heróico, referendado pelo vocalista titular, Jonathan Davis, quando soube. Mas pra lá de mórbido.
E um tanto bizarro, já q estavam filmando e está no You Tube. Na música em questão, percebe-se algo errado em 1’50”, quando o sujeito deixa cair uma baqueta.
A minha outra chave de entendimento é sobre a instantaneidade da internet: sabe-se de tudo o q rola no mundo em tempo real. Ou QUASE TUDO. Pois o ocorrido, aparentemente, se deu em fim de maio último (data do vídeo, acima), ainda q seja dito q ocorreu em fim de junho.
De algum modo, virou notícia bem mais tarde. A internet ñ parece assim tão instantânea, a ñ ser q a notícia e/ou os personagens tenham alguma relevância, hum?
Ainda ñ li a letra. O som, ñ curti tanto. Mais do mesmo.
Mas essa porra desse clipe, ainda mais nessa hora em q “gente” eleita (aspas e minha resoluta recusa em chamar de “presidente”) e tornada ministerial caga pela boca sobre “nazismo de esquerda”, menino abrir porta, menina ganhar flor, “universidade ñ é pra todo mundo” e etc.
A porra desse clipe, repleta de referências (inclusive ao grupo Baader-Meinhof?), super produzido ao extremo, tvz seja o q a presente zeitgeist mais precisava. Sei lá. Como me recomendou o amigo Leo: “os caras se propuseram a fazer uma síntese estético-histórico-cultural de um país complexo pra caralho como a Alemanha, e DEU CERTO!”
Ou ñ. Quem vai aguentar ver clipe de 8 minutos? Temos tempo para tal tipo de polêmica?
Já tem vídeo entregando as “referências” mastigadas.
O q acho, por hora, é q o Rammstein acertou. Mesmo q o zeitgeist seja outro agora. Bem pior. Os caras progridem, nós aqui só regredimos. Cada vez mais, ainda mais nos últimos 3 meses. Mitando e andando. Puta q pariu.
OBS: se o link ñ abrir, é pq o You Tube tá considerando impróprio pra menor. No celular, consegui abrir e ver.
“Awoken Broken”, Primal Rock Rebellion, 2012, Spinefarm Records/Hellion Records
sons: NO FRIENDLY NEIGHBOUR / NO PLACE LIKE HOME / I SEE LIGHTS / BRIGHT AS A FIRE / SAVAGE WORLD / TORTURED TONE / WHITE SHEETS ROBES / AS TEARS FALLING FROM THE SKY / AWOKEN BROKEN / SEARCH FOR BLISS / SNAKE LADDERS / MIRROR AND THE MOON
formação: Mikee W. Goodman (vocals, words), Adrian Smith (guitars, bass, backing vocals), Dan Foord (drums)
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O nome da banda é ruim e o vocalista com dreadlocks, chatonildo e aborrecido. Como convinha a um new metal padrão. E já um tanto ultrapassado quando este “Awoken Broken” saiu.
O baterista, por sua vez, apresenta bom repertório, enquanto Adrian Smith compondo e tocando baixo + guitarras faz imaginar quão melhor teria sido o estilo/modinha caso suas bandas tivessem guitarristas de verdade.
Quer dizer… os sites e imprensa daqui à época chamaram de “projeto experimental” ou “metal alternativo” envolvendo Smith. Passação de pano contumaz. A quem ouvir, ñ fica muita outra opção: um quase new metal. Digo “quase” pq ausente de batidas grooveadas estereotipadas características. Ao mesmo tempo em q nada há aqui de Iron Maiden e guitarras dobradas, harmonizadas e/ou pretensões épicas.
Olhando ainda em retrospecto, vejo com a maior cara dum “British Lion”: tal como com Steve Harris, provavelmente envolvendo Smith dando força pra banda q tinha q cumprir contrato, ainda q terminada. O tal SikTh, em q militavam Mikee Goodman e Dan Foord.
A maior prova? Ñ fizeram nenhum show ou cometeram qualquer turnê como Primal Rock Rebellion. Sequer prometeram. Projeto de estúdio assumido. Disco lançado, uns vídeos e entrevistas e pronto.
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A capa acho bem legal. E o q é o som? Montes de riffs e texturas em afinação baixa (soando abafados um tanto), o baixo só endossando, bateria na maior parte do tempo acompanhando (fosse bateria eletrônica em loop nuns sons pouca diferença faria) e a curiosidade em se ouvir Smith “fora da casinha”. Sujeito tem recursos, e pra mim o q destilou – em palhetadas thrash, dissonâncias cirúrgicas, solos obtusos e dedilhados poucos óbvios – em momentos deste “Awoken Broken” supera o farofento Psycho Motel.
As letras já tentei prestar atenção, mas o tal Goodman põe tudo a perder. Ñ soa nem Jonathan Davis, tampouco Serj Tankian. Parece q ouviu Mike Patton demais, mas ñ tão direito e imitou mal: vocalizações ora em sobreposições incômodas ora afetadas fora de métrica, gritos forçados e sussurros inoportunos, refletindo postura certamente única, mas – reitero – chatonilda e aborrecida. Ñ convida à introspecção: cansa e empapuça.
Os sons em q ñ atrapalha – tanto – são pra mim os melhores: “No Place Like Home” (refrão meio Skid Row?), “I See Lights” e “Bright As A Fire” (as mais “comuns”), “White Sheet Robes” e a faixa-título. Tb por me soarem músicas mais completas e formatadas. A derradeira “Mirror And the Moon” tem um violão bacaninha no meio da sujeira, decantando alguma influência setentista q ñ identifiquei.
Paguei 3 contos num saldão num sebo: o famoso encalhe da Hellion. Ninguém parece ter ligado, comprado ou sentido saudade. Ñ é q é ruim, nem difícil; requer tempo/prioridade pra analisar. Tem no You Tube inteiro – https://www.youtube.com/watch?v=PMCSF5moJmA – então por q comprar? E é isso.
Na falta dum parágrafo conclusivo, recomendo a quem leu até aqui voltar aos 2 primeiros. Daí encerrar. Coda.
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CATA PIOLHO CCLXX – “The Tower” – Voivod ou Bruce Dickinson? // “Coma”: Overkill ou Guns N’Roses? // “Children Of the Sun”: Dead Can Dance ou Judas Priest?
A real é q o show do L7 estava anunciado há mais de ano.
De minha parte, já lá atrás fiquei na dúvida: “ué, voltaram?”. “Será q presta?”. “Serão as mesmas?”. Ñ levei a sério, na verdade, até ver há umas duas semanas terem confirmado o Soul Asylum junto. E por um preço bem interessante. R$ 130.
Sobrou uma grana no fim do mês, achei local pra comprar ingresso a 2 minutos do meu consultório e lá fui eu.
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Botaram uma certa banda indie daqui, Deb And the Mentals, pra abrir, mas ñ vi. Cheguei e estava rolando o Pin Ups, q quem assistia Mtv Brasil deve lembrar: a baixista/vocalista foi namorada do João Gordo e o guitarrista gordo, Zé Antônio Algodoal, era diretor e ocasional apresentador de programa tipo “Lado B”. Lançaram discos – acho q jamais relançados em cd – intitulados “Jodie Foster” e “Lee Marvin”.
Lembrado? Fizeram show bacana, retrô, dum tempo em q indie era alternativo e ñ pedante. 40 minutos, se muito, um som emendado no outro. Faltou venderem algum merchan, se é q a banda tá voltando mesmo. E se é q terão estrutura pra tocar por aí. Enfim.
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Meia horinha entrou o Soul Asylum. Os mesmos caras? Apenas Dave Pirner, envelhecido mas com o mesmo cabelo e figurino. E guitarra Telecaster. Quem olhar vídeos/fotos, verá o segundo guitarrista e pensará se tratar do mesmo de lá de trás. E ñ era. Acharam sujeito competente (ñ apresentaram os integrantes), com guitarra Gibson idêntica e idênticos corte de cabelo e camiseta listada horizontal.
Smashing Pumpkins perde em profissionalismo ahahah
Praticamente uma banda cover oficial, mas deixa quieto. Puta show. Carisma e canções. Zero afetação. Alguma nostalgia, mas zero bolor. E a sacada desse 2º guitarrista + baixista negão fazerem uns backing vocals e vocais ajudando Pirner. Q ñ tem mais o sustain de antes, mas tb ñ desafinou.
Curti tb pela impressão dos caras se divertindo. Parecia ensaio (bem ensaiado). Todos rindo, curtindo os sons, a si próprios e o show. Poderia se objetar q os sons são facinhos, mas foram bem executados, timbrados e etc.
Levantaram a galera mais com os hits “Somebody to Shove”, “Black Gold” e “Runaway Train”, tocados aliás em sequência, mais ao fim. Além delas, outros 2 sons de “Grave Dancers Union” (1992). A q me pegou mais foi “Misery”, única do “Let Your Dim Light Shine” (1995), da qual esperava q fizessem tb “Just Like Anyone”. Mas ok.
Mal comparando ao thrash metal, é como fossem o Nuclear Assault dos sons alternativos noventistas. Monte de gente gosta, um tanto subestimados, só q ñ decolaram mais. Ñ “tiveram melhor sorte”. E tudo bem. Curti. Bons sons.
Set-list: 1. “99%” 2. “Hopped Up Feelin'” 3. “See You Later” 4. “Misery” 5. “Freaks” 6. “I Will Still Be Laughing” 7. “Spinnin'” 8. “Whatcha Need” 9. “String Of Pearls” 10. “Somebody to Shove” 11. “Black Gold” 12. “Runaway Train” 13. “Closer to the Stars” 14. “April Fool”
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Com o L7 a coisa foi bem diferente. Uma meia horinha pra arrumar o palco e a ansiedade palpável no ar. Monte de gente aguardando. Maioria sem ter idade pra tê-las visto em 1993 (eu tava lá!) q ñ fosse pelo You Tube. Mulherada predominando. Roqueiras, hipsters, tiazonas, metaleiras, cosplays e etc.
O clichê “entraram com o jogo ganho” valeu pra quando pisaram no palco. Tivessem ficado paradas ou só contando piadas, seria do caralho. Só achei Donita Sparks meio lesada, passando o show tomando uma Corona e meio aérea; tvz fossem os shows seguidos (na véspera tocaram no Rio). Quando tombou no palco fazendo solinho de “Andres”, veio roadie acudir. Vai ver, ñ estava no roteiro. Ou vai ver, o cara ñ sabia.
Ñ sabia q são todas umas largadas, divertidas, tiazonas tocando o puteiro. A mais nova tem 52; as mais velhas já com 58 aninhos. Jennifer Finch alternava o à vontade com a mesmíssima falta de noção e baixo gigante do Hollywood Rock: pulava, agitava o baixo, deixava de tocar, caía no chão, tropeçava nos cabos, um barato. Sem pose. Banda de garagem tocando pra quem curte. Isso ñ se força.
Suzy Gardner, q lá atrás era velhona, parecia mais nova. Em comparação. E a única mais preocupada com a parte técnica, ora pedindo retorno, ora suando a tanga pra fazer os licks e riffs. Com aquela mesma única guitarra de antes; a ñ ser q tenha um armário lotado de guitarras iguais. Na postura, quase um Jeff Hanneman feminino, sem afetação, mas se divertindo.
Pois era nítida a surpresa delas: lugar pequeno mas praticamente lotado (Morrissey tocando no mesmo dia por aqui), muito empurra empurra e algumas rodas. Coisa q elas ñ devem ter visto por muito tempo. Nalguma hora falaram q a baterista estava meio doente e estava no sacrifício. Ñ pareceu. A mesma caixa cheia de reverb, a mesma pegada reta e pesada, apenas sonegando umas viradas – como em “Pretend We’re Dead”, q tvz ela já ñ fizesse mesmo ao vivo.
Preciso rever o show do Hollywood Rock no You Tube.
Nalgum momento, Donita perguntou quem ali esteve em 1993. Monte de gente levantou a mão, mas fui um dos poucos realmente veteranos no recinto pra ratificar ahahah Zoou q eram mulheres “com tesão” (antes de “I Came Back to Bitch”), agradeceu TODAS as bandas q tocaram antes e fizeram um show incrível.
Diversão, atitude, algumas falhas (achei q erraram “Andres”), zoeira e volume. PUTA SOM ALTO. Valeu a pena? Sim. Iria de novo? Sim. Melhor show? Sim, embora eu curta mais o Soul Asylum. Melhores momentos pra mim: “One More Thing”, “Everglade” (a mil por hora) e “Displatch From Mar-A-Lago”.
Ñ rolou da sra. Sparks tacar um absorvente na gente; estive preparado pra agarrá-lo. Mas em 1993 tb ñ rolou, fazer o quê? E se voltarem só daqui a 25 anos, tomara q seja cada qual com sua sonda no braço e requisitando voluntários cuidadores – vou querer me candidatar ahahah
Set-list: 1. “Deathwish” 2. “Andres” 3. “Everglade” 4. “Monster” 5. “Scrap” 6. “Fuel My Fire” 7. “One More Thing” 8. “Slide” 9. “Crackpot Baby” 10. “Must Have More” 11. “Drama” 12. “I Came Back to Bitch” 13. “Shove” 14. “Freak Magnet” 15. “(Right On) Thru” 16. “Dispatch From Mar-A-Lago” – bis – 17. “Shitlist” 18. “American Society” 19. “Pretend We’re Dead” 20. “Fast And Frightening”
Descontemos a política local um pouco: vivemos a era das fake news.
Informações sem critério, boatos tornados realidade (até o desmentido, q pode ou ñ ser lido), anseios de q algo aconteça passados adiante, notícias irresponsavelmente plantadas (migués) q em nada dão, fatos históricos pretéritos tornados “opinião”, essas coisas.
Lembro daquele episódio recente, constrangedor, envolvendo até Lars Ulrich, q dava conta duma reunião do Deep Purple MK III, com Glenn Rugas, David Coverdale, Jon Lord e Ritchie Blackmore. Em q “ñ se sabia” se Ian Paice participaria; até Lars se oferecer, a sério. E até Jon Lord romper a aposentadoria pra se pronunciar oficialmente de q aquilo jamais rolaria.
Pois bem. Aparentemente andam vazando áudios no You Tube de sons novos do Dream Theater. Dum tal “Distance Over Time” a sair logo, com direito a capinha.
Sons fake. Caralho.
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O primeiro abaixo, supostamente faixa-título, percebido como fake e até desementido por quem postou. Seria dum tal Redemption, com participação de James LaBrie:
https://www.youtube.com/watch?v=OmsGQhonfv8
Uma “brincadeirinha”?
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O segundo, instrumental, aparente pré-produção vazada e com comentários dando conta de fake tanto quanto:
E por falar em Rush, eis q peguei um documentário no canal BIS anteontem, meio sem querer.
Aparentemente, documentário sobre a turnê recente (e última), “R 40”. Até sacar ser um documentário sobre o FIM da banda, de fato. Terminaram mesmo, ao modo canadense. Sem estardalhaço, só com as pessoas envolvidas e fãs mais xiitas sabendo da coisa toda.
Dava pra sacar nas entrelinhas.
E achei fantástico o material por focar ñ só nos três monstros (palavra “monstro” desde o último domingo será repaginada), mas em alguns membros da equipe técnica (muitos com os caras tb há 40 anos) e ainda mais em alguns fãs, daquele estilo hardcore mesmo, de participar de convenções e contabilizar 170 shows assistidos, ou trinta e poucos da (então) atual turnê.
Sensível sem pieguice. Ñ encontrei ele inteiro no You Tube, só o trailer acima.
Lutaram o bom combate. Ñ devem nada ao mundo. O contrário ñ é verdadeiro.
O cover do cover, acima, tirado o som original de fundo, parece haver alguma defasagem. O baixo ñ tá igual igual. Frank Bello ainda manterá seu trampo.
Olhando bem a fundo, ñ é tudo 100%. Mas impressiona mesmo assim.
E é muita versão, e dá pra perder um dia inteiro vendo.
Melhor comentário, um do You Tube:
“Easy Normal Hard Very Hard Hardcore Insanity Asian“
Ñ estava a par de ele ter lançado disco solo em 2014, “The Dictator”, como Daron Malakian and Scars On Broadway e qdo tiver tempo (qdo priorizar) procurarei no You Tube. Cantou e tocou tudo sozinho.
E a entrevista é longa: dá geral no tal disco do SOAD q ainda ñ lançaram, na carreira, em questões técnicas, influências e, ao fim, no gosto do sujeito por black metal norueguês e luta-livre, tendo sido flagrado alguma vez numa platéia usando camiseta do Hellhammer. Pincei esse trecho, final, abaixo.
AllMusic: If I’m not mistaken, you were wearing a Hellhammer shirt that night.
Malakian: For me, the black metal scene is one of the last great things that has happened in heavy metal music. Even though people don’t put these two genres together, black metal and nu metal kind of came out around the same time in the 90s – I’m talking about the second generation of metal, like Darkthrone and all that – since black metal and nu metal, there hasn’t been a scene in heavy metal music that has really impressed me and drew me into it.
AllMusic: Did you embrace it right away or did it take some time?
Malakian: It took a second, some of the imagery, when it was new to me, I was like, “Why do all of these dudes look like Kiss?” I didn’t know the stories, I just saw them on their album covers, and I didn’t take it too seriously at first. It wasn’t until maybe the late 90s that I picked up Darkthrone’s Transilvanian Hunger album and I really felt what those guys were doing. Especially the classic albums from that genre, and there’s a lot of great ones, from Immortal, Gorgoroth, Darkthrone, Satyricon, there’s a lot of great music there that some people know about and some people don’t. It’s pretty underground.