30 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
parecido, mas ñ igual semana passada
TOP 10 LISTAGEM INTERATIVA AUTO-EXPLICATIVA II
ADENDO: assessoria de imprensa trabalhando? https://whiplash.net/materias/news_719/341974-claustrofobia.html
ADENDO 2: promessa de vida para corações peludos? https://blabbermouth.net/news/king-diamond-says-mercyful-fate-will-play-new-nine-minute-song-on-upcoming-tour-its-quite-a-monster
DISCOS EM Q A MELHOR MÚSICA É INSTRUMENTAL:
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ADENDO: estendendo conversa off com Leo e märZ. Max Cavalera e seu dom marqueteiro. A manha de (re)criar narrativas. Como “Dead Men Tell No Tales”, deu agora de inventar uma “relação com Lemmy” tb: https://www.revolvermag.com/music/max-cavalera-favorite-motorhead-songs-awkward-lemmy-moments
MELHORES DISCOS CUJA MELHOR FAIXA É UM COVER:
(descontando discos de covers/versões, obviamente)
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ADENDO: babado do fds. E aí? https://www.uol.com.br/splash/noticias/2022/03/26/taylor-hawkins-baterista-do-foo-fighters-morreu-de-overdose.htm
Lista abrangente de últimos sons num álbum.
Sons ruins ou fracos (ñ combinando com o todo) ou esquisitos, destoando do todo. E geralmente num álbum forte.
Ordem decrescente de álbuns mesclada ao grau de “nada a ver” do som em questão.
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ADENDO: Dolly Parton – aliás, antivax – recusando indicação ao Rock’n’Roll Hall Of Fame. Afinal, como ela mesma justificou, ñ faz nem nunca fez rock.
Chupa, Tom Hanks!
Em meados de 2000, fim dos 90’s, a ShowBizz era um simulacro ruim da antiga Bizz e algo quase próximo – mas mais hipster (O Rappa, RATM e Asian Dub Foundation no mesmo balaio?) – da Bizz noventista, de Barcinski, Miranda e Forastieri.
A edição 179 (mudavam nome e gerência, mas insistiam numa numeração inalterada/continuada) de julho de 2000 – atentem à data! – contém uma resenha do System Of A Down, de seu disco inicial, cometida por um certo José Flávio Júnior, q foi minha primeira resenha sobre os caras.
Provavelmente a primeira vez q muitos e muitas leram sobre a banda.
E q quebrei, abaixo, em 4 parágrafos pra ñ ficar o tijolo original.
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“FOTOCÓPIA BEM TIRADA
Imagine se alguém misturasse o som do Faith No More com o do Mr. Bungle e com o do Fantômas. Essa pessoa seria Mike Patton, certo? Errado. Tal proeza foi perpetrada por alguns malucos de Los Angeles, o System Of A Down, em seu disco de estréia.
Um quesito fundamental para orquestrar tal alquimia seria possuir um vocalista de excelente alcance vocal, que mandasse bem tanto nas partes melódicas quanto nas berradas. E não é que a banda tem isso? Serj Tankian, responsável também pelas letras, teclados e samples, canta maravilhosamente bem. Nas passagens pesadas, tira urros da garganta de deixar Max Cavalera com vergonha. Já na balada ‘Spiders’, música de maior sucesso do álbum (lançado lá fora em 1998), que chegou a entrar na trilha sonora de Pânico 3 e rola nas FMs roqueiras menos viciadas daqui, Tankian mostra seu lado ‘operístico’.
A estrutura das letras, registrando acontecimentos subseqüentes, também lembram Patton: ‘Eu tive uma experiência fora do meu corpo, um dia desses, o nome dela era Jesus’, começa ‘Suite-Pee’.
Considerado um dos grupos com melhor performance em palco na atualidade, o System Of A Down se destaca dos outros expoentes do novo metal, não só por ter como referência a esquizofrenia do ex-vocalista do Faith No More, mas por se posicionar politicamente e incitar seus fãs a pensarem. O encarte do álbum é todo permeado por frases que indicam uma conspiração mundial. Religiões, a CIA, a indústria tabagista e o governo americano são alguns dos alvos (fáceis). Funciona bem como marketing, pois é preciso ser muito jovem para engolir certos tipos de revolta“.
Vou concordar de cara com quem objetar q é o tipo de coisa q perde a graça rápido. Balizado pelo bom ou mau humor do dia. Meio ouvir 3 vezes e largar, eventualmente voltar a ouvir pra dar uma risada a cada ano bissexto.
Mesmo assim, vou tentar justificar contextualizando:
se lá nos longínquos 90’s, a regra passou a ser misturar gêneros (Faith No More icônicos, mas ñ só), o q temos até hoje em dia, tenho q no fim dos 10’s começou a zoeira algorítmica dos mash-ups, um deepfake sonoro. Q vem ficando cada vez melhor, meio q o pessoal dom(in)ando a tecnologia pra conteúdo menos fútil.
Tecnologia ligada ao musical já tb duns 30 anos, do Autotunes e do Pro Tools q alguns de nós já nem reparam ou se incomodam mais. Até pq mais disfarçado: o requinte de disfarçar sem parecer disfarçar. Etc
E se isso pode ser perigoso adiante, com montagens cada vez mais realistas com pessoas supostamente dizendo coisas q interessam a grupos e interesses escusos, menos mal esse tipo de trucagem sendo usado pra música, com fins de entretenimento e tudo bem.
Já tinha lido em algum lugar sobre esse “Bobby Ramone”. Vindo da França. Nem fui atrás. Bob Marley fundido a Ramones. Caiu a ficha hoje, vendo o JG no Instagram tocar o bolachão (q até o selo zoa o da Sire Records) de “Rocket to Kingston”. E rachei de rir ouvindo no carro até o trabalho.
Ñ é perfeito – e méritos a isso: ñ soa frio e matemático – e situo numa linhagem Beatallica (ainda existe?) mais q de Dread Zeppelin, q era zoeira mas ñ tão híbrido.
Rolou um trampo aqui: ñ sei mesmo se a guitarra é sampleada ou alguém tocou igual ao Johnny. Ficou perfeito. Subtextos e graças q ficam melhores quando se conhece as músicas originais – parte a parte – parodiadas.
“Three Little Birds” e “Glad to See You Cry” achei as mais legais; a segunda em algumas horas lembrando Toy Dolls, e isso é bom. Fica a dica do disco todo: ñ tem mau humor q resista.
Pelo menos uma vez.
RANQUEANDO MEUS DISCOS DO PRINCE:
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ADENDO OFF: 45 sons pra entender o rock industrial. Recomendo a viagem: https://www.treblezine.com/history-industrial-music-best-tracks/
ADENDO MAIS OU MENOS ON/CLICKBAIT: Cantrell está lançando disco solo independente (“Brighten”), então nada mais natural q abra o coração para possibilidades. Vai q cola. https://www.loudersound.com/news/jerry-cantrell-teases-prospect-of-an-alice-in-chainsfaith-more-collaboration
Por A + B tenho confessado por aqui q eu era mais assíduo na Bizz q na Rock Brigade, q passei a acompanhar um pouco mais a partir de 1995. Por isso, ñ acompanhei in loco a repercussão dum certo “metal alternativo” (Faith No More, Living Colour, Jane’s Addiction) nas revistas de metal à época.
Imagino terem sido ignorados todos, ou pixados como “modinha”, pra daí o tempo se encarregar de “aceitar”. Brigade pôs Red Hot Chili Peppers uma vez em capa, deve ter dado muita chiadeira…
Do q lembro de “alternativices” em Brigade, foi algum primórdio daquilo q se consolidou como new metal, chamado antes pela publicação de “alterna metal”. Um balaio confuso no qual incluíam ainda Placebo… Enfim.
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Pincei de duas Bizz de 1991 (reiterando o zeitgeist 1991, em q a publicação intuitivamente sacava o metal e as bandas alternativas ascendendo sobre o mainstream) resenhas sobre “The Real Thing” (Faith No More) e “Ritual De Lo Habitual” (Jane’s Addiction), a mim bastante interessantes passados 30 anos, e q creio ainda renderem um papo.
[edição 67, fev. 1991]
“‘The Real Thing’ – Faith No More (London/PolyGram)
Este é realmente um LP matador. Nove faixas que deram ao Faith No More o status de melhor grupo de 90 para a revista Spin. Altamente versátil – não apenas nos arranjos, mas sobretudo na variedade das composições -, o Faith realiza habilmente um crossover de thrash metal com outros estilos pesadões, como rap, heavy dos 70 e funk bombástico.
As faixas mudam de teor de forma assombrosa. Enquanto o funk metal ‘Epic’ termina com um piano acústico solo, é o ruído de uma hecatombe nuclear que dá cabo de ‘Surprise! You’re Dead!’. O mais esquisito é que logo após tamanho barulho entra ‘Zombie Eaters’ com dois violões e um teclado com timbre de cordas fazendo a cama para a comoção do vocalista Mike Patton.
Com setenta versos, a faixa-título abre o lado B. Banquete servido em taças de cristal e talheres de prata, ‘The Real Thing’ sintetiza numa boa duas décadas de rock’n’roll – sem exagero. Aqui não há desperdício de talento. Apesar da maestria de cada músico da banda, as linhas de todos os instrumentos são econômicas e há uma distribuição equânime de funções, inclusive da voz supervalorizada em outras faixas do álbum.
A ‘romântica’ ‘Underwater Love’ (tema tão bucólico para um grupo idolatrado por metaleiros) é a única de todo o disco em que não há tensão à flor-da-pele. O andamento é rápido, mas ela está inebriada por uma atmosfera soft que cria algum relaxamento – algo impossível de dizer sobre as outras faixas.
Com sotaque red-hot-chili-peperiano, ‘The Morning After’ mostra um riff de baixo repleto de slaps de funk. A letra traz indagações tipo ‘se estou morto, por que estou sonhando?’. Os torpedos disparados na música que abre o LP (‘From Out Of Nowhere’) percorrem um sinuoso e fantástico caminho até atingirem o alvo na derradeira ‘Woodpecker From Mars’. Sozinha, esta faixa instrumental já é uma epopéia. Base thrash realmente acelerada contraposta a um teclado quase minimal. Até o final, tudo vai se fundindo, guitarra estilo Hendrix, arranjo meio progressivo, está tudo ali. Enfim, um disco para quem gosta de porrada mas não perdeu o bom senso. Algum headbanger não gostou?
Celso Masson“
_-_-
[edição 72, jul, 1991]
“‘Ritual De Lo Habitual’ – Jane’s Addiction (Warner/WEA)
Você é maluco? Gosta de ELP e Van Der Graaf Generator, e não se conforma com o rock de hoje?
Pois há boas chances que o Jane’s Addiction resgate você desta penúria. Perry Farrell, vocalista da banda, é um hippie à antiga. Surfa, toma heroína, transa homens e mulheres, faz letras viajandonas e quer chocar a moçada. Tem ‘atitude’. O baixista e o guitarrista costumam dar beijões de língua na frente dos repórteres. O som é metal complicado, a bateria e o baixo fazem firulas intermináveis, as músicas são compridas.
As letras são sub-Burroughs (até quando, Senhor)? Você conhece o gênero: ‘Sou mutcho loco, meu, tomo todas e transo as minas enquanto reflito sobre o significado do universo’. OK, parece importante uma moçada tão radicalzinha chegar ao top ten americano, ombro a ombro, com MC Hammer e esses malas todos. Mas, Cristo, considerá-los como uma banda crucial, seminal e o escambau – como tem feito muita gente – é pesado.
O álbum começa com ‘Stop’, aquela da MTV, chata e longa. ‘No One’s Leaving’ é metal weird com uma boa linha (‘queria saber o apelido de todo mundo’), mas é muito longa. ‘Ain’t No Right’ até que é legal, na linha hardcore/Sly Stone; parece uma frota de Boeings caindo de bico numa vila dos Alpes suíços. ‘Obvious’ é, sorry, óbvia demais. O segundo lado é pior: ‘Three Days’ começa baladinha e acaba pau, citando a capa ‘ousada’ – quá, quá, uns bonecos imitando o Perry transando com duas minas, grande coisa! – enquanto a letra diz: ‘Erotic Jesus love his Marys’. ‘Then She Did’ é um épico setentão, ‘Of Course’ faz a linha ‘ciganos malvados dançando polca num pântano’ e ‘Classic Girl’ é chata.
Minha cópia de Ritual de Lo Habitual só não foi ainda para o sebo por causa de uma música. ‘Been Caught Stealing’ é jóia: uma batida sincopada coberta de guitarras barulhentas, cachorros latindo e uma letra legal, que faz o elogio da roubalheira. Diz que é bacana afanar. Lembra umas letras antigas dos Talking Heads, antes de Byrne começar a achar que era o gênio da raça – o que Farrell parece se achar.
Aliás, ele diz que a banda dura no máximo até o fim do ano. Vai com Deus, meu filho.
André Forastieri”
Rolê aleatório, já contei esta aqui, foi, usando a camiseta do “Coma Of Souls”, ir com a namorada jantar com 2 casais amigos dela, em q a playlist era só uns pagode raiz.
E em determinado momento, os caras me deixarem escolher uns “rock” pq eles tb curtiam rock de vez em quando, “tipo Legião“.
(o pagode ñ me ofendeu, tava de boa)
Rolê aleatório foi a famosa ida do Ratos de Porão pra dublar “Sofrer” no “Viva a Noite”, programa de Gugu Liberato de sábado à noite, em meados dos 90’s.
Ainda piorado por este q vos bosta bloga, q gravou em vhs mas esqueceu de selecionar o canal certo. Gravei 5 minutos dalgum filme do “Supercine”.
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Rolê aleatório foi o mesmo Ratos de Porão dublando “Sofrer” em pograma da Angélica na finada Tv Manchete.
Mas mais aleatório q esses aleatórios acima, achei este Faith No More no “Hey Hey It’s Saturday”, programa de variedades australiano q durou entre 1971 e 1999.
Com platéia elegante e ao vivo. Em 1993, tocando “Easy”. Posturas erradas, figurinos errados, enquadramentos bizarros e cara do Mike Patton dizendo muito mais do q eu conseguiria expressar ahahah
PS – o YouTube tb entrega q eles voltaram ao pograma em 1995 pra tocar “Evidence”.