SUBTERRANEAN JUNGLE
Vou concordar de cara com quem objetar q é o tipo de coisa q perde a graça rápido. Balizado pelo bom ou mau humor do dia. Meio ouvir 3 vezes e largar, eventualmente voltar a ouvir pra dar uma risada a cada ano bissexto.
Mesmo assim, vou tentar justificar contextualizando:
se lá nos longínquos 90’s, a regra passou a ser misturar gêneros (Faith No More icônicos, mas ñ só), o q temos até hoje em dia, tenho q no fim dos 10’s começou a zoeira algorítmica dos mash-ups, um deepfake sonoro. Q vem ficando cada vez melhor, meio q o pessoal dom(in)ando a tecnologia pra conteúdo menos fútil.
Tecnologia ligada ao musical já tb duns 30 anos, do Autotunes e do Pro Tools q alguns de nós já nem reparam ou se incomodam mais. Até pq mais disfarçado: o requinte de disfarçar sem parecer disfarçar. Etc
E se isso pode ser perigoso adiante, com montagens cada vez mais realistas com pessoas supostamente dizendo coisas q interessam a grupos e interesses escusos, menos mal esse tipo de trucagem sendo usado pra música, com fins de entretenimento e tudo bem.
Já tinha lido em algum lugar sobre esse “Bobby Ramone”. Vindo da França. Nem fui atrás. Bob Marley fundido a Ramones. Caiu a ficha hoje, vendo o JG no Instagram tocar o bolachão (q até o selo zoa o da Sire Records) de “Rocket to Kingston”. E rachei de rir ouvindo no carro até o trabalho.
Ñ é perfeito – e méritos a isso: ñ soa frio e matemático – e situo numa linhagem Beatallica (ainda existe?) mais q de Dread Zeppelin, q era zoeira mas ñ tão híbrido.
Rolou um trampo aqui: ñ sei mesmo se a guitarra é sampleada ou alguém tocou igual ao Johnny. Ficou perfeito. Subtextos e graças q ficam melhores quando se conhece as músicas originais – parte a parte – parodiadas.
“Three Little Birds” e “Glad to See You Cry” achei as mais legais; a segunda em algumas horas lembrando Toy Dolls, e isso é bom. Fica a dica do disco todo: ñ tem mau humor q resista.
Pelo menos uma vez.
Tiago Rolim
10 de dezembro de 2021 @ 11:44
Achei isso genial. Passei a semana passada ouvindo. Piada boa resiste a uma semana. Ano que vem ouço de novo. Mas, fiz minha parte, repassei p todo mundo que conheço. Heheheh
Muito legal. Divertido. E p acabar, finalmente um punk de verdsde cantando nos ramones. 😉
André
10 de dezembro de 2021 @ 13:59
Ouvi uma vez e foi o suficiente kkk
märZ
11 de dezembro de 2021 @ 19:56
Um amigo comprou o LP importado, pagou uma pequena fortuna. Achei o conceito interessante, baixei e ouvi uma vez somente. Talvez ouça uma segunda. Talvez.
Marco Txuca
12 de dezembro de 2021 @ 00:56
Essa foi pra acabar mesmo, Tiago: “finalmente um punk de verdade cantando nos ramones” ahahah
marZ: acho q esse é o acerto do hype. Lançado como disco, sem assinatura (autoria desconhecida “misteriosa”) em vez de canal de YouTube ou por mídia digital. Pegou como “coisa séria”.
Como tanta coisa séria, sem aspas, q se perde e se dilui nos algoritmos cada dia mais fugazes.