EMBATE
versus
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Ainda no embalo dos pedidos e sugestões feitas…
PIORES DISCOS DE HEAVY METAL INTERNACIONAL PRA MIM:
1. “Blowin’ Up the Machine”, Meldrum *
2. “Touched By the Crimson King”, Demons & Wizards #
3. “Believe”, Girlschool
4. “Animositisomina”, Ministry
5. “Falling Into Infinity”, Dream Theater
6. “Horror Show”, Iced Earth
7. “Sick Society”, Chastain *
8. “Collideøscope”, Living Colour
9. “Demonic”, Testament
10. “Virtual XI”, Iron Maiden
BÔNUS PRA SIBÉRIA: “Doomsday Rock’n’Roll”, do Chrome Division
MENÇÃO DESONROSA: “Reroute to Remain”, In Flames
Fora as fitas contendo Artillery (q ñ revisitei) ou tranqueiras do naipe de Iron Angel e Nasty Savage, q tenho gravadas no hd e ñ tive a manha de revisitar!
* álbuns resenhados por aqui
# álbum outrora resenhado por aqui (quando era no Terra) e q ñ penso em reprisar
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CRITÉRIOS PARA VOTAÇÃO:
Conforme o amigo Yulo levantou (nos comentários da lista da sebunda passada), ñ pode haver gratuidade na coisa: aquilo de ñ se gostar mesmo duma banda, daí listá-la – e outras similares – de monte.
Eu ñ curto metal melódico, hard poser, nem nü metal; no entanto, citar discos desses nichos ñ trará nenhuma graça à pauta. Do mesmo modo como com alguns álbuns q comprei sabendo se tratar de lixo – como com o “Elements Pt. 2” (Chatovarius) – q preferi ñ citar.
I. de modo q fica legal listarmos bandas/álbuns q de alguma maneira ouvimos, compramos (e ainda temos) ou baixamos com alguma expectativa – e nos frustramos. Ou de alguma banda preferida, q nos decepcionou fudidamente. Ou ainda algum álbum q achávamos do cacete e q, revendo mais tarde, percebemos ser uma merda
II. de minha parte, por fim, ñ citei o “St. Anger”, pq escapei de comprá-lo. Ñ o faria quando saiu, e a esposa ganhou um piratex anos atrás, o qual ouvi atentamente pra ver ter me livrado de boa. Tb me recuso a aceitá-lo na comunhão de bens (ahah). Quem quiser considerá-lo HORS CONCOURS, anuncie-o. E eu pediria ao Rodrigo para atribuir simbólicos 15 mil pontos em homenagem
Semana q vem, piores do metal nacional!
“Psalms Of Extinction”, Pain, 2007, Roadrunner
Capinha esquisita essa: sujeito meio Rammstein, algo Kraftwerk, meio imitando porcamente o Mike Patton gomalinado e metido a decadente dos últimos tempos. Cores em vermelho e preto denotando tb influência daquele paspalho do Barbie Manson… Ia vendo o cd na loja e encafifando: Pain ñ é aquele projeto paralelo tecno/industrial do Peter Tagtgrën, do Hypocrisy?
Ia forçando percepção pra começar a admitir q o cara da foto era o Tagtgrën, sem convicção. Deixa eu ver os nomes dos sons: “Save Your Prayers”, “Clouds Of Ecstasy”, “Walking On Glass”… nada muito claro. Pain tb pode ser disco/projeto de dijêi fuleiro – o Igor Caganera ñ lançou o tal Mixhell? “Computer God”… cover do Sabbath? Tomara q ñ. O mesmo sujeito na contra-capa, fazendo biquinho e parecendo o Johnny Depp.
Só me convenci nas letrinhas miúdas, q citam “Credit: 2007 Abyss Productions” e lançamento nacional Roadrunner. 6 conto em oferta, é esse Pain mesmo. Peguei.
E antes de pôr pra rolar, fui às letras: maioria muito, mas muito derivativas de Nine Inch Nails [S.U.P. reprisado em mar/10]: aquela marra forçada, de gente q se fodeu ou foi trapaceado, e sai xingando, jurando vingança, essas coisas; “Bitch” exala misoginia forçada. Outras, bem vagas, sem dizer a q vieram. As 3 realmente interessantes achei “Clouds Of Ecstasy”, falando em mundo de celebridades, ilusões holywoodianas (ditas por um sueco?!), “Bottle’s Nest”, sobre alcoolismo em 1ª pessoa (autobiográfica?) e as recaídas características, e ainda “Zombie Slam”, vampirista, destoante de todo o resto.
No mais, participações creditadas de Mikkey Dee (tocando bateria em “Zombie Slam”), Peter Iwers (do In Flames, tocando baixo em “Save Your Prayers” e “Nailed to the Ground”) e Alexi Pirr-laiho (do Children Of Boredom) solando na “Just Think Again”. “Play Dead”, cover de Björk. Hmm…
Daí foi botar o disco de nome ruim pra rolar. E o q se pode afirmar é ñ ser um álbum homogêneo: ñ, quase ñ há coisa q lembre o Hypocrisy por aqui (o refrão da 1ª faixa, “Save Your Prayers”, e só). Tampouco registros vocais rasgados consagrados do Tagtgrën: quem pegar “Psalms Of Extinction” com essa expectativa, se ferrará. Todavia, a versatilidade vocal – com dobras, harmonizações, sobreposições, saturações – exibida ao longo das 12 faixas é, pra mim, PONTO ALTO do trabalho (ficando-me até dúvida sobre haver vocalistas convidados ou ñ. Embora seja fato haver algo, ñ creditado: o vocal feminino, interessante, em “Just Think Again”), além do trampo de teclados, ora bem timbrados (início de “Just Think…” parece cello), ora oferecendo contrapontos melódicos às guitarras ásperas.
O q Tagtgrën parece querer com o Pain é acontecer como algo pop pesado, afinal fosse pra ter mais um projeto true, tvz dedicasse (mais) tempo aos tantos outros q já têm. Por isso, nada estranho versões européias conterem cover de Depeche Mode como bônus, nem os tantos sons com refrões grudentos/repetitivos… Algo q certamente afastará gente mais radical, q desejará passar ao largo de lembrar terem ouvido POE. De influências variadas: compressões guitarrísticas lembrando Ministry [S.U.P. dez/09](mas ñ só: há palhetadas duras e secas aqui e ali), ambiências vocais inspiradas (e ñ chupinhadas) de NIN e de industrial eletrônico, cadências à Rammstein (embora inexista um som exatamente lento), bateria eletrônica… Por um outro lado mais repulsivo, sons como “Nailed to the Ground”, “Does It Really Matter?” e “Walking On Glass”, fossem de banda estadunidense, teriam sido hits dignos (modo de dizer) de new metal (!), ou do Lacuna Coil americanizado recente.
Ñ são músicas genéricas, nem gratuitas: a despeito das influências citadas (e várias outras q ñ sei identificar), o q predomina são as GUITARRAS apitando e a musicalidade de Tagtgrën, na intenção – louvável – de tentar algo diferente: tanto projeto paralelo redundante por aí, este se mostra exceção à regra. Com minhas minhas favoritas sendo as mais pesadas e de teclados mais interessantes: “Zombie Slam” (q conta com o Mikkey Dee do Motörhead, grooveado, e ñ o firulado do King Diamond), a melancólica faixa-título, “Just Think Again” (belo solo do Pir-laiho), fora “Bitch” (de riff sinuoso pra matar de inveja os Chrome Division da vida) e “Play Dead”, q consegue a proeza de soar épica e claustrofóbica a um só tempo.
Tb ñ é aquele disco fundamental ou memorável, embora passe longe de ser tranqueira. Se a pessoa trabalha com produção (q é excepcional) ou tem mente aberta suficiente, vale passar na loja da Paulista onde o comprei e desembolsar 6 contos nele.
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CATA PIOLHO CLXXX – Jogo dos 7 Erros (capístico):
“Unlimited”, Susperia, 1994, Tabu Recordings/Haunted Records
Demorou bem pouco na 1ª audição deste “Unlimited” então recém-comprado – 45 segundos e entrada do vocal na 1ª faixa, “Chemistry” – pra eu entender de vez pq Eric Peterson, no dvd “Live In London” recente, trajava uma camiseta do Susperia: diabos, o Susperia é praticamente o Testament norueguês.
Intercâmbio muito louco essse de bandas thrash clássicas e formações escandinavas, certamente culpa dos festivais europeus, q ñ a toa “gerou” o paralelo metido a black (do próprio Japa Peterson. Corpepaint incluso) Dragonlord, e q tb vem envolvendo o Exodus; a diferença é eu ver nos últimos influência mais do q influenciar (o“The Atrocity Exhibion – Exhibit A” pra mim, sem trocadilho, é prova). Ou existiria por ae algum similar/franquia norueguesa da horda de Holt e Hunting?
Ñ q o Susperia seja escarradamente chupim de Testament. Faltam solos garbosos (são bem poucos, por sinal), falta um trampo baterístico (sobretudo em comparação ao Testament noventista pra cá) e falta aquela produção típica. Mas em cada um dos sons de durações idênticas deste álbum, se percebe passagens muito a ver, reflexo sobretudo do vocalista Athera, praticamente um irmão do Chuck Billy perdido lá nos fiordes [Curiosidade adicional, voltando ao intercâmbio: o novo do Susperia, “Attitude”, tem participação do próprio Billy. Vai ser difícil sacar quem é quem..]; além disso, percebe-se nos 10 sons de“Unlimited” outras influências e referências q ora destoam, ora complementam a influência thrash-mor.
Harmonizações guitarrísticas modernas como as de “Chemistry” e “Years Of Infinity” dificilmente se veria num trampo dos estadunidenses, como tb passagens de guitarras e vocais limpos dobrados (influência de In Flames, no meu entender, como em “Mind Apart”. Ou de Machine Head, em “Years Of Infinity”, q no fim Athera tb dá uma de Bobby Blitz, do Overkill), levemente americanizados, e até mesmo som q me lembrou bandas finlandesas tipo Amorphis (“Home Sweet Hell”, o mais acessível – e ñ no bom sentido – do álbum), fora “Devil May Care” e seus backing vocals femininos presentes – entre sexy e demoníacos – revelam razoável diversificação e, até tvz, pretensão comercial.
Porém, o motivo de eu resenhar “Unlimited” nesta pauta bloguística é justamente pelo q o trabalho tem de demérito: a produção claramente digital, em q se percebe o som meio borrado, chapado, uniforme. Sem audição atenta, corre-se o risco de parecer tudo um mesmo som, haja visto as timbragens todas muito parecidas, ñ sendo tanto demérito de composições maçantes, existentes uma ou outra, sem predominar. Nada mal gravado, pelo contrário: sem vibração. Na bateria então, é aquele som de bumbo uniforme, pratos q soam demasiado estridentes (provavelmente tratados na mesa de som) e um som de caixa quase opaco, no qual conforme a equalização do aparelho de som fica até perdido em meio aos bumbos. De modo q gastar mais q 5 contos nisto – a ñ ser q se aprecie as produções digitais hodiernas – é prejú. Ou remorso de ñ ter gastado o montante num x-burguer.
Falta falar, como informação de praxe, da formação dos caras: Athera (vocais), Elvorn e Cyrus (guitarras; o 1º, creditado como guitarrista-base apenas), Memnock (baixo) e Tjodalv (baterista), 3 deles da turma do Dimmu Borgir – guitarristas e baterista tendo já tendo tocado por ali, Cyrus e Memnock com passagens no Old Man’s Child e o vocal tb titular no paralelo Chrome Division – ao q me cabe invejar: quem dera morar na Noruega pra ter bandas titulares e paralelas à vontade, todas gravando álbum, a maioria excursionando…
Falta espezinhar ainda o trampo baterístico: para além da timbragem maçante (essas gravações digitais são a falência total da técnica baterística, sobretudo se o baterista adere e nela se encosta de vez), Tjodalv quase sempre toma os caminhos mais fáceis nos sons por aqui. Nenhum som tem aquela levada thrash característica – “Off the Grid” e “Beast By Design” PEDEM ela! – nem variações de condução (é tudo levado no chimbau), tampouco viradas em quantidade razoável; e se alguns sons têm breves passagens blast, o q se lamenta é tudo ser muito breve, com levadas repletas de bumbos em semicolcheias conspirando em favor da monotonia. Ñ é um baterista ruim, mas sujeito q poderia melhorar os arranjos com certeza. Torná-los mais instigantes até, já q fazer jus ao nome do álbum, ñ rolou. Tvz com o Gene Hoglan ou Paul Bostaph (um ex, o outro atual titular no…Testament) rolasse ahah
Para concluir, duas coisas ainda: citar os sons legais e lançar provocação. No meu entender, 4 sons são realmente bons aqui: “Off the Grid” e “Beast By Design”, pelo q têm de pedaços e “potencial” thrash, e “The Coming Past” e “Untouched”, q em quase suas totalidades lembram Testament safra “The Gathering” (exageros à parte. A 1ª com passagem veloz de bumbos a contento, embora breve, enquanto a 2ª contendo o melhor riff, tercinado, do álbum). Claro q isso é bastante subjetivo – lançar por aqui as melhores, ou as q ME convencem mais – pois vários outros trechos de quase todos os sons (exceção pra mim a “Home Sweet Hell” e seu refrão de contratempos quase poperô) têm passagens e riffs interessantes, mas q ñ chegam a ser uma música toda legal.
Uma variável a ser considerada: é o único trampo dos noruegueses q conheço; vai q em álbuns seguintes formataram melhor proposta, adquiriram cara mais própria etc. O q resenho aqui é obra de banda q achei pouco original e q, se soa simpática nas primeiras audições, ñ vejo como se chegar na 5ª com o mesmo interesse. A provocação: ouçam “Unlimited” e depois o “The Formation Of Damnation”. Guardadas as devidas proporções, soa coisa de CRIATURA INSPIRANDO CRIADORES. Ou nem??
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CATA PIOLHO CLXXVII – Jogo dos 7 Erros: