DIRIGÍVEL PB 82
DISCOS DO LED ZEPPELIN PRA MIM:
- “Physical Graffiti”
- “Presence”
- “III”
- “I”
- “In Through the Out Door”
- “Coda”
- “IV”
- “Houses Of the Holy”
- “The Song Remains the Same”
ñ tem 10 pq o “II” ñ tenho e jamais terei.
DISCOS DO LED ZEPPELIN PRA MIM:
ñ tem 10 pq o “II” ñ tenho e jamais terei.
(post surgido duma conversa com o amigo märZiano tempos atrás)
MELHORES DISCOS CUJAS FAIXAS-TÍTULO ENCONTRAM-SE EM OUTRO ÁLBUM DA BANDA:
Álbuns sem nome o Led Zeppelin já cometeu; músicas sem nome, aqueles malucos islandeses do Sigur Rós já fizeram. Se contarmos o monte de faixas-bônus sem nome em cd’s, a coisa vai bem mais longe…
E q tal uma banda sem nome? O logo e o nome são uma barrinha preta. Vêm da República Tcheca os ilustres.
Link do Metal Archieves, sensacional:
http://www.metal-archives.com/bands/%E2%96%88%E2%96%88%E2%96%88%E2%96%88%E2%96%88%E2%96%88/3540358943
E a explicação do site, de como nomeá-los por “Black Strip” (ahahah): The band has no name; only a solid bar used instead. On sites limited to ASCII input, the band have also gone by “nic” (Czech for “nothing/null/none”). For sanity’s sake, this band may be referenced on Metallum by searching for “Black Strip”.
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Lembrei q o Prince uma época ñ tinha nome, adotando um símbolo ñ-verbal pra ferrar a gravadora. Mas era artista-solo.
E algo q me ocorreu, lendo sobre a banda: q porra seria “Post-Black Metal”?
Ouvi uma nova do Dream Theater ae. Nem lembro o nome. A impressão q me ficou foi a de q ñ mudaram coisíssima alguma. Tanto auê pra soarem igual a antes?
Mas daí cheguei à conclusão de q realmente mudar baterista ñ mudaria em nada a banda. Vai mudar – e pra pior – a hora q rancarem o Jordan Rudess ou o Gralha LaBrie de lá.
Em conversinha à tôa tida com o miguxo Rodrigo no Facebook, ponderava ele sobre o Mike Porretnoy estar quebrando a cara: a banda continuou sem ele – cagaram e andaram em compasso 9/16 – e, pra piorar, andam tocando ao vivo qualquer som q ñ tenha letras dele.
O sujeito vem tentando emplacar alguma banda nova, no mesmo naipe das bandas prog virtuais brasucas: tentando causar alguma coisa na net. Cara de q ñ sairá muito coelho desse mato. Aposta antipática minha.
E aí começa a apelação: notas whipláshicas (q nem li), dando conta do sujeito estar processando a ex-banda. Por q catso? Pra aparecer. Ou pq ñ lhe devolveram as cuecas q ficaram dentro dum dos bumbos, sei lá.
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Os demais, na minha opinião, adotaram a postura mais sábia e sóbria: tirando uma ou outra alfinetada pra cima do MALA, vão é deixando o seboso se enforcar, e por tabela entregar os reais motivos da cisão.
(Ah, sujeito vem num freela com o Stone Sour – quem??? – tocar por aqui, tirar uns trocados).
E minha conclusão é a de estarmos assistindo ao nascimento dum novo Paul Di’Anno, sujeito mequetrefe q passará os próximos anos tentando manchar a ex-banda, mas só conseguindo PROMOVÊ-LA e afastar ainda mais os fãs ñ totalmente xiitas. Poderia aprender (aliás, verbo por ele pouco conjugado) com o Charlie Sheen, q fora ganhar indenização da tv pela demissão, ainda saiu falando bem da série sem ele, desejando – hipocritamente ou ñ – boa sorte a quem ficou. Posa de bonzinho e a longo prazo vai se mantendo.
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Chequinho com royalties vai chegar uma vez por ano.
Os trocentos projetos paralelos/tangenciais/co-secantes/perpendiculares continuarão com a devida repercussão nula (no máximo, com selinho de “ex-Dream Theater“ na capinha dos cd’s), de quem CONTINUA desesperado pra tocar com quem quer q seja, até meio sem critério.
E aí, ao invés das comparações recorrentes e estéreis com Neil Peart, fico aqui pensando: se o mundo fosse realmente como aquele filme do M. Night Shayamalan, “Corpo Fechado”, o Porretnoy certamente seria o AVESSO dum Dave Grohl.
O q tem o Dave Grohl?
Toca com monte de gente e ñ soa seboso. Soa gente boa, q se oferece de boa pra tocar com os outros. Ou q é convidado, sem bajulações. E toca/tocou com Queens Of the Stone Age, Killing Joke, Juliette & the Licks, Garbage, Nine Inch Nails, Them Crooked Vultures e sei lá mais quem. Ou mesmo em jams acháveis no You Tube, com pessoal do Rush ou do Led Zeppelin.
Porretnoy, o mais perto q chegou do Rush foi CAGAR nas músicas q executou (sim, duplo sentido!) em “Working Man”; do Led Zeppelin, montar banda cover. Toca com monte de gente? Sim, monte de gente q toca prog, comunidade mais autista q aqueles amish estadunidenses.
O q quero concluir: Porretnoy toca MUITO MELHOR q Grohl. Mas periga virar fóssil de revista de baterista. Grohl simplesmente saiu da acomodação de ter feito banda duma puta banda (gostando-se ou ñ, o Nirvana foi grande. E o sujeito poderia viver da fama de “ex-Nirvana“) e montou outra – sem qualquer viuvice ou sentimentalismo atroz – ainda mais bem-sucedida.
Ah, gravou o 1º do Foo Fighters sozinho, sem ninguém o chamar de punheteiro.
Enfim.
No mais, um link dum gringo esculachando o sujeito (Porretnoy, ñ o Grohl), q achei bem interessante. E nada dado a totemizações:
http://whiplash.net/materias/news_847/138515-dreamtheater.html
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PS – ñ gosto de Foo Fighters
Pauta q pretendia sazonal, meio q a cada 6 meses. E q descobri ter lançado da última vez ano passado (9 de agosto). Tomara q doravante eu acerte!
Detalhe: só valerem álbuns COMPRADOS. Baixados, ñ.
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1. “The X-Files: The Album”, vários
2. “Dead Again”, Mercyful Fate
3. “Dark Ages”, Soulfly [recomprado]
4. “Come On Die Young”, Mogwai
5. “Anorak In the UK Live”, Marillion
6. “Presence”, Led Zeppelin
7. “The Haunted”, The Haunted [recomprado]
8. “Kind Of Blue”, Miles Davis
9. “Time Waits For No Slave”, Napalm Death
10. “The Best Of the Art Of Noise”, The Art Of Noise
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OFF: minha pauta na semana no Exílio Rock foi cronofágica, sobre os 20 anos do “The Laws Of Scourge”. Caso apeteça, compareçam à filial poeirenta do Thrash Com H, em www.exiliorock.com.br/blog
(dedicado ao doggmático)
E publicado originalmente em 16 de Abril de 2004.
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“Stain”, Living Coloür, 1993, Epic/Sony
sons: GO AWAY/ IGNORANCE IS BLISS/ LEAVE IT ALONE / BI / MIND YOUR OWN BUSINESS / AUSLÄNDER / NEVER SATISFIED / NOTHINGNESS / POSTMAN / WTFF / THIS LITTLE PIG / HEMP / WALL
formação: Corey Glover (vocais), Vernon Reid (guitarras), Doug Wimbish (baixo), Will Calhoun (bateria)
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Os caras estão aí (eu e a Carol iremos!), e é a deixa pra falar do melhor disco do Living Coloür. Disparado. (Nem ouvi esse novo aí, mas dane-se). Pq é pesado, carregado e SOMBRIO, como nenhum dos outros.
[“sombrio” aqui, ñ está sendo utilizado no sentido q ultimamente vem tendo, das bandas q fundem metal a eletrônico, ou a gótico, ou aquelas metidas a industrial, gótico ou eletrônico].
“Mancha” (stain) só se foi no clima da banda quando do lançamento do cd, q diziam estar deteriorado, desgastado. Ou o hit do Garotos Podres (ae, Guilherme!). Pq “Stain” é um ARREGAÇO só.
Quando eles surgiram, eram meio atração de circo: ‘uau, banda de negão tocando rock’ (racismo enrustido travestido de marketing tosco – negro nunca tinha tocado rock?) (Jimi Hendrix o quê?), usando calças colantes, e lançando o “Vivid” com bênçãos de Mick Jagger (grande bosta), q tocou gaita e produziu umas 3 faixas ali. Com um sonzinho q ñ ia nem pro hard nem pro funk’o metal, e cheio de slaps (argh!), mesmo com faixas como “Cult Of Personality” ou tendo o riff speed metal de “Funny Vibe”.
No “Time’s Up” seguinte, a coisa melhorou. Som melhor, músicas melhores, provocação aos branquelos (“Elvis Is Dead”, com participação de Little Bichard), mais peso: “Time’s Up”, “Type”, “Love Rears Its Ugly Head” (uma rara balada decente), “New Jack Theme”, e tal.
Lançaram ainda um ep chamado “Biscuits”, catadão de lados-b e coisa ao vivo legalzinho tb, mas o “Stain” pra mim foi o APRIMORAMENTO deles. Dividi-lo-ei em 4 categorias, uma vez q pra mim só há 2 sons ruins:
Sons ruins (“Hemp”/”Wall”): a 1ª é uma vinhetinha experimental, com alguém discursando, tvz pró-maconha. Era a única letra no encarte, e eu ñ lembro bem, por isso o chute; “Wall” é a única q tvz coubesse no “Vivid”: funk com slaps, mesmo q discretos (eu ñ suporto!), comum demais, e q por ser a última faixa ficou até melhor: dando pra parar na “This Little Pig”.
Sons experimentais – têm seu valor (“Bi”/”WTFF”): “Bi” foi equivocadamente lançada como single, devido à polêmica apologia à bissexualidade (“everyone wants you when you’re bi”), mas como som é interessante. Grooves retos, partes meio eletrônicas, e o baixo levando a música cheio de efeitos e harmônicos. Aliás, o baixista-monstro Doug Wimbish é o destaque do disco: nunca ouvi uma timbragem de baixo tão sólida, tão pesada (em “Ausländer” parece uma turbina de avião!), tão perfeita; tanto q, pelo que notei, nenhuma guitarra foi dobrada em hora de solo ao longo do disco: o baixo segura a onda com folga. E tb carrega a música em “Nothingness”.
“WTFF” é a outra vinhetinha, mas mais legal. Curtinha, sons ambientes, textura industrialóide de guitarra, uma fala solta no meio, e umas passagens meio rap (batida eletrônica e tudo). Até boba, mas ñ destoante no cd.
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Sons bons pra caralho (“Leave It Alone”/”Never Satisfied”/”Postman”/”Go Away”/”This Little Pig”): todos eles naquela cadência mid-tempo coloquial aos caras, e caprichados nos riffs e harmônicos guitarrísticos, como em “Leave It Alone” (um Led Zeppelin de macho), e em “Never Satisfied” – com um PUTA refrão, e q poderia ter saído em single, q ñ os queimaria. “Postman” tem uma intro de bateria genial, pq absurdamente simples – o q ñ é “pegada”? – e o refrão mais gritado e ‘dramático’ do disco. O trampo da cozinha – como em todo o disco – é SOBERBO. Integração total.
“Go Away” abre o disco chutando a porta e dando marretada ao mesmo tempo; sua virada inicial (pesada e com harmônicos de baixo) era utilizada como abertura dum ex-programa na mtv, ‘Flashblack’. É pesada, obsessiva (repetitiva) e, como em “Bi”, “Mind Your Own Business” e “Auländer”, tem um peso de guitarra MASTODÔNTICO, único, irreconhecível e até bastante tosco em se tratando de Vernon Reid. “This Little Pig” é quase um thrash, a mais rápida, com o Calhoun sentando a mão, alternando partes rápidas e lentas. Começa com microfonias e dissonâncias, entra num groove com guitarra solando, e daí vai ladeira abaixo.
Sons absurdos, de tão loucos (“Mind Your Own Business”/”Ausländer”/”Nothingness”/”Ignorance Is Bliss”): alterna partes (bem) lentas e rápidas tb “Mind Your Own Business”, a mais LOUCA de todas. Quando lenta, é arrastada tipo Black Sabbath, quando fica rápida, quebra do nada, sem virada. Parece impossível de se reproduzir – tomara q a toquem no show. Parece até bateria eletrônica… “Ausländer”, além do som de turbina, é barulhenta pra porra, curta, grossa e rápida, embora grooveada (só ouvindo pra entender, ñ dá pra explicar) e tem uns barulhos repetitivos de fundo, de coisa quebrando, hipnóticos. Pra ouvir e sair dando porrada. Solo de guitarra aloprado (sem preocupação com técnica, escala: zoeira), termina seca.
Sons de grilos introduzem (e repetem-se pelo refrão de) “Nothingness”, uma obra-prima new age metal de autoria do Calhoun (assumo a pagapauzice). Vozes etéreas, sons sintetizados – mas legais – de guitarra, ainda assim também viscerais. Tb ñ se explica (eu não consigo!), melhor ouvir. (Foi single do disco, tocava no rádio, e teve clipe etéreo na mtv). É “balada”, mas ñ é ao mesmo tempo – baladas costumam ser flácidas, e pouco densas, e nem têm o baixo comandando. Ñ é MESMO o caso aqui.
Fora isso, a outra melhor música (fora “Mind Your…”) acho “Ignorance Is Bliss”. Pesada e elegante – é jazz e é pesada na mesma medida – tem a levada toda no chimbau, como em quase todo o disco, aliás (só “Postman” e “This Little Pig” têm momentos conduzidos no ride), q é o q diferencia o som. Calhoun faz umas firulinhas típicas de prato em jazz no chimbau, e fica do cacete.
Aliás, um parêntese Will Calhoun: baterista FUDIDO, quase ñ faz virada (dá pra contar umas 10 ou 11 em todo o disco, por alto), e q toca grooves q nem são difíceis de se tirar, mas q ao mesmo tempo soam impossíveis! O som característico da caixa, por cima de tudo e saturada de reverb, além de grave pra cacete, o distingue de todos os outros bateristas. Aberturas de chimbau parecem escorar (ao invés de escapar) das batidas. Nem usa pedal duplo, ou 2 bumbos, mas nem precisa – ñ faz a menor falta! “PEGADA” deve ser o nome do meio dele.
Acho, afinal, q deu pra passar q “Stain” é um disco do caralho, certo? Perguntas?
Minha birra pra com o Led Zeppelin creio já ter sido bastante (suficientemente) exposta aqui no blog, noutras situações. E a nota whipláshica abaixo acaba sendo bastante autenticadora da memorável colocação de Homer Simpson, num dos raríssimos episódios d’Os Simpsons q já assisti, q afirmou ser o Led Zeppelin banda de “ladrões de riffs de blues americano”.
(ou era sobre o Jimmy Page ser ladrão de riffs de blues americano, ñ lembro bem. Mas foi dito, e alguém mais nerd q eu por aqui haverá de me corrigir com as devidas vírgulas e aspas em seus devidos lugares ahahah)
Se de blues ou ñ, tanto faz; mas sobre terem sido “ladrões”, isso parece certo. É sobre um certo Jack Holmes estar processando Jimmy Page por “Dazed And Confused” (do “Led Zeppelin I”) ser dele, na verdade, e ñ do guitarrista satânico de butique. Em:
http://whiplash.net/materias/news_862/110640-ledzeppelin.html
Fora o espanto em o processo estar se dando mais de 40 anos depois de gravado o som – o cara deve estar dando por falta de dinheiro pra Viagra ou fosfosol – quando ouvi ontem à tarde sobre isso (na Kiss Fm), meu xará locutor dublador do Patrick do Bob Esponja fez questão de pontuar ñ ser o 1º processo por irregularidade ocorrido com a ex banda.
Pois “Travelling Riverside Blues”, versão de Robert Johnson, consta ter saído numa coletânea ae sem o devido crédito; e tb “Stairway to Heaven” ter sido acionada, anos atrás, como chupim dalguma banda psicodélica obscura de q ñ prestei bem atenção ao nome.
Deve ter no You Tube isso. Enfim.
Bão, chegou o dia das charadas finais, q provavelmente confirmarão o ponteio q o miguxo Rodrigo veio fazendo desde o início do torneio. No entanto, ñ me parece q o 2º lugar esteja assim tão cativo…
E segue ainda o aviso da lista “I”, das Oitavas De Final (duas semanas atrás), q permanece insolúvel, apesar da dica certeira ali oferecida. Quem a elucidar terá a pontuação por mim duplicada.
No mais, as listas Semifinal e Final abaixo seguem, por ora, sem dicas.
(Tem q perguntar, cacete!)
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SEMIFINAL
10 bandas e uma relação entre elas:
1. Claustrofobia
2. Queen
3. Fantômas
4. Led Zeppelin
5. System Of A Down
6. S.O.D.
7. ZZ Top
8. Joy Division
9. Krisiun
10. Emerson, Lake & Palmer
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FINAL
10 bandas e uma relação entre elas:
1. Marduk
2. PoisonGod
3. Fear Factory
4. Amorphis
5. Ramones
6. Black Sabbath
7. Sex Pistols
8. Nightwish
9. Trio Los Angeles
10. Grave Digger
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“Houses Of the Molé”, Ministry, 2004, Sanctuary Records/Century Media
sons: NO W * / WAITING * / WORTHLESS / WRONG * / WARP CITY * / WTV * / WORLD / WKYJ / WORM + faixas bônus
formação: Alien Jourgensen (vox, guitars, slide guitar, bass, harmonica, de-programming), Mike Scaccia (lead guitars, guitars, bass), John Monte (bass), Mark Baker (drums on “Worthless”, “Wrong” and “Wrap City”, percussion).
Membro creditado sem estar na foto do encarte: Max Brody (programming, drums on “WKYJ”, sax on “Worm”); backing vocals: Angie Jay, Odin Myers, Carl Wayne, John Monte, Mark Baker, Mike Scaccia, Max Brody; participações outras: Kol Marshall (B3 on “WKYJ” and “Worm”), Turner Vanblarcum (dj on “WKYJ”)
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Assumo ñ me achar o sujeito mais indicado pra falar em Ministry, por conta de conhecê-los só o básico: “Stigmata” (do “The Land Of Rape And Honey” q o Sidola me deu o Lp anos atrás), “Thieves” (pelo clipe e versão S.O.D.) e, integralmente, o consagrado “Psalm 69”.
Ñ os acompanhei nos álbuns seguintes, “Filth Pig” e “Dark Side Of the Spoon” – a ñ ser a versão chata (vi o clipe) de “Lay Lady Lay”, de Bob Dylan – embora soubesse q o som nesses tinha voltado aos moldes anticomerciais anteriores a “Psalm 69”, de músicas monolíticas, monótonas e extensas (às vezes cansativas), de timbragens mais pro eletrônico (embora contivessem guitarras pesadas), ainda mais nas programações baterísticas “duras”, “retas”. Q o diga o anêmico anterior, “Animositisomina” (q comprei no mesmo dia deste), parido apenas 1 ano antes.
“Houses Of the Molé” basicamente foi uma retomada de Al Jourgensen (doravante chefão do Ministry, ante saídas e falecimentos de colaboradores anteriores) aos moldes metal da coisa – ao som do “Psalm 69” – de guitarras abrasivas, às vezes gravadas de monte (e por isso soando muitíssimo “na cara”), baixo sujo e grave, fora baterias alternando entre as programadas e as executadas. E, felizmente, soando todas ostensivas, opressivas, intimidatórias. “Altas”.
A quem lembrar de “N.W.O.” e de “Just One Fix”, hits antigos, e de “Scarecrow” (todas do “Psalm 69”), baterias naquele naipe. O quesito vocais tb soa diferente, mais metal, pq menos distorcidos no sentido “abafados” do termo: mais guturais e reverberantes. O Ministry é bom assim pra mim.
E o álbum teve maior repercussão q os a ele anteriores provavelmente por conta dessa retomada sonora, assim como tb pelo prosseguimento na idéia de parodiar álbuns setentistas em títulos (neste, a paródia é do Led Zeppelin, como ocorrido já com Pink Floyd e ocorreria ainda no seguinte “Rio Grande Blood”, em relação ao ZZ Top), mas, mais ainda, por se tratar de um disco de músicas praticamente todas iniciadas com ‘W’, além de álbum declaradamente anti-George W. Bush.
(sendo os envolvidos todos – pedras e vidraça – texanos, deveriam saber do q falaram)
Ainda q se tenha q ponderar a maioria das letras sendo bem primárias (impressão de terem escritas de primeira, sem sofisticação) – e assim punks, no sentido punk original – e q “Wrap City” e “WKYJ” ñ tratam exatamente do W. Bush. Como tb ñ “WTV” e “Worm”, a ñ ser q tratem de modo indireto do clima paranóico gerado pela gestão W. “World” brada por mudança, por revolução. Enquanto “Wrong” é a letra mais afiada, cirúrgica, como tb mais sofisticada e direta ao filho da puta genocida.
Q tal esta estrofe como exemplo? “What makes you think that we could ever believe/A major liar with a minor in greed/You make a profit off the people in need/Hypocracy”.
O álbum como um todo é bem coeso, sem sons q destoem tanto pra melhor – no sentido de inexistirem hits – ou pra pior (como foi “Psalm 69”), embora eu ñ curta muito os demaisado obsessivos/repetitivos 2 últimos, “WKYJ” e “Worm”, nem as faixas-bônus irrelevantes sem título escondidas – supostamente uma chamada “Bloodlines”, na 14 ª, e outra só de loop de sampler, supostamente intitulada “Walrus”, na 61ª faixa (ambas precedidas por faixas de 5 segundos de silêncios) – de modo q as asteriscadas acima, como de hábito aqui no blog, são minhas preferidas, pelas razões a seguir:
“No W” é um thrashaço com bateria eletrônica: de começo algo cadenciado, mas q descamba pruma berraria de vozes saturadas (ainda mais no refrão), com teclados ajudando na barulheira – daqueles sons pra bater cabeça e/ou querer tocar bateria junto. Samples, aparentemente sobre W. Bush fazem prévia do solo guitarrístico vertiginoso. E há q se destacar o trampo do tal Scaccia, já q Jourgensen parece guitarrista bom apenas de esporro e bases: tem solos (inspirados e esporrados, a gosto do freguês. Nada bululu, felizmente), apitadas, riffs e licks pra todo lado no álbum, q fazem a diferença. Guitarrista q sabe tocar guitarra é outra coisa…
“Waiting”, mais cadenciada, vem com bumbos eletrônicos beirando a total saturação, até virar um hardcore bem empolgante, quase um Sepultura safra “Chaos A.D.”, e fosse o vocal no refrão algo mais debilóide, seria quase System Of A Down, devido à repetição. Viradas de bumbos tornam a coisa bastante metal (me remetendo ao Kreator safra “Extreme Aggression” – mas só pra citar, nada chupim), em meio aos samples, berreiro, ecos e apitadas industrial. No q vale destacar a produção tremenda, q só valoriza a barulheira.
Em “Wrong”, apesar de ñ topar muito o refrão demasiado melódico (melódico pra Ministry), o destaque são as CAMADAS DE GUITARRAS: sabe-se lá quantas foram gravadas, e a barulheira e esporro se misturam simultaneamente a harmonias surpreendentes. “Warp City” é minha preferida, principalmente pela levada baterística (humana) de virada de caixa quase o tempo todo, variando com passagens conduzidas em ride. É tb a de maior peso e compressão guitarrística: guitarras maciças, com uma aspereza e palhetadas thrash, quase death, tudo comendo solto ao mesmo tempo. Umas passagens dissonantes meio Ratos De Porão tb comparecem, em pérola pra bater cabeça.
“WTV” é praticamente um revival de “TV II” (do “Psalm 69”): samples de telejornais, do W. Bush, de filmes de terror, às voltas com um thrashão a todo momento bruscamente interrompido pelos mesmos samples, saturações (inclusive dos bumbos eletrônicos, a la Sarcófago “Hate”), gritaria e barulhos etéreos. O caso de som q, se a pessoa curte thrash e ainda ñ se convenceu até então por aqui, se convence ou vai virar crente, encontrar Jesus, essas boçalidades.
E em destacando tais faixas, ñ quero desmerecer nenhuma das outras, q têm todas os mesmos elementos na mesma octanagem: tvz sejam as menos cativantes, o q é bastante subjetivo. Mesmo as q curti menos, pq mais hipnóticas, acima citadas, têm lá seus méritos e a influência tremenda de PIL e Killing Joke (dos “piadistas” então, q se note o refrão de “World” e tb “Worthless”) decantada: ñ a toa – curiosidade – no álbum seguinte Jourgensen viria trabalhar com um ex-Killing Joke (Paul Raven) e com um outro paga-pau assumido daqueles: Tommy Victor, do Prong…
Acho q todo mundo por aqui já vivenciou a experiência de VICIAR num álbum, coisa q este têm me proporcionado desde q o comprei há 8 dias. Aquilo de ouvi-lo direto, som por som, demorando muito pra enjoar e encaminha-lo à prateleira, de onde será resgatado em tempo futuro. “Houses Of the Mole” ñ é um álbum q dividiu o heavy metal em 2, tampouco o metal de inspiração industrial, nada disso; tb ñ me parece álbum q daqui 10 anos será tão lembrado em se tratando de Ministry (q já cunhara anteriormente álbuns mais consagrados), mas é um disco q, como recentemente apenas “Prophecy” (do Soulfly) e o “Death Magnetic” conseguiram me obsediar e instigar, a ponto de eu sentir NECESSIDADE de recomendá-lo pra todo mundo.
Está feito (ufa!) o registro, portanto.
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CATA PIOLHO CLXXIX – a quem toca guitarra por aqui: o riff de “I” (Black Sabbath/Heaven And Hell) ñ é chupim idêntico do de “Purple Haze” (Jimi Hendrix) em quê???