PRONG
12.10.22 – Fabrique
Vontade recorrente (e contida) q tive ao longo do show e tb depois, na rua voltando ao metrô, era ficar vociferando “chupa, Zakk Wylde“ e “chupa, Dimebag”. Guitarrista de verdade é Tommy Victor.
Considerava sobre a injustiça do sujeito ñ ser enaltecido como deveria, mas ao mesmo tempo sobre minha vã empatia: o cara tá se lixando pra isso. E isso é foda.
****
Contexto: o show estava agendado há meses pra quinta-feira 13, mas a organização quis tentar tirar proveito do feriado (conseguiram comigo: comprei na porta) pra ver se rolava mais público. E nem adianta falar q foi o show do U.D.O. rolando no Carioca ou o Popload Festival pra hipster no Clube Tietê, rolando no mesmo dia atrapalhando. Nem o Corinthians x Flamengo em Itaquera.
Ou o show do Nightwish (Unimed Hall, pra 8 mil presentes) no dia seguinte. Ou o Helloween baile da saudade de sábado antes. A real é q o show do Prong rendeu metade do Fabrique (ex-Clash Club). E se isso significou 200 pessoas, eram 200 FÃS DE VERDADE presentes.
Gente q nem foi pela nostalgia, mas por conhecer a obra da banda, fases noventista e recentes. Aliás, Victor e seus asseclas (ñ peguei nomes) estavam com sangue nos óio: o set-list colado ao palco – e do qual tirei foto – tinha duas páginas. 19 sons + uma intro.
E foram todas magistralmente executadas. Requinte de crueldade mesmo.
***
E a comoção era genuína: galera cantando os sons, air guitar comendo solto, decibéis açoitados impiedosamente e à exaustão. (TUDO muito alto, mas definitdo). Fazia muito tempo q ñ saía SURDO dum show. Padrão de qualidade, oras.
E o público ñ tinha ninguém abaixo de 25 anos. O público comprou todas as poucas – e caras – camisetas de 120 reais. O público ñ teve do q reclamar.
E tenho impressão de q Victor ficou por ali mais um tempo, trocando idéia, tirando selfie, autografando a Rock Brigade véia q um tiozão portava embaixo do braço. Esbanjou simpatia: entrou e saiu do palco rindo e mascando chiclete.
Mandava beijinhos, estava claramente curtindo o evento. Show único em SP, duma turnê latino-americana visivelmente modesta. Do tamanho q a banda (ainda) tem. E tudo bem.
Rolou “Unconditional”? Logo, no 6º som. “Snap Your Fingers, Snap Your Neck”? Como ñ? Com direito a introdução alongada. Em “Beg to Differ”, 4º som, Victor dava de Tim Maia, pedindo retorno pro sujeito da mesa de som (daqui, ñ da banda), até se dar por satisfeito. Sem cuzice, zero estrelismo.
[ele era técnico de som ou porteiro no CBGB, né?]
***
E foi aquele show q pra mim apontou duas possibilidades:
- ou a banda vai começar a voltar direto (e poderia ser em Sesc), até cansar
- ou a banda nunca mais volta e quem deixou de ir vai lamentar o resto da vida
Puta show.
–
Set list: 1. Intro 2. “Test” 3. “Whose Fist Is It Anyway?” 4. “Disbelief” 5. “Beg to Differ” 6. “Lost & Found” 7. “Unconditional” 8. “Ultimate Autority” 9. “Cut-Rate” 10. “Rude Awakening” 11. “Broken Peace” 12. “Cut & Dry” 13. “Another Wordly Device” 14. “Snap Your Fingers, Snap Your Neck” 15. “However It May End” 16. “Revenge… Best Served Cold” 17. “Close the Door” 18. “Prove You Wrong” [bis] 19. “Third From the Sun”
PS – teve uma banda de abertura sem sal tb. Considero nos comentários, pra ñ gerar incômodos
PS 2 – q legal um show começando e terminando cedo e na hora. 21h30min eu já estava em casa, vendo Corinthians x Flamengo. Com a tv no mudo.