Seguindo a saga dos ‘perfis de consumidor’, sessão “Profile” em versão adaptada: [e acrescentada] [discos das décadas, regra: empatar 2, no máximo]
Primeiro álbum que comprou: “Flipper Hits 2”, coletânea
Melhor disco de heavy metal: “Reign In Blood” (Slayer)
Último disco que comprou: “Disco” (Arnaldo Antunes), sábado
Disco que mudou sua vida: “Ramonesmania” (Ramones)
Disco que mais ouviu na vida: “Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas” (Titãs)
Melhor capa de disco: “Ship Arriving Too Late to Save A Drowning Witch” (Frank Zappa)
Disco que daria a seu pior inimigo: nenhum, afinal é inimigo
Quatro bandas que chamaria para um festival: (ativas) Meshuggah, Cannibal Corpse, King Crimson e Coroner (imaginárias, encerradas) Rush, Motörhead, Celtic Frost e Subtera
Música que gostaria de ter composto: “Tom Sawyer” (Rush)
Disco dos anos 70 que recomenda: “Red” (King Crimson) e “Heavy Horses” (Jethro Tull), escolhidos dentre ñ óbvios
Disco dos anos 80 que recomenda: todos os doIron Maiden fora o “Killers”
Disco dos anos 90 que recomenda: “Grin” (Coroner) e “Bastards” (Motörhead)
Disco dos anos 00 que recomenda: “I” (Meshuggah) e “Inferno” (Motörhead)
Disco dos anos 10 que recomenda: “13” (Black Sabbath) e “Throes Of Joy In the Jaws Of Defeatism” (Napalm Death)
Disco dos anos 20 que recomenda: “Violence Unimagined” (Cannibal Corpse)
Três hinos do Rock/Metal para você: “Run to the Hills” (Iron Maiden), “Ace Of Spades” (Motörhead), “Jesus Built My Hotrod” (Ministry)
Uma música que você adora, mas não sabe por quê… Afinal, ela é horrível e você sabe disso: “Hungry Like the Wolf” (Duran Duran)
Um músico que definitivamente não o agrada: Eddie Vedder
Uma banda que você é tão fã que o faria comprar o tributo deles a Kenny G: Krisiun gravando Kenny G ficaria do caralho
Além de rock e metal, quais são os seus estilos musicais prediletos? BRock 80, algum jazz fusion, Kraftwerk, Frank Zappa
Curti o clipe, misto de baixo orçamento com vídeo raiz. Curti o som, saquei uma pegada meio Meshuggah nuns momentos. Sem forçação blast na bateria, viva. É a tal da nova formação, trio.
Os bastidores dão conta dum disco novo já gravado, “Unleeched” (achei um baita trocadilho), a sair no ominoso 11 de março – programado pra saírem tb Napalm Death e Voïvod novos, q dia – e q os manos + baixista estão já há tempos morando nos States (Las Vegas, segundo o Metal Archieves), com empresário profissional, merchan de responsa pra acompanhar o disco e etc.
Estavam com turnê estadunidense de abertura pro Soulfly, mas veio o Covid 19. Agora parece q reagendaram com outra banda, fizeram uns “corres” com o Master (sim, aqueles)… Dizia lá no Instagram q até admiro a persistência (e pai-trocínio) dos sujeitos, dispostos a realmente encarar o profissionalismo e uma carreira internacional.
Mas… sei lá.
Vou começando a mudar de opinião. Os caras estão há tanto tempo correndo atrás do “sucesso” e da “carreira internacional” q ao mesmo tempo me parece q vão perdendo o timing. Aliás, nunca acertam. Meio aquela piada da feijoada como “alimento funcional”: comer e digerir uma gasta as calorias obtidas ingerindo ahah
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Acho q provo meu ponto: os caras colaram muito tempo no Sepultura, q NADA agregou, nada agrega, nunca ajudou. Insistem num isolamento – tvz devessem mudar de nome pra “Agorafobia”? – quando deveriam estar colados numa cena aqui com Surra, Eskröta, Ratos de Porão… Ou fazendo show com Hatefulmurder, Krisiun… Ou ainda juntar com Crypta e/ou Nervosa… mas fizeram show miado com Siegrid Ingrid.
E mesmo q ñ seja questão de timing, de estarem sempre “pegando de raspão”, fico aqui pensando: q fanbase por aqui os caras têm? (Ñ os sigo em rede antissocial). Têm mesmo?
Será q “vingar lá fora” já ñ é um paradigma há muito (ops!)… sepultado?
E eis q passados 10 anos de lançado, tudo o q havia me ficado deste era a “falta de tempo” pra ouvir.
Motivo, mas ñ justificativa ou desculpa: o tamanho dos sons, nenhum abaixo dos 5 minutos; um beirando 8 (“The Sword Of Orion”), outro (“Shadows Of Betrayal”) passando de 8. Brutal death prog metal, caralho?
O álibi pra tanto e tudo isso foi q os ijuienses ominosos estavam voando baixo tecnicamente (zero surpresa) e inspiradaços nessa safra. Muitas partes e variações, vertiginosas e psicopatas, com destaque para o mano guitarrista Moysés, letal como sempre nos solos, mas criativo como nunca nas ambiências e dissonâncias.
Meus destaques vão pras faixas ímpares: “The Will to Potency”, a faixa-título, “The Extremist” (minha favorita), “Violentia Gladiatore” e a parceria com João Gordo, “Extinção Em Massa”, por sinal premonitória.
Bandas com irmãos ñ são exatamente novidade; provavelmente em tempos idos já até listamos top 10 delas. Van Halen, Toto, Savatage, Pantera etc. No rock brasileiro, existe até uma consolidada tradição já: Made In Brazil, Mutantes “fase Arnaldo”, Capital Inicial, caras, e por aí.
Mas imagino q pros gringos deve ser uma doideira o q há de metal com irmãos no Brasil. Alguém sabe de algum artigo a respeito?
TOP 10 BANDAS DE METAL BRASILEIRO COM IRMÃOS: (critérios: gosto pessoal + total de irmãos envolvidos)
Krisiun
Sepultura “fase Max”
Subtera
Claustrofobia
Taffo *
Dr. Sin *
Viper
Necromancia
Shaman
Taurus
OBS: Cavalera Conspiracy ñ incluí por considerar projeto transnacional
* irmaos Busic daria quase um top 10 próprio, pq ainda teriam o Platina, o KLB genérico Busic e o disco homônimo do Supla pela EMI (lançado há exatos 30 anos. Aproveito: o q ficou?), mas escolhi incluir só duas das franquias
Nenhuma saudade dos embates “Max versus Sepultura“. Muito menos da “cena” do metal melódico nacional de condomínio de ex-integrantes do Franga, incapazes de conviver entre si, montando bandas e projetos ainda mais presunçosos e diluídos q a matriz. E ainda mais embutidos de falta de autocrítica.
[ou de algum amigo com câmera ou celular q tenha filmado algum dos gloriosos shows no Japão]
Crypta lançou clipe esses dias, “From the Ashes”. Disco de estréia a caminho. Ontem mesmo, 2 ou 3 amigos me mandaram no WhatsApp. Clima de apreensão no ar.
Pq ñ tem 1 ano do racha (nenhum trocadilho sexista, por favor), q se deu em 25 de Abril do ano passado, e eis Crypta e Nervosa tendo garrafa pra vender na feira.
Fico pensando na profissionalização da coisa. Pra lá de positiva. Mas da parte delas, ñ da “cena” imaginária daqui. Nada de “ex Nervosa pensando em fazer um disco”. Nada de “integrante original do Nervosa em declaração polêmica sobre as ex-integrantes”. Nada.
Muito pelo contrário, aliás. Declarações, “panelaços”, collabs e etc. com as envolvidas todas muito maduras. Falando de si próprias e umas das outras sem alfinetadas.
Apenas som. Mostrar serviço.
Nervosa já aproveitou e soltou um 2º clipe. Networking nervoso (ops!) da camiseta do Krisiun ahahah Gostei mais q do clipe tosco anterior. E ainda ñ ouvi o disco de reestréia. E se essa postura profissional certamente conta com o respaldo da (mesma) gravadora gringa, estou é pra ver os comentários desdenhosos, machistas, sexistas e invejosos dos bangers de direita “isentões” e/ou dos ícones do metal nacional por aqui.
Modo de dizer, “estou pra ver”. Ñ vou querer ler. Mas tenho q vai rolar.
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Pra falar do som só um pouco (e deixar o papo render nos comentários):
1) gostei mais do Nervosa. Impressão de o Crypta ter enfeitado demais a coisa. Parece muita coisa q já ouvi, misturada. Dimmu Borgir, Destruction. Guitarras harmonizadas meio perdidas no todo. Tvz seja alguma nova abordagem no metal de mashupzar vários elementos extremos em alguma coisa nova. Pode ser q eu tenha q acostumar
2) q porra é essa dessa mulherada ficar fazendo caras e bocas nos vídeos? Há realmente necessidade?
Fora isso, acho q o post aqui orna muito bem com o do bangersbrasil de anteontem sobre Wendy O Williams.
Pela voz da locutora (ah-ahh) e pelo grotesco da letra, tão extremo q ñ dá pra levar a sério.
Por outro lado, e por experiência própria, tenho como algo q ñ pode ser compartilhado com pessoas zero familiarizadas com o heavy metal.
Ou até com quem curte metal “pelo som”. Há um sentido figurado aqui.
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Divagação em 2 níveis:
1) Considerando alguma inteligibilidade (tvz um app pra vocais guturais), deve ser pra lá de perturbador ser pai ou mãe em países de língua inglesa e se deparar com esse tipo de letra repulsiva, sobretudo se entendida de modo literal.
Algo mais acessível no auge do Slayer. “Necrophiliac”, “Necrophobic” e “Postmortem” tinham uma graça. Quando passaram pra “Blood Red”, “Expendable Youth” e “Dead Skin Mask”, lembro de haver relatos de estadunidenses perturbados levando a coisa muito a sério. Exemplo-mor: o sujeito riscando com estilete no braço o logo da banda, q por pouco ñ foi a capa de “Divine Intervention”.
Já devo ter comentado aqui: imaginem-se nos EUA ou Inglaterra (ou Suécia ou Holanda) ouvindo Tom Araya berrando “Sex Murder Art”, letra em 1ª pessoa sobre estuprador se vangloriando dos atos.
Parece q nem a letra de “Bohemian Rhapsody” costuma ser entendida como deveria.
2) Descontando meu desconhecimento dum total latifúndio underground brasileiro, de bandas q ainda lançam discos em fita cassete e de alguma cena (imaginária) de bandas gore, acho mesmo uma pena q as letras – em média – no metal feito no Brasil nunca tenham tido alçado essa dimensão incômoda.
[Exceções: uma banda chamada Anarkhon (de Guarulhos), cujo opus “Obesidade Mórbida” (2006) tem as letras doentias e perturbadas nesse mesmo “nível Chris Barnes”, em português. O q eu ao mesmo tempo recomendo e ñ recomendo. E um som do finado Tolerância Zero chamado “Ninguém Presta”]
Ou de qualquer dimensão notável. Outro exemplo: duvido q alguém vá a um show do Krisiun conferir se o Alex está realmente cantando as letras igual aos discos…
Pergunto: haveria alguma letra, descontando momentos de Vladimir Korg, do Dorsal Atlântica e uma ou outra do Sepultura (como “Dead Embryonic Cells”*), em alguma banda do metal feito no Brasil q realmente tenha alguma densidade e/ou valha a pena decorar, entender, apreciar?
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Provocação: será q mesmo a gente aqui eventualmente ñ se vê curtindo essas bandas todas “só pelo som”?
Vivendo momento sem shows (live conta até a página 2), estamos naquela de esperar a volta dos mesmos, pendulando entre a vida “normal” q ñ voltará e o “novo normal” q tentarão nos vender.
TOP 10 ÚLTIMOS SHOWS (PRESENCIAIS) A Q ASSISTI: (pode ser apenas cronológico, em ordens crescente ou decrescente, ou ranqueando os 10 últimos, como fiz)
Test (e Deafkids) – 22.11.19 [Sesc Belenzinho]
King Crimson – 04.10.19 [Espaço das Américas]
Infectious Grooves – 17.11.19 [Parque do Povo]
Kool Metal Festival (Eskröta, Cemitério, Surra, Nervosa, Krisiun e Brujeria) – 10.11.19 [Carioca Club]
Classic Rush (banda cover de Rush e Led Zeppelin) – 11.01.20 [Santa Sede]
Overload Beer Fest (Cerebrus Attack, Manger Cadavre?, Desalmado, Surra, Periferia S.A., D.R.I.) – 15.03.20 [Carioca Club] último em q estive
Leptospirose, Surra e Periferia S.A. – 20.12.19 [The House/Hangar 110]