MERCADO NEGRO
Nenhuma saudade dos embates “Max versus Sepultura“. Muito menos da “cena” do metal melódico nacional de condomínio de ex-integrantes do Franga, incapazes de conviver entre si, montando bandas e projetos ainda mais presunçosos e diluídos q a matriz. E ainda mais embutidos de falta de autocrítica.
[ou de algum amigo com câmera ou celular q tenha filmado algum dos gloriosos shows no Japão]
Crypta lançou clipe esses dias, “From the Ashes”. Disco de estréia a caminho. Ontem mesmo, 2 ou 3 amigos me mandaram no WhatsApp. Clima de apreensão no ar.
Pq ñ tem 1 ano do racha (nenhum trocadilho sexista, por favor), q se deu em 25 de Abril do ano passado, e eis Crypta e Nervosa tendo garrafa pra vender na feira.
Fico pensando na profissionalização da coisa. Pra lá de positiva. Mas da parte delas, ñ da “cena” imaginária daqui. Nada de “ex Nervosa pensando em fazer um disco”. Nada de “integrante original do Nervosa em declaração polêmica sobre as ex-integrantes”. Nada.
Muito pelo contrário, aliás. Declarações, “panelaços”, collabs e etc. com as envolvidas todas muito maduras. Falando de si próprias e umas das outras sem alfinetadas.
Apenas som. Mostrar serviço.
Nervosa já aproveitou e soltou um 2º clipe. Networking nervoso (ops!) da camiseta do Krisiun ahahah Gostei mais q do clipe tosco anterior. E ainda ñ ouvi o disco de reestréia.
E se essa postura profissional certamente conta com o respaldo da (mesma) gravadora gringa, estou é pra ver os comentários desdenhosos, machistas, sexistas e invejosos dos bangers de direita “isentões” e/ou dos ícones do metal nacional por aqui.
Modo de dizer, “estou pra ver”. Ñ vou querer ler. Mas tenho q vai rolar.
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Pra falar do som só um pouco (e deixar o papo render nos comentários):
1) gostei mais do Nervosa. Impressão de o Crypta ter enfeitado demais a coisa. Parece muita coisa q já ouvi, misturada. Dimmu Borgir, Destruction. Guitarras harmonizadas meio perdidas no todo. Tvz seja alguma nova abordagem no metal de mashupzar vários elementos extremos em alguma coisa nova. Pode ser q eu tenha q acostumar
2) q porra é essa dessa mulherada ficar fazendo caras e bocas nos vídeos? Há realmente necessidade?
Fora isso, acho q o post aqui orna muito bem com o do bangersbrasil de anteontem sobre Wendy O Williams.
André
8 de abril de 2021 @ 15:58
Curti os dois sons. Crypta mais prolixo, mas, de forma pertinente. Influência de Immortal e Destruction na cara.
Pergunta maldosa: teriam Fernanda e Luana contratado duas guitarristas como forma de mandar recado?kkk
E, que clipe foda. Imagino a grana que tão investido na banda.
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Nervosa: não ouvi o play delas, mas, curti os dois sons que ouvi. Formação foda. As mina não tão pra brincadeira. Espero que virem referência no lugar de Angra e Sepultura. Chega desses tiozinhos kkk
Acho muito foda a representatividade que elas trazem e a postura profissional que, infelizmente, falta há muitas bandas de minas. De homens tb, óbvio. Mas, as minas padecem ainda mais. Nervosa mudou isso. Pode ter certeza que uma onda de bandas assim aqui e lá fora tão vindo por aí.
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Quanto aos reaças: esses aí vão continuar a xingar de longe como bons cuzões.
marZ
8 de abril de 2021 @ 16:42
No geral, so vejo coisas boas saindo dessa diaspora Nervosa/Crypta. Estao mandando muito bem, conquistaram seu espaco e respeito com trabalho e zero intriga/fofoca, estao influenciando e inspirando outras minas no mundo todo a pegar nos instrumentos, fazer musica e montar banda.
Comprei o novo cd do Nervosa e gostei muito, achei de mediano pra bom e, coisa rara nos tempos modernos, ao acabar apertei play novamente. Tem suas imperfeicoes e isso passa pelo gosto pessoal de cada um, mas que artista/disco nao as tem?
Crypta ainda nao consegui ouvir, entao nao posso opinar. Quanto aos caras & bocas citado pelo relator, tambem acho desnecessario. Mas funciona pra alguns, entao minha opiniao eh irrelevante.
Hoje, 2021, os maiores nomes internacionais do metal brasileiro sao: Sepultura, Angra, Krisiun e Nervosa (ainda que hoje em dia essa ultima seja uma banda internacional abrangendo 4 paises – mas ainda assim descrita nos reviews gringos como “Brazilian death/thrashers”).
Tiago Rolim e Silva
8 de abril de 2021 @ 21:59
Ouvi os dois. E sinceramente, nada mudou minha opinião. Muito barulho por nada. As meninas são boas no que fazem, inegável. Mas o que fazem é café ralo requentado que Deus e Zé Buchudo fazem igual mundo afora.
marZ
9 de abril de 2021 @ 08:50
Finalmente consegui ver/ouvir o clip da Crypta: ainda que nao seja nada original e ja tenha sido feito tantas vezes, e com certeza por outras bandas ate melhor, nao é um trabalho que se possa desprezar como algo nao digno de nota.
Tem suas qualidades sim, e é divertido, dentro da proposta das meninas. E assim como o novo do Nervosa, se sustenta musicalmente, nao somente pelo fato do hype feminino. E tambem assim como na banda de origem, me incomoda um pouco os vocais “monstrinho de filme de terror b”, mas entendo que seja um paradigma dificil de quebrar no death metal.
A pandemia “matou” o ultimo e excelente album do Sepultura, impedidos de aproveitar o hype em cima do disco e excursionar para promove-lo. Espero que nao aconteça o mesmo com Nervosa e Crypta.
Tiago Rolim e Silva
9 de abril de 2021 @ 09:09
Amigo marZ, quanto a pandemia, já matou. Esqueça shows esse ano. E muito provavelmente, se rolar é na Europa lá p fim.do ano. E brasileiro é lixo no mundo atualmente. Não vai rolar delas entrarem em lugar nenhum.
FC
9 de abril de 2021 @ 10:46
Gostei das novas encarnações das duas bandas. Do clipe do Crypta, só não curti muito o excesso de efeitos na voz da Fernanda. E o som achei que viria numa pegada Death Metal Florida, como elas anunciaram, mas percebi muita coisa de black metal norueguês.
Quanto ao profissionalismo das duas bandas, tem que ser elogiado à exaustão. Porque ser profissional não é ter uma pele de bateria com seu nome pra ficar se autoelogiando no próprio canal do YouTube, nem fazer show com orquestra requentando som de ex-banda.
Profissionalismo é, como mencionaram acima, não ficar tripudiando em cima das ex-colegas. É meter a cara e fazer show na Europa sabendo que vão ralar e ter dificuldades.
É fazer o corre mesmo sabendo que o som é metal e aqui é Brasil, ou seja, jamais vai ter um público do tamanho dos sertanejos.
Profissionalismo é ter os pés no chão e sair do mundo da fantasia de uma “cena de heavy metal nacional”.
marZ
9 de abril de 2021 @ 12:32
Lendo os comments no video do Crypta, varias mençoes a Cradle Of Filth. Como nunca ouvi essa banda, nao sei se procede.
Procede?
FC
9 de abril de 2021 @ 12:39
“Marromenos”. É como dizer “influências de Korn”, quando na verdade a influência é de Faith no More.
Não sei se fui claro haha.
André
9 de abril de 2021 @ 17:42
O mais correto é Immortal.
Leo
10 de abril de 2021 @ 16:04
Fora concordar com os colegas no que fica respeito ao profissionalismo e qualidade, adiciono a impressão de que as duas bandas miram no que viram e acertam no que não viram.
Minha impressão é de que a Nervosa privilegia a guitarra e a Crypta os vocais, sendo que o melhor, na verdade, de uma e outra são as baterias e o inverso: na Nervosa, os vocais, e na Crypta, a guitarra.
Diva Satânica é muito boa vocalista.
Timbragem ótima, variada, consistente, aparentemente boa presença de palco, …
E Tainá Bergamaschi é excelente guitarrista.
Riffs complexos, mas sem se perder no virtuosismo, com boas levadas, composição coesa, …
Acho que o vocal da Fernanda ficou muito puxado pro Dani Filth, sim, muito agudo, o que, a depender de como será encaixado no álbum, pode ficar chato.
E a guitarra da Priscila é boa na maior parte do tempo, mas, quando entra aquela parte lenta, soa como um slayer paraguaio.
Eu, particularmente, gostei mais do Crypta.
Achei mais banda, como já tinha dito pro nosso anfitrião aqui.
Marco Txuca
11 de abril de 2021 @ 13:34
Algo q tvz possa colaborar na discussão musical do assunto: Nick ficou velho ou estaria certo?
https://whiplash.net/materias/news_732/330171-deathmetal.html
André
11 de abril de 2021 @ 15:35
“Algo q tvz possa colaborar na discussão musical do assunto: Nick ficou velho ou estaria certo?”
Toda generalização incorre em erros. Eu nem sei te dizer o que seria o death metal atual. Pra mim, o excesso de virtuosismo atrapalha. Muita nota, muitos frases, muita informação, etc. Sinto que, em alguns casos, o som fica sem dinâmica e sem algo memorável.
Mas, pode ser falta paciência também.
André
13 de abril de 2021 @ 17:54
O making of do clipe da Crypta: https://www.youtube.com/watch?v=BY78tL0oDqQ