ENCARTE: INFECTIOUS GROOVES
Trechinho 5ª série nos agradecimentos em “Groove Family Cyco” (1994):
“Roses are red, violets are blue, if you’re mad we didn’t thank you, then here’s a big FUCK YOU!
(That’s a Cyco original)”
Trechinho 5ª série nos agradecimentos em “Groove Family Cyco” (1994):
“Roses are red, violets are blue, if you’re mad we didn’t thank you, then here’s a big FUCK YOU!
(That’s a Cyco original)”
Infectious Grooves, “Groove Family Cyco“
Não curti o lance na época.
Pois mesmo curtindo Faith No More, Primus e Red Hot Chili Peppers (desde “Mother’s Milk”), me incomodava demais a slap ostentação do tal funk’o’metal, efêmero mas onipresente no início dos 90’s.
E eu já conhecia Robert Trujillo do Suicidal Tendencies, de onde surgira (2 integrantes + um futuro guitarrista presentes) este Infectious Grooves, projeto paralelo ostensivamente vendido da matriz hardcore californiana – q no mais, desabrochava comercialmente tb à época.
Nada como o tempo e encontrar “Groove Family Cyco“, fora isso dificinho (e caro) de achar por aqui: 30 anos depois relevo q Mike Muir e seus comparsas tenham adotado outro CNPJ, ao invés de corromper a proposta e o legado do Suicidal. Se venderam com nota fiscal.
E pq o som tb é mais pesado do q eu imaginava. E se eu tivesse sabido q Brooks Wackerman era (e continua) o baterista, teria deixado de birra antes ahahah
10 últimos comprados em francês versão Google Tradutor
Lista sazonal e cada vez mais anacrônico. Pior: parecendo ostentação tiktoker. Sei lá.
Comprados numa loja de seminovos sem sacolinha e na Fnac Paris há uns 3 dias.
WhatsAppin‘: e hoje não tem, pq tô de férias ahah
Sugestão de pauta do bonna.
Vivendo momento sem shows (live conta até a página 2), estamos naquela de esperar a volta dos mesmos, pendulando entre a vida “normal” q ñ voltará e o “novo normal” q tentarão nos vender.
TOP 10 ÚLTIMOS SHOWS (PRESENCIAIS) A Q ASSISTI:
(pode ser apenas cronológico, em ordens crescente ou decrescente, ou ranqueando os 10 últimos, como fiz)
(Pauta nova mensal)
Singular e plural, pra clarear em definitivo; afinal todo mundo aqui já ouviu gente falando errado o nome das seguintes bandas:
Twisted Sister é SINGULAR, ñ é “sisters“. Já Infectious Grooves é PLURAL, nada de “Infectious Groove”.
Ou “Sick Bastards Social Fest uma pinóia”
Ou “aula prática a Kirk Hammett de como usar o wah-wah”
Ou ainda: “chupa, Red Hot Chili Peppers“
17.11.19 – Parque da Juventude, São Paulo
Aquele show simples de descrever: 5 sujeitos tocando pra caralho, se divertindo pra caralho e q estariam tocando até agora, ñ fossem as óbvias limitações físicas e logísticas da cidade. Com o detalhe de nos divertirem tb.
Um nome: Roberto Augustin Miguel Santiago Samuel Trujillo Veracruz.
Rob Trujillo, pra estadunidenses e Ozzy‘s de plantão, incapazes de pronunciar ou decorar isso tudo. O cara. Mandou prender e mandou soltar. Pôs o filho pra tocar junto, pra tocar Suicidal sem ele, regeu a banda, improvisou (fodidamente) enquanto um dos guitarristas teve problemas técnicos, agradeceu, ñ demonstrou cansaço. E tocou. Muito.
Como o amigo märZ bem reparou, foi tb o foco da atenção de TODOS os fotógrafos à beira do palco, assim como o provável chamariz de todo o evento.
Contrastando um pouco, percebia-se a banda valorizando demais a presença de Jim Martin, q às vezes portava-se como coadjuvante de luxo, sim, mas mantendo a mão pesada e alguns solos devidamente heavy metal. Portando, nalguns sons, aquela mesma guitarra flying v do clipe de “Epic”.
Um supergrupo, de formação q ñ tocava junta há 25 anos e da qual tb fazem parte Mike Muir e Dean Pleasants (Suicidal Tendencies) e um monstro chamado Brooks Wackerman, q nalguns clipes noventistas era um molequinho raquítico, e ali domingo até arrebentar a pele da caixa conseguiu fazer.
Mas bem mais q um “supergrupo”: um grupo coeso e ensaiado e disposto, cuja volta, além de oportuna (o som ñ ficou datado) vai parecendo muito pouco caça-níquel, afinal Ñ FORAM banda grande nos 90’s. Apesar dos vídeos em profusão na Mtv daqui. A despeito duma molecada parecer conhecer e cantar junto os sons. No q entro no aspecto periférico de tudo isso:
Tudo começou há alguns meses, como Sick Bastards Social Fest, show pago q rolaria no Espaço das Américas, com Infectious Grooves como headliner (!!) de festa de aniversário de fm daqui (89Fm), tendo Planet Hemp, Pitty e sei lá mais quem abrindo.
Faltando uns 15 dias pro evento, cancelaram. Minha impressão? Baixa venda de ingressos. E o amigo märZ, q estava vindo pra cá só pelo show, só ñ ficou na mão pq remarcaram o negócio pro domingo, gratuito (entrada mediante quilo de alimento, q nem obrigatório estava) e no Parque da Juventude, onde era o presídio do Carandiru.
E eis q todas as conjunções foram favoráveis, inclusive o cancelamento do neo Charlie Brown Jr.: tempo firme, próximo a metrô, lugar comumente frequentado por molecada skatista, famílias, criançadinha pequena com cachorros, q se juntou a monte de headbangers (sujeito com camisa do Exumer rondava o local), punks, rappers, meninas lésbicas chic, tudo numa boa. Sem qualquer treta.
Além disso, havia comida, cerveja e banheiros químicos. Um puta palco instalado, som incrivelmente bom (cheguei, estava acabando o CPMerda 22, q ñ sei se ñ estava mais alto q Krisiun e Brujeria de semana passada) e os caras.
De quem ñ tinha muito ou boas memórias: lembrava dos hits, “Punk It Up”, “Violent & Funky” e “Therapy”, tocados todos. Mas nunca tive disco, e os associava muito à modinha funk’o’metal chatonilda – da qual Faith No More, RHCP e até o Primus me prenderam mais – e tb a uma fritação baixística irritante.
“Os tempos mudaram, agora é o fim. Um punk vira crente pra conseguir a salvação”… e eu consegui curtir a coisa toda. Há músicas, houve covers pertinentes (“Immigrant Song” bem sacado + “Fame”), outros levados na coxa (“We Care A Lot” e “Subliminal”) e tudo bem. Muir afiado e me surpreendendo positivamente. Um puta show, e ñ por conta de minha baixa expectativa.
Um puta show pq foi uma puta banda tocando uns puta sons e num ambiente mais q propício. Ouso dizer ainda outra coisa: um daqueles shows, tipo o Metallica em 1989, o Faith No More no Rock In Rio 1991 ou o Black Sabbath com Dio em 1992, q será muito comentado pelos próximos anos – “vc tava lá no Infectious Grooves?” – com a contraparte de se dizer a quem n foi um “cara, vc ñ sabe o q perdeu”…
Por fim, meu agradecimento ao amigo märZ, vindo de longe e q me descolou a possibilidade de entrar. Mesmo q na hora ñ tenham pedido nem o ingresso, nem feito questão do quilo de alimento. Q só deixei mesmo pq ñ quis ficar segurando o arroz no show ahah
O amigo Tiago Rolim soube q esteve presente tb e calculou 5 mil pessoas no recinto. Organizador do evento falou em 15 toneladas de alimento arrecadadas… Será? Comentemos tudo isso.
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Set-list: 1. “These Freaks Are Here to Party” 2. “Turtle Wax (Funkaholics Anonymous)” 3. “You Lie… And Yo Breath Stank” 4. “Immigrant Song” 5. “Punk It Up” 6. “Fame” 7. “I’m Gonna Be My King” 8. “Superfunkridiculous” 9. “Monster Skank” 10. “Running With the Bass” (jam) 11. “Violent & Funky” 12. “Boom Boom Boom” 13. “Do the Sinister” 14. “Therapy” – bis: 15. “Subliminal” 16. “We Care A Lot” 17. “Infecto Groovalistic” 18. “Infectious Grooves”