Este aqui é cinza e borrado. Brutal Death Metal mais pra Suffocation (vocal über gutural acompanha) q pra Krisiun, de gente q sabe/sabia tocar (ñ tanto os guitarristas) e q grava mal de propósito. Por estética anticomercial, por turrice.
Ñ é o tipo de som pra qualquer um por isso: quem for leigo na proposta vai achar tudo igual. Pq soa tudo igual. Tem q estar na vibe pra encontrar sentido por aqui. Assim: mal gravado de propósito, mas dá pra ouvir/entender. Só tem q querer.
Ñ conheço o suficiente da banda pra ter outro álbum (nem nunca vi pra vender), mas pesquisei no Metal Archieves e assuntei q são californianos (incomum pra extremo), têm outros 8 discos, um tanto de mudanças de formação e q o guitarrista + vocalista por aqui virou só vocalista em shows (tendinite grave) e morreu de Esclerose Múltipla em 2018.
“Path Of the Weakening”, o petardo em questão, é de 1999 e o 3º disco do Deeds Of Flesh, q eu já tinha copiado em pendrive e comprei sebunda-feira do amigo de quem eu tinha copiado.
Achei q vale pela colocação. E pela declaração salutar de influência. E por admitir q o Nervosa é dela, ponto. Mas ñ acho q a moça se expresse tão bem, q o podcaster tenha algum preparo e q a edição ajude em algo.
Tá na média.
Ñ tenho saco pra youtubbers e podcasts de playboys q só têm equipo e ñ assunto. “Conteúdo” de orifício anal corrugado é fêmea de pássaro q Ricardo Boechat mandou Silas Malafaia catar.
O q torço pra q aconteça mesmo é q cada vez mais shows q valem a pena, como Krisiun, Ratos de Porão, Surra, Manger Cadavre?, Crypta e Nervosa repilam reaças.
Ninguém agüenta mais bolsonarista.
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Aliás, falando em youtubber… Quantos likes esse guerreiro merece?
Sugestão do amigo Tiago já há algum tempo: compilar as melhores “canjas” em shows – ñ necessariamente lançados em dvd. O q ñ será meu caso: com uma exceção, faço só das de q lembro em dvd mesmo.
MELHORES CANJAS EM SHOWS:
Rush: participação de Ben Mink em “Losing It” [“R40 Live”]
Motörhead: participação de Eddie Clarke em “The Chase Is Better Than the Catch” [“25 & Alive Boneshaker”]
Gary Moore: participações de Brian Downey, Brian Robertson, Scott Gorham e Eric Bell [“One Night In Dublin – A Tribute to Phil Lynott”]
Destruction e Krisiun tocando Venom e Destruction juntos no Rock In Rio 2013 [bootleg q comprei na Galeria]
Motörhead: Brian May tentando solar em “Overkill” [“25 & Alive Boneshaker”]
Jeff Beck: Jimmy Page tocando Led Zeppelin junto com ele e sua banda no Rock’n’Roll Blah Blah Hall Of Fame 2009
Dream Theater: Mark ‘Barney’ Greenway cantando “Damage Inc.” [“5 Years In A Lifetime”]
Cássia Eller: Nação Zumbi tocando junto “Quando A Maré Encher” [“Acústico Mtv”]
Yes: European Festival Orchestra participando ao longo de “Symphonic Live”, mas especificamente dançando (!!) durante “Roundabout”
Rolling Stones: Angus e Malcolm Young tocando Chuck Berry durante show em Toronto [“Toronto Rocks”]
“Rock’n’Roll” – “Stone Deaf In the USA” “No Sleep At All” – “Overkill” “1916” – “Make My Day” “March Ör Die” – inteiro, mas “Jack the Ripper”
“Bastards” – “We Bring the Shake” “Sacrifice” – “Make ‘em Blind” “Overnight Sensation” – “Them Not Me” “Snake Bite Love” – todo, mas “Joy Of Labour”
“Everything Louder Than Everyone Else” – “Capricorn” “We Are Motörhead” – “(Wearing Your) Heart On Your Sleeve” “Hammered” – “Red Raw” “Inferno” – “Smile Like A Killer”
“Kiss Of Death” – “Sucker” “Motörizer” – “The Thousand Names Of God” “The Wörld Is Yöurs” – “Born to Lose”
“After Shock” – “Queen Of the Damned” “Bad Magic” – “Fire Storm Hotel”
asteriscos:
1. incluí 3 discos ao vivo, mas ñ “Better Motörhead Than Dead”. Motivo: ñ tenho 2. incluí coletânea “No Remorse”. Motivo: tem 4 sons inéditos em estúdio. E pq sim 3. ñ incluí “On Parole” e “Motörhead”. Pq ñ, e pq ñ são Motörhead, pra mim. Quem quiser incluir, à vontade…
Seguindo meio no embalo da mulherada (bem-vinda) tocando e ocupando pra caralho os lugares de tocar pra caralho, um amigo mandou esta, dizendo: “a nova baterista do Jeff Beck“.
Um tanto machista dizer isso, mas machistas em desconstrução q somos por aqui (e o amigo, lá do bunker dele), dá pra entender como referência. Pq na verdade se trata duma baterista q Jeff Beck recentemente escolheu pra tocar com ele.
Beck q já tem uma tradição de anos em tocar com mulheres: Jennifer Batten e Carmen Vanderberg (guitarristas), Tal Wilkenfeld e Rhonda Smith (baixistas), Joss Stone e Rosie Bones (vocalista recente, em “Loud Hailer”)… faltava uma baterista.
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Pesquisa rápida, deu q Anika Nilles é alemã, 39 anos, tem 2 discos já lançados com músicas autorais (“Alter Ego” acima, é dela, onde tb programou teclados) – meio jazz rock, pelo jeito – e é professora de bateria. Uau.
O sexista em desconstrução aqui só lamentou a falta de vídeos dela de shortinho, mas deixa quieto.
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De resto, tô acompanhando pelo Facebook a turnê latino-americana do Crypta – abrindo pra Nervochaos e Krisiun (Belphegor já vazou) – com a guitarrista “smurfette” Jéssica Falchi e rachando de rir. Mulherada tocando pra caralho e profissional demais.
Viagem imaginar algum Wacken só com banda de mulheres? Pra daqui quantos anos?
Crypta, Nervochaos, Krisiun, Belphegor – Correria Music Bar, Vila Velha, 23.05.22
Terça-feira não é um bom dia para ir a shows, seja lá em qualquer estado/cidade. Mas quando se trata do público capixaba de metal, preguiçoso e pedante por natureza, fica ainda pior.
Os fãs de metal da Grande Vitória, em específico, são mais xexelentos do que os do interior, e isso se refletiu no público presente: encontrei muitos amigos e conhecidos de cidades vizinhas, que se deslocaram por cerca de 150km para comparecer, enquanto os que moram a 5 minutos de Uber do local inventaram mil desculpas para não ir. Sem surpresas.
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Minha expectativa estava toda focada no show do Crypta, queria ver se o hype se traduzia em performance. Subiram ao palco às 19:35, pouca gente presente, e pude ver todo o show encostado na grade, sem ser incomodado. Visual couro preto (falso) e rebites de prata (falsos), começaram com o pé no acelerador e mantiveram a velocidade até o fim do set de 30 minutos.
Ganharam o público, que foi aumentando no decorrer da apresentação, já na 2ª música. Galera gritando, cantando os refrãos, batendo cabeça e socando o ar ao ritmo da batida. Muitas garotas presentes. Todas as quatro impecáveis em suas respectivas funções: Fernanda altamente performática e comunicativa, toda caras & bocas; Luana, um zombie elétrico – toca com uma facilidade quase incompreensível para mim – e a guitarrista novata parecia uma smurfette fofinha, e ganhou a galera com sua simpatia e competência.
Agora, eu não estava preparado para o impacto que me causou Tainá Bergamaschi… A garota é o demônio. Ou melhor, é uma Sandy do Inferno. Performance totalmente metal, como se imaginava que era o metal nos anos 80: perigoso, nefasto, lúgubre, demoníaco. Toca com absoluta desenvoltura e naturalidade e mantém uma persona intimidadora, desafiadora, in your face. Após o show, passou ao meu lado e não pude acreditar que aquela figura imponente no palco era na verdade essa menina pequena e magrinha. Ponto pra ela, que já tem a manha de saber que show de metal é mais do que saber tocar as músicas, envolve também todo um mise-en-scéne que abrange atitude e visual.
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Nervochaos veio depois, achei barulhento e confuso. Todas as canções tocadas à velocidade da luz, e houve momentos em que pareciam o Napalm Death. Bem diferente do que eu conheço de estúdio dos cds que possuo. Menos thrash e quase grind. Ruim não foi, só me causou estranhamento.
Krisiun na seqüência foi a máquina de moer carne de sempre. Meio que chover no molhado tentar descrever a performance dos irmãos Kolesne. É pedrada em cima de pedrada, sem tempo pra reagir. Caiu, vai ficar no chão. Há anos que não possuem concorrentes no death metal e aparentemente isso não vai mudar.
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Nunca tinha ouvido Belphegor, nenhuma canção sequer. Não sou chegado em black metal cara-pintada, e só recentemente comecei a me abrir ao estilo, ouvindo alguma coisa aqui e ali. Honestamente, tive uma crise de riso durante a primeira música tocada… achei caricato e cômico. Não dá pra levar esse povo a sério. O som era aquele bate-estaca de costume, com climinhas encaixados por samples pra dar o tom. Fui pra fila da cerveja.
Saldo final foi bem positivo: evento bem organizado, boa estrutura e pelo menos 2 shows excelentes, um mediano e outro nem isso. Pelo menos para o meu gosto pessoal. Casa divulgou público pagante de 400 pessoas, mas duvido muito. Chuto no máximo uns 250. No fim, nada a reclamar, que venha mais.
Muito menos como escrever sobre um. O último tinha sido em 13 de março de 2020 (aquele festival com D.R.I. fechando, no próprio Carioca), véspera de quarentena decretada por aqui. Por isso começo por aresta periférica, embora essencial:
Turnê latino-americana ainda ñ encerrada. 20 shows em 26 dias. O de sábado, o 8º em 10. A ñ ser q haja um backing track perfeito, como é q o pescoçudo George Corpsegrinder Fisher agüenta?
Assim: é o destaque do show. Tecnicamente falando, presencialmente tanto quanto. Até pq os outros todos ñ se mexem ou interagem com o público (Rob Barrett, meio hippie velho, às vezes acenava em fim de música. Mas podia ser pra distencionar a munheca). De minha parte, minha atenção ficou focada em Fisher o tempo todo.
“O Freddie Mercury do death metal”, segundo Björk? Sim. O melhor gutural do metal, e já tem tempo.
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Tem presença e carisma tb. Entraram no palco, ñ falou um “a”: simplesmente apontou pro peito – usava camiseta do Krisiun – e a galera ovacionou. Só foi dar um primeiro alô já era passado o 4º ou 5º som. E tudo bem.
Erik Rutan tb “vestia” Krisiun e a camisa do Cannibal Corpse como se estivesse na banda desde sempre. Pat O’Brien ficou pra trás mesmo.
Platéia chamou atenção pelo monte de mulher. Linda. Presente. Muitas acompanhadas, mas distantes do “namorada de headbanger só acompanhando”. Berrando junto, fazendo air guitar e reconhecendo os sons, o q meu Google insistia em ñ conseguir identificar ahahahah
Quando foi q as mulheres começaram a curtir death metal? Acho q estava ouvindo Meshuggah e ñ percebi.
Fisher percebeu isso (do mulherio) e fez uma graça. E dedicou a elas “Fucked With A Knife”. Politicamente incorreto? Tvz. Mas ninguém ali na platéia era serial killer (acho), então deixa quieto.
Estava tão “destreinado” em show q ñ reparei a hora q começou (foi pouco após as 20h) e em q terminou (provavelmente às 21h30. Pq 15 minutos depois já estava no metrô, mandando aúdios e fotos pra amigos no celular ahah). Considerando q foi uma hora e meia total, posso atestar:
a banda é uma máquina de moer carne. Precisão técnica, sem saída pra bis, tocando direto o q pareceram 18 sons. Às vezes ficado no escuro entre som e outro, sem ninguém vindo ao microfone pra nos “entreter”. Algo q pode chatear um ou outro.
Mas, considerando q o pescoçudo ñ tem backing vocal em nenhum momento, é o q parece a rotina deles em palco.
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Reconheci alguns sons, por serem anunciados – “The Wretched Spawn” e “Unleashing the Bloodthirsty” – outros por captar o refrão – “Evisceration Plague” e “I Cum Blood” (senti falta do “backing Google female voice” em português ahahah) – outros ainda por ñ me recordar q existia, e me surpreender: “Devored By Vermin”. Foi absurda, e parecia mais alta. Pq a galera cantou junto.
Melhor música do show. E já era a 15ª.
Rolaram uns papinhos ainda, Fisher perguntando se queríamos ir pra cama dormir, elogios ao Krisiun, agradecimentos do tipo “I love you, without you ñ haveria Cannibal Corpse etc. – e nada de pagar de meiguinho hipócrita-Hetfield. Até pq ñ se registrou nascimento ou aborto durante o show.
Até onde soube.
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Rodas aconteceram do meio pro final. Com mulherada entrando junto.
E, acabando a última nota da última música (adivinhem?), entrou um áudio dum som country (Google captou: Charley Crokkett) falando de balada de sábado à noite ahahah
Galera ñ ia embora, meio esperando (em vão) um bis, meio sabendo q ñ viria, mas impactada com tudo e demorando a assimilar a pancadaria. E eis q Fisher volta ao palco pra dar risada, dublar os country, jogar palhetas e set-lists pro pessoal, e ainda toalhas molhadas (se secava à Elvis Presley e as jogava prum povo q as disputou).
(gore, né?)
Fui lá pra frente tb, pra ver se fotografava um set-list, achava alguma palheta, baqueta, perna necrosada ou dedo desmembrado, mas só achei um anel. Sério.
Um puta show. Suficiente pra q um terço dos meus encostos tenham dissipado naquela atmosfera suada e atordoada, mas nunca ominosa. Voltei moído pra casa, com camiseta comprada na porta e pensando q se tocassem domingo, eu voltaria.
PS – sobre banda de abertura, apenas digo: inveja do pessoal em BH q teve o Test abrindo.
Set-list: 1. The Time to Kill Is Now 2. Scourge Of Iron 3. Inhumane Harvest 4. Code Of the Slashers 5. Fucked With A Knife 6. The Wretched Spawn 7. Gutted 8. Kill Or Become 9. I Cum Blood 10. Evisceration Plague 11. Death Walking Terror 12. Necrogenic Resurrection 13. Condemnation Contagion 14. Unleashing the Bloodthisty 15. Devoured By Vermin 16. A Skull Full Of Maggots 17. Stripped, Raped And Strangled 18. Hammer Smashed Face
“bis“: 1. Saturday Night 2. Welcome to the Hard Times 3. Run Horse Run
Mercyful Fate anunciando turnê. Testament reefetivando Dave Lombardo. E lançados ou prestes a sair novos de Amorphis, Voïvod, Napalm Death, Annihilator, Saxon, Meshuggah, Scorpions, Rammstein, Claustrofobia, Ratos de Porão, Krisiun, Troops Of Doom, Kreator, Destrúcho, Ghost, Machine Head, Abbath, Kirk Hammett (!!), Skid Row, Arch Enemy, Ozzy Osbourne e tvz até o Megadeth.
Ñ me espantaria se nos próximos dias tb saírem novos de Overkill, Death Angel e Darkthrone.
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Aí o metal nacional vem e anuncia isto:
cara (de pau) e vide/vade retro (verso) do artefato
Tem ainda os novos das voltas (alguém pediu?) do Viper e do Shaman. Pq as pessoas iriam ficar melhores depois da Pandemia. Aham