A única volta do Jane’sAddiction q me importa. Depois virou MötleyCrüe, virou palhaçada. A 136ª volta recente terminou em porrada no palco, deixa quieto.
Não q eu ache o Jane’sAddiction essa Coca-Cola toda. PerryFarrell me fica mais como um BobGeldof dos EUA, de maior legado menos musical q o de ter parido um festival. Q já foi importante, hoje é franchising.
E estava há muito atrás deste disco, comprado sábado. Catado com “C” maiúsculo.
A capa de “KettleWhistle” é auto-explicativa: dois dos sons inéditos (“Kettle Whistle” e “So What!”) tiveram Flea do RedHotChiliPeppers no baixo e co-autoria; na segunda ainda tocando trumpete. Pra mim as melhores.
As outras duas inéditas (“My Cat’s Name Is Maceo” e “Slow Divers”) acho de mesmo quilate. As demos de “Ocean Size” e “Mountain Song” acho superiores às versões consagradas, e tb as versões ao vivo de “Stop”, “Three Days” e “Ain’t No Right”, tanto quanto a versão alternativa semi-acústica pra “Been Caught Stealing”.
Ouso achar “KettleWhistle” superior aos discos de até então da banda, e em minha preferência perde só pra “Strays”, meu favorito e disco assumidamente vendido de q ninguém gosta. E é isso.
“Live At Donnington” (ambas, mas a p&b menos pior)
WhatsAppin’: ñ tem polêmica do Shamerda pra postar? Cortes do Bittencu acabaram? (Tá na Dinamarca, pra meia dúzia). Já raspamos o tacho semiótico do Andre Matos (sem acento)? Bora caçar um baba-ovo, o metal nacional ñ pode parar https://whiplash.net/materias/news_706/353234-shaman.html
(a lista mais difícil de fazer nesta série mensal)
MINHAS INTRODUÇÕES DE BAIXO PREFERIDAS:
“Ace Of Spades”, por Lemmy Kilmister [“Ace Of Spades”, Motörhead]
“Peace Sells”, por David Ellefson [“Peace Sells… But Who’s Buying?”, Megadeth]*
“Got the Time”, por Frank Bello [“Persistence Of Time”, Anthrax]
“Damage Inc.”, por Cliff Burton [“Master Of Puppets”, Metallica]
“Higher Ground”, por Flea [“Mother’s Milk”, Red Hot Chili Peppers]
“N.I.B.”, por Geezer Butler [“Black Sabbath”, Black Sabbath]
“Another One Bites the Dust”, por John Deacon [“The Game”, Queen]
“DMV”, por Les Claypool [“Pork Soda”, Primus]
“Hang the Pope”, por Dan Lilker [“Game Over”, Nuclear Assault]
“The Clairvoyant”, por Steve Harris [“Seventh Son Of A Seventh Son”, Iron Maiden]
* falávamos na lista anterior de impossibilidade de “intro baterística” em “Sole Survivor” (Helloween), devido ao acompanhamento de guitarra. “Peace Sells”, assim como “Souls Of Black” (Testament) ou “Stone” (Alice in Chains) têm baixo acompanhado de bateria. Bateria tradicionalmente ñ é considerado “música”, então vale introdução de baixo acompanhada só por bateria
Se ñ for o caso, eu tiro “Peace Sells” e acrescento “Would?” (Alice in Chains) ou “Have A Cigar” (Pink Floyd) em décimo.
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A pauta é dupla hoje, por conta da morte de Martin Birch, maiúsculo e excelso produtor:
Daí propor uma lista adicional hoje: a de MEUS ÁLBUNS PREFERIDOS PRODUZIDOS POR MARTIN BIRCH
“Rising”, Rainbow
“Powerslave”, Iron Maiden
“Heaven And Hell”, Black Sabbath
“The Number Of the Beast”, Iron Maiden
“Made In Japan”, Deep Purple *
“Machine Head”, Deep Purple *
“Ready an’Willing”, Whitesnake
“Slide It In”, Whitesnake
“Fear Of Unknown Origin”, Blue Öyster Cult
“Mob Rules”, Black Sabbath
* nesses, é creditado como “engenheiro”, mas o senso comum credita a produção.
sons: PORPOISE HEAD / 100 WAYS / TAHITIAN MOON / KIMBERLY AUSTIN / THICK OF IT ALL / GOOD GOD’s://URGE! / WISHING WELL / DOGS RULE THE NIGHT / FREEWAY / BALI EYES
formação: Perry Farrell (vocals, percussion, samples, harp, keyboards), Peter DiStefano (guitars, samples, backing vocals), Stephen Perkins (drums, percussion, samples, backing vocals) + Mike Watt and Martyn LeNoble (bass), Thomas Johnson (samples and sounds)
participações especiais: em “Porpoise Head” (Daniel Ash, guitar; David J, bass; Kevin Haskins, samples); em “100 Ways” (Kimberly Juarez, backing vocals; Lili Haydn, violin; Ralf Rickert, trumpet); em “Freeway” (Flea, bass; Dave Navarro, guitar intro; John Flannery, space guitar; Josh Klassman and Christine Cagle, backing vocals); em “Tahitian Moon” e “Bali Eyes” (Matt Hyde, slide guitar); em “Good God’s://Urge” (John Flannery, backing vocals and trash can; Christine Cagle e Shawn London, backing vocals); em “Wishing Well” (Leo Chelyapov, clarinet)
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“Good God’s Urge” ñ é metal. Como o Porno For Pyros tb ñ o foi. (A ñ ser q o primeiro álbum – q ainda ñ ouvi – o fosse).
Como o Jane’s Addiction gerador/anterior/posterior tb ñ o era, mas aproximava-se por causa de Dave Navarro e sua guitarrice. E pq algum zeitgeist noventista os abrigava num nicho “metal alternativo”, muito pelas beiradas.
“Good God’s Urge” traz esoterismo eletroacústico. Bicho-grilice e cacofonia, talentosamente equilibrados, às vezes num mesmo som. Disco homogêneo, nada esquizóide. De timbres e atmosferas, mais q de riffs. Tem peso. E instrumentação exótica – sobretudo percussiva – sem estereotipias nem afetação; cortesia do fodaço Stephen Perkins, fiel escudeiro de Perry Farrell nesta outra empreitada.
São 10 sons em pouco mais de 30 minutos, o q favorece ouvir bastante. Gosto é pessoal: eu curto o álbum, e quando me dá umas de ouvir, faço repetidamente. Destaco, dentre as pesadas, “Tahitian Moon” (rolava um clipe na Mtv Brasil) e “Dogs Rule the Night”. Dentre as (mais) acústicas, “100 Ways” e “Kimberly Austin”. E a quem ñ curte o vocal de Farrell, advirto: está mais pertinente aqui. 8 ou 80.
A banda durou pouco: o “Porno For Pyros” (1993) anterior mais este. Fecharam a lojinha devido a um câncer de Peter DiStefano, tratado e curado, mas sem volta da banda. Ñ deixaram legado, tampouco um saudosismo q a nostalgia + volta do Jane’s Addiction, posterior, tb ñ acalentou. Serve pra listarmos em conversas como das tantas bandas noventistas boas q ñ foram grunge.
E é o tipo de disco q eu deixaria tocando em loop em minha sala de espera caso fosse tarólogo ou quiroprata.
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CATA PIOLHO CCLXV – nova jornada de “capas de inspiração semelhante”