40 ANOS DEPOIS…
… o q ficou?
… o q ficou?
Pois é, fui na onda do Jessiê. E o q eu consigo dizer por ora (fora o título apelativo acima) é q Accept e Judas Priest, prestes a desovarem discos novos, terão q disputar o 2º lugar neste segmento.
Capa foda (mudaram de capista), formação reforçada com o guitarrista do Diamond Head e produção incrível. Bill Byford segurará a onda ao vivo? Não me importa; só vou se for no Sesc.
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Não sou assim assíduo com a horda (4 ou 5 discos por aqui) a ponto de me espantar com lançamento. Estão aí o tempo todo, e na “era Covid” já deve ser o 4⁰ ou 5⁰ disco lançado. O último q me chamou atenção foi “Lionheart“, e por causa do baterista do Chatovarius, monstrão alemão.
Mas este “Hell, Fire And Damnation” o supera de longe.
Sons preferidos até agora do álbum do ano (até agora?): “Hell, Fire And Damnation”, “There’s Something In Roswell”, “Kubla Khan And the Merchant Of Venice” e “1066”.
Pq de onde menos se espera vir algo desse quilate eu acho muito foda.
Mesmo!
Revista britânica.
Publicação brasuca. Edição 33, li direito?
Não era esse cara q a mulher tava chiando outro dia q estavam sem dinheiro?
Bora apoiar. SQN.
… o q ficou?
Já tinha acontecido, algo prenunciado: Ozzy Osbourne (“Ordinary Man”), AC/DC (“Power Up”) e Rammstein (o do fósforo) recentes, e de selos major, ñ saíram versão nacional.
Os Ghost (achei bem ruim) e Scorpions recém-lançados, da Universal, saíram primeiro pra vender online e daí foram às lojas. Meio do caminho interditado.
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Agora, 2022 tá aí e lançamentos de Amorphis, Voïvod, Meshuggah e Napalm Death ainda ñ tiveram seus lançamentos nacionais. Mesmo por selos menores, de metal. What the hell?!
Kreator novo, por ouro lado, já saiu. Sexta. (Vale?). Destrúcho novo (capa horrível) tá por aí. Annihilator retocado e forçado, idem.
E o q vejo – espero estar errado – é selos como Hellion Records e Voice Music mais ocupados em relançamentos, nacionais (P.U.S., Overdose, Viper, Holocausto, Sarcófago, Volkana) e estrangeiros (o primeiro lançando Discharge no Brasil pela 1ª vez, e relançando Tank, Crossfire e Chatêaux, dentre outras NWOBHM periféricas)…
… apostando no nicho “metaleiro tiozão” q está recomprando tudo isso q já teve em fita cassete e mal lembrava existir.
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Por outro lado, caralho, e o “metaleiro tiozão” como eu, q foca em adquirir lançamento (novidade) físico? Ñ vou comprar importado – Amorphis novo tá na Die Hard a 120 pila – e ñ queria ficar na mão.
Pessoal tá me jogando na internet. Hora q vender o patamar devido dos “relançamentos”, sobra relançar os Amorphis, Voïvod, Napalm Death e Meshuggah novos daqui a 20 anos?
Modo “tiro no pé” estaria “on”?
Girlschool, “Legacy”
A profusão de participações especiais – feat. é o caralho – sobretudo de guitarristas (Eddie Ojeda, JJ French, Phil Campbell e Fast Eddie Clarke) colaborando com solos mostra o quanto as moças são (continuavam) queridas no meio, mas quase eclipsou o disco. Q é bom. E pesado.
Ao mesmo tempo, Tony Iommi e Ronnie James Dio – sim! – juntos em “I-Spy”, melhor som (e superior à versão só com elas, na faixa 3) deveria ter içado o Girlschool em meio a tantas tentativas bacanas NWOBHM de retornos de bandas idem.
“Legacy” contém ainda Lemmy Kilmister co-escrevendo e cantando junto “Don’t Talk to Me”. Ñ traz aquela banda de antigamente, nem daria. E tem sons outros q ñ só os de auxílios luxuosos.
Mas parece q passou batido.
Aí eu culpo algum desinteresse do público, ñ afeito a bandas vintage. Tvz até por machismo. Ou a uma falta de promoção considerável.
Todo modo, o disco ñ dissipou na atmosfera e tem por aí pra ser ouvido. Acho q merece uma atenção.
… o q ficou?
“gritemos por aqui, da quarentena!”
Iron Maiden
“Iron Maiden” – NWOBHM
“Killers” – só eu ñ gosto
“Maiden Japan” – tosqueira divertida
“The Number Of the Beast” – temos um vocalista!
“Piece Of Mind” – temos um baterista!
“Powerslave” – temos um formato
“Live After Death” – inoxidável
“Somewhere In Time” – prazer, Adrian Smith!
“Seventh Son Of A Seventh Son” – conceitual hemiplégico
“No Prayer For the Dying” – só eu gosto
“Fear Of the Dark” – disk Mtv
“A Real Live One” – bacaninha
“A Real Dead One” – bacanaço
“Live At Donnington 1992” – só mais um
“The X-Factor” – até lembra Maiden
“Virtual XI” – fundo do poço
“Brave New World” – volta do Maiden, ñ do Bruce
“Dance Of Death” – fogo baixo
“A Matter Of Life And Death” – músicas imensas ñ é igual ‘progressivo’
“The Final Frontier” – Maiden prog!
“The Book Of Souls” – “Empire Of the Clouds” + 9
Ñ incluí os ao vivo da volta: “Rock in Rio”, “Death On the Road”, “Flight 666” e “En Vivo!”. Ou o “Maiden England”, antigo e recém-relançado. Pq são dvd’s (alguns). Assim como tb ñ singles, coletâneas e documentários. Quem quiser fazê-lo, ñ vou impedir.
“Quartz”, Quartz, 1977, Jet Records/Classic Metal
sons: MAINLINE RIDERS / SUGAR RAIN / STREET FIGHTING LADY / HUSTLER / DEVIL’S BREW / SMOKIE / AROUND AND AROUND / PLEASURE SEEKERS / LITTLE OLD LADY
formação: Mick Taylor (vocals), Geoff Nicholls (guitar & keyboards), Dek Arnold (bass), Mick Hopkins (guitar), Mai Cope (drums)
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Sim, era a banda do Geoff Nicholls, pareceiraço de sons, copos e aditivações nasais de Tony Iommi. Mesmo q tivesse gravado este disco de estréia mais um de retorno – “Fear No Evil” (2016). Mas é o q ficou no imaginário.
Além disso, Iommi produziu “Quartz”. Segundo o Metal Archieves, tendo gravado tb umas harmonias guitarrísticas (aposto q ainda uns solos), sem levar esse tipo de crédito devido a divergências contratuais de gravadoras.
Curiosamente, a estréia do Quartz saiu pela Jet Records, de co-propriedade de Don Arden, então empresário do Black Sabbath e pai da futura Sharon Osbourne. Ozzy Osbourne q consta haver gravado backing vocals nalgum som q ñ se sabe bem qual (e duvido q ele lembre eheh), mas q acabou ñ ficando na mixagem final.
Segundo a mesma fonte. Q tb a cita alguma participação de Brian May na coisa, sem se saber o q nem em qual faixa, mas q tb ñ entrou no fim. Ação entre amigos. Tutti buona genti. Enfim.
E o q é o som do Quartz, lançado em 1977 e inscrito nos cânones da NWOBHM? Ñ parece Iron Maiden, ou Motörhead, nem Judas Priest; q entre si tb nunca pareceram, muito menos pareceram Def Leppard e ficaram todos sob o teto NWOBHM. Parece bem mais Black Sabbath, o q soa óbvio.
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Mas o Sabbath daquela fase desconsiderada,“Technical Ecstasy” e “Never Say Die!”, pendendo mais ao primeiro. E parecendo mais em termos de clima. Com mais violões até. Uma outra aproximação: lembram da forçação de barra imensa e acintosa, de q o Blue Öyster Cult teria sido “o Black Sabbath dos EUA”? É tipo o BÖC (incluída a cozinha discreta/inofensiva) se o BÖC fosse bom, inglês e tivesse alguma noção de riffs.
A singularidade maior deste disco: ñ houvesse menção no encarte ao vocalista chamado Mick Taylor (nada a ver com o ex-Rolling Stone), daria pra jurar q Ozzy Osbourne gravou o disco todo. E dum modo melhorado: quase um Ozzy q soubesse cantar. Com direito a dobras e harmonias vocais. Curioso.
Os sons se desenvolvem em pouco mais de 36 minutos, e meus preferidos são os sabbathicos mesmo. “Mainline Riders” (escrupulosa e estrategicamente situado na abertura, pra já ganhar o ouvinte; me ganhou), “Devil’s Brew” e a vinhetinha “Smokie”, longinquamente aparentada das brisas de “Master Of Reality”.
Só q o trabalho tb agrada a quem curte Fletwood Mac (“Sugar Rain”, quase radiofônica) e Thin Lizzy (vide dobras guitarrísticas e requintes em “Around And Around” e “Pleasure Seekers”). A menção anterior ao BÖC dá as caras em “Street Fighting Lady”. Mas todas referências de aproximação, ñ chupins.
A banda ficou perdida entre mudanças de formação, contrato e dispensa (ñ venderam o suficiente) em selo major e algumas vãs tentativas de retorno. Sem chance, nem destaques ou maiores saudades.
Um disco agradável, q pode ser pensado como “o disco q o Black Sabbath gravou e ñ lançou”, sei lá. Lançado à época por aqui (uau) e recentemente relançado em cd pelo tal selo Classic Metal.
Legal.
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CATA PIOLHO CCLXXIII – “Dead Again”: Type O Negative ou Mercyful Fate? // “Breaking All the Rules”: Peter Frampton ou Ozzy Osbourne? // “Hypnotize”: Audioslave ou System Of A Down?
Por märZ
De vez em quando me pego pensando sobre essas bandas contemporâneas que se dedicam a emular, imitar, copiar, homenagear, regurgitar o heavy metal dos anos 80 à perfeição, nota por nota, timbres, visual etc. Seja revivalismo do thrash ou da NWOBHM, exemplos não faltam de bandas com essa proposta, e o pessoal daqui provavelmente conhece algumas.
Mas então, volto ao raciocínio: me questiono sobre o tipo de approach que deveria ter quanto a essa tendência. Tipo, “curta o som e foda-se”? Ou “esquece, pois já fizeram isso melhor antes”? Apesar de nada originais, algumas bandas são bem bacanas e o resultado final desce bem, dependendo do seu humor e boa vontade. Mas é fácil torcer o nariz e implicar com elas.
Exemplo? Bullet, um grupo alemão ou sueco, não importa, que já está em seu quinto ou sexto álbum, não importa, e se especializou em imitar AC/DC, Judas Priest e, principalmente, Accept. Vídeo mais novo:
[youtube]http://youtu.be/7AiyrG_x2Gk[/youtube]
Vai pro trono? Vale a pena gastar dinheiro com algo assim, ou melhor ignorar e ouvir “Balls to the Wall” pela miliardésima vez? Alguém iria no show?