MEMORÁVEL
Aquela razão pra glorificar de pé Crom pelo YouTube e seus algoritmos em meu celular. Ou, pra sermos mais pagãos, recorrermos ao “é pra isso q eu pago internet”.
Ñ é pouca coisa. Joey Ramone co-apresentando o “120 Minutes” na Mtv estadunidense em 1992, com direito a tremenda participação de Lemmy Kilmister.
(estão no link apenas os trechos de conversa/apresentação, o q é o caso)
Ramones estava lançando “Mondo Bizarro” na época; Motörhead, “March Ör Die”. Abordados mais q o suficiente.
O q mais me impressionou foi o clima “à vontade” e o apresentador, ciente da coadjuvância, deixando rolar. Joey pra lá de desenvolto, entrando nas brincadeiras, improvisando, dando spoiler. De repente é culpa minha de ter ficado esses anos todos achando q ele fosse um freak em tempo integral.
Sujeito tinha programa em rádio, certamente ñ ficava só no “ya know”.
Lemmy quase roubando a cena, muito à vontade e tb muito ciente do q estava lá fazendo. Ñ era entrevista coletiva ou documentário. E tudo bem.
Além disso, o q destaco é a conversa sobre os sons alternativos q estavam em alta – a pauta q tenho insistido, recorrente, do ano de 1991 pro metal e pro rock – com Joey reconhecendo (e apontando RHCP, Nirvana, Jane’s Addiction e Metallica) o momento, assim como a onda na qual o Ramones estava, com justiça e propriedade, surfando. Umas bolas fora tb, mas melhor ñ estragar.
Divagações à parte, queria muito q o pessoal aqui tb opinasse.
André
10 de junho de 2021 @ 16:09
O que era algo corriqueiro naqueles tempos ganha outra proporção hj. Ver o LEmmy e o JOey joviais e falando sem se preocupar em serem politicamente corretos. E, não me refiro ao que é apontado como politicamente correto hoje. Falo da arrogância, até certo ponto charmosa, dos caras em não terem medo de dizer o que pensam e cientes dos lugares que ocupam no meio. A alfinetada na mtv foi foda. E, também a parte que comentam sobre uma possível turnê conjunta com Ramones e Motorhead e a conclusão de que não venderiam ingressos o suficiente, creio eu. Foda.
Marco Txuca
10 de junho de 2021 @ 16:44
Entendo teu ponto, e tento acrescentar: o “politicamente incorreto” atual parece uma apropriação indevida (como sempre) dos reaças de plantão pra poderem ser escrotos, racistas, machistas e imbecis com desculpa de estarem manifestando “opinião”.
Essa arrogância de ambos tb detectei, e tinha o contexto, né? Eram as bandas baluartes do rock. E no caso do Ramones, terem virado a bola da vez, o sucesso comercial há tanto perseguido e a outro menos tanto abandonado.
Ainda q Joey chamar Hüsker Dü de chupim (“rip-off”) de Ramones achei desnecessário e equivocado.