EMBATE
versus
versus
Algoritmos do celular me ajudando a pautar o blog, parte 29:
Assistindo aos vídeos do Nervosa e do Crypta, ambas pertencentes à Napalm Records (e q pelo q vi no Metal Archieves parece ter contratado tb o Eskröta e o Torture Squad), me chamou atenção o tanto de bandas de metal extremo femininas tb recentemente lançadas pelo selo austríaco.
Ou bandas mais pro extremo com vocal feminino.
Os algoritmos simplesmente me lançaram duma vez Sumo Cyco, Jinjer, Hiraes e Jenner. E tem mais.
Sumo Cyco são do Canadá, só a vocalista mulher. Skye Sweetnam. Pagando de Arlequina no clipe, e a banda q menos me agradou nessa leva. Meio um new metal tardio e melhor tocado (ou de quem sabe tocar)(com vocal irritante tb), q tvz agrade às irmãs mais novas de quem curtia Korn, Kittie e Coal Chamber. Ou tvz ao público alvo voltado a algum revival dessa moda de rap pra branco estadunidense.
Existem desde 2011, têm 2 discos, 16 singles e 17 videoclipes. Faz sentido, na medida da obsolescência dos álbuns e da molecada mais nova ficar mais no audiovisual mesmo.
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O Jinjer é da Ucrânia e mais antigo e conhecido um pouco. Começaram em 2009. Já havia esbarrado em vídeos antes, acho q até em vídeo tipo live collab de quarentena com a vocalista (só ela mulher) Tatiana Shmailyuk, q parece ter monte de fãs, por ela inspiradas a sair berrando.
Do q conhecia, ñ me agradou, ficavam no meio (mal feito) entre metalcore, new metal e querendo ser o “novo Meshuggah” – djent, né?
O clipe acima achei interessante, mas acho q ñ devo voltar tão cedo, meio q um “Meshuggah reggae“. Se misturam muita coisa, por outro lado valem as tentativas por algo novo, sei lá.
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O Hiraes é alemão, ñ 100% feminino (só a vocalista) e parece ter surgido duma situação semelhante à de Nervosa/Crypta: formados de finais de Cripper (terminados em 2018, com 5 discos) e Dawn Of Disease, têm como destaque a vocalista Britta “Elchkuh” Görtz, q ñ esconde a veia Arch Enemy, só q a mim aprimorada.
Do q só conheço ainda e curti essa “Under Fire”.
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Exceção ao q postei no início, o Janner vem da Sérvia, é um trio feminino, só q ñ são da Napalm, mas da Inferno Records. E a despeito da produção um tanto artificial, é a banda nessa leva worldwide womanizer q mais curti. Ao menos do q apresentaram neste. Mais tradicional, só q sem descambar praquele molde flácido Doro Peste.
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Quer dizer, o selo parece estar apostando, literalmente, em bandas dos 4 cantos do mundo (falta alguma australiana ou neozelandesa). Em toda uma cena feminina, ou de bandas extremas com frontwomans, de um legado q a mim começou lá atrás em Nightwish, Lacuna Coil e Theatre Of Tragedy, mas q tvz tenha mais raiz no Arch Enemy “fase Angela”, de q falaremos mais por aqui no domingo.
E tem coisa pra caramba de outros selos ainda. YouTube do notebook me jogou há pouco um Spiritbox, q deixo pra sacar depois…
Pode ser q tenha um lado “modinha” nisso tudo, mas no geral acho do caralho q com 51 anos de heavy metal finalmente a mulherada esteja protagonizando bandas ñ necessariamente farofas, fofinhas e/ou fadinhas.
Parece haver na publicação um “teste” em suas páginas finais. Nunca vi em publicações por aqui, atuais ou pretéritas. Q lástima. Intitulado “The Metal Test”, apresenta o seguinte subtítulo: “pitting your heroes against the test that really matters”.
E o da edição recente q trouxe de Londres tem Simone Simons, a gostosa vocalista do Epica, q alternou memorável sinceridade, encantadora falta de noção e truezice impagáveis, ante questionário malvado.
Seguem 7 dos 10 momentos:
WHAT’S THE MOST ILLEGAL THING YOU HAVE EVER DONE?
‘I’m pretty boring, I guess. I’ve smoked weed in the past but it’s legal in the Netherlands so does it still count? Oh, I know, sex in public places! It last happened 12 years ago. I’m a responsible mother now, ha ha!’
WHAT’S THE MOST METAL ALBUM IN YOUR RECORD COLLECTION?
‘The selection on my phone is pretty poor, but I have Lacuna Coil, Opeth, Ghost and Michael Jackson. Is Michael Jackson metal? I guess not. The most metal thing I have is an In Flames album, Reroute to Remain‘.
WHAT’S THE WORST INJURY YOU’VE EVER HAD?
‘I had a ruptured appendix when I was in Mexico. I was close to dying. I was in agony for a long time before we worked out what was wrong, and then I had to have immediate surgery. I actually looked pregnant because my belly was so full of pus. It was really sexy… ha ha ha!’
WHAT IS THE MOST THAT YOU’VE EVER BEEN SICK?
‘I had food poisoning when I was in Turkey. Every time I puked, I would shit myself. I sat on the toilet with my head in the sink. I was vomiting until blood came out. It was really nasty. The last time it happened was in Colombia and I thought I was going to die. Right before the show I had stomach ache and my belly was inflated. You think you just need to fart and that’ll be it, but I couldn’t. After the show I had really bad heart palpitations. I threw up a couple of times and my heart calmed down but I was still in agony. Then I had to fly back home. Two long flights with food poisoning!’
WHAT’S THE GROSSEST THING YOU’VE EVER HAD IN YOUR MOUTH?
‘Hmmm. I tried oysters once and I didn’t like them much. It’s like eating pussy juice. Men might like it, I guess. It’s like swallowing a placenta’.
(…)
WHEN WAS THE LAST TIME YOU BLED?
‘Today. I got my period. It’s a monthly situation’.
(…) (…)
WHAT’S THE MOST METAL PICTURE ON YOUR PHONE?
‘The most recent picture is our keyboard player crowsurfing during a show while playing the keytar. That was pretty metal’.
A avaliação final dá nota 7 (de 10 possíveis) num ranking de truezice, assim comentando: “a sturdy effort featuring vomit, shit, blood, pus, public nudity and keytars? Simone Simons, we salute you”.
Antes de qualquer mais nada, Rodrigo: fui de graça, sim.
Só q ñ ganhei o ingresso do modo convencional desta feita. A Patroa quis ir, e nada mais justo q eu acompanhá-la ao show, eu q tantas vezes a ARRASTEI pra shows de bandas q ela sempre se esforçou em curtir!
Se bem q “justiça” MESMO teria sido eu comprar meu ingresso e pagar tb o dela.
(OPS!)
Vou deixar bem claro, como já fiz em outras vezes: nem curto assim essa praia. Ñ curtia o Nightwish (apesar do esforço de só gostar do “Once” pouco true) e a estréia solo da Tarja q ouvi (“My Winter Storm”) me pareceu música pra show de golfinho em Miami. De modo q estava esperando bem pouco do evento.
Pouco como o tanto de gente presente: Patroa levantou informação de 1000 ingressos vendidos – Via Funchal acolhe 5000… Mais um tiro n´água da Top Link, q meio fiascou com o Blue Öyster Cult 2 meses atrás e deveria ter escolhido Credicard Hell ou Citibank Hall (q tá fechando de vez e eu ñ sabia). Ñ adianta culpar a véspera de feriado ou “falta de divulgação”. Nem um, nem outro.
E eis q vi um show decente, honesto, sem firulas q ñ as do gogó da testuda. Falando sério: 23 sons, quase 2 horas corridas de apresentação com a moça pouco perdendo as condições – a derradeira “Over the Hills And Far Away” Carol me disse q cantou com freio de mão levemente puxado – onde vemos isso q ñ em dvd corrigido???
Mas deixa eu falar mal das excrecências ocorridas, a meu ver duas:
1. banda de abertura. Tierramystica. Das honrrorosas desnecessárias bandas representantes daquilo q chamo de “cena de bandas de abertura pra gringo eternamente”. Q outras tantas pessoas chamam de “metal nacional“. Hipócritas, deslumbrados e deslocados no evento.
Ñ q sejam maus músicos. Nem. Só parecem ñ definir o estilo, q alterna prog, metal melódico, modinha de música celta e folk metal: misturam tudo caoticamente, parecendo um Franga “Holy Land” piorado – mas com vocal melhor. Baterista clonando maneirismos de Mike Portnoy, 8 negos no palco + 2 miguxos filmando/tirando fotos, instrumentos “típicos” (ou atípicos?), como flautinha peruana, tambor gaúcho, bandolim (alaúde?) e outras traquitanas simplesmente inaudíveis.
Momento excelso: quando romperam a apatia e a modorrice q imperava entre quem ñ colou na grade ou tinha mais de 14 anos e estava bocejando, e resolveram tocar “um Iron Maiden” em “versão celta” (sic). Tocaram “Fear Of the Dark”, tão igual quanto qualquer banda cover por aí.
Momento hipócrita-mor: em meio aos discursos e agradecimentos intermináveis do vocalista – q se gabava de estarem lançando o 3º álbum (e o Quico?) e filmando um dvd (ooooohhh!) este ano – o mesmo dizer se ufanarem da banda ser brasileira, de “serem latino-americanos” (sic). Pra anunciar o som seguinte… EM INGLÊS. Outro: sujeito tentou se mostrar simpático, dizendo serem do Rio Grande do Sul e q ñ tocavam aqui – no q ficou dúbio o “aqui” ser São Paulo ou o Via Funchal – “fazia 2 anos”. Sim, desde o último show da Tarja, no Via Funchal, em q tb foram abertura.
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2. Mike Terrana, o fanfarrão. O presunçoso. O umbigólatra de quem havia esquecido de citar, quando coloquei Lars Ulrich e Mike Portnoy no pódio dos bateristas com ego. A maior papagaiada q a mídia do metal insiste em propalar: ñ há NADA ali no q ele faz q nenhum outro baterista profissional ñ faça.
Toca pra caralho? Toca bem: tem técnica limpa, isso ñ se discute. Mas é MICO DE CIRCO. E ególatra suficiente pra eu apostar ele pôr em contrato a bateria ter q ficar de lado, com holofote só pra ele e raramente diminuído de luzes. Se tocasse realmente o q se diz q toca, estava disputando lugar no Meshuggah, no Mastodon ou no Dream Theater (duvido q ficasse rodando baqueta tocando esses tipos de som), q certamente elencou “zero ego” como requisito pra escolha do Mangini.
Fez um solo insuportável, clichê, demorado. Monta bateria de jeito esdrúxulo, parecendo q é grande coisa, e ñ é. E ao final do mesmo resolveu chupinhar Neil Peart, enxertando um jazz (de elevador) com seqüência acionada por midi nos pratos (Will Calhoun tb faz isso e enche o saco). E antes fosse aqueles jazz farofa, big band: o som era “Can Can”!
Putz.
Voltando à diva, verdadeira atração: me chamou atenção a mulherada HIPNOTIZADA e de sorrisos ESTAMPADOS nos rostos a cada som, mas os marmanjos muito mais deslumbrados, cantando cada som a plenos pulmões, parecendo q se esgoelariam sem dó. A banda, fora o Terrana, fez papel discreto, como convém: o único outro quase estrela ali era o violoncelista altão e ex-Apocalyptica, Max Lilja.
Todo mundo muito ensaiadinho, com o bônus de tecladista e baixista tb cantarem. “Anteroom Of Death”, q abriu realmente o show, é quase um som q o Savatage ñ fez, devido ao arranjo de vozes incrível. Ñ conheci mais outras músicas q ñ fossem “I Walk Alone”, precedida de discurso comovido da musa, a versão pra “Still Of the Night” (muito legal achei a reconstrução q a banda fez do som. E o vocal, covardia…), o cover de Nightwish ao final (Patroa chorou) e o cover do cover de Nightwish encerrando.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=bPM_Fh2KU0E [/youtube]
Passo a vez pra Patroa comentar, abaixo, com maior propriedade. Apenas fiquei refletindo ao final 2 aspectos:
Perigaria eu acabar gostando ahahah
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Set-list: 1. “Intro – If You Believe” 2. “Anteroom Of Death” 3. “Lost Northern Star” 4. “Dark Star” 5. “Naiad” 6. “Falling Awake” 7. “I Walk Alone” 8. solo de bateria 9. solo de “banda” 10. “Little Lies” 11. “Into the Sun” 12. “Still Of the Night” (cover Whitesnake) 13. set acústico, com “Rivers Of Lust”, “Minor Heaven”, “Montañas De Silencio”, “Sing For Me” e “I Feel Immortal” 18. “Never Enough” 19. “In For A Kill” 20. “Bless the Child” (cover Nightwish) 21. “Die Alive” 22. “Until My Last Breath” 23. “Over the Hills And Far Away” (cover da versão Nightwish de som de Gary Moore)
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PS – roubei as fotos do site da “Caras”, q cobriu o evento com um mísero parágrafo, ridículo e dispensável como todos os míseros parágrafos q ILUSTRAM as “matérias” da “revista”. Curioso achei ñ citarem um som sequer, dando como destaque o “decote sombrio” da cantora…
“Superholic”, Engine, 2002, Metal Blade/Sum Records
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Enquanto ouvia pela 1ª vez este “Superholic”, lembrei dum filme q nem vi inteiro, mas q o título me servia: “Homens Brancos Ñ Sabem Enterrar”.
É com o Wesley Snipes e o Woody Harrelson, salvo engano (ñ fui pesquisar), em q o título alude a jogadores (estadunidenses) de basquete brancos ñ terem aquela malemolência e marra dos negões, q jogam pra cacete e enterram como se fosse a coisa mais fácil.
Esse Engine me remeteu a isso, mesmo após audições seguintes: gente de prog metal – vocalista (Ray Alder) e ex-guitarrista (Bernie Versailles) do Fates Warning – co-escrevendo sons em projeto paralelo supostamente desencanado e livre das amarras ortodoxas do estilo-mor. E até, tvz, com pretensão de fazer uma graninha e tocar por diversão mesmo. Nada feito.
“Superholic” é um catadão de músicas tentando ser simples, mas q só conseguem ser MODULARES: é um riff principal, uma variação, um refrãozinho e nada q se destaque. Não há viradas na bateria, nem solos de guitarra ou sensação de q piraram fazendo os sons: parecendo até coisa de “projetos” hodiernos em q fulanos – completam o time o baixista Joey Vera (com passagens pelo FW e tb pelo Anthrax, mas de titularidade no Armored Saint) e o baterista Pete Parada – gravaram as partes cada qual em seu home studio e trocam por email. Fizeram as coisas simples como fariam no prog principal: de modo engessado, mesmo q com trocentas menos partes.
Os caras sabem tocar, a produção é legal, o repertório é eclético (e o cover de The Cure, q eu nem conheço o original, me passou batido em meio à mesmice do álbum modorrento. Só saquei de q se tratava lendo o encarte pobre, q nem tem as letras), os sons são curtos (dura 45 minutos o disco inteiro), e até os títulos deles visam despojamento – “Losing Ground”, “Suffocated”, “I Know”, “The Perfect Star”, “Superholic”, “Fascination Street” (o cover), “1 A.M.”, “Home”, “Realize”, “Save Me” e “Mine” – mas ñ saquei qualquer feeling no negócio. Mesmo quando há alguns berros, um groovear baterístico ou apitadas guitarrísticas, me soou artificial.
A capa tb achei equivocada: parecendo capinha de disquinho de rock indie, ou emo, sei lá eu. Pesquisando e vendo terem eles outro álbum anterior, de nome do nome da banda/projeto, com capa igualmente ruim (tb baseada em óbvios motorzinhos), penso ser MAU GOSTO mesmo dos caras isso. E falta de assessoria externa, o q a produção bancada por Vera, assessorada por Alder e Versailles, além disso atesta. Outro motivo pra eu me aborrecer com isto: fui na onda do Metal Archieves de se tratar de projeto Progressive Metal. Ñ é. E joguei NO LIXO 5 reais.
O disco tb me pareceu perdido em proposta: embora seja, sim, pesado (guitarras comprimidas e saturadas até demais nalguns momentos) e nalguns momentos tendendo a new metal, ñ soa metal, nem pop, nem grunge, tampouco rap com metal. Nem qualquer coisa de criativa, diferente ou nova. Se é pra ir na onda de projeto desencanado tendendo ao pop, de gente q toca prog, melhor recomendação faço em se comprar/baixar o homônimo (e até agora único) álbum do Slave to the System, resenhado por aqui até [abr/2008].
Pra fechar: pra além das descaracterizações aqui feitas – “catadão”, “engessado”, “mesmice”, “modorrento”, “encarte pobre”, “capa equivocada” e “perdido” – acrescentaria mais uma ainda a “Superholic”. DESNECESSÁRIO. Desnecessário o quanto? Tanto quanto aquele vocalista com nome de mulher no Lacuna Coil.
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CATA PIOLHO CLXXXVI – Jogo dos 6 Erros capístico
e
6 ao invés de 7, pra eu ajudar com 1: enquanto numa a pessoa vai, noutro a pessoa vem.
O bão de terem cancelado o Borknagar (pelos motivos q entendi costumeiros: parece q anunciaram sem bem confirmarem…), é q pude deixar de lado certo arrependimento de ter usado o dinheiro do ingresso pra adquirir isto aqui
(e tb um duplo do Dark Tranquillity)
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Ñ pq eu considere o Lacuna Coil uma banda horrorosa: ñ mesmo. Embora tb ñ conste dentre as minhas 20 bandas favoritas. Pra mim, uma banda média no bom sentido. E o breve arrependimento de haver dispendido 50 contos neste box tem menos a ver com os guitarristas redundantes (menos q nos Titãs, FC), q sequer cometem um mísero solo (porca miseria!), ou com o vocalista pra lá de desnecessário (o tal Andrea Ferro).
Ou com Cristiano Mozzati, o baterista mais esquisito q vi nos últimos tempos, em termos de coordenação motora insólita (até pra lançar baquetas ao público parece TER Q mexer o braço esquerdo junto com o direito ahah): a implicância é com o q este “Visual Karma” apresenta de diferente do prometido.
Pois é “box” com 2 dvd’s e 2 cd’s, no qual 1 de cada se faz redundante: o 2º dvd é todo de entrevistas, making off’s e curtas pra lá de desnecessários (minha opinião) dedicados a cada integrante, uma vez q constam do Andrea bancando guia turístico em Milão, de relato de larica do baixista, assim como de engajamento da bela Cristina Scabbia em trabalho de fomento de poços artesianos no Quênia (!!), entre outras baboseiras q a mim nada interessaram.
Dentre os cd’s, o desnecessário é o q contém áudio do show do Wacken, contido em imagens no dvd “fundamental”. (Há neste tb um outro show, mais curto, no Japão, com alguns sons repetidos, mas tudo bem. E 4 clipes bem feitinhos). O outro cd já é mais relevante, embora em formato esquisito: um “dvd áudio” de “Karmacode”, cd da banda, contendo duas faixas bônus.
Sensação leve de haver comprado produto q poderia ser mais enxuto, afinal.
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Mas o motivo da pauta, e justificativa do título acima, é o vídeo constante abaixo, de “Our Truth” (tb tocada no show japonês), som q me fez querer o dvd (fui fuçar no You Tube antes da compra, vi esta e fui com fé), no qual pinço a dúvida:
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=CqwH_3waNgg [/youtube]
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Esse início vocálico, Scabbia está cantando mesmo (se sim, PUTA MERDA!), está tendo auxílio dalgum Pro Tools fantástico, ou está pura, simples e melancolicamente dublando a bagaça?
Detalhe adicional: trata-se do último som do set-list, de show de 45 minutos.
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Ñ q isso me desaponte tanto (tvz eu ñ esteja querendo me desapontar): vendo os shows, se vê os caras/mina realmente nutridos da vontade de vingar (tb nos EUA), q os pôs em festivais batutas tipo Gigantour e Ozzfest (este aí, menos batuta), embora mostrem-se um tanto cansativos e óbvios, nas horas entre os sons, no entreter a galera.
“Psalms Of Extinction”, Pain, 2007, Roadrunner
Capinha esquisita essa: sujeito meio Rammstein, algo Kraftwerk, meio imitando porcamente o Mike Patton gomalinado e metido a decadente dos últimos tempos. Cores em vermelho e preto denotando tb influência daquele paspalho do Barbie Manson… Ia vendo o cd na loja e encafifando: Pain ñ é aquele projeto paralelo tecno/industrial do Peter Tagtgrën, do Hypocrisy?
Ia forçando percepção pra começar a admitir q o cara da foto era o Tagtgrën, sem convicção. Deixa eu ver os nomes dos sons: “Save Your Prayers”, “Clouds Of Ecstasy”, “Walking On Glass”… nada muito claro. Pain tb pode ser disco/projeto de dijêi fuleiro – o Igor Caganera ñ lançou o tal Mixhell? “Computer God”… cover do Sabbath? Tomara q ñ. O mesmo sujeito na contra-capa, fazendo biquinho e parecendo o Johnny Depp.
Só me convenci nas letrinhas miúdas, q citam “Credit: 2007 Abyss Productions” e lançamento nacional Roadrunner. 6 conto em oferta, é esse Pain mesmo. Peguei.
E antes de pôr pra rolar, fui às letras: maioria muito, mas muito derivativas de Nine Inch Nails [S.U.P. reprisado em mar/10]: aquela marra forçada, de gente q se fodeu ou foi trapaceado, e sai xingando, jurando vingança, essas coisas; “Bitch” exala misoginia forçada. Outras, bem vagas, sem dizer a q vieram. As 3 realmente interessantes achei “Clouds Of Ecstasy”, falando em mundo de celebridades, ilusões holywoodianas (ditas por um sueco?!), “Bottle’s Nest”, sobre alcoolismo em 1ª pessoa (autobiográfica?) e as recaídas características, e ainda “Zombie Slam”, vampirista, destoante de todo o resto.
No mais, participações creditadas de Mikkey Dee (tocando bateria em “Zombie Slam”), Peter Iwers (do In Flames, tocando baixo em “Save Your Prayers” e “Nailed to the Ground”) e Alexi Pirr-laiho (do Children Of Boredom) solando na “Just Think Again”. “Play Dead”, cover de Björk. Hmm…
Daí foi botar o disco de nome ruim pra rolar. E o q se pode afirmar é ñ ser um álbum homogêneo: ñ, quase ñ há coisa q lembre o Hypocrisy por aqui (o refrão da 1ª faixa, “Save Your Prayers”, e só). Tampouco registros vocais rasgados consagrados do Tagtgrën: quem pegar “Psalms Of Extinction” com essa expectativa, se ferrará. Todavia, a versatilidade vocal – com dobras, harmonizações, sobreposições, saturações – exibida ao longo das 12 faixas é, pra mim, PONTO ALTO do trabalho (ficando-me até dúvida sobre haver vocalistas convidados ou ñ. Embora seja fato haver algo, ñ creditado: o vocal feminino, interessante, em “Just Think Again”), além do trampo de teclados, ora bem timbrados (início de “Just Think…” parece cello), ora oferecendo contrapontos melódicos às guitarras ásperas.
O q Tagtgrën parece querer com o Pain é acontecer como algo pop pesado, afinal fosse pra ter mais um projeto true, tvz dedicasse (mais) tempo aos tantos outros q já têm. Por isso, nada estranho versões européias conterem cover de Depeche Mode como bônus, nem os tantos sons com refrões grudentos/repetitivos… Algo q certamente afastará gente mais radical, q desejará passar ao largo de lembrar terem ouvido POE. De influências variadas: compressões guitarrísticas lembrando Ministry [S.U.P. dez/09](mas ñ só: há palhetadas duras e secas aqui e ali), ambiências vocais inspiradas (e ñ chupinhadas) de NIN e de industrial eletrônico, cadências à Rammstein (embora inexista um som exatamente lento), bateria eletrônica… Por um outro lado mais repulsivo, sons como “Nailed to the Ground”, “Does It Really Matter?” e “Walking On Glass”, fossem de banda estadunidense, teriam sido hits dignos (modo de dizer) de new metal (!), ou do Lacuna Coil americanizado recente.
Ñ são músicas genéricas, nem gratuitas: a despeito das influências citadas (e várias outras q ñ sei identificar), o q predomina são as GUITARRAS apitando e a musicalidade de Tagtgrën, na intenção – louvável – de tentar algo diferente: tanto projeto paralelo redundante por aí, este se mostra exceção à regra. Com minhas minhas favoritas sendo as mais pesadas e de teclados mais interessantes: “Zombie Slam” (q conta com o Mikkey Dee do Motörhead, grooveado, e ñ o firulado do King Diamond), a melancólica faixa-título, “Just Think Again” (belo solo do Pir-laiho), fora “Bitch” (de riff sinuoso pra matar de inveja os Chrome Division da vida) e “Play Dead”, q consegue a proeza de soar épica e claustrofóbica a um só tempo.
Tb ñ é aquele disco fundamental ou memorável, embora passe longe de ser tranqueira. Se a pessoa trabalha com produção (q é excepcional) ou tem mente aberta suficiente, vale passar na loja da Paulista onde o comprei e desembolsar 6 contos nele.
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CATA PIOLHO CLXXX – Jogo dos 7 Erros (capístico):
CLÁSSICOS DA DANCE MUSIC:
1) “St. Vitus Dance”, Black Sabbath (“Vol 4”)
2) “Death Don’t Dance With Me”, Voodoocult (“Jesus Killing Machine”) *
3) “Dance Of Death”, Iron Maiden (“Dance Of Death”)
4) “Dance”, Motörhead (“Ace Of Spades”)
5) “Pense E Dance”, Barão Vermelho (“Carnaval”)
6) “I Won’t Dance (the Elders’ Orient)”, Celtic Frost (“Into the Pandemonium”)
7) “Daylight Dancer”, Lacuna Coil (“Comalies”)
8) “Dead On the Dancefloor”, Dååth (“The Hinderers”)
9) “Dancing In the Moonlight (It’s Caught Me In the Spotlight)”, Thin Lizzy (“Bad Reputation”) *
10) “The Earth’s Dance”, Subtera (“Nothing & Death”)
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* álbuns resenhados neste blog