MELHOR/PIOR CAPAS
Pain
melhor capa: “Cynic Paradise”
pior capa: “Psalms Of Extinction”
Pain
melhor capa: “Cynic Paradise”
pior capa: “Psalms Of Extinction”
… o q ficou?
Novidades do metal pret-a-porter 2021 apocalipticovídico, como só os algoritmos de YouTube me informam:
Fear Factory novo
E se é verdade q a temática zumbi abunda no heavy metal há muito, e q o Fear Factory nunca exatamente recorreu a ela, temos na pauta do dia uma BANDA ZUMBI a lançar disco novo (“Aggression Continuum”) gravado em 2017, ainda com o vocalista gregoriânico Burton C. Bell, q rancou fora.
As tretas ali nunca acabam pelo jeito. Formação em exercício (sob júdice? Virtual?) q consta no Metal Archieves dá conta do FF agora ser o chefão Dino Cazares, o baterista “clone de Hoglan” (ñ é uma crítica) Mike Heller e o baixista onipresente Tony Campos.
Curti demais “Fuel Injected Suicide Machine”, numa veia bem “Mechanize”, e se tivesse o contato do Dino pediria pra isso virar o nome do álbum.
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Pain atualizando Rolling Stones
Peter Tägtgren e seu projeto paralelo/solo Pain liberou a versão e baita clipe pra “Gimme Shelter”. Curti tb. Mas acho q teria ficado ainda melhor se tivesse convidado Marcelo Nova pra cantar junto ahah
(entendedores entenderam)
E fico aqui pensando: enquanto hordas de hippies tardios e fãs velhões ficam enaltecendo Beatles, o “all we need is love”, o ativismo de John Lennon, como a japonesa ferrou o “sonho”, o “tudo vai passar” de George Harrison, e tal, ainda assim a atualidade e apelo dos malfeitores, junkies e bandidões Rolling Stones se mantém preciso.
Mais abrigo, menos era de Aquário.
Na pauta do dia.
PS – “Toxicity” (SOAD) teria bebido dessa mesma fonte, e ñ percebemos?
MELHORES BANDAS INSALUBRES POR AÍ:
bônus DSM-5, ñ especificado: Insidious Disease
bônus “tomou Doril, sumiu”: Pain
Vejamos e convenhamos: tirando nos EUA e, tvz, por aqui, bandas inspiradas em Rammstein surgiram a torto e a direito. Aos cântaros. Bandas reconhecidas se inspiraram neles com parcimônia, como até mesmo o Nightwish.
Nada de banda revolucionária: apenas uns ogros competentes surgidos na hora e lugar certos. Com os 2 últimos discos fazendo mais do mesmo e demonstrando declínio aparente, repetição da proposta, marasmo de idéias.
Aí vem Peter Tägtgren (Hypocrisy e Pain) e monta projeto com o vocalista Till Lindemann. Banda intitulada Lindemann, q recém-desovou álbum de estréia conceitual sobre parafilias, abaixo:
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=bhJOwHyLpOk&list=PL9_y2ln4fucl2lbuz_is337r-F7WxuLcy[/youtube]
Dúvidas atrozes, por ora:
1. ficou um Rammstein melhorado, mesmo em inglês, ou um Pain melhorado, com vocal melhor?
ou
2. ñ caberia ao Rammstein entrar com recurso na OTAN pedindo embargo da obra? ahah
Os titulares estariam pra lançar álbum novo ainda este ano. Em q condições?!?!
10 MELHORES CAPAS DE TRAVIS SMITH PRA MIM:
Sujeito tem milhares de capas, q ilustram desde bandas enevoadas de doom até nomes como Overkill, Death, Control Denied… A página no Metal Archieves a ele dedicada é generosa nesse sentido. Dá trabalho, tem muita coisa mediana e repetitiva (percebe-se q quando o trampo é pra banda pequena, o esforço é menor), mas vale a pena o rolê:
“Death Sentence”, Dublin Death Patrol, 2012, Mascot Records/Hellion
sons: MIND SEWN SHUT / DEHUMANIZE / BLOOD SIRENS / BROKEN / WELCOME TO HELL / CONQUER AND DIVIDE / DEATH TOLL RISING / MY RIOT / MACABRE CANDOR / BUTCHER BABY [Plasmatics]
formação: Chuck Billy (vocals), Steve “Zetro” Souza (vocals), Willy Lange (bass), Steve Robello “Steevo” (guitar), Andy “KK” Billy (guitar), Greg Bustamante “G Money” (guitar), Danny Cunningham (drums)
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Este é o típico cd q, enquanto produto, pouco diz: o título é clichê, a capa é clichê e escurecida – culpa da edição nacional? – e o encarte só difere da contracapa, por na 2ª constar os nomes dos sons, ao passo q no 1º constam os nomes dos integrantes. A foto da banda, tendenciosa (pq de show em festival, Graspop 2011, ñ só deles) a quem for desavisado(a), fora chupim das fotos de Ross Halfin no Iron Maiden, é a mesmíssima!
Dublin Death Patrol apareceu pra mim meio na surdina: nalguma nota discreta no whiplash, ou nalgum email q algum amigo empolgado me enviou. Com aquele destaque óbvio de conter Chuck Billy e Steve Souza numa mesma banda.
Acontece q, a julgar por “Death Sentence” (eles têm um 1º álbum, “DDP 4 Live”, q ñ conheço nem ouvi ainda), a parada é toda orientada pelos vocais mesmo. E é justo considerar q, se a abordagem de quem ouvir for a de opor ambos os ilustres, Chuck sairá ganhando. Pq os sons ajudam em parecer levemente Testament, mais q parecer Exodus, embora trechos semelhantes até tb ocorram.
Colaboram para isso ainda a impressão de Souza ter perdido um pouco do gás e de sua verborragia trade mark, no q NENHUM momento baterístico no álbum tenha proporcionado a ele minimamente dar algum chilique oitentista típico: ñ há exatamente qualquer som com levada thrash, momentos mais rapidinhos têm levada mais puxada pra hardcore.
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A quem se espantar com 3 guitarristas na banda: ñ parece haver. Como sequer há informação sobre os 3 tocarem em todos os sons. O peso e os arranjos ñ demonstram, minha impressão. Nenhum dos sons tem exatamente uma proposta ousada, diferenciada ou empolgada. Ñ há um riff q grude nas idéias ou q já ñ tenha sido cometido antes por alguma outra banda thrash, qualquer batida inusual (o início em “Dehumanize” é dos raros momentos de ruptura com a mesmice rítmica), nem algum baixo q colabore diferencialmente num arranjo. 3 guitarristas q ñ valem 1 Gary Holt ou cometem alguma base minimamente Eric Peterson.
De repente, nem seria a proposta redundar; afinal Testament e Exodus estão por aí ainda ativos. O currículo dos músicos outros – q ñ Chuck ou Souza – é bem discreto, com passagens por bandas de várzea sem reconhecimento. (O tal Andy Billy deve ser irmão de Chuck, no mais). Se fizeram a banda para tentarem lugar ao sol na volta do thrash metal às cabeças, ficarão, se muito, com algum lugar entre os projetos cult dos quais meia dúzia terão ouvido falar e muitos poucos terão realmente ouvido.
Ñ quero dizer q seja uma porcaria. Só ñ empolga. É bem gravadinho. Mas ñ faz querer ouvir de novo. Ñ tem músicas exatamente genéricas. Mas percebe-se q poderiam ter sido melhor trabalhadas; um riff promissor aqui, um solinho agradável acolá, um refrão grudento (“Macabre Candor”) mais adiante.
O cover de Plasmatics ñ me disse nada, em parte por eu ñ conhecer Plasmatics, em parte por parecer (mais um) som deles mesmo. A “Mind Sewn Shut” inicial, até anima… mas só voltei a me interessar em “Welcome to Hell” (ñ tinham título mais clichê?), “Conquer And Divide” (ñ é cover de Dorsal) e em “Death Toll Rising”, 5ª, 6ª e 7ª faixas. Homogeneidade predomina.
Futebolisticamente: Dublin Death Patrol é uma PELADA entre amigos. Gramado sintético, futebol society, divertido. Time sem camisa versus time com camisa, ou solteiros versus casados, sem maiores compromissos. Alguns gols de canelada (Souza), outros de chutão (Billy). Jogo empatado, sem gás pra prorrogação ou pênaltis; churrasquinho depois é de lei. Adquirir “Death Sentence”, na lógica imaginária true de ajudar os caras/apoiar a cena, é darmos uma força pra q esses caras continuem conseguindo alugar a quadra o estúdio e se divertir um pouco mais. E divertir junto quem tiver pouca expectativa, independente de resultado.
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CATA PIOLHO CCXVII – “Nevermore”: Queen ou Morbid Angel? // “Monkey Business”: Skid Row ou Pain? // “Escape”: Metallica ou Amorphis?
“Psalms Of Extinction”, Pain, 2007, Roadrunner
Capinha esquisita essa: sujeito meio Rammstein, algo Kraftwerk, meio imitando porcamente o Mike Patton gomalinado e metido a decadente dos últimos tempos. Cores em vermelho e preto denotando tb influência daquele paspalho do Barbie Manson… Ia vendo o cd na loja e encafifando: Pain ñ é aquele projeto paralelo tecno/industrial do Peter Tagtgrën, do Hypocrisy?
Ia forçando percepção pra começar a admitir q o cara da foto era o Tagtgrën, sem convicção. Deixa eu ver os nomes dos sons: “Save Your Prayers”, “Clouds Of Ecstasy”, “Walking On Glass”… nada muito claro. Pain tb pode ser disco/projeto de dijêi fuleiro – o Igor Caganera ñ lançou o tal Mixhell? “Computer God”… cover do Sabbath? Tomara q ñ. O mesmo sujeito na contra-capa, fazendo biquinho e parecendo o Johnny Depp.
Só me convenci nas letrinhas miúdas, q citam “Credit: 2007 Abyss Productions” e lançamento nacional Roadrunner. 6 conto em oferta, é esse Pain mesmo. Peguei.
E antes de pôr pra rolar, fui às letras: maioria muito, mas muito derivativas de Nine Inch Nails [S.U.P. reprisado em mar/10]: aquela marra forçada, de gente q se fodeu ou foi trapaceado, e sai xingando, jurando vingança, essas coisas; “Bitch” exala misoginia forçada. Outras, bem vagas, sem dizer a q vieram. As 3 realmente interessantes achei “Clouds Of Ecstasy”, falando em mundo de celebridades, ilusões holywoodianas (ditas por um sueco?!), “Bottle’s Nest”, sobre alcoolismo em 1ª pessoa (autobiográfica?) e as recaídas características, e ainda “Zombie Slam”, vampirista, destoante de todo o resto.
No mais, participações creditadas de Mikkey Dee (tocando bateria em “Zombie Slam”), Peter Iwers (do In Flames, tocando baixo em “Save Your Prayers” e “Nailed to the Ground”) e Alexi Pirr-laiho (do Children Of Boredom) solando na “Just Think Again”. “Play Dead”, cover de Björk. Hmm…
Daí foi botar o disco de nome ruim pra rolar. E o q se pode afirmar é ñ ser um álbum homogêneo: ñ, quase ñ há coisa q lembre o Hypocrisy por aqui (o refrão da 1ª faixa, “Save Your Prayers”, e só). Tampouco registros vocais rasgados consagrados do Tagtgrën: quem pegar “Psalms Of Extinction” com essa expectativa, se ferrará. Todavia, a versatilidade vocal – com dobras, harmonizações, sobreposições, saturações – exibida ao longo das 12 faixas é, pra mim, PONTO ALTO do trabalho (ficando-me até dúvida sobre haver vocalistas convidados ou ñ. Embora seja fato haver algo, ñ creditado: o vocal feminino, interessante, em “Just Think Again”), além do trampo de teclados, ora bem timbrados (início de “Just Think…” parece cello), ora oferecendo contrapontos melódicos às guitarras ásperas.
O q Tagtgrën parece querer com o Pain é acontecer como algo pop pesado, afinal fosse pra ter mais um projeto true, tvz dedicasse (mais) tempo aos tantos outros q já têm. Por isso, nada estranho versões européias conterem cover de Depeche Mode como bônus, nem os tantos sons com refrões grudentos/repetitivos… Algo q certamente afastará gente mais radical, q desejará passar ao largo de lembrar terem ouvido POE. De influências variadas: compressões guitarrísticas lembrando Ministry [S.U.P. dez/09](mas ñ só: há palhetadas duras e secas aqui e ali), ambiências vocais inspiradas (e ñ chupinhadas) de NIN e de industrial eletrônico, cadências à Rammstein (embora inexista um som exatamente lento), bateria eletrônica… Por um outro lado mais repulsivo, sons como “Nailed to the Ground”, “Does It Really Matter?” e “Walking On Glass”, fossem de banda estadunidense, teriam sido hits dignos (modo de dizer) de new metal (!), ou do Lacuna Coil americanizado recente.
Ñ são músicas genéricas, nem gratuitas: a despeito das influências citadas (e várias outras q ñ sei identificar), o q predomina são as GUITARRAS apitando e a musicalidade de Tagtgrën, na intenção – louvável – de tentar algo diferente: tanto projeto paralelo redundante por aí, este se mostra exceção à regra. Com minhas minhas favoritas sendo as mais pesadas e de teclados mais interessantes: “Zombie Slam” (q conta com o Mikkey Dee do Motörhead, grooveado, e ñ o firulado do King Diamond), a melancólica faixa-título, “Just Think Again” (belo solo do Pir-laiho), fora “Bitch” (de riff sinuoso pra matar de inveja os Chrome Division da vida) e “Play Dead”, q consegue a proeza de soar épica e claustrofóbica a um só tempo.
Tb ñ é aquele disco fundamental ou memorável, embora passe longe de ser tranqueira. Se a pessoa trabalha com produção (q é excepcional) ou tem mente aberta suficiente, vale passar na loja da Paulista onde o comprei e desembolsar 6 contos nele.
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CATA PIOLHO CLXXX – Jogo dos 7 Erros (capístico):