TARJA
Antes de qualquer mais nada, Rodrigo: fui de graça, sim.
Só q ñ ganhei o ingresso do modo convencional desta feita. A Patroa quis ir, e nada mais justo q eu acompanhá-la ao show, eu q tantas vezes a ARRASTEI pra shows de bandas q ela sempre se esforçou em curtir!
Se bem q “justiça” MESMO teria sido eu comprar meu ingresso e pagar tb o dela.
(OPS!)
Vou deixar bem claro, como já fiz em outras vezes: nem curto assim essa praia. Ñ curtia o Nightwish (apesar do esforço de só gostar do “Once” pouco true) e a estréia solo da Tarja q ouvi (“My Winter Storm”) me pareceu música pra show de golfinho em Miami. De modo q estava esperando bem pouco do evento.
Pouco como o tanto de gente presente: Patroa levantou informação de 1000 ingressos vendidos – Via Funchal acolhe 5000… Mais um tiro n´água da Top Link, q meio fiascou com o Blue Öyster Cult 2 meses atrás e deveria ter escolhido Credicard Hell ou Citibank Hall (q tá fechando de vez e eu ñ sabia). Ñ adianta culpar a véspera de feriado ou “falta de divulgação”. Nem um, nem outro.
E eis q vi um show decente, honesto, sem firulas q ñ as do gogó da testuda. Falando sério: 23 sons, quase 2 horas corridas de apresentação com a moça pouco perdendo as condições – a derradeira “Over the Hills And Far Away” Carol me disse q cantou com freio de mão levemente puxado – onde vemos isso q ñ em dvd corrigido???
Mas deixa eu falar mal das excrecências ocorridas, a meu ver duas:
1. banda de abertura. Tierramystica. Das honrrorosas desnecessárias bandas representantes daquilo q chamo de “cena de bandas de abertura pra gringo eternamente”. Q outras tantas pessoas chamam de “metal nacional“. Hipócritas, deslumbrados e deslocados no evento.
Ñ q sejam maus músicos. Nem. Só parecem ñ definir o estilo, q alterna prog, metal melódico, modinha de música celta e folk metal: misturam tudo caoticamente, parecendo um Franga “Holy Land” piorado – mas com vocal melhor. Baterista clonando maneirismos de Mike Portnoy, 8 negos no palco + 2 miguxos filmando/tirando fotos, instrumentos “típicos” (ou atípicos?), como flautinha peruana, tambor gaúcho, bandolim (alaúde?) e outras traquitanas simplesmente inaudíveis.
Momento excelso: quando romperam a apatia e a modorrice q imperava entre quem ñ colou na grade ou tinha mais de 14 anos e estava bocejando, e resolveram tocar “um Iron Maiden” em “versão celta” (sic). Tocaram “Fear Of the Dark”, tão igual quanto qualquer banda cover por aí.
Momento hipócrita-mor: em meio aos discursos e agradecimentos intermináveis do vocalista – q se gabava de estarem lançando o 3º álbum (e o Quico?) e filmando um dvd (ooooohhh!) este ano – o mesmo dizer se ufanarem da banda ser brasileira, de “serem latino-americanos” (sic). Pra anunciar o som seguinte… EM INGLÊS. Outro: sujeito tentou se mostrar simpático, dizendo serem do Rio Grande do Sul e q ñ tocavam aqui – no q ficou dúbio o “aqui” ser São Paulo ou o Via Funchal – “fazia 2 anos”. Sim, desde o último show da Tarja, no Via Funchal, em q tb foram abertura.
**
2. Mike Terrana, o fanfarrão. O presunçoso. O umbigólatra de quem havia esquecido de citar, quando coloquei Lars Ulrich e Mike Portnoy no pódio dos bateristas com ego. A maior papagaiada q a mídia do metal insiste em propalar: ñ há NADA ali no q ele faz q nenhum outro baterista profissional ñ faça.
Toca pra caralho? Toca bem: tem técnica limpa, isso ñ se discute. Mas é MICO DE CIRCO. E ególatra suficiente pra eu apostar ele pôr em contrato a bateria ter q ficar de lado, com holofote só pra ele e raramente diminuído de luzes. Se tocasse realmente o q se diz q toca, estava disputando lugar no Meshuggah, no Mastodon ou no Dream Theater (duvido q ficasse rodando baqueta tocando esses tipos de som), q certamente elencou “zero ego” como requisito pra escolha do Mangini.
Fez um solo insuportável, clichê, demorado. Monta bateria de jeito esdrúxulo, parecendo q é grande coisa, e ñ é. E ao final do mesmo resolveu chupinhar Neil Peart, enxertando um jazz (de elevador) com seqüência acionada por midi nos pratos (Will Calhoun tb faz isso e enche o saco). E antes fosse aqueles jazz farofa, big band: o som era “Can Can”!
Putz.
Voltando à diva, verdadeira atração: me chamou atenção a mulherada HIPNOTIZADA e de sorrisos ESTAMPADOS nos rostos a cada som, mas os marmanjos muito mais deslumbrados, cantando cada som a plenos pulmões, parecendo q se esgoelariam sem dó. A banda, fora o Terrana, fez papel discreto, como convém: o único outro quase estrela ali era o violoncelista altão e ex-Apocalyptica, Max Lilja.
Todo mundo muito ensaiadinho, com o bônus de tecladista e baixista tb cantarem. “Anteroom Of Death”, q abriu realmente o show, é quase um som q o Savatage ñ fez, devido ao arranjo de vozes incrível. Ñ conheci mais outras músicas q ñ fossem “I Walk Alone”, precedida de discurso comovido da musa, a versão pra “Still Of the Night” (muito legal achei a reconstrução q a banda fez do som. E o vocal, covardia…), o cover de Nightwish ao final (Patroa chorou) e o cover do cover de Nightwish encerrando.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=bPM_Fh2KU0E [/youtube]
Passo a vez pra Patroa comentar, abaixo, com maior propriedade. Apenas fiquei refletindo ao final 2 aspectos:
- Tarja está sozinha no nicho de mercado metal pó pó pó. Outras bandas “concorrentes” acabaram (Afta Farofa, Elis, Theatre Of Tragedy), outra ñ chega aos pés (Leave’s Eyes – um “rivotril metal”), e ainda outras mudaram de trajetória (Epica, The Gathering, Lacuna Coil, Tristania e o próprio Nightwish, q virou um “Sandy metal”): prosseguindo nesse formato, vai carregar consigo toda a galera fanática e perdurar ainda por muito tempo. Até q chegue o momento dos revivals e ela ria, subindo e descendo escalas, por último
- a banda de apoio poderia equilibrar coadjuvantes esforçados com ilustres menos estéreis e fuleiros q o Terrana: tivese eu algum poder pra isso, trataria de colocar Jon Oliva e Uli Kusch compondo e tocando com ela
Perigaria eu acabar gostando ahahah
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Set-list: 1. “Intro – If You Believe” 2. “Anteroom Of Death” 3. “Lost Northern Star” 4. “Dark Star” 5. “Naiad” 6. “Falling Awake” 7. “I Walk Alone” 8. solo de bateria 9. solo de “banda” 10. “Little Lies” 11. “Into the Sun” 12. “Still Of the Night” (cover Whitesnake) 13. set acústico, com “Rivers Of Lust”, “Minor Heaven”, “Montañas De Silencio”, “Sing For Me” e “I Feel Immortal” 18. “Never Enough” 19. “In For A Kill” 20. “Bless the Child” (cover Nightwish) 21. “Die Alive” 22. “Until My Last Breath” 23. “Over the Hills And Far Away” (cover da versão Nightwish de som de Gary Moore)
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PS – roubei as fotos do site da “Caras”, q cobriu o evento com um mísero parágrafo, ridículo e dispensável como todos os míseros parágrafos q ILUSTRAM as “matérias” da “revista”. Curioso achei ñ citarem um som sequer, dando como destaque o “decote sombrio” da cantora…
Rodrigo Gomes
10 de abril de 2012 @ 20:05
Putz, então essa banda aí deve ser protegida do argentino marido da Tarja, pra sempre abrir os shows da diva no Brasil. Mas enfim, esse é um estilo que também não me apetece (Nightwish era uma honrosa exceção… assim como o Leaves Eyes… e mais ninguém).
Terça que vem você fará resenha do show do Sebastian Barbie? Ou vai preferir ir ver o Queensryche, e de quebra aguentar o Portnóia na abertura?
doggma
10 de abril de 2012 @ 20:33
Esse lance de pegar as fotos no site da Caras é sério mesmo? Putz.
Por “sozinha no nicho de mercado metal pó pó pó” ainda há que se considerar que não há nenhuma outra cantora lírica per se usando seus dotes em banda metal. Ou há?
Navalhada
10 de abril de 2012 @ 20:58
Será que um dia vão lembrar de citar bateristas como Rod Morgenstein e John Macaluso?
Em tempo: Mike Terrana foi mandado embora e tretou com os caras do Rage por causa de seus solos de bateria nos shows.
Em tempo 2: show do Fates Warning, com todo respeito, e não do “Portnóia”. Menos, menos…
Marco Txuca
10 de abril de 2012 @ 21:24
Suítes:
I – Barbie ñ cito aqui nem ferrando. Ñ pago e ñ vou nem de graça em show. Já o Queensrÿche com Fates Warning, estou concorrendo; queria muito ir, e se for, resenha sai na terça
II – sim, doggmático, peguei do site da Caras. Outra cantora lírica no metal, tem a do Therion, q sei lá se ñ põe a Tarja no chinelo (hein, Patroa?), Lori Lewis
e tem aquela fulana do Huntress, q postei aqui outro dia. Mas q o RELEASE diz q canta lírico – se ela faz sem Pro Tools, já é outra coisa
III – essa treta do Rage eu até lembro dalguma entrevista do Terrana mimimi falando exatamente isso, q os caras ñ queriam mais solos dele ao vivo e ele saiu “pra ñ desapontar meus fãs”.
Aí foi pro Masterplan… e está lá ainda? E fica com a Tarja pra ter um premiozinho de consolação. Pena o Uli Kusch ser tão cuzão… estaria certamente disponível.
Os ilustres bateristas firuleiros, Navalhada, são do mesmo calibre amnésico de Bobby Rondinelli, Gregg Bissonette, Jeff Campitelli e Atma Anur: bateristas de conservatório q, quando muito, as revistas de bateria tratam de lembrar. E provavelmente tendo q pesquisar MUITO na internet sobre estarem ou ñ ainda vivos ahah
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Ah, sim: show de Queensrÿche e Fates Warning. Porretnoy estará ganhando cachezinho e agradando meia dúzia de macho q estará se masturbando ali na pista.
Vão ter q passar muito Pinho Sol no chão depois.
Navalhada
10 de abril de 2012 @ 21:43
A gente sabe que a geração “sei de tudo, mas não sei nada” vai lá só pelo Portnoy.
Rod Morgenstein alguns não citam simplesmente por ser do Winger. Ops, desculpe, falei palavrão…
Rodrigo Gomes
10 de abril de 2012 @ 22:20
Citei o Portnoy e não o FW apenas pra provocar o Txuca, como ele bem deve saber, já que ultimamente o comandante-em-chefe deste valoroso espaço vem sempre pegando no pé do baterista.
E se está concorrendo, logo quer dizer que irá ganhar.
Marco Txuca
10 de abril de 2012 @ 23:12
Lemmy te ouça, meu amigo.
marZ
10 de abril de 2012 @ 23:58
Curiosidade: o povo gritava TarIa ou TarJa?
Marco Txuca
11 de abril de 2012 @ 03:45
O povo gritava “Tarja, eu te amo”, jogava bichinhos de pelúcia, até q alguém jogou um “nemo” e achei q ela mal conseguiu disfarçar. Tacou o boneco lá pro fundo do palco.
Ninguém notou a saia justa. Estavam todos embasbacados com a diva, e eu impressionado com o tamanho da TESTA dela. Cabe um outdoor!
Mas era TarIa. Essa da TarJa foi da 1ª vinda da banda, luas atrás (diriam os índios).
Louie Cyfer
11 de abril de 2012 @ 09:54
Poxa, não lembrem o Morgenstein pelo Winger!!! Hehehe…
Lembrem pelo seu legado inacreditável e eterno ao lado do Dixie Dregs!!!
E pra quem não conhece, há um projeto (fodástico por sinal)chamado “The Jelly Jam” onde estão além do Rod na batera, o Ty Tabor na guitarra e vocal (King’s x) e quem diria John Myung do DT. Corram atrás.
Ah… E a Tarja? Passo, senhores.
Carol
11 de abril de 2012 @ 12:11
Só digo que o show superou minhas expectativas. Sou fã da Tarja e da sua voz, mas antes de qualquer coisa sou fã da união Tarja e Nightwish. Um sem o outro não funciona igual, porém a finlandesa mostrou que está feliz e solta no palco, fazendo o que gosta. Para o Nightwish, deveriam é ter colocado a Lori Lewis do Therion, seria mais igualável a Tarja do que aquela moça esgoelenta chamada Anette Olzon. E tenho dito !!!
Marco Txuca
11 de abril de 2012 @ 12:40
Lançando Lori Lewis ao vivo pro amigo doggmático:
http://www.youtube.com/watch?v=IZYswNL56B4
Quanto à Anette, Patroa, séria dúvida: é esgoelada mesmo ou a Shania Twain sueca? ahah
doggma
11 de abril de 2012 @ 13:37
Concordo com a patroa deste valoroso blog/site® – a Lewis parece mais que capacitada para frontear o Nightwish (e é biita também). Só resta saber se ela güenta hora e meia, duas horas de show, sem o backup vocal dos colegas.
Ps: o Therion não tinha uma gordinha que cantava assim também? Lembro que vi num vídeo certa vez… mandava benzaço.
Carol
11 de abril de 2012 @ 17:17
Até a Shanaia twain é melhor se vc considerar o country como o seu estilo.
Conheço algumas músicas da Twain e são bem legais, a voz dela é bonita pro estilo. A Anette é uma droga!! Não canta nada!!! Tem a voz irritante igual a da Sandy…
Marco Txuca
12 de abril de 2012 @ 00:36
Procure mais vídeos, doggmático, do dvd donde tirei este “Schwarzalbenhein”, q é o “Live Gothic”. Como por exemplo “Son Of the Slaves Of Time”, com belíssimo vocal da bela (sim!*) Lewis.
O q acontece no Therion acho q vai um pouco na contramão do q vc sugeriu, de vocalista “güentar duas horas e meia”. Assim: a banda sempre pôs naipe de vozes (tem vídeos ao vivo com 6 a 8 garotas + 2 tenores) pra segurar a onda ao vivo. Daí q neste “Live Gothic”, um dos grandes trunfos é terem conseguido reduzir isso tudo aos 2 vocalistas e à Lewis e à outra vocalista com cara de prisão de ventre, Katarina Lilja.
A dinâmica da banda é alternar vários vocalistas, ñ ter um ou uma principal. Do q decorre eu achar q Lewis seguraria a onda num Nightwish, sei lá.
* ñ entendo até hj gente achando Tarja “bonita”.
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A gordinha q cantava no Therion, como zilhões doutras gordinhas e sopranos, acho q é a Sara Jezebel Zeva (ou coisa do tipo), q foi backing vocal num monte doutras bandas e vem tentando emplacar carreira solo, sem êxito. Pq ñ optou em entrar em banda, fica tentando jogar sozinha.
Procure o vídeo de “The Rise Of Sodom And Gomorra” com uma magrela (uh, tb biita) q esqueci o nome – só pra sugerir uma outra num outro estilo, q tvz coubesse no Nightwish mais pop tb.
Jessiê
12 de abril de 2012 @ 21:57
Passo longe, mas que pegava a moça pegava fácil… E podia gritar em meus ouvidos a vontade… ah podia…
Marco Txuca
13 de abril de 2012 @ 03:51
Uh, garanhão!!