30 ANOS DEPOIS…
… o q “ficaram”?
… o q “ficaram”?
… o q ficou?
Caiu no meu colo isso.
De alguma página facebúquica q visito todo dia, The Metal Realm ou Terreiro do Heavy Metal, tanto faz. E a ocasião na vez eram os 15 anos de lançado de “Anima”, 2º álbum dessa banda de prog metal francesa.
Tive curiosidade – achei o nome da banda (puro prog) e capa muito fodas – e acessei “Black Materia”. Instrumental épico de 6’40” (ironia a gosto de quem lê), dum prog metal raiz.
Me lembrou, obviamente, Dream Theater, mas de quando tinham Kevin Moore na lojinha. De quando o atrito entre querer soar pesado e ao mesmo tempo ter teclados q ñ fossem só firula e distorção. Um Dream Theater q se perdeu… mas ñ se vendeu.
Com mudanças instigantes de andamento e compassos, sem aviso. Nada muito óbvio. E muito pesado. Pitadas de Fates Warning aqui e ali tb.
O vocalista me lembrou o LaBrie, mas como referência. O timbre do sujeito mistura DT com hard rock, e um tanto de Fabio Lione.
Embora “Black Materia” seja instrumental ahahah
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A quem tiver curiosidade (e menos tempo necessário q o habitual), ouvi o disco citado uma vez, e de lá recomendo ainda “Sceptic”, “The Inner Quest” (ambas abaixo de 6 minutos), “Neptune’s Revenge”, “The Key” (a única q passa de 10 minutos) e “Questions”.
E pelo q pude apurar (resenhas negativas no Metal Archieves), os 2 discos seguintes – “Unreal” e “The New Eve” – desagradaram geral, com os caras querendo fazer hard rock com new metal e tentando se vender ante as tendências.
Um novo, “Back Home” (será uma volta à firulagem?) estaria pra ser lançado no próximo 20 de Maio. Se até lá lembrar q fiz esse post, tentarei achar um “tempo” pra ouvir.
Por ora, reitero recomendar essa “Black Materia”. Puta som.
… o q ficou?
Covid meio trancou o mundo, as lives se tornaram norma e a música se recusa a se render, pelo jeito. Os algoritmos do celular andam bem calibrados, e ainda q seja inútil render-lhes crédito (ahahah), compartilho as surpresas da vez.
O Fates Warning é aquela banda q até sei q ainda existe, mas – e acho q ñ só eu – só fico sabendo q estão ativos quando soltam algo.
Nunca fui exatamente fã, e sei do lugar deles no ecossistema do heavy metal enquanto criadores do metal progressivo (Dream Theater foi lá e popularizou a franquia)… pra bem e pra mal ahah
Então de onde menos se espera, soube estarem pra desovar álbum novo, “Long Day Good Night”, em 20 de novembro – haverá 20 de novembro? – e curti bastante “Scars”, o som acima. Pesado e acessível como tvz só a maturidade garanta. Ñ é q vou comprar o disco, e a amostragem é risível – de repente, o único som legal da safra – mas achei legal demais.
Já o Deep Purple, de onde menos se esperava (aposentadoria descartada) soltaram disco novo, “Woosh!”, bastante elogiado pq aparentemente deixaram Don Airey trabalhar, tocar a lojinha. Eterno substituto do insubstituível Jon Lord, parece q saiu da coadjuvância e quis jogo.
Baita som, baita videoclipe.
Engraçada ainda outra coisa: enviando pra amigo roqueiro mais antigo (uns 15 anos mais velho), sujeito manda um “ñ curti, e a real é q depois q o Blackmore saiu perdi o interessse na banda”. Normal.
Até eu falar q com Steve Morse já seriam 7 os discos, fora os ao vivo: “Purplendicular”, “Abandon”, “Bananas”, “Rapture Of the Deep”, “Now That?!”, “Infinite” e esse novo. E q é uma outra banda, de fato.
O amigo vem falar q parou no “Come Taste the Band”…
Killer Be Killed, de onde menos se espera, é Max trampando na quarentena. “Reluctant Hero”, disco novo, vem aí, tb em 20 de novembro. Vai virar 2021 e ele precisa dos trocados pro IPTU e pra bancar a molecada mulamba porra caralho porra caralho no fio da navalha no fio da navalha.
Curti demais o som, acima da média em composição e execução. Mas os vocais q ñ o do Max ferram tudo.
A maior surpresa, por fim, vem da Holanda. Q agora chama Países Baixos. De onde menos se espera, o tal Ayreon, daquele tal guitarrista incensado e dito gênio (tô com preguiça de buscar o nome), tá soltando disco novo, “Transitus”, daquela pegada “sons com convidados ilustres pq sou rico e pago pros outros e tenho um projeto cult q ñ é uma banda”.
E uau. Alô, Simone Simmons.
“Nice!”
Cantando melhor. E ainda mais (desculpem o machismo) gostosa. Minha nossa. 35 anos apenas e muito a apresentar. Mulherão da porra existe?
É a Simone q eu gostaria q chegasse pra mim daqui uns 3 meses e me perguntasse “então é Natal, e o q vc fez?”
Eu faria tudo o q essa moça me pedisse.
(e se a namorada ler isto aqui, brincadeira tá?)
… o q ficou?
“Parallels”, Fates Warning, 1991, Metal Blade/Reprise
sons: LEAVE THE PAST BEHIND / LIFE IN STILL WATER / EYE TO EYE / THE ELEVENTH HOUR / POINT OF VIEW / WE ONLY SAY GOODBYE / DON’T FOLLOW ME / THE ROAD GOES ON FOREVER
formação: Ray Alder (vocals), Jim Matheos (guitars), Frank Aresti (guitars), Joe DiBiase (bass), Mark Zonder (drums and percussion)
background vocals on “life in still water” by james labrie courtesy of dream theater
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Tal qual o Queensrÿche [S.U.P. set/14], o Fates Warning é unanimemente colocado na prateleira dos “pioneiros” ou dos “precursores” do prog metal. A ressalva é q, nunca na História do rock ou do metal, “pioneiros” e “precursores” significou CRIADORES. Para todos os (d)efeitos, Dream Theater criou e popularizou o estilo. Ame ou odeie-se isso.
E analisar “Parallels” entendo como um bom exercício de como isso se deu. Nas falhas e nas virtudes. Sexto disco dos estadunidenses e o 2º com capa decente, por Hugh Syme, capista desde sempre do Rush – posteriormente requisitado por Megadeth, Iron Maiden e tb… Queensrÿche e Dream Theater – contou ainda com produção de lendário produtor do trio canadense, Terry Brown.
Só q isso ñ tornou a banda o Rush. Nem jamais tornaria. Por conta, sobretudo, das composições prolixas, muitas com jeitão de introduções q ñ se desenvolvem. Predominam os andamentos lentos. Bons músicos ñ são necessariamente bons compositores, Max Cavalera q o diga. E devido às timbragens utilizadas.
“Parallels” seria um disco razoável de hard rock oitentista ou de AOR inovador caso contivesse refrões (refrãos?) (refrães?) grudentos ou linhas vocais marcantes. Apenas “Eye to Eye”, um dos 2 singles, longinquamente se aproxima disso. Infelizmente, a bateria tenta emular um tanto (sutilmente) das eletronices oitentistas do Rush, e mais dos reverbs hard rock, tanto quanto as guitarras, q se ñ soam farofentas tb carecem de PESO.
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Há tempos ñ ouvia o álbum, único q tenho deles, e q comprei por causa da capa e edição japonesa q o dono do estúdio onde ensaio me vendeu barato, e a sensação é de monotonia até “The Eleventh Hour”, q em seus 8 minutos e 12 teria se tornado algo grande (tvz seja: descontem minha limitação de abordagem) caso tivesse tido uma produção realmente noventista… mais Dream Theater. Mais metal. E se alguém tivesse dado um toque ao Mark Zonder de q encher música de viradas atrapalha conseguirmos curtí-la.
“Point Of View”, o outro single e videoclipe com o qual conheci – e gostei – da banda, quebra o marasmo, soa promissora: pena iniciar a 2ª metade do disco e apenas “Don’t Follow Me” apresentar-se no mesmo nível, de som a um só tempo elaborado e empolgante. “We Only Say Goodbye” apresenta trechos legais, como “Life In Still Water” e outros trechos perdidos e infelizmente ñ alinhavados a contento. Pra mim e meu – ops! – ponto de vista.
Ñ é um disco cansativo por excessiva duração: pro tipo de proposta é até bem conciso. Um feito. Ñ acho ruim: só ñ “desce redondo” ou tão de cara, e tvz existam piores dentre os anteriores e seguintes, já q a banda ainda existe (imagino q tocando em lugares – só – na “América” pra raríssimos devotos). Inexistem fritações incômodas e vocalizações irritantes (pouca coisa destas em “Eye to Eye”), e isso tb acho um trunfo. Rola uma elegância e bom gosto generalizados: o q falta em “Parallels”, reitero, é uma qualidade composicional à altura da capa e da produção requintada, mesmo q um tanto retrô. A meu ver.
Ou vai ver o Fates Warning nunca vingou pq os caras são feios.
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CATA PIOLHO CCXLIII – “Force Fed”: Front Line Assembly ou Prong? // “Evil”: Mercyful Fate ou Interpol? // “Set Me Free”: Velvet Revolver ou Dr. Sin?
10 MELHORES CAPAS DE HUGH SYME, PRA MIM:
Link mastigado para consulta e devida apreciação: http://www.metal-archives.com/artists/Hugh_Syme/49869
Ñ tem resenha pq ñ fomos ao show. Porque eu ñ ganhei ingressos desta vez. Mas se a alguém por aqui interessar, faço uma resenha mesmo assim.
(fazendo diferente um pouco desta vez)
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=EkxLyKHd_iQ[/youtube]
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Clipe legal, de música q acho legal (ainda q muita gente por aqui certamente desgoste) e q consta numa das trilhas sonoras mais legais já feitas. A do “Last Action Hero”, traduzido por aqui como “O Último Grande Herói”, coisa e tal.
Mais estranho ainda é tal trilha ser das minhas preferidas, desde q lançada em 1993 e mesmo q eu tenha comprado o cd apenas no MÊS PASSADO.
Como explicar?
Simplesmente pela maciça divulgação mtvíca na época: clipes de “Big Gun”, “What the Hell Have I?”, da própria “Angry Again”, e ainda das farofeiras “Two Steps Behind” e “Dream On”, passaram muito. Me impregnaram, no bom sentido.
Outro mérito da trilha é seu ecletismo, a meu ver apenas falho na BOSTA de rap (redundância é a mãe!) do tal Cypress Hill ali contido: pois nada dentre os 12 sons e 11 bandas – ñ entendi até hoje o porquê do Alice In Chains comparecer com 2 sons… – é bandinha fabricada ou artista de ocasião. Se ñ é carregada em intrépido peso indômito, tb ñ é pop de enjoar.
Ah, deixa eu colar a capinha e citar sons e artistas:
“Last Action Hero”, Music From the Original Motion Picture, 1993, Columbia/Sony
O fato de muitos dos sons constarem apenas aqui – exceções ao do Megadeth, incluído no “Hidden Treasures” 2 anos depois, e da “A Little Bitter” contida no ao vivo caça-níqueis (“Live”), de 2000 – e ñ em discos próprios das bandas tb é tremendo mérito da trilha, ainda q em atuais tempos de internet o conceito de álbum já seja obsoleto.
É uma trilha bem homogênea, q só no terço final ñ demonstra a mesma consistência. Ainda q se tenha q reconhecer méritos de artistas como Fishbone (pro funk’o’metal o q o Fates Warning é pro prog metal: inventores ñ reconhecidos) e Tesla (ñ é de meu gosto hard rock, mas o som deles ñ faz feio. Nem o do Leppard, balada estranhamente ñ tão açucarada), infelizmente os sons deles representados QUASE deixam a peteca cair. Ñ o fazem por constarem no fim do álbum: solução acaba sendo pararmos na faixa 8.
Quem deixa a peteca cair é o tal Michael Kamen, onipresente por aqui: autor e condutor da última – chôcha – faixa (cadê Buckethead??), mas tb regente na “Dream On” e em “Real World”, do Queensrÿche, da qual é tb co-autor. Tvz num Universo Parelelo tenha sido Ennio Morricone o erudito da trilha…
Falando das q gosto:
“Big Gun” ñ faria feio caso incluída no anêmico “Ballbreaker” (tb de 2 anos depois); acho até q tornaria o álbum mais relevante. “What the Hell Have I?” é meu som preferido do Alice In Chains, acho muito foda. E a “A Little Bitter” tb ñ faz mal, com alguns trejeitos shredder sutilmente incluídos. “Real World” ñ soa música típica do Queensrÿche, mas ñ faz mal, já q tb ñ tem a formatação grunge/pop por eles lamentavelmente adotada à época. “Angry Again”, já citei: apenas acho o refrão dos refrões megadéthicos mais legais em todos os tempos.
Por outro lado, “Poison My Eyes” tenho como carente de quaisquer atrativos. Constasse no “Sound Of White Noise”, puxaria o nível – alto – daquele pra baixo; estivesse no “Stomp 442” certamente ñ ajudaria a reabilitá-lo. Pq tem quase 7 minutos de pouca coisa e de alguma pífia mistura com rap, q o Anthrax conseguiu fazer bem só 2 vezes (e uma, na companhia de rappers de verdade) na carreira e nunca mais replicou a contento.
No fim, acho assim: trilha sonora q nada tem de embolorada/nostálgica (à exceção do som do Fishbone, nenhum dos sons envelheceu mal, mesmo os q ñ gosto) e q recomendo veementemente. Quanto ao filme: lembro ter tentado assití-lo, mas achei chato (roteiro enrolado e meio perdido) e parei no meio. Nunca mais retomei e acho q nem quero.
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CATA PIOLHO CXCI – botaram uma dissonância lá, é mulher cantando, mas ninguém me tira da cabeça q “Barracuda”, do Heart, teve palhetada xerocada na mais deslavada cara de pau da subestimada (desconhecida?) “Back Street Kids”, do Black Sabbath.