caralho
SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA THRASH COM H
“Precisamos Falar Sobre o Kevin”, Lionel Shriver, 2007, 466 pp., Editora Intrínseca
Além de tudo o q há de óbvio e de tácito em se gostar de Slayer, tem outra coisa q admiro nos caras q vejo pouco comentada: a sacada q tiveram, desde cedo (já no “Hell Awaits”), de q ficarem falando sobre Satã, anticristos e diabinhos anos a fio ñ levaria a lugar algum. Foram refinando o discurso, no q percebo Jeff Hanneman, Tom Araya e Kerry King bastante diversos nas letras q fazem.
King passou a atacar a Igreja Católica, a hipocrisia das religiões etc. Às vezes até monotonamente. Hanneman e Araya passaram a falar do pior dos demônios: O PRÓPRIO SER HUMANO. Daí, dá-lhe psicopatias, criminosos insanos, incestuosidades, estupros e estupradores surgindo firmemente nas letras a partir do “South Of Heaven” e tendo sua plenitude no “Seasons In the Abyss” e no “Divine Intervention”. Até ressurgirem como assunto palpitante, timidamente no “Christ Illusion”, e novamente plenos em “World Painted Blood”.
O q tem a ver o Slayer com “Precisamos Falar Sobre o Kevin”? Simplesmente o fato de tratar-se dum livro (fictício) de memórias sobre um sociopata. Kevin Khatchadourian. Personagem fictício pra lá de verossímil: moleque estadunidense de 16 anos preso por haver chacinado 7 colegas, uma professora e 1 servente de ginásio em sua escola em Nova Iorque. Coisa meiga de se escrever.
Tem a ver ainda com a abordagem q a autora, Lionel Shriver, dedica ao enredo, em forma de relatos maternos ao ex-marido, por meio de cartas cronologicamente situadas, da vida de Kevin e das encanações, outrora fantasmagóricas/imaginárias, tornadas pesadelo. Eva Khatchadourian, a mãe, percebia algo estranho no filho desde seus primeiros dias: o massacre por ele cometido, assim como tais cartas, a faz (a nós tb) juntar peças dum quebra-cabeça doentio.
O massacre em si, maquiavelicamente arquitetado e executado, é cozinhado ao longo da trama extensa, de modo a perturbar quem a lê com angústias indefectíveis e expectativas ambivalentes para com o evento, descrito com todas as letras, tons e cores. O q ñ faz com q o livro até ali seja mera encheção de lingüiça, nada disso.
Eva revela-se perplexa com a repercussão de vizinhos e colegas de Kevin, alguns obviamente horrorizados, outros muitíssimo fascinados e ENCANTADOS com o ocorrido. Relata colegas dando entrevistas à tv se ufanando de terem-no conhecido, como ainda oferta vultuosa em dinheiro pela casa onde moravam – quando o q imaginava era q nunca saísse dali.
***
Impressiona a fidedignidade dos relatos de cobertura da mídia – sensacionalista – sobre o ocorrido, sobre Kevin e sobre sua família. Tanto q o livro ñ soa em nenhum momento ficção, mas como LIVRO DE MEMÓRIAS de fato. Outro momento bastante tocante achei o da entrevista – exclusiva – a canal de tv concedida por Kevin, já na prisão. Sociologicamente mórbida e mordaz.
Mostra-se ainda ela personagem bastante complexa, assumidamente inepta para a maternidade, porém dedicada a buscar e a exorcizar SUA CULPA naquilo tudo, como ainda a especular fatores variados q pudessem ter “tornado” Kevin daquele jeito. E nisso, a autora é exemplar em jogar com pistas falsas e com NENHUMA RESPOSTA CONCLUSIVA.
Levanta o q a mídia teria especulado sobre “músicas nocivas” q Kevin ouvia, em insinuação verossímil contra o heavy metal. Inconclusivo. Relata episódios horrendos com bichinho de estimação (chavão, embora real, de vida pregressa de sociopatas) e com a irmãzinha, mas q Eva – e nós, q lemos – ñ teve/temos confirmação. Especula a origem estrangeira virtualmente daninha – Khatchadourian é sobrenome armênio, vindo da mãe – no q a autora habilmente joga com a paranóia estadunidense do 11 de Setembro. Teria a ver, mas tb ñ dá pra cravar.
A permissividade e postura redneck do pai, Franklin, desses estadunidenses orgulhosos das guerras antigas e monumentos patrióticos a q sempre fez questão de levar o filho, tb é posta na mesa. Tanto como tê-lo ensinado a atirar e ter-lhe dado espingarda de Natal. Como a conduta de fazer pouco caso às suspeitas e alarmes de Eva. O dado sociológico de ambos os pais serem um tanto fúteis – Eva, redatora de manuais de viagem pra gente rica, e q deixa de trabalhar com o nascer de Kevin; Franklin trabalhava frugalmente como arranjador de locações exóticas para comerciais e filmes hollywoodianos – tb consta. Como ainda a motivação vaga de terem tido filhos. E nada parece conclusivo. Ao mesmo tempo em q TUDO parece ter conspirado pro monstro q Kevin “se tornou”.
Curioso (e positivo) achei ñ haver qualquer esboço de religião, religiosidade, demônios ou encostos na causalidade das coisas, no q vejo outro tremendo acerto da autora, inglesa, para com o livro. Q nunca cai na vala comum da Psicologia de Boteco. Tb ñ há qualquer aceno clichê em retratar Kevin como “capeta em forma de guri” na convivência e desempenho escolares. Ponto pra Shriver de novo.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=AMmMN5Ge570 [/youtube]
Quando iria opinar sobre me parecer este um livro de q Hollywood provavelmente jamais adaptaria pra cinema, fui procurar capinha e me deparei com resenhas sobre o filme JÁ FEITO. Pela BBC – ufa! – com Tilda Swinton (perfeita!) e John C. Reilly (putz) fazendo os deploráveis e deplorados pais de Kevin. Ganhador de Palma de Ouro em Cannes e o caralho. O trailer acima conta até com depoimento da autora endossando a adaptação, mas pretendo ñ assistí-lo. Pra ñ macular todo o horror mental q fui de alguma forma compondo enquanto lia o livro.
“Precisamos Falar Sobre o Kevin” parece o anti-manual a casais interessados em terem filhos. Gera MEDO e AVERSÃO em tê-los, ter um q seja. Consta na orelha ter sido recusado por mais de 30 editoras, e penso q se ñ for puro marketing isso, faz total sentido. Livro denso, tenso, original e insólito desde o início, contando com surpresa ao final (ñ termina no massacre, tendo atrocidade outra e realmente INESPERADA descrita na seqüência), q li com uma constante alternância entre FASCÍNIO e NOJO desmedidos.
E q conta com o leitor/leitora convocado(a) a alternar-se entre empatia, pena, repulsa, medo, raiva e embasbacação com Eva, quase q a real protagonista. Alternada entre o conformismo, a perturbação e o vazio a todo momento.
É, fácil, um dos 5 melhores livros – e o mais repugnante – q já li na vida. E acho q já li mais de 15. Mais q recomendar, considero LEITURA OBRIGATÓRIA a quem tiver como obrigatórias as letras mais mórbidas e funestas no thrash metal, bem como as “líricas” de Araya e Hanneman no Slayer.
****
CATA PIOLHO CC – Jogos dos 7 Erros capístico:
(último post de 2011. 2012 já está logo ali)
Ñ VALE 10 CONTOS
“To Hell And Back”, Sinergy, 2000, Nuclear Blast/Laser Company
sons: THE BITCH IS BACK / MIDNIGHT MADNESS / LEAD US TO WAR / LAID TO REST / GALLOWMERE / RETURN TO THE FOURTH WORLD / LAST ESCAPE / WAKE UP IN HELL / bonus track – HANGING ON THE TELEPHONE [Blondie]
formação: Kimberly Goss (lead vocals), Alexi ‘Wildchild’ Laiho (lead and rhythm guitars), Roope Latvala (lead, acoustic and rhythm guitars), Marco Hietala (bass, backing and male vocals), Tommi Lillman (drums)
.
O Sinergy é/foi banda q contundentemente prova a tese de q mesmo em países de 1º Mundo ñ basta vc ser bem-relacionado pra emplacar sua banda. Sua líder, “dona”, o q for, Kimberly Goss, foi tecladista de apoio nos primórdios do Therion e do Dimmu Borgir (em épocas em q ou ñ existia o sampler ao vivo, ou em q os comandantes-em-chefe respectivos ainda ñ tinham $ pra comprá-lo); além disso, veja-se os tantos ilustres q passaram pela banda ao longo de sua breve existência, hiatosa já há um tanto, e ainda ñ confirmada como encerrada:
Sharlee D’Angelo (Mercyful Fate [S.U.P. nov/10], Arch Enemy) e Jesper Strömblad (ex-In Flames e Hammerfraude), no álbum de estréia precedente, “Beware the Heavens” (de 1999), o infame Lauri Porra (atual baixista no Chatovarius) ao vivo mais à frente, além da formação neste “To Hell And Back” e no álbum seguinte – “Suicide By My Side” (de 2002) – q incluía meu xará de Tarot/Nightwish e membros presentes e futuros do Children Of Boredom, incluído o Alexi PirLaiho, marido de Goss até 2004.
Saindo da Finlândia (apesar de Goss ser estadunidense) um pouco, rumo ao Brasil: tempos atrás, antes de ter virado o babaca de plantão em reality show de calouro, vi entrevista com o Miranda (aquele!) dizendo q ñ eram os candidatos bons nem os francamente ruins q o incomodavam. Q lhe incomodavam mesmo os medíocres. Pois bem.
“To Hell And Back” acho um álbum medíocre. Mediano. Bem gravado e produzido: realmente distante das produções pasteurizadas – Pro Tools – de tanta banda recente. Feito pra dar certo, contendo até balada (chata. “Laid to Rest”) e faixa semi-acústica (“Last Escape”), com formatação predominantemente power metal. Apresenta ótimos músicos destilando licks, riffs e solos (sobretudo solos), fora bumbadas, q ñ se podem considerar ruins. Mas ñ chama atenção. Ñ se faz digno de nota ruim (minha pretensão inicial era descer o cacete), tampouco de boa. E a mim, por fatores prováveis – até pra dialogar com quem por aqui discordar – q lanço a seguir:
É medíocre por causa da capa xumbrega? Certamente sim; mas ñ só por isso. Por causa dos vocais, inverossímeis (ñ cacei no You Tube pra ver, mas ao vivo ñ deveria prestar muito) e q tb ñ cativam, chegando a incomodar – como em “Lead Us to War” e “Gallowmere”? Claro q sim tb. É álbum deslocado no seu contexto, de bandas de mulheres soprano cantando predominantes, enquanto ele ñ? Sim, tb. Embora tvz pudesse agradar a órfãos de Leather Leone? Tvz, quem sabe.
Mas me é sobremaneira medíocre pelos sons, pouquíssimo cativantes. Ñ q seja muitíssimo clichê ou sufocante em firulices, nada disso: só ñ há aqui 1 mísero riff q grude na memória, uma melodia memoravelmente assobiável ou algum refrão q se saia hormonalmente bradando. Mesmo o cover de Blondie, supostamente mais acessível, tvz seja de som menos pop da banda new wave, só pode. As letras, todas de Goss, tb atrapalham, a despeito de nos 2 primeiros sons a termos quase ofensiva, bravateira, em 1ª pessoa ou nalgum personagem por ela inventada, a até prometer gozar em ver alguém se afogar em medo – “I’ll cum just to watch you drown in fear”, uau! – mas em ousadia abortada, haja visto as demais bastante singelas em apocalipse genérico e em insossas criaturas misteriosas.
Ñ sei se posso reputar tal anodinia como da banda, de fato (tb constante nos demais álbuns. Até pq ñ tive a menor vontade de ir atrás desses), ou só enquanto elemento-mor neste aqui. Faltou, a meu ver, alguém realmente compositor/arranjador (minha viagem é q um Andi Deris faria miséria com o material), ou um produtor q tirasse desse povo algo menos óbvio e genérico. Sons pra indicar? A quem conseguir passar de “The Bitch Is Back” e de “Midnight Madness”, minha sincera admiração pela paciência!
De qualquer modo, à luz do material registrado em “To Hell And Back”, só me resta positivamente apontar a seguinte COERÊNCIA: Goss, musicista de apoio, acabou gerando banda q pouco mais fez q gerar músicas de apoio, de fundo. Pra se deixar ouvindo com visita em casa e mal se saber em q faixa está, ou se o álbum estaria prestes a acabar ou ñ. Pra daí trocarmos por outro.
—
CATA PIOLHO CXCIV – ouvia o “Christ Illusion” distraidamente esses dias, quando me deparo com Tom Araya cometendo versão de “Come Together”… Parei, pensei, assustei: “caralho, Slayer coverizando Beatles?”. Nem.
Era a melodia vocal de “Catatonic”, nem tão “Come Together” assim, no fim. Eu devia era estar com sono…
TESTAMENT
Quem já me conhece um tanto, poderá objetar q fui ao show pq ganhei ingresso em promoção. Nem. Paguei 90 paus pra ver o Testament. Bem, ñ pra ver o Testament: pra ver Gene Hoglan.
Em equívoco de culpa parcial minha – afinal, juntei o 2 + 2 de saber q o próprio gravou o novo trampo da banda (a sair), e supus (erradamente, pelo jeito) q o gordo manco/monstro comandaria a bateria, corvertida em tanque panzer de guerra. E, noutro tanto de culpa, do evento, q fora botar foto com Paul Bostaph na divulgação, ñ bem disse q Hoglan viria ou ñ viria.
Bem, merdas acontecem.
E é bem possível q mais gente tenha se iludido nesse quesito. Embora a ilusão, comigo, ñ seria a do sujeito fazer milagres: afinal, algumas das músicas velhas, de baterística pau mole, pouco conseguiriam ser mudadas. Mas tudo bem.
****
Cheguei ao show no melhor dos cenários: ñ vi banda de abertura (Chaosfear) e, em 5 minutos instalado no lugar estrumbado, começou o Testament. Fui vendo ñ se tratar do gordão logo de cara, vendo um loiro levando as músicas até de acordo, mas 1) puxando quase tudo um tiquinho mais lento (e ñ sei se por causa do Chuck Billy. Acho mesmo q ñ); 2) por me parecer q ñ fez qualquer aquecimento antes de entrar – FALTAVA BRAÇO pro cara levar as conduções – até o último som – q ñ são nenhum Slayer, diga-se de passagem.
Na 1ª oportunidade de apresentá-lo, ficamos todos sabendo q o batera quebra-galho da vez (procurar “quebra-galho” na Wikipédia, provavelmente vai aparecer a descrição: “baterista no Testament dos 90’s até hj”) era Jon Allen, do Sadus. Pff!…
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=8xV-jcpzLY4[/youtube]
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=u6G6f1tL9Xk&feature=related[/youtube]
.
Ah, tava lá o Alex Skolnick. Fantasiado de William Bonner e com o cabelo do Bozo. Toca pra caralho, sim. Mas definitivamente ñ me faz a cabeça: acho mesmo q ele ter ficado no Savatage ou montar alguma banda hard poser, ficaria mais a contento com seu estilo shredder. Minha supresa guitarrística foi sacar q o Japa Peterson tb toca bem e sola legal, sem exageros. Donde eu estava, dava pra ouvir melhor a guitarra dele.
O repertório foi na medida pros veteranos e veteranas ali presentes – ao contrário do Nuclear Assault, quase ñ vi aquela molecada thrasher estereotipada – e poderia se dizer um show duma suposta First Strike Still Deadly tour: 7 sons daquele repertório (praticamente metade do set) foram ali perpetrados. Houve acréscimos homeopáticos da leva pesada recente: 2 sons (incluída a intro playbecada) do “The Formation Of Damnation” e outros 2 do “The Gathering”, infelizmente muito pouco. Q merda ñ ter rolado NADA do “Low”…
E sou um ouvinte flutuante da banda, q nunca esteve no meu top 5 thrash, por isso ñ registrei até ver set list na internet terem cometido “The New Order” logo no início, ou “Burnt Offerings” emendada na supreendente (pra mim. Por ser som q sempre achei horroroso – balada – e pelo clipe tosco) “The Legacy”.
Por outro lado, consegui perceber, sim, e apreciar “Souls Of Black” (melhor com 2 bumbos), “Into the Pit”, “The Preacher” (q acho maioumenos), “Alone In the Dark” (essa gruda!) e a soberba “3 Days In Darkness”, ñ recebida tampouco executada com o culhão devido. “Electric Crown”, vinda do álbum péssimo donde vem, tb me foi grata supresa.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=2_-iWqQSz8A&feature=related[/youtube]
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=l_fe4p30ass&feature=related[/youtube]
.
Pra falar em som e em produção, ñ consegui dissociar comparação com o Nuclear Assault: onde John Connelly e companhia foram fuleiros e amadores – afinal, trata-se de ex-banda q volta e meia faz show – o show do Testament foi impecável nas luzes e em panos de fundo e de amplis (coisa modesta, mas bem mais legal q um panão de fundo véio pendurado) e num som claramente melhor. Resenhas e orkut q andei lendo reclamam de ñ se ter ouvido a guitarra do Japa, ou a do “Vampira” Skolnick, mas parece coisa de quem ficou muito prum lado ou pro outro. O fato é estava tudo audível e ALTO.
Pra botar um tiquinho final de defeito: “Practice What You Preach” ficou arrastada, assim como a “Disciples Of the Watch” derradeira, q o baterista ajudou a descaracterizar – versão definitiva dela está no “Return to the Apocalyptic City”: se ñ dá pra fazer igual, melhor q sonegassem!
E a observação, a mim definitiva: Chuck Billy é, com folgas, o melhor vocalista thrash da atualidade. Ñ notei efeitos amenizadores, tampouco falta de fôlego no Índio, q ainda acumula função de air guitar hero no pedestal a la Steve Ta-larico (Aerosmtv). Prometeu tb voltarem ano q vem, com o disco novo lançado – e será q com o gordão??
Moral da história: ñ teve Gene Hoglan, mas até q foi bão. O 2º melhor show do ano pra mim.
.
Set list: 1. (intro) “For the Glory Of…” 2. “More Than Meets the Eye” 3. “The New Order” 4. “The Preacher” 5. “Practice What You Preach” 6. “Over the Wall” 7. “Electric Crown” 8. “Into the Pit” 9. “Souls Of Black” 10. “The Legacy” 11. “Burnt Offerings” 12. “D.N.R. (Do Not Resuscitate)” 13. “3 Days In Darkness” – bis: 14. “Alone In the Dark” 15. “Disciples Of the Watch”
NUCLEAR ASSAULT
Dizia ao amigo Inácio (sumidão daqui do blog há muito) após o show o q reitero aqui: quando paguei os JUSTOS 70 reais do ingresso, imaginava o q vi ali. Os caras velhões, repertório quase todo antigo, razoável fuleiragem em termos de som e desempenho.
[Ñ no nível dum Exodus duns anos atrás, claro – e quando aludi ao Exodus ser a Lusa do thrash, perguntando ao Inácio o q seria o Nuclear, eis q ele me solta “a Ponte Preta”… Acho q estariam mais pra Bragantino eheh]
E tudo bem. Os shows anteriores q vi deles – 2002 e 2005. E a merda eterna é ñ ter ido em 1989!… – já derrapavam um tanto nesses quesitos. Ñ fui ao Carioca Clube pra ver o show da minha vida (impossível!), tampouco o Nuclear Assault em seu auge oitentista. Ñ dá pra dizer q os caras ñ cumpriram o q prometiam.
Acho até q, em vista da banda nem mais existir, parecer haver algo do tipo “indústria da nostalgia do metal” os convidar vez ou outra pra algum show, e eles toparem. A bola da vez foi aqui no Brasil; ainda tocaram em Catanduva no domingo.
Ah, e eu curti. Mas pq fui pra curtir. Por ser mais uma daquelas trocentas bandas q vou ver a partir de agora pra depois ñ lamentar ñ tê-los visto quando acabarem de vez. Quando morrer alguém deles.
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=S1-DwM7f3pk&NR=1[/youtube]
.
Infelizmente, testemunhei as bandas de abertura, um tal Oitão (!?!?!?) e um certo Imminent Attack. Ambas de hardcore. Ambas cheias de MANOS; q é q acontece: o hardcore de verdade ficou muito “NY”, daí encheu de mano a cena, ou os mano do rap já estariam todos vendidos e os q sobraram pegaram guitarras e bandanas pra fazer som? Bah!
Cena inútil e desnecessária: vocalista magrelo da 2ª banda, em ataque de “rock star“, resolveu ao fim do show (com a cortina do lugar já fechada. Abriu uma fresta e saiu de volta) jogar a camiseta pra galera. Ficou presa nas hastes de iluminação acima. Otário é a mãe.
*****
Duas coisas me impressionaram bastante:
1) a fauna reunida. Achei q ñ lotaria (e ñ lotou), mas estava bem cheio o lugar, e ñ só de tiozinhos como eu, mas de muita molecada anos 80 nascida em 95. Cheio de moleque idiota vestido idiotamente a caráter (nos 80’s ñ se usava tanto moletom agarrado, tênis branco e boné virado – isso é coisa de encarte de Anthrax e D.R.I.), maioria já chapados e mamados (pq “faz parte” da balada beber até cair e nem ver o show: como com um paspalho desacordado q foi arrastado pelos seguranças pra fora, antes mesmo do show), com muita menina – q daqui uns 2 anos estará ouvindo MPB ou axé – incluída
2) John Connelly tocando SEM A FLYING V. (Assustei menos com o Glenn Evans parecendo mais velho q um Bill Ward). Portando uma Strato e tocando com ela como se fosse a flying v, ou seja: apoiando a ponta imaginária na perna. Parecendo aqueles papos de amputado q sente o braço coçar ahah
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=MevOfyaTxZ8 [/youtube]
.
O som estava uma merda. Inacreditavelmente fecal. Imaginem ñ conseguir ouvir as duas guitarras, nem o baixo, tampouco a bateria; só um pouquinho do vocal. Parecendo coisa de quem ñ passou o som antes – culpa da banda? Dos técnicos? Da casa? Duvido q alguma resenha oficial (daquelas dadas a enaltecer a produtora e a “cena”) margeie por aí.
Só foi melhorar na “Butt Fuck”, a SÉTIMA música do set. E ainda assim com o vocal meio sumindo vez ou outra. Apesar de nos vídeos linkados o som estar bem melhor do q da onde eu estive… Apesar da banda reclamar de falta de retorno até quase no fim.
Repertório foi infalível e indefectível – ñ poderia ser diferente (seria o Nuclear Assault a 2ª banda preferida de todo thrashbanger?) – de início arrasador, a la “Alive Again”: “Rise From the Ashes”, “Brainwashed”, “F#”, “New Song”, “Critical Mass”, q o amigo Inácio lamentava terem sido lançadas assim tão de cara – deixando o miolo do show ñ tão impactante – com o q rebati o seguinte: será q se ñ tivessem torpedeado isso tudo de cara teriam CONDIÇÕES FÍSICAS de levá-las mais pro fim?
Rodas se abriram de monte, contentamento pingava nas paredes junto do suor. E John Connelly – cada vez mais um “Udo thrash” (ñ mais o “Angus thrash“) – continua com a mesma voz! E tocaram “Hang the Pope”! E fecharam com “Trail Of Tears”, caralho!
Pena o show ter tido mera UMA HORA. Com o bis e tudo. Com horas de Connelly ter q afinar a guitarra e tudo. Com momentos do cara ler as letras no chão e tudo. A interação da banda conosco foi discreta – uma ou outra brincadeira de agradecer como estivessem no Japão, uma ou outra careta do Connelly – mas beleza: eu ñ tava lá pra sair de balada com os caras. (E na saída, Connelly lá de novo estava lidando com todo mundo de boa).
Set list: 1. “Rise From the Ashes” 2. “Brainwashed” 3. “F#” 4. “New Song” 5. “Critical Mass” 6. “Game Over” 7. “Butt Fuck” 8. “Sin” 9. “Betrayal” 10. “Price Of Freedom” 11. “Wake Up” 12. “When Freedom Dies” 13. “My America” 14. “Hang the Pope” 15. “Lesbians” 16. “Trail Of Tears”
Tem quem tenha listado “Technology” após “Trail Of Tears”, mas acho q foi alucinação (ñ vi esse som). E tenho dúvidas sobre haver rolado “Justice” ao invés da “Sin”, mas nessa posso estar errado.
.
PS – E nos orkuts e fóruns da vida tá cheio de gente reclamando da casa – mesmo um pateta q veio ter comigo no balcão do bar uma hora – por conta do despreparo dos seguranças (o q concordo), do bar ter fechado após o show, pra fecharem pra reabrirem dali a pouco prum pagode (a casa é de pagode, ñ adianta querer ficar bebendo e rastejando pelo chão como fosse um pico porco de metal típico), ou de q teria sido melhor numa Led Slay ou na Fofinho (por causa das condições porcas, citadas. O q veemente discordo).
PS 2 – falei muita merda, Banderas?
NOVA MODALIDADE PICARETA?
Foi na semana retrasada q o amigo Pagé veio com a novidade esquisita: tinha ficado de pegar ingressos do Toy Dolls tb pra mim, e ficou sabendo ñ estar à venda no local do show. Q a venda se daria apenas via internet, com pagamento – incluída TAXA DE CONVENIÊNCIA – via boleto ou depósito bancário e impressão do ingresso a cargo DO COMPRADOR!
Quer dizer: a gente paga o ingresso, paga preço a mais e ainda tem q imprimir a bagaça?
Q foi, daqui a pouco a galera terá q tb levar água pra banda tomar no palco? Ou ratear alguma groupie pros caras e, quem sabe, ainda levá-la de volta à Augusta ou Café Photo no nosso carro…
****
Descobri no embalo q os ingressos pro Borknagar e pro Tarot (q vinha cogitando dar de aniversário pra Patroa) estavam com a mesma modalidade “esperta” de venda. Nome do site/empresa “responsável” (modo de dizer)? Ticket Brasil.
E aí aproveitei q pude dar passadinha na Galeria ontem à tarde pra tirar isso a limpo. Felizmente, há ingressos verdadeiros, q já vêm impressos, à venda numas lojas lá. (O site, oras, ñ menciona o fato!). Do Borknagar e do Tarot: do Toy Dolls, esqueci de conferir.
Conversa com vendedora na Hellion Records me sanou uma parte da dúvida em fazerem essa porqueira: justificativa de haver gente de fora de São Paulo q ñ consegue vir pra cá pra comprar. No q tal jeito daria aquela quebrada de galho.
Pensando bem, parece até válido isso, nessa condição, pro pessoal “de fora”. Q ficariam encarregados de tirar o ingresso “de verdade” na porta do lugar, ou mostrariam o boleto q, contendo código de barra, impediria fraudes.
Mas e se eu fosse um cuzão q comprasse pra amigo o ingresso, o xerocasse e chegasse antes no lugar? Com certeza o ex-amigo ficaria de fora…
.
De qualquer modo, penso estar mais na hora de toda uma galera q vai a shows começar a BOICOTAR essas presepadas. Sobretudo por incluírem a tal taxa de conveniência: “conveniência” pra quem, caralho?
Mas é sonhar demais q todo um pessoal se articule e consiga fazer se coçar essa gente promotora de show inflacionado. Se Tiririca, Marcelinho Carioca e Ronaldo Ésper vão se eleger deputados…
ZZ TOP
Puta show profissa. É o q posso, resumidamente, dizer a respeito. Do naipe daquilo q de melhor no entertainment os estadunidenses conseguem conceber. Show tecnicamente perfeito, sem falhas nem vacilos, cujo telão, de muitíssimo bom gosto e ótima definição, complementava a apresentação, ao invés de poluir. E q agradou a todos os q são FÃS.
Os q vi no orkut falando em ter sido o ‘show da vida’, respeito e tendo a entender. Se vc é fã duma banda com 40 anos e nunca os viu q ñ fosse em You Tube ou dvd, a embasbacação é genuína: ñ se trata de molecada miguxa falando de ‘show da minha vida’ a cada show q vai.
***
No entanto, tendo a dialogar esta minha resenha com a do estrupício chamado Bento Araújo (Poeira Zine, RC e etc.) postada no whiplash. Q provavelmente foi de graça – ao invés de desembolsar suados e BEM GASTOS 200 reais – pra FALAR MAL. Pra reclamar q a banda ñ é mais a mesma depois do “Eliminator”, álbum de 1983 q tem os hits “Gimme All Your Lovin'”, “Sharp Dressed Men”, “Legs” e “Got Me Under Pressure” (todos tocados ali na 5ª), e q deu seqüência a álbuns supostamente mais pop, como os “Afterburner” (q tem “Rough Boy” – q mim faltou) e “Recycler” (de “Give It Up”, q tb ñ rolou) seguintes, de hits tais quais e de timbragens eletrônicas (sobretudo na bateria).
Formatação sonora essa q o ZZ Top pouco abandonou nos 90’s e até mesmo nos 00’s, com os 7 (SETE) álbuns lançados desde então. Tem quem torça o nariz, tem quem ñ, mas ao basbaca acima citado, gostaria de ter a oportunidade de perguntar cara a cara, a ele:
cara, estamos 27, 30, 35 anos no futuro, vc ñ tem calendário em casa????
O tonto reclamou do repertório – provavelmente achando q os caras só tocariam setentices. Ou q tocariam só pra ele – fora insinuar sobre playbacks em “Legs” e “Viva Las Vegas”. Ñ deve ter ido ao show do Rush (ou visto o “Snakes & Arrows Live”), pra saber se tratar de elementos sintetizados pré-gravados, q ocorrem tb em “Pincushion” (o som mais novo tocado, de 1994) e até no ruidinho decrescente de “Cheap Sunglasses”, SOM DAS ANTIGAS.
(aliás, sobre Rush o cara deve ser do mesmo dogma q adota em relação do Motörhead, q pra ele acabou no “Another Perfect Day”; deve ser dos beócios q acha q do “Signals” em frente os canadenses ‘se perderam’)
No entanto, a reclamação mais tacanha proferida do paspalho achei a de dizer q 80% do público ali presente era “público Mtv”, q os tinha conhecido pelos clipes de carrão oitentistas. Com q base estatística, caralho? E se as pessoas q conheceram ZZ Top assim forem FÃS tb, ñ podem?
E, de novo, o calendário: há pelo menos 27 anos isso. Ñ havia emo, nem molecada a tôa por ali. Quem tivesse menos de 25 era minoria (isso do q vi, pra se alguém reinvidicar meus métodos estatísticos eheh). Outro questionamento q me ocorre: e em o ZZ Top tendo adotado som mais “modernoso” há 27anos, será q o SOM DOS CARAS ñ é ESSE, porra?
****
Ñ posso dizer q ñ me ocorreu pensar assim uma hora: “pô, se esses caras fizerem playback, ou os barbudos ali em frente ñ forem realmente Dusty Hill e Billy Gibbons (como é com o Blue Man Group), acho q ninguém repararia…”. Mas tem diferença auxílio eletrônico em show – possivelmente até correções nas vozes (as vozes harmonizadas em “Gimme All Your Lovin'” são MUITO perfeitas) – e playback. Quem viu o Sisters Of Mercy ano passado sabe distinguir muito bem coisa de outra.
A comparação técnica com o Rush ainda estendo na inteligibilidade das coisas: todas as notas, de TODOS OS INSTRUMENTOS, eram audíveis. A bateria do ótimo – porém duns anos pra cá contido – Frank Beard é toda tratada, trigada, a ponto de ter havido sons em q Hill deixava de tocar e a sensação de GRAVE permanecia: era o bumbo!
Ñ me agradam, entretando, as viradas nos tons, q ficam com sons artificiais, meio robóticos. Mas ñ fosse assim, provavelmente teríamos tido show com bateria q só se ouviria caixa, chimbau, uns pratos e um pouquinho de bumbo.
(reclamação nesse sentido técnico, eu só teria duas: o vocal de Gibbons parecia mais baixo q o do Hill, e as brincadeiras de aro de caixa em “La Grange” – assim como os “au, au, au” a la John Lee Hooker, de Gibbons nela – eu mal ouvi)
O som da banda ao vivo é poderoso. O baixo é grave, alto e sujo, como jamais ouvi. E um instrumento ñ rouba o lugar do outro, na melhor tradição do q é um power trio.
No q aproveito pra alfinetar derradeiramente o Chico Bento: quem ali foi, certamente estava a par dessa produção moderna, decente, profissa – e pro cara, artificial, chôcha e falsa – q os dvd’s oficiais recentes “Live From Texas” e “Double Down Live 1980 – 2008” comprovam.
Q o programa Storytellers, exibido recentemente no Vh1, tb corrobora.
****
Falando do repertório: iniciaram e fecharam obviamente. Com idênticas seqüências iniciais e finais dos dvd’s de turnês recentes: respectivamente a trinca “Got Me Under Pressure”, “Waitin’ For the Bus” e “Jesus Just Left Chicago”, e “La Grange” e “Tush”, derradeiras.
No meio, entretanto, fizeram SHOW PRA FÃ ardoroso e fiel, tocando pérolas true setentistas, como “Brown Sugar” (do 1º álbum, de 1970) e “Party On the Patio” (de “El Loco”, de 1981) – q o Bento nem curtiu, coitado – q achei superior à versão original. Fizeram tb “Hey Joe”, homenageando Jimi Hendrix (no telão, em imagem soberba, nada apelativa), tocaram “Rock Me Baby”, standard de blues bastante conhecido, além de um cover obscuro, q nunca tinha ouvido, dum tal Willie Brown, “Future Blues”, q curti bastante.
Tocaram “I’m Bad, I’m Nationwide”, q é minha preferida. Ah, e ñ só pra mim.
No bis, antes das duas derradeiras, executaram “Viva Las Vegas”, presente apenas em boxes e greatest hits. Se houve gente ali querendo posar de ‘entendedor de ZZ Top mais q os outros‘, saiu bem satisfeito(a) com isso.
****
Pra finalizar, falando da performance dos caras, os comparo aos Ramones. Pela PRESENÇA: vi gente no orkut reclamando q Dusty Hill interagiu pouco, q Frank Beard nem olhou pro público etc. Faz diferença?
Show do Ramones era o Joey falando “yeah” a cada 7 ou 8 músicas (pra respirar) e todo mundo achava do caralho. Parece haver gente q fica querendo sujeito vestindo camisa da Seleção, arranhando samba (pra depois falarem mal) ou pondo bateria de escola de samba no palco (como fez o “The Doors” recentemente) ou, pior, querendo nêgo no palco proferindo os ridículos “are you ready?”, “are you ready?”, “are you tired?”, “are you tired?”. Ah, dêem um tempo!…
Penso q os caras são comedidos assim mesmo, mais afeitos a gestual – tipo cofiarem a barba, ficarem posando com instrumentos em riste (ops!) – q a blás-blás-blás estéreis. Gibbons, em 2 sons, solava com uma mão só, acenando e apontando a galera fanfarroneamente. Marrento, de boa, o cara. Apenas lamento q produtores ñ os tenham orientado a conversarem mesmo em inglês com a galera (mesmo o Marco Txuca, de inglês iniciante II, ali presente, entenderia muita coisa), no q achei bem legal, todavia, o esforço pra falarem em nossa língua, como no momento de terem entrado umas “gostosas” ali pra brincarem um número ensaiadinho, meio bobo, mas divertido.
(q segue no vídeo abaixo)
[youtube] http://www.youtube.com/user/topo2010#p/a/u/3/iCpM_fxFBE8 [/youtube]
ou em
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=LI3VL4K9hnk[/youtube]
.
A sensação, afinal, era de estarmos num show duma ENTIDADE do rock, tal como foi com o Heaven & Hell ano passado, o Carcass no retrasado, ou o Rush 8 anos atrás. E q ñ sobrou tempo pra ficar pensando, pra ficar olhando pro lado, pra ficar pensando na resenha q eu escreveria.
Assisti ao show com a Patroa, sem desgrudarmos os olhos do palco, completamente entregues à música, ao som, ao espetáculo. Ñ foi o show da minha vida, mas um de q me lembrarei daqui a muitos anos. Ñ é pouca bosta.
.
PS – Banderas, acho q te vi ali na porta. Era vc mesmo?
PS 2 – créditos de fotos: Jack Way, via orkut (Gibbons e Hill); Lícias Santos, via blog do Jamari França (Beard). Vídeo, roubei do orkut mesmo
PS 3 – ao contrário do q alguns bocós de orkut acreditam, por simplesmente ctrl c + ctrl d set list de outros shows gringos recentes da banda, eles Ñ TOCARAM “Francine”
PS 4 – recomendações às resenhas do Rock Press (www.rockpress.com.br) e do Jamari França, pouco tendenciosas, bastante informativas
COREOGRAFIA
Alguém mais viu isto?
[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=zjaktn4JL7I&feature=aso [/youtube]
.
O You Tube infelizmente ñ fala de q jogo se trata, quando foi, ou se é mesmo de verdade tal comemoração. Q achei do caralho.
Embora politicamente incorretíssima. Tanto q nem vi (mas podendo ser falha minha, ñ dos programas) nenhum programa esportivo mostrar…
Se fosse aqui no Brasil, e fosse comemoração do Corinthians ou do Flamengo, aposto q prenderiam todo mundo envolvido ahah
.
(ou se ñ, os mesmos “promotores de justiça” filhos da puta de sempre, e candidatos na vindoura eleição, ñ deixariam de querer mostrar serviço e bradar indignação vã)
PAU NO CU DESSE EMO!
Bão, o post aqui tem reminiscências ainda este ano, quando em maio (post “Funesta Perspectiva”) falava do modismo indie-ota iminente de se começar a adorar Black Sabbath por modismo.
Depois de se adorar The Who, The Clash, AC/DC e Motörhead em cultos iPódicos de greatest 5 a 6 hits.
E pq os tais de Arctitica Monkeys supostamente gravavam disco novo sob influência da horda de Iommi.
***
Daí em setembro, postei por aqui (em “Coda. Foda”) sobre Pitty gravar com “gente” (note as aspas) do Cachorro Grande cover de Black Sabbath (“Hole In the Sky”) pra especial do canal… Boomerang (?!?!?!?!?!?!). Alguém se dignou a ver?
***
A bola da vez são os emos, q já perderam a graça, já passaram da moda, já cresceram e tvz (eu digo TALVEZ) comecem a se perceber ridículos nas franjas e no homossexualismo modista, e começam a guinar pro HEAVY METAL.
Pra diluir o estilo tb, caralho?? NEM VENHAM!
A nota abaixo, tirei do site da Kiss Fm, ali postado em 23/12 último:
.
Judas Priest “não é metal”, diz Gerard Way
por Atila Velo
Classic Rock Magazine
Gerard Way, do grupo My Chemical Romance, não considera Judas Priest uma banda de heavy metal (como se a banda dele fosse).
O perturbado frontman esteve promovendo o novo álbum de sua banda, que deve ser lançado em 2010.
Entre os assuntos de sua banda, Gerard Way mencionou que parte da nova criação tem influências de Judas Priest.
“Judas Priest é considerado metal, mas é um grande rock’n’roll. Nada que ver com a era do metal, do hair rock, mas tem tudo que ver com o nascimento do metal power-hino“.
Que babaca. Nunca deve ter ouvido falar em NWOBHM.
.
E a se pensar, por ora, três coisas:
1) o babaca do My Cudeburro Romance, certamente estadunidense etnocentrista, acha q o heavy metal é americano, misturando hard farofa laquê com heavy metal. Ñ deve nem visitar a Wikipédia o filho da puta
2) deve ser daqueles boçais q acham q o Ozzy é o tiozinho do “The Osbournes” e, se ouviu falar em Black Sabbath, jamais associou um ao outro
3) a declaração, além de tudo, revela PRECONCEITO. Diz ter influência do Judas Priest, mas ñ quer ser chamado de metal. Periga a molecada tonta, lobotomizada pelos “Crepúsculo” e “High School Musical” da vida, tb querer achar q heavy metal é rock’n’roll (nesse sentido reducionista). Vão ouvir Hannah Montana!
.
Os manos de rap estadunidenses, passada a modinha deles, ao menos viraram atores de seriados, de Hollywood, ou “astros” de reality shows. Arrumaram coisa útil pra fazer. Esses merdas desses emo-rróidas insistem em continuar tocando?
Por q ñ vão tocar country, caralho? Hipotetizo uma resposta: pq tá cheio de MACHO q curte country lá nos EUA, q comeriam os caras com farinha caso ousassem alguma heresia do tipo.
.
Vão se foder esses emo-rróidas paus no cu e revisionistas do cacete!
CULHÃO
O q me consola em ñ haver conseguido ingresso pro AC/DC (e a esta altura, estou tb conformado ante ñ anunciarem qualquer show extra…), é q quando vi o set list da atual turnê (lá no blog capixaba, onde fiquei sabendo 1º da vinda), achei chôcho. Repetitivo.
Praticamente o mesmo das turnês “Ballbreaker” e “Stiff Upper Lip” (q, assim como a do “The Razor’s Edge” – o “AC/DC Live” – foram todas registradas em vídeo). A diferença é terem colocado uns sons do insípido “Black Ice” nesta de agora (ah, e um trem no palco), pq afinal se estão em turnê, o fazem pra promover a bagaça.
Particularmente, há tempos tenho esse tipo de birra: vc vê q a banda vem pra cá em algum momento, daí olha o set list da turnê lá fora, e vê q eles fazem praticamente a mesma coisa aqui. (Exceção última, recentíssima: o Faith No More, de q comentarei amanhã). Pô, tem graça?
O Iron Maiden, voltando cá este ano, outro exemplo: q me lembre só mudaram 1 ou 2 sons em relação ao ano passado. Por isso q nem fui!
O Rush em 2002 teve parte do meu prazer alterado por conta disso tb. Embora tenham cometido a exceção de só aqui tocarem “Closer to the Heart” (por alguém lhes ter falado q tal som foi hit aqui (?!?!)), q é música q nem gosto. Exemplos, enfim, têm aos montes: ñ lembro todos, me ajudem ae nisso!…
****
Já cansei de ver set list antecipado, e na hora do show me perceber anódino em relação a eventos q, de outra forma, me dividiriam a existência em 2, 3, 4… Ou então, como no Slayer recente, e no de 1998, e no Motörhead este ano em relação a 2004, ver os caras POUCO mudarem o set list.
Em tempos recentes, de dvd’s aos montes de todas as turnês, qual a graça de ver show q já se viu, e reviu, e reviu? E q se verá de novo no próximo dvd? Será q os músicos ñ teriam q se mexer um pouquinho, e deixar de lado os aspectos de iluminação, cenário e o caralho?…
Bão, parece q outras pessoas sentem o mesmo incômodo q eu, ufa. Segue a seguinte nota, q vi no whiplash: “AC/DC: fãs fazem apelo para que banda mude o set list”.
E q achei simplesmente GENIAL.
Em http://whiplash.net/materias/news_869/098146-acdc.html
.
Os fãs de AC/DC demonstraram desconforto quanto ao set list que vem sendo executado nos shows. Durante a atual turnê, do álbum “Black Ice”, as músicas são sempre as mesmas e na ordem exata.
Através do site acdcfans.net, foi postado o seguinte comunicado direcionado à banda:
“Caros Malcolm, Angus, Cliff, Phil e Brian,
Nós representamos um grupo de fãs extremamente leais a vocês. Juntos, já acompanhamos mais de 157 shows desde 1978 (…) na atual turnê ‘Black Ice’, viajamos por toda Europa, Estados Unidos, já temos vôos reservados para a Nova Zelândia, e temos visto vocês tocarem as mesmas músicas todas as noites. Nós apreciamos todas, absolutamente, mas gostaríamos de saber se a banda não fica um pouco entediada por tocar sempre as mesmas canções noite após noite (…) vocês estão cientes que existem milhares de fãs como nós, que passam meses discutindo o set list da ‘Black Ice World Tour’. Cada um deles na esperança de que a banda toque algo diferente (…) então, gostaríamos que vocês considerassem a idéia de mudar o atual set list. Nós não seremos grosseiros a ponto de dizer ‘toquem isso’ ou ‘toquem aquilo’, por isso vamos deixar que vocês decidam, e nos surpreendam. Por favor, nos dêem, e a outros milhares, músicas que os verdadeiros fãs de longa data do AC/DC conhecem e amam.
Obrigado por seu tempo e sua música.
Respeitosamente,
acdcfans.net”.
Segue abaixo o setlist que vêm sendo tocado na atual turnê:
(pra quem ñ quiser ver, ñ passar o cursor por cima do espaço abaixo!)
01. Rock ‘N’ Roll Train
02. Hell Ain’t A Bad Place To Be
03. Back In Black
04. Big Jack
05. Dirty Deeds Done Dirt Cheap
06. Thunderstruck
07. Black Ice
08. The Jack
09. Hells Bells
10. Shoot to Thrill
11. War Machine
12. Anything Goes
13. You Shook Me All Night Long
14. TNT
15. Whole Lotta Rosie
16. Let There Be Rock
17. Highway To Hell
18. For Those About To Rock